Arquivo da tag: anos 60

Blues Incorporated: os primórdios do Rock Britânico, parte 1

Os ingleses tornaram-se aficcionados do Jazz, estilo musical oriundo de sua ex-colônia, os EUA no início da década de XX, fazendo surgir uma geração de músicos que formaram inúmeros ensembles por todo o Reino Unido. De tanta paixão pelo Jazz, os britânicos se auto-proclamaram guardiões de seu legado. Surgiu assim um grupo conhecido como “os Puristas do Jazz Britânico, que combateram veemente o Blues Urbano e eletrificado dos EUA.

Uma das bandas de Jazz mais conhecidas do reino Unido era a Chris Barber Jazz Band, que contou com inúmeros músicos de primeira linha em suas fileiras, dentre os quais o guitarrista Alexis Korner (nascido Alexis Andrew Nicholas Koerner em 19 de abril de 1928 em Paris, França) e o cantor e gaitista Cyril Davies (nascido em 23/01/1932 em Denham, Buckinghamshire, Inglaterra), confessos apreciadores do Blues e do R&B dos EUA.

Execrados pelos puristas jazzísticos, em 1955, Korner e Davies decidiram atuar como dupla e criaram um clube exclusivo para os amantes do Blues em Londres, o qual batizaram The Barrelhouse Club. Também gravaram um disco juntos em 1957 e trouxeram diversos bluesmen do outro lado do Atlântico, totalmente desconhecidos do público britânico para antológicas apresentações em seu clube que durou até o fim da década de 50.

Em 1961, eles fundaram o Blues Incorporated, que inicialmente tinha a proposta informal de apenas animar as noites do Marquee Club, nova residência da banda. A Blues, Inc. teve em sua primeira formação o cantor Long John Baldry (nascido John William Baldry em 12 de janeiro de 1941 em East Haddon, Northamptonshire, Inglaterra), o baixista Jack Bruce (nascido John Symon Asher Bruce em 14 de maio de 1943 em Bishopbriggs, Lanarkshire, Escócia), o saxofonista Dick Heckstall-Smith (nascido Richard Malden Heckstall-Smith em 16 de setembro de 1934 em Ludlow, Shropshire, Inglaterra) e o baterista Charlie Watts (nascido Charles Robert Watts em 2 de junho de 1941 em Kingsbury, Londres, Inglaterra).

Além da formação propriamente dita, eles recebiam vários convidados em memoráveis Jam Sessions como os cantores Art Wood (que às vezes substituía Baldry como vocalista do Blues, Inc.), Eric Burdon e Mick Jagger, os guitarristas Eric Clapton, Keith Richards, Peter Green e Brian Jones, entre muitos outros. Uma das apresentações do Blues, Inc. chamou a atenção do produtor e promoter Jack Good que conseguiu para a banda a gravação do álbum R&B from the Marquee [ vamos fazer uma resenha num post futuro, OK?], e 1962, que não chegou a ser um sucesso comercial, mas vale pelo registro primitivo da banda.

A dupla Korner-Davies tornou-se conceituada na cena blueseira londrina e criou no Ealing Club um espaço para bandas emergentes chamado “The Rhythm and Blues Night”. Foi ali que surgiram bandas que foram o alicerce do Rock Britânico dos anos 60 como Rolling Stones, Metropolis Blues Quartet (depois The Yardbirds) e Bluebreakers de John Mayall, entre outros nomes. Em 1963, o batera Watts saiu e juntou-se à formação clássica dos Rolling Stones. Indicou o competente Ginger Baker (nascido Peter Edward Baker em 19 de agosto de 1939 em Lewisham, South London, Inglaterra) para o seu lugar.

Conclui no próximo post

Cyril Davies e Alexis Korner, os pais do Rock Britânico (ao fundo, Charlie Watts, futuro batera dos Stones) crédito da foto: http://www.ealing-club.com/wp-content/uploads/cyril-alexis-charlie.jpg

Cyril Davies e Alexis Korner, os pais do Rock Britânico (ao fundo, Charlie Watts, futuro batera dos Stones)
crédito da foto: http://www.ealing-club.com/wp-content/uploads/cyril-alexis-charlie.jpg

Deixe um comentário

Arquivado em Rock Britânico

Mersey Beat Review: The Searchers, finale

Em 1966, com a saída de Chris Curtis, a banda recrutou o batera John Blunt como substituto. Gravaram mais dois singles que figuraram nas paradas, Take it or Leave it e Have You Ever Loved Somebody. Nos anos seguintes só ladeira abaixo em termos fonográficos, pois eles continuaram fazendo shows com êxito. Assinaram com a Liberty Records, mas isso não melhorou as vendagens de discos. Nos anos 70, assinaram com a Sire Records e gravaram os álbuns The Searchers (1979) e Hungry Hearts (1981). Em 1985, Mike Pender, membro fundador, deixou a banda, sendo substituído por Spencer James (ex-First Class).

Mesmo não tendo o mesmo reconhecimento midiático que seus compatriotas, os Rolling Stones, os Searchers continuaram arrasando nos palcos, sendo muito queridos pelas plateias britânicas e sendo uma das únicas bandas remanescentes da Cena de Liverpool, junto com Gerry & The Pacemakers. Atravessaram as décadas de 80 e 90 fazendo shows de revival. Em 1998, houve uma mudança no line up: saiu o batera Billy Adamson (na banda desde 1969) e entrou Eddie Roth, que ficou doze anos na banda.

O fundador Mike Pender fez parte, no fim dos anos 80, da superbanda The Corporation, também conhecida como The Traveling Wrinklies (uma brincadeira com a banda Traveling Wilburys, formada por George Harrison, Bob Dylan, Tom Petty, Roy Orbison e Jeff Lynne), formada pelos feras Brian Poole (Tremeloes), Clem Curtis (The Foundations), Tony Crane (The Merseybeats) e Reg Presley (The Troggs), um verdadeiro Quem é Quem do Rock Britânico dos anos 60. Depois formou Mike Pender’s Searchers, que existe até hoje.

Em 2002, saiu o último disco da banda, Back Door Sessions. No dia 18 de agosto de 2003,  faleceu o baixista, vocalista e membro fundador dos Searchers Tony Jackson. Quase dois anos depois, no dia 28 de fevereiro de 2005, também se foi o baterista Chris Curtis, que havia se afastado do mainstream depois de muitos projetos malsucedidos na música. No dia 11 de novembro de 2010, o ex-baixista Tony West, outro músico que fez parte do primódios foi outra trágica perda. 

Em pleno século XXI, o insistente e intrépido líder John McNally não deixou a peteca cair e os Searchers se tornaram uma das bandas mais queridas do circuito de revival da Inglaterra. Em 2010, o batera Eddie Roth saiu e foi substituído por Scott Ottaway (nascido em 1972), o membro caçula da banda. Hoje em dia, a banda chegou ao seu 55º aniversário, tendo em seu line up o fundador McNally, o guitarrista Spencer James, o baixista Frank Allen e o batera Scott. E ainda com muita lenha para queimar.

Fontes:

Wikipedia

Searchers Tour News 2024

The Searchers em 2012: meio século de Rock and Roll crédito: http://www.the-searchers.co.uk/2012%20promo%201.jpg

The Searchers em 2012: meio século de Rock and Roll
crédito: http://www.the-searchers.co.uk/2012%20promo%201.jpg

2 Comentários

Arquivado em Biografias, Deep Purple Family Tree, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Mersey Beat Review: The Searchers, parte 4

Em 1964, diante do sucesso de seus singles, os Searchers perderam seu baixista e principal vocalista Tony Jackson, que resolveu deixar a banda. Frank Allen, um velho conhecido que encontraram em Hamburgo foi chamado para substituir Jackson. Gravaram vários singles de sucesso mais os álbuns Sounds Like the Searchers Take Me For What I’m Worth. Em 1966, outro membro da formação “pediu as contas” na banda, o batera Chris Curtis, que acabou formando a banda Roundabout, raiz do Deep Purple.

Os Searchers então recrutaram o batera John Blunt (nascido John David Blunt no dia 20 de março de 1947, em Croydon, Surrey, Inglaterra) de estilo influenciado pelo lendário Keith Moon (The Who). Assim, gravaram seu primeiro single com a nova formação, Take it or Leave it (Jagger, Richards), um cover dos Rolling Stones. Ironicamente, o lado B do disco contou com uma composição de John McNealy, Mike Pender e Frank Allen [membros remanescentes da banda], Don’t Hide It Away, uma composição autoral, algo que o então ex-batera Chris Curtis queria na banda. O single ficou em 21º lugar na parada britânica. Nesse ano, gravaram ainda o single Have You Ever Loved Somebody (cover dos Hollies)/ I’ts Just The Way que teve um resultado regular, ficando em 48º no reino Unido e em 94º nos EUA. Foi a última vez que a banda apareceu nos charts britãnicos.

Em 1967, a banda gravou alguns singles: Popcorn, Double Feature/Lovers, Western Union (cover do Five Americans/I’ll Cry Tomorrow  e Secondhand Dealer/Crazy Dreams, todos com resultados pífios, nem chegando aos charts. Nessa altura, a banda assinou com a Liberty Records, mas começou a sumir nas paradas, embora continuasse a fazer vários shows. Em 1968, gravaram o single Umbrella Man /Over The Weekend que também passou despercebido. Em 1969, o batera John Blunt saiu e foi substituido por Billy Adamson. Gravaram mais três singles que fracassaram em vendas: Somebody Shot the Lollipop Man (gravado com o pseudônimo Pasha), Shoot ‘Em Up Baby (cover de Andy Kim) e Kinky Kathy Abernathy.

Em 1970, gravaram outros singles que não chegaram ás paradas: For What It’s Worth (clássico do Buffalo Springfield) e Don’t Shut Me Out (cover do Bread). No ano seguinte gravaram seu último sungle a figurar nas paradas norte americanas, Desdemona/The World Is Waiting For Tomorrow (chegou ao 94º lugar). Aí os Searchers atravessaram a década de 70 fazendo shows de revival. Em 1979, a banda assinou com a Sire Records e foi lançado o álbum The Searchers, o primeiro desde Take Me For What I’m Worth (1966). Apesar de ser muito elogiado pela crítica, o disco foi péssimo em vendas.

Em 1981, gravaram o álbum Play for Today (reintitulado Love’s Melodies fora do reino Unido). Outra bola fora em termos de vendas, o que causou a demissão da banda, embora tuvessem material para um terceiro álbum pela Sire. Em 1985, outro membro fundador deixou os Searchers, o guitarrista líder Mike Pender que saiu após desentendimentos com os colegas. No ano seguinte, o guitarrista Spencer James (nascido Spencer Frederick James no dia 15 de abril de 1953 em Hayes, Middlesex, Inglaterra), ex-First Class, banda que estourou com o hit setentista Beach Baby.

Em 1988, a banda assinou com a gravadora Coconut Records e foi lançado o álbum Hungry Hearts , com a regravação de alguns hits da banda como Needles and Pins e Sweets for My Sweet. O disco também não foi bem em termos de vendas, mas os Searchers continuaram faturando como banda de revival, provando que ainda tinham muita lenha pra queimar.

Conclui no próximo post

3 Comentários

Arquivado em Biografias, Deep Purple Family Tree, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Mersey Beat Review: The Searchers, parte 3

Em 1963, saíram  os dois primeiros álbum da banda, Meet the Searchers e Sugar and Spice, que fizeram muito sucesso, além de singles que também tiveram uma ótima repercussão. Em 1964, aproveitando a alta que as bandas do Mersey Beat estavam tendo na Inglaterra e na Invasão Britânica, lançaram uma série de singles capitaneados por seus clássicos Needles and Pins e Don’t throw Our Love Away, muito bem colocados nas paradas do Reino Unido, juntamente com os álbuns It’s Searchers e Hear Hear e This is Us (esses dois últimos, exclusivos para os EUA).

Em meio a tanto sucesso, a banda sofreu uma baixa considerável: Tony Jackson, baixista/vocalista principal que fez parte do line up fundador dos Searchers, deixou a banda e foi substituído por Frank Allen (nascido Francis Renaud McNeice em 14 de dezembro de 1943 em Hayes, Middlesex, Inglaterra), um amigo que conheceram em Hamburgo, Alemanha, quando ele fez parte da banda Cliff Bennett & The Rebel Rousers.

Em 1965, a banda gravou e lançou o álbum Sounds Like the Searchers, mantendo o formato que foi adotado desde o primeiro álbim com muitos covers e uma ou outra composição autoral. Destacam-se Everybody Come And Clap Your Hand (Jeff Barry, Ellie Greenwich), Bumble Bee (LaVern Baker, Leroy Fullylove), um hit de LaVern Baker; Magic Potion (da safra dos geniais Burt Bacharach e Hal David) e If I Could Find Someone (composição do batera Chris Curtis). O disco ficou em 8º na parada britânica.

Nesse ano, gravaram vários singles como Bumble Bee (não figurou nos charts britânicos, ficou em 21º nos EUA), Goodbye My Love (originalmente gravada por Jimmy Hughes), ficou em 4º no Reino Unido e em 52º nos EUA), He’s Got No Love (12º nos charts britânicos, 79º na parada norte americana), When I Get Home (não é o clássico dos Beatles, foi originalmente gravada por Bobby Darin), ficou em 35º no Reino Unido e Take Me For What I’m Worth (um hit de P. F. Sloan, compositor de Secret Agent Man, sucesso de Johnny Rivers), ficou em 20º na parada britânica e em 76º nos charts dos EUA. Essa última nomeou o segundo álbum dos Searchers no ano.

Em 1966, a banda sofreu outra baixa importante: o baterista Chris Curtis. Um dos motivos pelos quais ele saiu teria sido o fato de suas composições serem preteridas. Sendo ele o compositor oficial de músicas autorais da banda, queria ver mais músicas próprias nos discos dos Searchers. Outro motivo teria sido cansaço por causa de ínúmeros compromissos e turnês da banda, o que o levaram a usar drogas para manter o pique. A convite do amigo Klaus Voorman (também amigo dos Beatles), morou um tempo na Suécia para “encaretar”.

De volta à Inglaterra, gravou seu primeiro single solo, Aggravation, cujas sessões contaram com Jimmy Page (guitarra) e John Paul Jones (baixo), futuros membros do Led Zeppelin, mais Joe Moretti (guitarra), ex- Johnny Kidd & The Pirates, Vic Flick (guitarra), que tocou o riff do famoso James Bond Theme e o baterista Bobby Graham que quase fez parte dos Beatles quando Pete Best foi demitido, mas preferiu tocar com Joe Brown & The Bruvvers [ainda bem!]. Depois de um outro trabalho como produtor, Curtis teve a ideia de formar uma banda com o tecladista Jon Lord (ex-Artwoods) que foi chamada Roudabout. Para mais detalhes, leiam a primeira parte da biografia do Purple aqui.

Continua no próximo post

1965:  novo disco e nova formação crédito: http://poplife-shop.de/Bilder/611132.JPG

1965: novo disco e nova formação
crédito: http://poplife-shop.de/Bilder/611132.JPG

2 Comentários

Arquivado em Biografias, Deep Purple Family Tree, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Mersey Beat Review: The Searchers, parte 2

John McNally formou uma banda de Skiffle com alguns amigos em 1957. Em 1960, com a saída de alguns membros, McNally e o vocalista Big Ron Woodbridge chamaram um velho amigo, o guitarrista Mike Pender mais o baixista Tony Jackson e o batera Joe Kelly e a banda recebeu o nome de The Searchers. Big Ron e Kelly saíram para as entradas de Billy Beck (mais conhecido como Johnny Sandon) e Norman McGrary. O batera nãoficou muito tempo e foi substituído por Chris Crummey (mais tarde Chris Curtis). Em 1961, Sandon deixou os Searchers para ser frontman do Remo Four e os membros restantes decidiram se manter como quarteto. Chamaram a atenção da Pye Records e gravaram seu primeiro e bem sucedido single Sweets for My Sweet.

Em 1963, em plena onda do Mersey Beat os Searchers gravaram seu primeiro álbum Meet the Searchers, produzido por Tony Hatch. Além de figurar Sweets for My sweet, o single de sucesso lançado anterirormente, o disco conta com clássicos como Love Potion Number 9 (Leiber, Stoller), grande sucesso dos Clovers; Stand By Me (King, Leiber, Stoller), originalmente gravada por Ben E. King e que foi um grande hit da carreira solo de John Lennon; Money (That’s What I Want), de Janie Bradford e Berry Gordy, original de Barrett Strong e que é considerado um clássico com os Beaatles. O álbum teve um ótima repercussão chegando ao segundo lugar nas paradas do Reino Unido.

Nesse mesmo ano, a banda gravou os singles Sweet Nothins (original de Brenda Lee)/What’d I Say (original de Ray Charles) e Sugar and Spice (Fred Nightingale)/Saints and Searchers, a primeira música, outro grande clássico da banda, gravada originalmente por Tony Hatch, que ficou em 2º lugar nos charts britãnicos e em 44º na parada dos EUA, sendo a primeira vez que os Seachers figuraram nos charts do a terra do Tio Sam.

Ainda em 1963, em seguida veio o segundo álbum Sugar & Spice, com destaque para a faixa título, Some Other Guy (Leiber, Stoller, Garrett), original de Richard Barrett que fazia parte do repertório recorrente dos Beatles; Listen To Me (Charles Hardin, Norman Petty), original de Buddy Holly & The Crickets e (Ain’t That) Just Like Me (Earl Carroll, Billy Guy) original dos Coasters que fivguour no primeiro álbum dos Hollies. O álbum alcançou o 5º lugar nos charts britânicos.

Em 1964, os Searchers lançaram singles bem sucedidos, todos clássicos da banda: Needles and Pins (Jack Nitzsche, Sonny Bono), um sucesso da cantora Jackie DeShannon/Saturday Nigh Out (primeiríssimo lugar nos charts britânicos, 13º nos EUA); Don’t Throw Your Love Away (Billy Jackson, Jimmy Wisner), original do gripo vocal The Orlons/ I Pretend I’m With You (outro nº 1 na parada do Reino Unido, 16º nos EUA); Someday We’re Gone Love Again, original de Barbara Lewis/ No One Else Could Love You (11º lugar dos charts britânicos, 34º na parada dos EUA); When You Walk In The Room (DeShannon), outro sucesso de Jackie DeShannon/I’ll Be Missing You (3º lugar no Reino Unido, 35º nos EUA) e What Have They Done To The Rain (Malvina Reynolds), original de Malvina Reynolds/ This Feeling Inside (13º nos charts britãnicos, 29º nos charts norte americanos).

Nesse ano foi lançado o álbum It’s Searchers, com destaque para It’s In Her Kiss (Rudy Clark), um clássico de Betty EverettGlad All Over (Schroeder, Bennett, Tepper), original de Carl Perkins, que os Beatles tocaram em seus programas na BBC Hi-Heel Sneakers (Robert Higginbotham), original de Tommy Tucker, além das músicas que figuraram nos singles Needles and Pins e Don’t Throw Our Love Away. O disco ficou em 4º lugar nos charts britânicos. Lançaram ainda um dois álbuns exclisuvos para o mercado dos EUA, Hear Hear! This is Us [trocadilho de “us” = nós com US = United States], que nada mais são do que coletâneas de gravações feitas na Inglaterra.

Continua no próximo post

The Searchers na linha de frente da Invasão britânica crédito: http://ukinvasion.files.wordpress.com/2011/06/searchers-on-brit-beat-boom.jpg

The Searchers na linha de frente da Invasão britânica
crédito: http://ukinvasion.files.wordpress.com/2011/06/searchers-on-brit-beat-boom.jpg

2 Comentários

Arquivado em Biografias, Deep Purple Family Tree, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Mersey Beat Review: The Searchers, parte 1

É uma das mais longevas bandas britânicas, que foi um dos destaques do Mersey Beat, embora não contasse com a administração de Brian Epstein, o empresário que levou os Beatles ao topo. Foi a segunda banda de Liverpool (depois dos Beatles) que emplacou um hit nos EUA. Também é uma das raízes da gigantesca árbore genealógica do Deep Purple. Com vocês, The Searchers.

Tudo começou em 1957 com o advento do Skiffle.  O guitarrista rítmico  John McNally (nascido no dia 30 de agosto de 1941 em Walton, Liverpool, Inglaterra) juntou-se aos amigos Brian Dolan (guitarra líder) eTony West (nascido Anthony West em 1938 em Waterloo, Liverpool, Inglaterra) , baixista, para formar uma banda com um som calcado no Country de Hank Williams, Johnny Cash e Hank Snow. O vocalista ‘Big Ron’ Woodbridge (nascido em 1938 em Liverpool, Inglaterra) e o baterista Joe Kennedy (bateria) completaram o time.

Em 1960, o grupo debandou, menos McNally  e Woodridge que se juntaram ao amigo de infância de McNally, o guitarrista líder e cantor Mike Pender (nascido Michael John Prendergast no dia 3de março de 1942) e eles recrutaram o baixista e cantor Tony Jackson (nascido Anthony Paul Jackson no dia 16 de julho de 1938 no Dingle, Liverpool, Inglaterra) e o batera Joe Kelly. O nome da banda está envolvido em controvérsias. Pender reivindica para si a ideia do nome. Segundo o guitarrista, ele e McNally assistiram ao clássico do faroeste The Searchers (no Brasil, Rastros de Ódio), estrelado por John Wayne e acharam o nome bem sonoro. Segundo McNally, a ideia para o nome da banda partiu do primeiro vocalista Big Ron. 

Nesses primeiros meses de 1960, a banda se apresentou como Tony & The Searchers. Kelly foi substituído por Norman McGrary (nascido em 1º de março de 1942 em Liverpool, Inglaterra) que por sua vez não ficou muito tempo na banda, sendo subsituído por Chris Crummey (nascido Christopher Crummey no dia 26 de agosto de 1941 em Oldham, Lancashire, Inglaterra). Big Ron foi outra baixa na banda, tendo saído se tornar cantor de baile. Para seu lugar, foi chamado Billy Beck (nascido William Beck em 1941 em Liverpool, Inhlaterra), que mudou o nome para Johnny Sandon. Aproveitando a onda, o batera Crummey mudou seu sobrenome para Curtis.

A banda começou a tocar regularmente no Iron Door Club, sob o nome Johnny Sandon & The Searchers. Também tocavam no Cavern Club que tinha os Beatles como residentes. Em 1961, Sandon deixou a banda para tocar com o Remo Four, que tinha um contrato com Brian Epsrein. McNally e Perder decidiram manter a banda como quarteto, tendo Tony Jackson como vocalista principal. No ano seguinte, eles tocaram no Star Club, em Hamburgo, Alemanha e quando voltaram a Liverpool, arrebatados pelo R&B, mudaram o direcionamento da banda, então de levada Country.

Em 1963, com o estouro dos Beatles no Reino Unido, as bandas da cena do Rio Mersey começaram a chamar a atenção dos jovens ingleses e os Searchers estavam entre os principais nomes. Voltando a tocar no Iron Door, eles despertaram o interesse da  gravadora Pye Records. Lá gravaram seu primeiro single Sweets for My Sweet (de Doc Pomus e Mort Shuman, originalmente gravada pelos Drifters)/ It’s All Been a Dream (Chris Curtis). O disco alcançou o primeiro lugar nas paradas britânicas.

Continua no próximo post

Searchers posando para um anúncio do Star Club crédito: acervo de John McNally

Searchers posando para um anúncio do Star Club
crédito: acervo de John McNally

1 comentário

Arquivado em Biografias, Deep Purple Family Tree, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Gêneses do Rock Brasileiro: A Brotolândia

Em 1959, a gravadora Young, especializada em músicas em inglês cantadas por intérpretes brasileiros. O elenco da Young era estelar: Regiany, Nick Savoia, Demétrius, Hamilton Di Giorgio, Danny Dallas e o cantor guitarrista Gato (José Provetti), que mais tarde seria um dos melhores guitarristas solistas do Brasil. Havia também os conjuntos The Jesters Tigers (que acompanhava os grupos da casa), The Rebels, liderado pelo cantor Zezinho, que se tornaria anos mais tarde o famoso Prini Lorez e o principal nome da gravadora, The Avalons, um dos pioneiros no Rock instrumental. Além dos rockers já citados, havia muitos outros artistas contratados pela Young.

O ano corria solto e os rockers continuavam seguindo sua trajetória, ao mesmo tem em que iam despontando novos nomes no Rock brasileiro:

  • Erasmo Esteves (que começou a usar o sobrenome Carlos em homenagem ao parceiro Roberto e o empresário Carlos Imperial) e os remanescentes dos Sputniks Arlênio Silva, China e Edson Trindade formaram o grupo The Snakes.
  • Dois futuros grandes humoristas fizeram sua estreia como cantores de Rock: Moacir Franco, usando o pseudônimo de Billy Fontana e Paulo Silvino, neto do radialista Silvino Neto, na pele de Dixon Savanah (nome sugerido por Chacrinha).
  • Sérgio Reis, cantor que fez muito sucesso na segunda metade da década de 60, também começou a cantar nessa época, usando o nome de Johnny Johnson
  • O conhecido compositor Hervê Cordovil anunciou o lançamento de seu filho Ronaldo, que se tornou mais conhecido como Ronnie Cord. George Freedman, cantor nascido na Alemanha lançou o disco “Hey Little Baby”/ “Leninha” e nos anos seguintes seria uma figura de frente do Rock.
  • O cantor Albert Pavão foi convidado a participar der um programa de Rock na emissora de TV local em Bauru, SP, onde cantou “Tutti Frutti” de Elvis Presley.
  • Os Golden Boys emplacavam outro sucesso com “Personality” (original de Lloyd Price). Fizeram, inclusive, uma aparição, cantando “Meu Romance com Laura”, na comédia Cala boca, Etelvina, estrelada por Dercy Gonçalves. 
  • O já conhecido Carlos Gonzaga continuava sua trilha de sucesso com versões de Fred Jorge para músicas de Neil Sedaka e Paul Anka. Falando em Sedaka, ele esteve no Brasil e encontrou os irmãos Campelo, com quem fez um memorável show, que contou com o a acompanhamento musical do professor Theotônio Pavão.

Em 1960, ano da inauguração de Brasília, a nova capital do País, último ano do mandato de JK, chamado “Presidente Bossa Nova”, ano em que o lutador de boxe Eder Jofre conquistou o título mundial dos pesos galo, grande façanha desse esporte no País. Também ano em que Maria Esther Bueno conquistava pela segunda vez o Torneio de Wimbledon (um feito inédito) e em que o Bahia conquistou o primeiro título do Campeonato Brasileiro, então chamado Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Rock estava plenamente consolidado em solo brasileiro e começaram a aparecer publicações especializadas como A Revista do Rock, que nasceu da necessidade que os jovens tinham em ter letras de música, bem como saber notícias de seus ídolos.

Foi nesse ano que Celly Campelo gravou outro megassucesso, Banho de Lua (versão de Fred Jorge para Tintarella de Luna) e se tornou uma grande celebridade da música e era chamada de “Namoradinha do Brasil”. Foi a primeira vez que aconteceu o lançamento de produtos tendo um artista como tema, como a boneca Celly da Trol e o bombom Cupido da Lacta. Cely ainda gravou comerciais para a Monark (bicicletas) e para o achocolatado Toddy. Paralelamente, Sérgio Murilo estourou com os sucessos “Marcianita” e “Broto Legal” e era a figura masculina da vez na cena roqueira do Rio de Janeiro.

Fontes:

Ensaio: Os Primórdios do Rock no Brasil por Andre de Oliveira

Rock Brasileiro 1955-65: trajetórias, personagens e discografia por Albert Pavão

os irmão Cely e Tony Campelo ecabeçando a Brotolândia crédito: http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTfvmrupKdvFnuYcbO2Gi8W6hplxf4ie8m0kHGLcPgXDinAqPmr

os irmãos Cely e Tony Campelo encabeçando a Brotolândia
crédito: http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTfvmrupKdvFnuYcbO2Gi8W6hplxf4ie8m0kHGLcPgXDinAqPmr

 

Deixe um comentário

Arquivado em Gêneses do Rock Brasileiro, Música, Rock and Roll

Grandes Nomes do Soul: The Four Tops, parte 5

Em 1975, os Four Tops lançaram o álbum Night Lights Harmony, que foi um verdadeiro fiasco comercial. Em 1976, saiu Catfish seguido dos fracos e inexpressivos The Show Must Go On (1977) e At the Top (1978), findando sua estada na gravadora ABC-Dunhill. Ficaram um tempo fora do show business e voltaram com a corda toda em 1980, quando assinaram com a gravadora Casablanca Records, onde lançaram os álbuns Tonight! (1981) e One More Mountain (1982). No ano seguinte, voltaram para a Motown, onde participaram do especial de TV Motown 25: Yesterday, Today and Forever, onde fizeram um “duelo” musical com outra lenda da casa, The Temptations. Nesse ano, gravaram o álbum Back Where I Belong.

Com a produção da famosa trinca Holland-Dozier-Holland, com com quem os Tops tiveram uma bem sucedida parceria nos anos 60, os destaques do álbum ficam por conta de I Just Can’t Walk Away (o grande hit do disco), What Have You Got to Lose (participação da Rainha do Soul Aretha Franklin) e Hang (dueto formidável com The Temptations). O disco ficou em 71º nas paradas Pop e em 36º nos charts R&B e o single de I Just Can’t Walk Away ficou no Top 40 da Billboard.

Em 1985, gravaram mais um álbum pela Motown, Magic, que contou com vários produtores. O disco não foi tão bem sucedido quanto o anterior, apesar de boas músicas como I Can Feel the Magic (Willie Hutch), Don’t Turn Away (Reggie Lucas) e I’m Ready for Love (Holland, Dozier, Holland), ficando em 140º na parada Pop e em 33º nos charts R&B. O grupo continuou com sua rotina de shows pelo mundo.

Em 1986, o quarteto entrou em rota de colisão com a diretoria da Motown, pois não concordava com a direção musical e a estratégia de marketing da gravadora. Como resultado, Hot Nightsseu álbum que seria lançado naquele ano, foi cancelado e os Four Tops mais uma vez saíram da Motown. Levi Stubbs fez uma participação no filme musical A Pequena Loja de Horrores, estrelado por Steve Martin e Rick Moranis, fazendo a voz marcante da maquiavélica planta carnívora Audrey II.

Em 1987, eles compraram todas as fitas masters de Hot Nights e assinaram com a Arista Records, onde gravaram Indestructible, seu único álbum pelo selo, lançado em 1988. O disco teve vários produtores como o badalado Narada Michael Walden e velhos conhecidos dos 4T como Steve Barri (que produziu seus álbuns pela ABC-Dunhill e Lamont Dozier (do trio Holland-Dozier-Holland), além de convidados especiais como Aretha Franklin (em seu segundo dueto com o quarteto) e Kenny G (sax) na faixa If Ever A Love There Was e Clarence Clemons (E-Street Band) tocando sax em The Sun Ain’t Gonna Shine. A faixa que nomeia o álbum apareceu no filme Alien Nation (Missão Alien no Brasil).

No final de 1988, os Four Tops fizeram uma bem sucedida turnê pela Europa. Eles iam voltar pra casa no vôo 103 da Panam e estavam na lista de passageiros. Contudo, uma sessão de gravação de última hora fez com que perdessem esse vôo. Horas depois, ficaram sabendo, estarrecidos, que uma bomba terrorista havia explodido dentro do avião, matando a todos os passageiros. Graças a esse compromisso, o grupo não foi vítima dessa tragédia que marcou os EUA.

Conclui no próximo post

Levi Stubbs: o vozeirão dos 4T dando vida á malígna planta carnívora Audrey II crédito: http://2.bp.blogspot.com/_Qzd9HIsRWeA/SQnYNTJRbCI/AAAAAAAAPOI/VwaY7XKXf6E/s400/Levi+Stubbs+LSH.jpg

Levi Stubbs: o vozeirão dos 4T dando vida á malígna planta carnívora Audrey II
crédito: http://2.bp.blogspot.com/_Qzd9HIsRWeA/SQnYNTJRbCI/AAAAAAAAPOI/VwaY7XKXf6E/s400/Levi+Stubbs+LSH.jpg

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Doo Wop & Vocal Groups Review, Grandes Nomes do Soul, Música, Rock and Roll, Soul e R & B

Grandes Nomes do Soul: The Four Tops, parte 4

Em 1970, os Four Tops gravaram The Magnificent Seven, o primeiro de três álbuns conjuntos com The Supremes, seguido por The Return of Magnificent Seven e Dynamite (1971), que fecharam a trilogia. Em 1972, saiu o inexpressivo Nature Planned It, último álbum pela Motown, que se mudou de Detroit para Los Angeles e os Four Tops, junto com alguns outros artistas do cast decidiram permanecer na Cidade Motor. Fecharam com a ABC-Dunnhill e lançaram o álbum Keeper of the Castle. Em 1973, lançaram o álbum Main Street People e no ano seguinte saíram o álbuns Live & In Concert e Meeting of the Minds.

Em 1975, foi lançado o álbum Night Lights Harmony, produzido por Lawrence Payton Jr. (um dos Four Tops) junto com Steve Barri. Destacam-se as músicas Mama You’re All Right for Me (Lambert, Potter), Let me Know the Truth (C. Carter) e Seven Lonely Nights (J.R. Bailey, K. Williams, R. Clark). O dsico ficou em 124º os charts Pop e 24º na parada R&B dos EUA, uma das piores colocações da história do grupo. O single Seven Lonely Nights teve uma boa aceitação, ficando em 13º nos charts R&B e 71º no Hot 100 da Billboard.

Em 1976, saiu o álbum Catfish, produzido por Lawrence Payton sozinho. Além da faixa que nomeia o disco (F. Bridges, L. Payton, M. Farrow), destacam-se no disco as músicas You Can’t Hold Back the Love (Payton), I Know You Like It (F. Bridges, J. Smith, R. Benson) e Disco Daddy (G. Coles). o dsico também não teve um bom desempenho, ficando em 124º na parada Pop e em 26º nos charts R&B. Já o single Catfish ficou numa boa colocação nos charts de R&B (7º lugar). Nessa altura dos acontecimentos, os Four Tops rumaram ao declínio e obscuridade. Lançaram mais dois álbuns pela ABC-Dunhill, The Show Must Go On (1977) e At the Top (1978) e aí sumiram por um tempo.

Em 1980, o quarteto assinou com a Casablanca Records e voltou em grande estilo. No ano seguinte, lançaram Tonight!, seu primeiro álbum pela gravadora, disco que teve a produção de David Wolfert. O grande destaque do álbum é When She Was a Girl (Larry Gottlieb, Marc Blatte), grande hit dos Four Tops que foi seu primeiro nº 1 nos charts R&B desde o clássico Reach Out I’ll Be There. Já nos charts Pop ficou com uma boa colocação (11º lugar) e na Grã Bretanha, ficou com o fenomenal 3º lugar. também se destacam no álbum as faixas Don’t Walk Away (Jerry Knight) e Who’s Right Who’s Wrong (Kenny Loggins, Richard Cole).

Em 1982, foi lançado One More Mountain, o segundo e derradeiro álbum dos Four Tops pela Casablanca, também produzido por David Wolfert. Destacam-se as faixas Sad Hearts (Gottliebe, Battle), I Believe You and Me (D. Wolfert, S. Linzer) e Dream On (G. Leibem J. Keller). O disco não pontuou nas paradas Pop, mas conseguiu um 45º nos charts R&B. Nesse ao, a música Back in the School Again ((Howard Greenfield, Louis St. Louis), interpretada pelos Four Tops fez parte da trilha sonora do filme Grease 2.

Em 1983, os Four Tops fizeram um retorno triunfal à Motown, gravadora que os revelou, após uma década de ausência. Eles participaram o especial televisivo Motown 25: Yesterday, Today and Forever. Num dos momentos antológicos do program aconteceu o duelo do século Four Tops X The Temptations. Pela primeira vez, dois titãs do Soul se encontraram no palco, cantando seus clássicos, trocando os papeis, interpretando as músicas dos “oponentes” e no gran finale, cantaram todos juntos. No mesmo ano, os 4T gravaram o álbum Back Where I Belong (título bem apropriado), produzido pelo lendário trio Holland-Dozier-Holland, que colocou os Four Tops no mapa do show business, numa verdadeira volta às origens.

Continua no próximo post

O duelo do século: Four Tops vs. Temptations (imagns capturada do vídeo)

O duelo do século: Four Tops vs. Temptations
(imagens capturada do vídeo)

Slide1

O duelo do século: Four Tops vs. Temptations – 8 oponentes de peso
(imagem capturada do vídeo)

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Grandes Nomes do Soul, Grupos vocais, Música, Rock and Roll, Soul e R & B

Grandes Nomes do Soul: The Four Tops, parte 3

Em 1966, foi lançado o álbum On Top, mais um bem sucedido fruto da parceria entre os Four Tops e a trinca de compositores Holland-Dozier-Holland. Também saiu o primeiro álbum ao vivo do quarteto Four Tops Live! Em 1967, veio outro álbum de sucesso Reach Out e no ano seguinte, saiu a última colaboração do trio de compositores, Yesterday’s Dreams. Em 1969, foram lançados os álbuns Now! e Soul Spin que foram um fiasco, a primeira bola fora da carreira dos Four Tops. Em 1970, voltaram a sentir o gosto do sucesso com o álbum Still Waters Run Dee, tendo emplacado nos charts dos EUA e do Reino Unido, também ajudado pelos singles lançados. Foi lançado também o inexpressivo álbum Changing Times.

Nesse ano, foi lançado The Magnificent Seven, um álbum em conjunto com The Supremes, que tinha na ocasião a cantora Jean Terrell como líder no lugar de Diana Ross, que havia saído para seguir carreira solo. Produzido por Frank Wilson em conjunto com Nickolas Ashford e Valerie Simpson, o disco (uma referência ao clássico do cinema, homônimo, que no Brasil ficou conhecido como Sete Homens e um Destino) tem como destaque as faixas River Deep Mountain High (Spector, Barry, Greenwich), grande sucesso de Ike & Tina Turner, For Your Love (Graham Gouldman), um hit dos Yardbirds, Stoned Soul Picnic (Laura Nyro), clássico do Fifth Dimension e A Taste of Honey (Marlow, Scott), sucesso de Herb Alpert & Tijuana Brass e Beatles. Odisco teve um desempenho mediano (118º nas paradas dos EUA, 6º das paradas britânicas) e o single River Deep ficou em 14º no Hot 100 da Billboard.

Em 1971, os Four Tops repetiram a parceria com as Supremes no álbum The Return of Magnificent Seven, que teve a produção de Frank Wilson. Na capa, os dois grupos posam de cowboys e cowgirls do Velho Oeste. Destacam-se as músicas One More Bridge to Cross (Ashford, Simpson), I’ll Try not to Cry (Dino Fekaris, Nick Zesses) e I Can’t Believe You Love me (Harvey Fuqua, Johnny Bristol). O disco ficou em 154º no Hot 200 da Billboard e em 18º nos charts de R&B. No esmo ano, completaram a trilogia com as Supremes com Dynamite, outro álbum produzido por Frank Wilson. Decidiram investir em covers como Hello Stranger (hit de Barbara Lewis), It’s Impossible (Armando Manzanero, Syd Wayne), sucesso com Perry Como e New Birth; Love the One You’re With (Stephen Stills), sucesso com Isley Brothers e Stephen Stills) e If (David Gates), grande clássico do Bread. O álbum ficou em 160º no Hot 200 da Billboard e em 21º na parada R&B. No mesmo ano, lançaram o single A Simple Game, onde contaram com o apoio mais do que especial da banda britânica Moody Blues. O disco ficou em 90º lugar nos charts dos EUA mas alcançou o 3º lugar nas paradas do reino Unido.

Em 1972, os Four Tops lançaram o álbum Nature Planned It com destaque para I Am Your Man (Ashford, Simpson) e (It’s the Way) Nature Planned It (Wilson, Sawyer). O disco não chegou aos charts e foi o derradeiro trabalho do quarteto na Motown, que começou a investir nas novas crias da casa como The Jackson Five, Rare Earth e na carreira solo de Diana Ross e decidiu mudar de Detroit, seu lar original para Los Angeles, causando uma ruptura no elenco veterano. Funk Brothers, Martha Reeves e os Four Tops optaram por não deixarem a Cidade Motor. O grupo fechou com a gravadora ABC-Dunhill, onde lançou o álbum Keeper of the Castle, produzido poe Steve Barri junto com Dennis Lambert e Brian Potter, que compuseram a maioria das músicas do disco. Destacam-se as faixas Keeper of the Castle, Ain’t No Woman (Like the One I’ve Got), ambas de Lambert e Potter e Turn On the Light of Your Love,composta por Stubbs, Benson e Fakir, (três quartos dos Four Tops) junto com Len Perry.

Em 1973, foi lançado o álbum Main Street People, também produzido pelo trio Barri-Lambert-Potter, seguindo a mesma linha do anterior. Os destaques ficam por conta de Sweet Understanding Love (Ivy Hunter, Renaldo Benson, Val Benson), Too Little Too Late e Are You Man Enough (ambas de Lambert e Potter). Essa última foi tema da trilha sonora do filme Shaft in Africa, continuação do grande sucesso do cinema Shaft, ambos estrelados por Richard Roundtree. O disco ficou em 66º nos charts Pop e em 8º nos charts de R&B.

Em 1974, saiu o segundo álbum ao vivo da carreira dos Four Tops, Live & In Concert, onde interpretaram clássicos que os consagraram na Motown e músicas dos dois últimos discos gravados pela ABC. Também lançaram o álbum de estúdio Meeting of the Minds, mais uma ptodução da trinca Barru-Lambert-Potter, onde se destacam as faixas One Chain Don’t Make No Prison, Midnight Flower e No Sad Songs, todas compostas por Lambert e Potter. O disco ficou em 118º (Pop) e 22º (R&B) lugares nas paradas.

Continua no próximo post

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Grupos vocais, Música, Rock and Roll, Soul e R & B