ROCKABILLY SOLIDÁRIO

Gosta de Rock anos 50 ? Dançar no ritmo frenético do Rockabilly faz sua cabeça ?

Então, por que não aliar o que mais gosto de fazer e ainda ajudar a quem precisa ?

                Esta é a proposta da Boa Ação A Billy, que em sua 12ª Edição realiza duas festas regadas ao som do Rockabilly, onde é possível encontrar os amigos, conversar, ganhar brindes, dançar adoidado e o principal: praticar a cidadania.

A ideia partiu de Thaís Trindade (foto 1),  que costumava ir a bailes de Música Rockabilly para dançar e começou a pensar em uma maneira de aliar o gosto pela música e pela dança ao ato de ajudar os outros, ser solidário. Desde a primeira ação, que foi para ajudar a ONG Cão Leal, que cuida de animais, em março de 2014, a Associação já realizou mais de dez campanhas, que vão desde arrecadação de alimentos, agasalhos, conscientização  até doação de sangue. O tema desta mês, devido à proximidade do Dia das Crianças é arrecadação de brinquedos, cujo slogan é “Outubro Mês da Criança, Doe brinquedos, receba alegrias“. Quem traz brinquedos participa de um sorteio, mas claro, que o principal motivo de doar é colaborar com a causa. Atualmente, a Boa Ação A Billy conta com uma equipe organizadora fixa, mas sempre busca parceiros para que o projeto possa ajudar ainda mais a quem precisa.

No dia 19 de setembro, a festa foi na Melts Hamgueria (Foto 2), hoje terá outra no Rockerama Club, com a Banda The Trapos (Rock anos 50 e principalmente, 60, Nacional e internacional).

Serviço: Rockerama Club

Rua Rui Barbosa, 401-Bixiga/São Paulo/SP

Ingresso R$ 15,00 (R$ 10,00 para quem trouxer brinquedos)

Horário: 21h às 4h

http://www.rockeramaclub.com.br/

Thaís TrindadeThaís Trindade (Foto 1)

IMG_4004 (Foto 2: A Equipe da “Boa Ação)

IMG_3961 Foto 3: Banda The Trapo`s

IMG_3999Foto 4: Evento na Melts: lotado

Textos e Fotos: Andre e Mitch Mckenna  IMG_3947

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Blues Incorporated: os primórdios do Rock Britânico, parte 1

Os ingleses tornaram-se aficcionados do Jazz, estilo musical oriundo de sua ex-colônia, os EUA no início da década de XX, fazendo surgir uma geração de músicos que formaram inúmeros ensembles por todo o Reino Unido. De tanta paixão pelo Jazz, os britânicos se auto-proclamaram guardiões de seu legado. Surgiu assim um grupo conhecido como “os Puristas do Jazz Britânico, que combateram veemente o Blues Urbano e eletrificado dos EUA.

Uma das bandas de Jazz mais conhecidas do reino Unido era a Chris Barber Jazz Band, que contou com inúmeros músicos de primeira linha em suas fileiras, dentre os quais o guitarrista Alexis Korner (nascido Alexis Andrew Nicholas Koerner em 19 de abril de 1928 em Paris, França) e o cantor e gaitista Cyril Davies (nascido em 23/01/1932 em Denham, Buckinghamshire, Inglaterra), confessos apreciadores do Blues e do R&B dos EUA.

Execrados pelos puristas jazzísticos, em 1955, Korner e Davies decidiram atuar como dupla e criaram um clube exclusivo para os amantes do Blues em Londres, o qual batizaram The Barrelhouse Club. Também gravaram um disco juntos em 1957 e trouxeram diversos bluesmen do outro lado do Atlântico, totalmente desconhecidos do público britânico para antológicas apresentações em seu clube que durou até o fim da década de 50.

Em 1961, eles fundaram o Blues Incorporated, que inicialmente tinha a proposta informal de apenas animar as noites do Marquee Club, nova residência da banda. A Blues, Inc. teve em sua primeira formação o cantor Long John Baldry (nascido John William Baldry em 12 de janeiro de 1941 em East Haddon, Northamptonshire, Inglaterra), o baixista Jack Bruce (nascido John Symon Asher Bruce em 14 de maio de 1943 em Bishopbriggs, Lanarkshire, Escócia), o saxofonista Dick Heckstall-Smith (nascido Richard Malden Heckstall-Smith em 16 de setembro de 1934 em Ludlow, Shropshire, Inglaterra) e o baterista Charlie Watts (nascido Charles Robert Watts em 2 de junho de 1941 em Kingsbury, Londres, Inglaterra).

Além da formação propriamente dita, eles recebiam vários convidados em memoráveis Jam Sessions como os cantores Art Wood (que às vezes substituía Baldry como vocalista do Blues, Inc.), Eric Burdon e Mick Jagger, os guitarristas Eric Clapton, Keith Richards, Peter Green e Brian Jones, entre muitos outros. Uma das apresentações do Blues, Inc. chamou a atenção do produtor e promoter Jack Good que conseguiu para a banda a gravação do álbum R&B from the Marquee [ vamos fazer uma resenha num post futuro, OK?], e 1962, que não chegou a ser um sucesso comercial, mas vale pelo registro primitivo da banda.

A dupla Korner-Davies tornou-se conceituada na cena blueseira londrina e criou no Ealing Club um espaço para bandas emergentes chamado “The Rhythm and Blues Night”. Foi ali que surgiram bandas que foram o alicerce do Rock Britânico dos anos 60 como Rolling Stones, Metropolis Blues Quartet (depois The Yardbirds) e Bluebreakers de John Mayall, entre outros nomes. Em 1963, o batera Watts saiu e juntou-se à formação clássica dos Rolling Stones. Indicou o competente Ginger Baker (nascido Peter Edward Baker em 19 de agosto de 1939 em Lewisham, South London, Inglaterra) para o seu lugar.

Conclui no próximo post

Cyril Davies e Alexis Korner, os pais do Rock Britânico (ao fundo, Charlie Watts, futuro batera dos Stones) crédito da foto: http://www.ealing-club.com/wp-content/uploads/cyril-alexis-charlie.jpg

Cyril Davies e Alexis Korner, os pais do Rock Britânico (ao fundo, Charlie Watts, futuro batera dos Stones)
crédito da foto: http://www.ealing-club.com/wp-content/uploads/cyril-alexis-charlie.jpg

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Musical Review, o retorno

Nos idos de 2010, eu estava no auge do pensamento acadêmico. Assisti a algumas palestras aí deu vontade de criar um espaço virtual para falar sobre aquilo que mais amo (abaixo de Deus e minha família): música. Primeiro, criei o Biografias Musicais e o Beatles Songs, que acabei deixando de escrever posts, à medida em que eu me envolvia na faculdade de Jornalismo.

Aí em 2011, comecei o Musical Review. Nesses dois anos e tra-la-lá, escrevi biografias, iniciei séries sobre a História do Rock e sobre os Beatles, postei umas piadas musicais e a vida foi seguindo nesse rítmo.

No final de 2013, a coisa começou a ficar pesada: trabalhos e mais trabalhos, TCC, a volta da minha banda e então comecei a deixar o Musical Review em segundo plano. Quando dei por mim, o blog tinha ficado em quinto entre as minhas prioridades.

Agora a poeira assentou e todo aquele stress chegou ao fim. Fiquei dois meses sem escrever e então pensei: começo um novo blog e descontinuo o MR? Dar um reboot seria interessante e desafiador, mas então eu dei uma vislumbrada nas coisas que escrevi aqui e decidi manter o trem andando. a partir do próximo post, vou voltar a execrer minha veia literária. Parafraseando o grande Nelson Gonçalves, Blogosfera aqui me tens de regresso.

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World Rock Review: Shocking Blue, finale

O Shocking Vlue foi formado ppelo guitarrista Robbie van Leeuwen em Haia, Holanda em 1967. Forma contratados pela Polydor e gravara seu primeiro álbum, auto intitulado. Em 1968, o vocalista oreiginal Fred De Wilde deixou a banda para servir ao exército e foi subsituído pela exótica Mariska Veres, que atuava no The Bumble Bees. Em 1969, gravaram o álbum At Home e o single Venus, que consagrou a banda na Holanda e em toda a Europa, convertendo-se num verdadeiro clássico da década de 60. em seguidam vieram os álbuns Scorpio’s Dance (1970) e Third Album (1971). O baixista original Klaasje van der Wal se demitiu e foi subsituído por Henk Smitskamp.

Em 1972, gravaram o álbum Inkpot, que teve como destaque as faixas Shadows, The Queen e os covers Tobacco Road (John P. Laudermilk) e Jambalaya (Hank WilliamsBrenda Lee). Nesse mesmo ano,  saiu seu primeiro álbum ao vivo, Live in Japan. Robbie van Leeuwen continuava descontente com a escassez de hits.

Em 1973,  saíram o álbum Attila e os singles Rock in the Sea/ Broken HeartEve and the Apple / When I was a Girl. A situação começou a ficar insustentável no âmbito interno e aí aconteceu o impensável: Robbie, o fundador e principal letrista da banda saiu do Shocking Blue, mas a banda decidiu seguir em frente, contratatndo o guitarrista Martin van Wijk. No ano seguinte, saiu o derradeiro álbum Good Times. Aí foi a vez da vocalista Mariska Veres deixar o barco para começar sua carreira solo. Sem uma liderança, o SB se desmanchou.

Robbie van Leeuwen formou a banda Galaxy-Lin e chegou a produzir um trabalho individual da ex-colega Mariska, que decolou em sua carreira sem o SB, lançando singles de sucesso na Holanda. Em 1979, após um lapso de 7 anos, os integrantes da formação clássica (Robbie, Mariska, Klaasje e Cor van der Beek) voltaram a se reunir para gravar o single inédito Louise, o que seria o primeiro passo para a volta triunfal do Shocking Blue. Só que o tal disco não foi lançado e o projeto foi cancelado.

Em 1984, 10 anos depois do último disco lançado, o Shocking Blue finalmente se reuniu para uma série de shows saudosistas, onde tinham no repertório dois clássicos do Jefferson Airplane, Somebofy to Love e White Rabbit. A criatura pagava tributo à criadora. Depois, voltaram a seus projetos individuais. Em 1993, Mariska trouxe o SB de volta á vida, mas sem nenhum outro membro originalm as com a permissão e as bênçãos do amigo Robbie para usar o nome da banda num disco chamado Body and Soul. Assim, a banda, rebatizada The Shocking Blue Jazz Quintet, participou de inúmeros eventos de revival dos anos 60 e 70, especialmente na Alemanha.

Apos anos de atuação frente ao revitalizado Shocking Blue, infelizmente a charmosa e talentosa Mariska Veres perdeu a batalha para o câncer e faleceu no dia 2 de dezembro de 2006. A voz maravilhosa e característica do SB calou-se definitivamente.

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World Rock Review: Shocking Blue

Inauguramos uma nova seção no nosso blog que fala sobre bandas e artistas de Rock que surgiram fora do eixo EUA-Grã Bretanha, mas que escreveram seu nome na história da música. Para começar, vamos falar de uma das mais badaladas bandas da segunda metade da década de 60 que foi formada na Holanda e teve um grande estouro com o hit Venus. Começa aqui a história do Shocking Blue.

Em 1967, quando a onda psicodélica tomou conta do mundo a partir do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band dos Beatles, em Haia, Holanda o guitarrista Robbie van Leeuwen (nascido no dia 29 de outubro de 1944 em Haia, Holanda), egresso do grupo The Motions resolveu formar uma nova banda, chamando para a empreitada o cantor Fred De Wilde, o baixista Klaasje van der Wal e o batera Cor van der Beek. O quarteto foi batizado Shocking Blue e começou a se apresentar em alguns lugares nos arredores de Haia. Chamaram a atenção da gravadora Polydor e gravaram seu primeiro álbum, auto intitulado, que tinha composições de autoria de Robbie como Love is in the AirLucy Brown is Back in Town (o hit do disco) e os covers That’s All Right Mama (Arthur Crudup), sucesso de Elvis Presley e Rockin’ Pneumonia And The Boogie Woogie Flu (Huey Piano Smith), um hit menor de Johnny Rivers.

Em 1968,  o empresário da banda foi a uma festa animada pela banda The Bumble Bees e ficou impressionado com a vocalista Mariska Veres (nascida no dia 1º de outubro de 1947 em Haia, Holanda). Isso veio bem a calhar pois o vocalista do SB, Fred De Wilde acabou deixando a banda para servir ao exército. Mariska aceitou o convite e se tornou a nova figura de frente.

No ano seguinte, acolhendo a influência do Jefferson Airplane, a partir da figura exótica de sua nova vocalista, a banda gravou seu segundo álbum At Home, que tinha o clássico da banda Love Buzz, que foi regravado pela banda Nirvana (a dos anos 60) e o cover Boll Weevil Song de Brook Benton. O álbum não teve muita visibilidade, mas um single lançado no mesmo ano, foi um verdadeiro estouro e se tornou um clássico absoluto do Rock and Roll: Venus. A banda alcançou o sucesso nacional e a música foi muito bem na Alemanha. Depois estourou na Inglaterra e o Shocking Blue virou sensação. Lançaram outro single bem sucedido, Mighty Joe/Wild Wind.

Em 1970, a banda lançou Scorpio’s Dance, mantendo o mesmo pique do annterior e se consolidando em primeiro lugar em seu páis de origem, com destaque para Scorpio’s Dance (First Movement) e o cover de Hank CochranSally Was a Good Old Girl. O sucesso mesmo foi o single Never Marry a Railroad Man, outro clássico da banda.

Em 1971, saiu o Third Album, com destaque para Shocking You e I Saw Your Face. Nessa época, o guitarrista Leo van de Ketterij chegou a integrar a banda mas saiu no ano seguinte. Apesar da boa visibilidade que a banda tinha, o líder van Leeuwen se queixava do descofnroto das viagens de trem para compromissos do SB e da falta de hits, com a banda se escorando em Venus, seu clássico de dois anos antes. O baixista Klaasje van der Wal foi o primeiro a pedir as contas e foi subsituído por Henk Smitskamp.

Conclui no próximo post

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Rock Brasil Review: Titãs, finale

Em 2002, os Titãs tiveram mais uma baixa em seu line up. O baixista Nando Reis deixou a banda alegando ainda estar chocado com a morte do amigo e colega Marcelo Fromer no ano anterior. Há quem diga que Nando estava descontente com os rumos musicais tomados pela banda em 1993. Em 2003, reduzidos a um quinteto, os Titãs gravaram o álbum Como Estão Vocês?, que teve vendas inferiores ao disco anterior. Em 2005, saiu MTV ao Vivo: Titãs. Em 2008, foi lançado Paralamas e Titãs: Juntos e Ao Vivo, segundo show conjunto dos dois terços da Trinca de Ouro do Rock Brasil.

Em 2009, após um hiato de seis anos, os Titãs assinaram com a gravadora Arsenal Music e gravaram o álbum de inéditas Sacos Plásticos. Dessa feita, a produção ficou a cargo de Rick Bonadio, que tem no currículo trabalhos com os Mamonas Assassinas e Ira!, entre outros. A banda resolveu dispensar os músicos de apoio Emerson VillaniLee Marcucci (que atuavam como substitutos não-oficiais de Marcelo Fromer e Nando Reis) e assim, Paulo Miklos assumiu a guitarra rítmica e  Branco Mello passou a tocar o baixo, dividindo a tarefa com Sérgio Britto, que assumiu de vez os teclados. Destacam-se as músicas Antes de Você (Miklos), Porque Eu Sei que é Amor (Britto, Miklos) e A Estrada (Bellotto, Britto). O disco teve um desempenho fraco (60.000 cópias vendidas). Nesse mesmo ano, foi lançado o documentário  A Vida Até Parece uma Festa que conta toda a saga da banda desde seus primórdios. O filme foi muito elogiado pela crítica.

Em 2010, a banda teve outra baixa: o batera de longa data Charles Gavin decidiu sair dos Titãs alegando motivos pessoais. Segundo Tony Bellotto escreveu em nota oficial para a imprensa, Charles teria dito que “é difícil envelhecer numa banda de Rock”. A banda recrutou o baterista de estúdio Luiz Frabre e pôs o pé na estrada com a turnê Sacos Plásticos. No ano seguinte, voltaram a fazer uma dobradinha fenomenal com os Paralamas no Rock in Rio IV.

Em 2012, a banda comemorou em grande estilo os 30 anos de seu primeiro show. Começou com a turnê Cabeça Dinossauro 2012, onde tocaram na íntegra um dos mais consagrados discos da história da banda. Isso deu origem ao álbum ao vivo, homônimo, gravado num show ocorrido no lendário Circo Voador. Foi o primeiro produto da gravadora criada pela banda, Titãs-Diversão e Arte. No dia 6 de outubro, no Espaço das Américas, em Sampa, aconteceu o auge da comemoração, quando os Titãs ativos se reuniram aos ex-companheiros Arnaldo Antunes, Nando Reis e Charles Gavin, para euforia dos fãs mais fanáticos. Nesse ano também saiu o álbum Titãs e Xutos e Pontapés Ao Vivo no Rock in Rio, onde os titânicos tocaram junto com uma das mais lendárias bandas do Rock Português.

Os Titãs chegam a 2013 com uma energia invejável, sendo respeitados por novas gerações e até pelos mais veteranos roqueiros de plantão. Sua nova turnê Titãs Inéditos 2013 está a pleno vapor. desde que foi divulgado que a banda faria seis apresentações no Sesc Pompeia, os ingressos esgotaram em poucas horas.  Nada mal para nossos titânicos herois que prometem muitos e muitos anos de “Diversão e arte/Para qualquer parte/Diversão, balé/Como a vida quer” (trecho de Comida)

Fontes:

Wikipedia

http://titas.net/

Titãs em 2013: firmes como um quarteto crédito: http://www.portalsucesso.com.br/wp-content/uploads/2013/09/titas-2013.jpg

Titãs em 2013: firmes como um quarteto
crédito: http://www.portalsucesso.com.br/wp-content/uploads/2013/09/titas-2013.jpg

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Rock Brasil Review: Titãs, parte 5

Em 1995, após um ano de férias, os Titãs lançaram o álbum Domingo, que teve uma mudança na estética sonora da banda. Nos dois anos seguintes, a banda só fez shows e tocaram no Acústico MTV,  recheado de participações especiais, que foi um enorme sucesso de vendas na história da banda. Em 1998, gravaram Volume 2, uma especie de continuação do Acústico.  Em 1999, saiu o álbum de tributos As Dez Mais e em 2001,  durante as sessões de gravação do novo álbum, a banda sofre uma trágica baixa: o guitarrista e fundador Marcelo Fromer morreu vítima de um atropelamento. Em luto, a banda finalizou e lançou o álbum  A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana.

Em 2001, em meio à gravação do disco, a morte de Marcelo foi um grande baque na banda, que teve que repensar o que fazer após a perda de um dos principais compositores e músicos dos Titãs. Tony Bellotto, a princípio, pensou em tocar as duas guitarras no estúdio. Depois cogitaram que Branco e Miklos se revezassem no instrumento. A decisão final da bnda foi chamar o excelente Emerson Villani (Funk Como Le Gusta), que inclusive já havia substituído Marcelo em outras ocasiões.

No ano seguinte,  os Titãs tiveram outra baixa importante. O compositor e baixista Nando Reis, anunciou sua saída da banda, alegando estar ainda abalado com as mortes do amigo Marcelo Fromer e de sua amiga e protegida Cássia Eller. Porém,  sua saída dos Titãs tem raízes muito profundas resultantes do seu descontentamento com a estética assumida pela banda desde 1993, quando lançaram o álbum Titanomaquia.

Em 2003, reduzidos a um quinteto, os Titãs gravaram o álbum Como Estão Vocês, produzido pela banda junto com o amigo de sempre Liminha. A guitarra e o baixo ficaram a cargo dos músicos Emerson Villani e Lee Marcucci (famoso por ter integrado as bandas  Tutti Frutti e Rádio Taxi), que assumiram o posto durante as turnês dos Titãs. Destacam-se as faixas Enquanto Houver Sol (Britto), Eu Não Sou um Bom Lugar (Bellotto, Mello), Provas de Amor e Vou Duvidar (Britto). Vendeu 100.000 cópias e ganhou outro Disco de Ouro.

Em 2005, saiu MTV ao Vivo (Titãs), produzido por Jack Endino. No disco, vários clássicos titânicos como Flores, Lugar Nenhum e Epitáfio, além das inéditas  O Inferno São Os OutrosAnjo Exterminador e Vossa Excelência (composta em meio à crise política deflagrada pelo famigerado escândalo do mensalão), todas assinadas pelos Titãs. Mostrando que a parceria Titãs/MTV não é fraca, o disco teve 200.000 cópias vendidas.

Em 2008, reencontraram os velhos amigos dos Paralamas e resulveram fazer uma turnês conjunta, relembrando os velhos tempos. Um dos shows, ocorrido na Marina da Glória, Rio de Janeiro, resultou no álbum Paralamas e TitãsJuntos e Ao Vivo. Um dos atrativos do show é a interpretação dos clássicos titânicos e paralâmicos em misturas marcantes como Ska/Sonífera Ilha e Selvagem/Polícia e nas bandas tocando juntas, além de contar com as participações do guitarrista Andreas Kisser (Sepultura), Samuel Rosa (Skank) e o ex-Titã Arnaldo Antunes.

Conclui no próximo post

Titãs em 2005: cicno caras e o Rock and Roll Foto: Marcelo Barabani/AE

Titãs em 2005: cicno caras e o Rock and Roll
Foto: Marcelo Barabani/AE

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Rock Brasil Review: Titãs, parte 4

Em 1988, os Titãs lançaram o álbum ao vivo Go Back e se apresentaram no Hollywood Rock. Em 1989, gravaram o álbum O Blesq Blom, derradeiro álbum com a produção do 9º Titã Liminha. Depois de um ano só fazendo shows, a banda gravou o álbum Tudo ao Mesmo Tempo Agora, produzido pela banda, que foi ruim em vendas e foi bombardeado pela crítica. Em 1992, fizeram um show conjunto com os Paralamas do Sucesso no Hollywood Rock daquele ano. Arnaldo Antunes anunciou sua saída da banda, em meio à gravação do álbum Titanomaquia, lançado em 1993.

Após um período de férias em 1994, os Titãs voltaram à toda em 1995 para a gravação do álbum Domingo, que marcou uma mudança significativa na sonoridade da banda. Produzido novamente por Jack Endino, o disco contou com pariticpações prá lá de especiais: Herbert Vianna e João Barone (Paralamas do Sucesso), Andreas Kisser e Igor Cavalera (Sepultura) e o velho amigo e ex-produtor Liminha. Também participaram os músicos Sérgio Bonela (vocais) e Marcos Suzano (percussão). Destacam-se as faixas:  Brasileiro (Mello, Gavin Britto, Bellotto), Tudo em Dia (Arnaldo Antunes, Mello, Britto), além dos covers  Eu Não Aguento (da banda Tiroteio) e Rock Americano (da dupla de repentistas Mauro e Quitéria) e a faixa-título (Britto, Bellotto). O álbum teve boa vendagem (250.000 cópias) e ganhou um Disco de Ouro.

Nos nos de 1995 e 1996, os Titãs se dedicaram a shows e aparições em programas televisivos, até serem convidados para gravar um Acústico MTV em 1997, em comemoração aos 15 anos da banda. Contou com uma orquestra de cordas e metais. Participaram do trabalho o ex-colega Arnaldo Antunes, o ex-produtor Liminha, o cantor argentino Fito Paez, as cantoras Marisa Monte e Rita Lee e o cantor de reggae Jimmy Cliff. Foram escolhidas músicas de vários álbuns da banda, com destaque para a repaginada Pra Dizer Adeus do álbum Televisão, cuja sonoridade no formato acústico agradou geral. Tanto que o álbum vendeu 1, 7 Milhão de cópias, a maior vendagem da história da banda e do Acústico MTV até então. O álbum foi dedicado á memória dos Mamonas Assassinas, que haviam falecido no ano anterior.

Em 1998, ainda sob a influência do Acústico MTV, a banda gravou o álbum Volume Dois, uma mistura de canções que apareceram nos álbuns anteriores e canções ainda inéditas, escritas na época em que Arnaldo Antunes era um Titã. Novamente, contaram com uma orquestra de cordas e metais e com participações especiais de Liminha (vários instrumentos), Eumir Deodato (arranjos), Flávio Guimarães (gaita) e Fat Family (vocais), entre outros. Destacam-se as inéditas Sua Impossível Chance (Nando Reis) e Amanhã Não Se Sabe (Sérgio Britto), além da repaginada Insensível (Britto) do álbum Televisão e o cover É Preciso Saber Viver (Roberto e Erasmo Carlos). Resultado: 800.000 cópias vendidas e a descoberta da banda por uma nova geração. A banda ganhou o Troféu Imprensa como Melhor Conjunto Musical do ano de 1998.

Em 1999, os Titãs decidiram lançar um álbum de tributos, o primeiro de sua história que recebeu o nome As Dez Mais, outra produção de Jack Endino. Aqui, os Titãs apresentam os covers Gostava Tanto de Você (Edson Trindade) do Soulman Tim Maia, Sete Cidades (Legião Urbana), Rotina (Inocentes), Querem Acabar Comigo (Roberto Carlos), Pelados em Santos (Mamonas Assassinas), Ciúme (Ultraje a Rigor) e Aluga-se (Raul Seixas), entre outras. Foi outro sucesso de vendas (500.000 cópias), mas foi malhado pela crítica. Nesse ano, saiu o álbum ao vivo Sempre Livre Mix: Titãs e Paralamas Juntos Ao Vivo, produzido por Léo Garrido. Foi o primeiro registro conjunto dos dois pesos pesados do Rock Brasil.

Em 2001, a banda assinou com a Abril Music , mas a tragédia se abateu sobre os titânicos, em meio à produção de um novo álbum. No dia 11 de junho de 2001, o guitarrista e co-fundador dos Titãs Marcelo Fromer foi atropelado por um motociclista e ficou em estado grave no hospital, vindo a falecer dois dias depois, aos 39 anos. Apesar de profundamente abatidos pela perda, a banda continuou os trabalhos do disco e assim saiu o álbum A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana, uma crítica a pseudo-celebridades que teimam em ter seus 15 segundos de fama. Na produção, o norte americano Jack Endino, produzindo mais um trabalho dos Titãs. Destacam-se a corrosiva e crítica faixa-título (Mello, Britto), além de Epitáfio (Sérgio Britto), O Mundo é Bão, Sebastião (Nando Reis) e Isso (Tony Bellotto). O disco vendeu 250.000 cópias e os Titãs foram agraciados de novo com um Disco de Ouro.

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Marcelo Fromer:  adeus a um Titã

Marcelo Fromer: adeus a um Titã

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Rock Brasil Review: Titãs, parte 3

Em 1985, os Titãs gravaram o segundo álbum Televisão, que apesar de ter alguns clássicos da banda, teve fraca vendagem. Nesse ano, Arnaldo Antunes e Tony Bellotto foram presos por porte e tráfico e heroína. O guitarrista foi liberado logo e o vocalista ficou um mês preso, fazendo com que a banda desmarcasse diversos shows. Chegaram até a pensar em acabar com a banda, mas decidiram continuar em frente, contando com a produção de Liminha (ex-Mutantes). Vieram então os álbuns Cabeça Dinossauro (1986) e Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas (1987) de orientação mais pesada, que colocaram os Titãs na crista da onda.

Em 1988, os Titãs fizeram shows no Brasil e no exterior e lançaram seu primeiro álbum ao vivo Go Back. Os Titãs fizeram uma memorável apresentação no festival Hollywood Rock (cuja segunda edição aconteceu mais de uma década após a anterior, de 1975) ao lado de expoentes do Rock Brasil como Paralamas do Sucesso, Ira! e Ultraje a Rigor, além de Lulu Santos e Marina Lima ao lado de feras internacionais como Pretenders, Simply Red, Robert Palmer, Duran Duran, Simple Minds e UB-40.

Em 1989, veio O Blesq Blom, o ápice da parceria dos Titãs com o produtor Liminha. O som mais pesado dos dois anteriores ficou em segundo plano para que a banda fizesse alguns experimentalismos. Uma das músicas do disco, Miséria (Antunes, Miklos, Britto) contou com a participação do casal de repentistas nordestinos Mauro e Quitéria, descoberto pela banda numa praia em Recife, PE. O próprio nome do disco foi sugerido por Mauro e segundo ele, significava “os primeiros homens que andaram sobre a terra”. Destacam-se também Flores (Gavin, Miklos, Britto e Bellotto), O Pulso (Antunes, Fromer, Bellotto) e 32 Dentes (Mello, Fromer, Britto). O disco vendeu 400.000 cópiaas e a banda levou mais um Disco de Ouro.

Depois de passares o ano de 1990 tocando em turnês e em programas de TV, os Titãs voltaram ao estúdio em 1991 para gravar o álbum Tudo ao Mesmo Tempo Agora, uma volta à sonoridade de Cabeça Dinossauro e Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas. O produtor Liminha foi dispensado, depois de três álbuns arrasadores e a banda cuidou da produção do disco. Destacam-se Uma Coisa de cada Vez (Antunes), Isso pra Mim é Perfume (Reis) e a escatológica Saia de Mim (outra do Arnaldo). Apesar do vigor do som sujo da Cena de Seattle, o momento era de crise na indústria fonográfica brasileira e o Rock por aqui também estava em baixa. O disco foi um verdadeiro fracasso em vendas (150.000 cópias) e foi massacrado pela crítica. Apesdar disso, os shows da banda iam de vento em popa.

Em 1992, os Titãs fizeram um tour-de-force com os Paralamas do Sucesso e participaram na nova edição do Hollywood Rock, que também contou com Lulu Santos, Cidade Negra, Barão Vermelho e as atrações internacionais Living Colour, EMF, Extreme e Skid Row. Essa apresentação conjunta dos dois terços da Trindade do Rock Brasil aconteceu em outros shows na forma de jam sessions ocorridas nas respectivas turnês das bandas. No final do ano, em meio às sessões de um novo álbum veio a bomba: Arnaldo Antunes, um dos fundadores dos Titãs saiu da banda alegando que queria centrar forças em seis projetos individuais. Os Titãs viraram um septeto.

Em 1993, saiu Titanomaquia, que contou com a produção do conhecido Jack Endino (que trabalhou com as bandas do Som de Seattle), com uma sonoridade muito mais pesada que a de costume. O nome do álbum (Guerra dos Titãs) trata de um episódio da Mitologia Grega quando os Titãs, deuses ancestrais, declararam guerra a Zeus, o senhor do Olimpo. Destacam-se as faixas Será que é Isso que Eu Necessito (Britto), com vocais praticamente “vomitados” por Sérgio Britto; Disneylândia (Antunes, Britto, Miklos), Hereditário (Antunes, Bellotto, Reis) e Felizes são os Peixes (Mello, Britto). As vendas também foram modestas, mas a crítica pegou leve e elogiou o disco.

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Rock Brasil Review: Titãs, parte 2

Alguns estudantes do Colégio Equipe, que tinham projetos musicais próprios resolveram se unir para formar um grupo de Rock atípico com 9 integrantes (seis deles vocalistas). A banda, chamada de Os Titãs do Iê-Iê começou a tocar no cirtcuito alternativo em 1982 e dois anos depois assinou contrato com a gravadora WEA. Nesse ínterim, um dos vocalistas, Ciro Pessoa, deixou a banda, que decidiu se firmar como um octeto e dimimuir o nome para Titãs, simplesmente, gravando seu primeiro álbum, auto intitulado. O batera André Jung saiu e foi substituído por Charles Gavin.

Em 1985, saiu o segundo álbum dos Titãs, Televisão, com a produção de Lulu Santos, que também tocou guitarra em algumas faixas. Escolher Lulu (ex-Vímana) era uma estrategia da banda para granjear o repspeito do público carioca que execrou o primeiro álbum. A realização do álbum foi tensa pois aconteciam atritos entre o produtor e a banda. O competente Leo Gandelman tocou sax em algumas músicas. A faixa título (Antunes, Fromer, Belotto), verdadeiro clássico titânico, faz uma deliciosa homenagem ao comediante Ronald Golias e seu personagem mais marcante, o Pacífico com seu bordão “Ô Cride!Fala pra Mãe” . Também fazem parte do disco as músicas Insensível (Britto), Não vou me Adaptar (Antunes) e Pra Dizer Adeus (Reis, Belotto), outros hits obrigatórios da banda. O disco foi outra bola fora em termos de vendas (25.000 cópias). Não foi dessa vez que a banda emplacou nas paradas.

Nesse ano, aconteceu um episódio marcante na banda. Tony Bellotto e Arnaldo Antunes foram presos por porte e tráfico de heroína. O guitarrista foi liberado logo mas o cantor e compositor ficou um mês em cana, o que fez com que vários shows fossem desmarcados. Além disso, a banda perdeu a aura de “inocência” que tinha junto à mídia e seus membro chagaram a cogitar o fim dos Titãs. Mas os bravos músicos não se deixaram abater. Voltaram ao estúdio contando com a produção de Liminha (ex-baixista que fez parte dos Mutantes). Só que uma declaração de Branco Mello, dizendo que os discos produzidos por Liminha eram sempre uns parecidos com os outros, quase colocou tudo a perder.

Em 1986, decidiram mudar a estética da banda, adotando uma sonoridade mais pesada, o que ficou refletido no álbum Cabeça Dinossauro, produzido por Liminha, Pena Schmidt e Vítor Farias. Além do hit irreverente Homem Primata (Fromer, Reis, Britto), e do Punk Rock da faixa título (Antunes, Mello, Miklos), Polícia (Bellotto) e AA UU (Britto, Fromer), também mandaram ver no Funk em Bichos Escrotos (Antunes, Britto, Reis) e Estado Violência (primeira composição de Charles Gavin para a banda), além de criticar a religião em Igreja (Nando Reis). Essa última causou um embate dentro da banda entre Arnaldo, que acreditava em Deus e na religião e Nando Reis, abertamente ateu. Nos shows da banda, na hora em que tocavam essa faixa, Antunes se retirava do palco num protesto silencioso. Nessas alturas, o produtor Liminha era considerado o 9º Titã, pela pericipação em shows da banda.

No início, as rádios e as emissoras de TV se recusavam a divulgar o disco por seu tom agressivo e o começo da turnê com repepção fria fazia cerer que disco seria uma “bomba” no pior sentido da palavra. Porém, a coisa começou a mudar de figura e a banda começou a atrair público com suas performances pesadas, o que passou a refeltir na vendagem do álbum (500.000 cópias vendidas). Os veículos de mídia reviram sua posição e lá estavam os oito titânicos mostrando suas músicas ao público. Os Titãs passaram a ser uma das bandas favoritas do emergente Rock Brasil.

Em 1987, saiu o quarto disco da banda, Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas, usando a mesma estética do anterior. A produção fiocu por conta de Liminha que também tocou baixo e sintetizador em alfumas faixas. Alé, da extensa faixa-título (Fromer, Reis), destacam-se outros clássicos da banda: Comida (Antunes, Fromer, Britto), Diversão (Reis, Britto), Desordem (Gavin, Fromer, Britto), Nome aos Bois (Antunes, Fromer, Reis, Bellotto) e Lugar Nenhum (Antunes, Gavin, Fromer, Britto, Bellotto). Foi outro grande sucesso de público e crítica, tendo vendido 400.000 cópias. A turnê do álbum foi igualmente concorrida.

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Televisão: o segundo álbum dos Titãs crédito: http://www.qualquermusica.com/site/images/albums/titas-85.jpg

Televisão: o segundo álbum dos Titãs
crédito: http://www.qualquermusica.com/site/images/albums/titas-85.jpg

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