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Deep Purple Family Tree: The Artwoods, finale

Art Wood formou a banda de Skiffle Art Wood Combo e em 1962, começou a atuar paralelamente na banda Blues Incorporated. Com a entrada de Jon Lord (teclados), Derek Griffths (guitarra), Malcolm Pool (baixo) e Keef Hartley (bateria), a banda mudou o nome para The Artwoods e se tonou banda residente do 100 Club, alem de assinar com a gravadora Decca Records. Apesar do sucesso que tinham em suas aparições em programas televisivos, os Artwoods nunca conseguiram emplacar na indústria fonográfica. Depois de inúmeros fiascos, foram dispensados pela Decca, gravaram pela Parlophone e pela Fontana, mas também não lograram êxito, decretando o fim em 1967.

O batera Keef Hartley começou a tocar nos Bluesbreakers de John Mayall e pouco depois formou sua banda, Keef Hartley Band, que fez bastante sucesso no fim dos anos 60, chegando a fazer bonito no Festival de Woodstock. Jon Lord juntou-se aos Flowerpot Men e depois foi recrutado pelo baterista e cantor Chris Curtis (ex-Searchers) e o baixista Nick Simper para um projeto chamado Roundabout, que em 1968 deu origem ao Deep Purple. Malcolm Pool também chegou a tocar nos Bluesbreakers até sair de cena definitivamente no fim da década.

Em 1969, Art Wood formou com o irmão mais novo Ronnie Wood (guitarra) a banda de curta duração Quiet Melon, que ainda tinha em sua formação Rod Stewart (vocais) mais os Small Faces Ronnie Lane (guitarra), Kenny Jones (bateria), Ian McLagan (teclados), egressos dos Small Faces e Kim Gardner (baixo). Como a banda não emplacou, Art se se tornou designer gráfico, abrindo uma empresa como o irmão mais velho Ted Wood, contando depois com o velho colega de Artwoods Malcolm PoolRonnie, Rod, Ronnie e Ian formaram The Faces e Gardner fez parte do Ashton, Gardner & Dyke, banda de Jazz-Rock.

Embora nunca mais tenha se apresentado no circuito profissional, Art nunca deixou a música de lado, tocando informalmente com Downliners Sect e Carlo Little [primeiro batera dos Rolling Stones] All-Stars. Fez algumas reuniões com os velhos colegas de Artwoods, contando com o mano Ronnie, mas nada verdadeiramente grande.

Art Wood faleceu no dia 3 de novembro de 2006, vítima de um câncer na próstata. Um ano depois, houve uma reunião significativa dos Artwoods que contou com Ronnie, Lord, Pool, Derek Griffiths, o batera Colin Martin e o cantor Ali Mckenzie num belo tributo ao falecido amigo. Keef Hartley faleceu no dia 26 de novembro de 2011, após complicações de uma cirurgia. Jon Lord foi fazer companhia a seus colegas de Artwoods no dia 16 de julho de 2012.

Fonte:

Wikipedia

http://www.freakium.com/edicao7_artwoods.htm

Artwoods nos bons tempos crédito: http://www.freakium.com/edicao7_artwoods01.jpg

Artwoods nos bons tempos
crédito: http://www.freakium.com/edicao7_artwoods01.jpg

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Grandes Nomes do Soul: Earth, Wind & Fire – parcerias

Ao longo de sua carreira, o Earth Wind & Fire dividiu o spotlight com algumas grandes figuras da música, seja no estúdio ou ao vivo. Abaixo, alguns dos principais parceiros da banda:

EW& F e Emotions

 

EW&F e Chicago

 

EW&F, P-Funk e Outkast na Noite do Funk do Grammy Awards (2004)

 

EW&F e Sly Stone

 

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EW&F & Chicago: duas lendas dos anos 70 juntas!

Fonte: You Tube

 

 

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Grandes Nomes do Soul: Earth, Wind & Fire, finale

Em 2000, o EW&F, apesar das origens no Soul/Funk, foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame e contou com a reunião da formação clássica da banda. No ano seguinte, saiu o documentário Shining Star: A História Oficial do Earth, Wind and Fire e a banda fez um show em prol das vítimas do ataque às Torres Gêmeas no fatídico dia 11 de setembro daquele ano. Em 2002, o EW&F se apresentou na cerimônia de encerramento das Olimpíadas de Inverno em Salt Lake City, Utah. No esmo ano, foram lançados os álbuns The Essential Earth, Wind & Fire e dois álbuns ao vivo, That’s the Way of the World: Alive in ’75 Live in Brazil. Em 2003, saiu o álbum inédito The Promise e a banda foi introduzida no Vocal Group Hall of Fame e Hollywood’s RockWall. Em 2004, o EW&F fez uma jam histórica com o lendário Parliament/Funkadelic de George Clinton e o Outkast de Kanye West na noite de entrega do Grammy daquele ano. Também fizeram uma turnê conjunta com o Chicago, outra importante banda setentista.

Em 2005, foi lançado o álbum Illumination, o primeiro na Sanctuary Records, sob a batuta de Maurice White, Phillip Bailey e vários outros. Contou com as participações de Brian McKnight, will.i.am, Kenny G.Jimmy Jam and Terry Lewis e Kelly Rowland. A princípio, o disco seria um trabalho solo de Phillip Bailey, que decidiu chamar os colegas de EW&F e torná-lo parte integrante da discografia da banda. As faixas em destaque são: Pure Gold (James Harris III, Terry LewisTony L. Tolbert, Bobby Ross Avila, Issiah J. Avila), Show Me the Way (Taura JacksonRaphael Saadiq) e The Way You Move (Antwan Patton, Carlton Mahone, Patrick Brown). O disco ficou em 8º lugar na parada R&B e em 32ª colocação no Hot 200 da Billboard. A banda juntou-se ao Black Eyed Peas para um megashow antes de um jogo do Super Bowl. Eles e o Chicago voltaram a se encontrar para uma nova turnê e colaboraram na regravação do clássico da banda If You Leave Me Now, que foi incluído na coletânea do Chicago Love Songs. Nesse ano, uma nota triste: Louis Satterfield, trombonista do The Phenix Horns e do EW&F faleceu aos 67 anos. Para fechar bem o ano, foi lançado o single natalino Gather Round (M. White, Bailey, David Foster), produzido por David Foster.

Em 2006, Maurice juntou-se ao diretor teatral, ator, cantor e coreógrafo Maurice Hines (irmão do famoso dançarino e performer Gregory Hines) do desenvolvimento do musical da Broadway Hot Feet, baseado nas músicas do EW&F. O compositor de longa data da banda, Allee Willis juntou-se ao líder do EW&F para compor algumas músicas novas para o espetáculo. Nesse ano, a banda tocou na cerimônia de entrega do Grammy junto com Mary J. Blidge e Ludacris. Os três se juntaram numa jam session. Em 2007, saiu o álbum de tributo ao EW&F chamado Interpretations: Celebrating the Music of Earth, Wind & Fire, onde nomes como a veterana Chaka Khan, Kirk FranklinLalah Hathaway (filha do saudoso Donny Hathaway), Mint Condition, Dwele, Meshell Ndegeocello e Angie Stone. No mesmo ano, a banda tocou no reality show Amewrican Idol e no concerto de etreda do prêmio Nobel ao lado de artistas como Melissa EtheridgeAlicia KeysAnnie Lennox e Kylie Minogue. A banda ainda participou do famoso Festival de Viñas Del Mar no Chile, onde encantou a plateia com uma versão de Gaviotas de Plata.

Em 2008, o quarteto clássico (Maurice, Phillip, Verdine e Ralph) foi laureado com um diploma honorário do Columbia College Chicago, por sua contribuição às artes e de quebra, a banda tocou seu clássico Shining Star na cerimônia. Em fevereiro desse ano, o EW&F voltou ao Brasilapós um hiato de quase 30 anos, para shows no Rio de janeiro (Vivo Rio) e em São Paulo (Via Funchal) [N. do Ed.: pela primeira vez os fãs de sampa conferiram a banda de perto]. Nesse ano, a banda tocou no conhecido torneio de tênis US Open. Em 2009, tocaram num jantar da Casa Branca e fizeram uma nova turnê com o Chicago por 30 cidades dos EUA. A banda ainda participou do famoso New Orleans Jazz & Heritage Festival. A banda passou por uma leve mudança em seu line up: o guitarrista Morris O’Connor entrou no lugar de Vadim Zilberstein e passaram a contar com um reforço nos vocais de apoio: Phillip Bailey Jr., filhão do vocalista Phillip.

Em 2010, Phillip, Verdine e Ralph participaram das sessões de gravação do single beneficente  We Are the World 25 for Haiti. O EW&F tocou de novo no New Orleans Jazz & Heritage Festival. Nesse ano, Maurice, Phillip e Verdine, junto com os ex-colegas da formação clássica Al McKay e Larry Dunn, foram introduzidos no Songwriter’s Hall of Fame. Em 2011, foram premiados e tocaram no Soul Train Awards e no ano seguinte, receberam um prêmio pelo conjunto da obra pela Annual Trumpet Awards. O mais novo álbum da banda após um hiato de oito anos, Guiding Lights, será lançado em 2013. Nós, fãs do EW&F e todos os aficcionados por boa música, estamos aguardando ansiosamente.

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Verdine White, Phillip Bailey e Ralph Johnson em 2012: mantendo o EW&F em ação

Fontes:

Wikipedia

http://www.earthwindandfire.com

http://www.allmusic.com/artist/p4156

http://www.rollingstone.com/artists/earthwindfire/biography

http://marcosbin.blogspot.com.br/2008/02/earth-wind-and-fire-no-brasil-eu-fui.html

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Grandes Nomes do Soul: Earth, Wind & Fire, parte 7

A década de 90 recebeu o EW&F contratado pela Warner Brothers, mesma gravadora que os havia dispensado nos anos 70. Em 1991, saiu The Best of Philip Bailey: A Gospel Collection, uma coletânea da carreira solo de Phillip Bailey na década anterior e no ano seguinte saiu a abrangente antologia da banda, The Eternal Dance. Em 1993, foi lançado o álbum Millenium, que foi um fracasso comercial, o que levou a Warner a dispensar a banda de novo. Em 1994, Maurice White se retirou das turnês da banda, limitando-se a compor e produzir. No ano seguinte, o EW&F recebeu uma estrela na Calçada da Fama em Hollywood. E 1997, saiu o álbum In the Name of Love e a banda fez uma apresentação no Festival de Jazz de Montreux. Em 1998, Maurice White anunciou que era portador do Mal de Parkinson, real motivo de seu afastamento das turnês.

Em 2000, o Earth, Wind & Fire foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame. para receber a honraria, Maurice, Phillip, Verdine, Ralph Johnson e Andrew Woofolk contaram com a presença dos ex-colegas que fizeram parte da formação clássica da banda Larry Dunn, Al McKay, Fred White e Johnny Graham. Foram aplaudidos de pé pelo púlbico que foi prestigiar o evento e tocaram clássicos como Shining Star e That’s The Way Of the World pela primeira vez juntos após décadas. Vislumbrou-se uma reunião desse line up, mas as tentativas restaram infrutíferas. Nesse ano, a banda foi convidada, junto com outros artistas, para tocar num jantar especial oferecido pelo então presidente dos EUA Bill Clinton para o rei do Marrocos Mohamed VI. O monarca ficou tão impressionado com a performance da banda que os convidou para as comemorações de seu aniversário.

Em 2001, saiu o documentário Shining Star: A História Oficial do Earth, Wind and Fire, dirigido por Kathryn Arnold. Nesse ano, que marcou o planeta com a tragédia das Torres Gêmeas no dia 11 de setembro, o EW&F foi uma das atrações de um concerto que aconteceu no Verizon Wireless Virginia Beach Amphitheater, além de doarem o montante de 25.000 dólares para a Cruz Vermelha. Aconteceu também mais uma mudança na formação. Saiu o tecladista Morris Pleasure para a entrada de Myron McKinley; o guitarrista  Sheldon Reynolds passou para a guitarra líder e a banda contratou o guitarrista rítmico Bobby Gonzales. O batera John Paris assumiu no lugar de Gordon Campbell e o tarimbado percussionista Daniel de Los Reyes pegou a vaga deixada por B. David Whitworth.

Em 2002, a banda tocou no encerramento do Jogos Olímpicos de Inverno, que aconteceu em Salt Lake City, Utah. Foi lançada a coletânea The Essential Earth, Wind & Fire e dois álbuns ao vivo, That’s the Way of the World: Alive in ’75 e Live in Brazil (mostrando o antológico show do EW&F no Maracanãzinho, Rio de Janeiro em 1980). Nova mudança na banda: o guitarrista Sheldon Reynolds encerrou seu ciclo no EW&F e Bobby Gonzales assumiu a guitarra líder, deixando sua função para o novo recruta  John Johnson. Foi incluída uma vocalista de apoio, Kimberly Brewer, uma presença feminina no EW&F, algo que não acontecia desde 1973, quando a cantora Jessica Graves saiu da banda. Nesse ano, Phillip gravou mais um álbum individual, Soul on Jazz (carregado de covers de lendas jazzísticas com Thelonious Monk e Herbie Hancock).

Em 2003, foi lançado o álbum The Promise , produzido por Maurice e Phillip em conjunto com a dupla Tim & Bob, após um hiato de quase seis anos sem material inédito. Destacam-se as músicas: All in the Way (Wayne Vaughn, Wanda Vaughn, M. White), onde o EW&F retoma a parceria com o grupo feminino The Emotions (desde o clássico Boogie Wonderland); Freedom (M. White) e Never (Curtis, M. White), além de Where Do We Go from Here? (Bill Meyers, Ross Vannelli)  e Dirty (M. White, Alexander Dutkewych, K.G.St.J.), duas músicas que ficaram de fora do álbum I Am. O trabalho ficou no 19º lugar da parada R&B e recebeu aclamação da crítica. Nesse ano, o EW&F recebeu mais duas honrarias: foi introduzido no Vocal Group Hall of Fame e no Hollywood’s RockWalk.

Em 2004, aconteceu o antológico show do EW&F na entrega do Grammy daquele ano, quando foi feito um tributo ao Funk. A banda juntou-se a outro ícone do Soul: Parliament/Funkadelic do lendário e genial George Clinton, ao lado das então novatas OutkastRobert Randolph and the Family Band numa sonzeira histórica. Houve outra mudança na formação: os guitarristas Greg “G-Mo” Moore e Vadim Zilberstein entraram no lugar de Bobby Gonzales e John Johnson; a cantora Kim Johnson (que tem no currículo atuação com Rod Stewart e Isley Brothers) entrou no lugar de Kimberly Brewer nos vocais de apoio, junto com Krystal Bailey (que ficou pouco tempo). Nesse ano, o EW&F juntou-se ao Chicago, outra banda icônica dos anos 70 numa turnê histórica [ver biografia do Chicago aqui]. A banda participou do álbum de tributo a Jimi Hendrix chamado Power of Soul: A Tribute to Jimi Hendrix com o cover de Voodoo Child (Slight Return). Foi lançada a coletânea romântica Love Songs e a banda assinou com a Sanctuary Records.

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Encontro de lendas: EW&F e P-Funk

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Grandes Nomes do Soul: Earth, Wind & Fire, parte 5

Em 1978, o EW&F participou da trilha sonora do filme Sargeant Pepper’s Lonely Hearts Club Band, que foi um fracasso de bilheteria, mas Got to Get You Into My Life, sua contribuição no disco, teve enorme êxito. Seu single September também fez um enorme sucesso e as duas músicas figuraram na bem sucedida coletânea The Best of Earth, Wind & Fire, vol. 1. No ano seguinte, pariticparam de um concerto beneficente do UNICEF e em seguida, partiram para uma turnê pela Europa e no Japão. No mesmo ano, foi lançado o álbum I Am, que manteve a banda na crista da onda. Em 1980, veio Faces, considerado o álbum favorito de Maurice White e a primeira vinda do EW&F ao Brasil. Em 1981, saiu o álbum Raise! e o começo da incursão da banda ao som eletrônico. Em 1983, veio o bem sucedido Powerlight e a primeira bola fora comercial da banda Electric Universe. Então, Maurice resolveu dar uma parada e o EW&F entrou em recesso.

Em 1983, Phillip aproveitou as “ferias” para lançar seu primeiro álbum solo, Continuation, com produção de George Duke. No disco, ele contou com a participação especial do grupo feminino Sister Sledge e do cantor Jeffrey Osborne, além de contar com músicos de primeira como Nathan East (baixo) e Paulinho da Costa (percussão). Desatque para as faixas I Know (Gerard McMahon) e Trapped (Philip Bailey, Tony Haynes, Robert Brookins), O disco teve uma boa repercussão, chegando ao 19º lugar nos charts de R&B. No ano seguinte, ele gravou mais dois discos: The Wonders of His Love, com produção de George Dukededicado à musica Gospel, com belas músicas como a belíssima faixa título (Bailey) e God Is Love (Anna Gordy Gaye, Marvin Gaye, James Nyx, Elgie Stover), duas fervorosas odes ao Criador; e o bem sucedido Chinese Wall, com produção de Phil Collins e participação do Phenix Horns, naipe de metais do EW&F. Phillip canta a belíssima Walking on the Chinese Wall (Billie Hughes, Roxanne Seeman) e faz um dueto arrasador com o vocalista do Genesis em Easy Lover (Bailey, Collins, Nathan East), um verdadeiro clássico da década de 80. Em 1986, Bailey gravou o álbuns Triumph (outro trabalho de caráter Gospel) e Inside Out, contando com convidados especiais como Phil Collins, Ray Parker Jr., Jeff Beck e Niles Rodgers (lendário guitarrista do Chic).

Já o big boss Maurice White trabalhou com a produção de premiados  álbuns de outros artistas como Emotion (Barbra Streisend), Headed for the Future (Neil Diamond) e Cher (da cantora e ex-integrante do duo Sonny & Cher). Também produziu seu primeiro e único álbum solo, Maurice White (1985), com destaqie para músicas como Switch on Your Radio (M. White, Brian FairweatherMartin Page) e Jamboree (Keith Echols, Alice Echols, Dean Gant), além de uma versão para o clássico de Ben E. King, Stand By Me (King, Leiber, Stoller). O maninho Verdine White trabalhou escrevendo e dirigindo vídeos. Também produziu o disco Standing in the Light (1983) da banda Level 42, junto com o colega de EW&F Larry Dunn. Nesse meio tempo, saiu a coletânea The Collection, que teve uma boa acolhida.

Em 1987, os executivos da CBS Records, gravadora da banda conseguiram convencer Maurice e Phillip a reativar o EW&F,a acabando com o hiato de quatro anos desde o álbum Electric Universe. Além dos dois líderes, voltaram a atuar na banda o baixista Verdine White, o batera Ralph Johnson e o saxofonista Andrew Woolfolk junto com os novos membros, o guitarrista/vocalista Sheldon James (nascido no dia 13 de setembro de 1959 em Cincinatti, Ohio, EUA), o segundo batera Sonny Emory (nascido em 23 de dezembro de 1962 em Atlanta, Georgia, EUA), o tecladista Vance Taylor e o guitarrista Dick Smith. Um novo naipe de metais foi acrescentado à banda, contando com Gary Bias (saxofone), Raymond Lee Brown (trompete) e Reggie Young (flugelhorn e trombone).

Nesse ano, o renovado EW&F entrou em estúdio e o resultado foi o álbum Touch the World, produzido pela Kalimba Productions de Maurice White, com destaque para as faixas Thinking of You (Wayne Vaughn, M. White), You and I (Mark Mueller, Robbie Nevil), Evil Roy (Bailey, Attala Zane GilesAllee Willis) e System of Survival (Skylark). Os disco teve uma boa recepção, figurando no 3º lugar da Top R&B e em 33º no Top 200 da Billboard. Os singles do álbum também tiveram boas colocações nas paradas. Veio um novo recesso de três anos, onde foi lançada, em 1988, a coletânea The Best of Earth Wind & Fire, vol. 2, que deu á banda um Disco de Ouro. Em 1989, Phillip gravou seu sexto álbum solo Family Affair, também de caráter Gospel.

Em 1990, foi lançado o álbum Heritage, o último do EW&F na Columbia Records, com produção de Maurice e participação mais que especial do grande Sly Stone (líder da lendária banda de Soul Sly & The Family Stone) na faixa Good Time (Robert BrookinsSly and the Family Stone, Maurice White), além do rapper MC Hammer na música Wanna Be the Man (MC Hammer, Patterson, Sheldon Reynolds, M. White,Verdine White) e o grupo The Boys na faixa título (Frankie Blue, Lestley R. Pierce, M. White). O álbum teve uma boa recepção nos charts, ficando em 19º no R&B e em 70º no Hot 200.

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1987: A volta do EW&F após quatro anos de recesso

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Grandes Nomes do Soul: Earth, Wind & Fire, parte 4

Em 1974, após a gravação de Open Your Eyes, o EW&F participou do festival California Jam junto com nomes de peso como Seals & Croft, Eagles, Black Sabbath e Deep Purple, evento que contou com 200.000 espectadores. A banda também participou do álbum de Ramsey LewisSun Goddess e no ano seguinte, gravou a trilha sonora do filme That’s the Way of the World. O filme naufragou, mas o disco foi um enorme sucesso. Saiu também o álbum duplo Gratitude, uma mistura de shows ao vivo e gravações em estúdio. A banda passou a contar com o fenomenal naipe de metais The Phenix Horns. Maurice White fundou a Kalimba Productions, que além do EW&F produziu artistas como Deniece Williams, The Emotions e Barbra Streisend. Em 1976, em meio à gravação do álbum Spirit, o produtor e amigo da banda, Charles Stepney veio a falecer. Em 1977, a banda gravou o colossal álbum All’n All.

Em 1978, quase 10 anos após ser formado, o EW&F era uma banda de ponta no Show Business, após ganhar vários Grammies nos anos anteriores. A banda participou da trilha sonora do filme Sargeant Pepper’s Lonely Hearts Club Band com a faixa Got to Get You into My Life (cover dos Beatles). O filme foi um fracasso retumbante mas a música do EW&F se tornou o melhor hit do álbum. Saiu, logo depois, um single bem sucedido com seu clássico September (McKay, M. White, Allee Willis). As duas músicas acabaram sendo incluídas na premiada coletânea The Best of Earth, Wind & Fire, vol. 1, lançada no fim do ano, com várias músicas conhecidas mais a inédita Love Music (Skip Scarborough). O empresários da banda, Bob Cavallo e Joe Ruffalo fundaram a gravadora ARC (American Recording Company), que começou a lançar os trabalhos posteriores do EW&F em conjunto com a Columbia Records.

Em 1979, o EW&F foi uma das estrelas de um concerto beneficente do UNICEF que teve transmissão no mundo inteiro, onde tocaram That’s the Way of the World e September. Além da banda, participaram outros grandes nomes como ABBA, Bee Gees, Donna Summer, Olivia Newton-John e Rod Stewart. Eles doaram os royalties das músicas e empreenderam uma turnê pela Europa e no Japão. De volta aos EUA, a banda lançou o estupendo álbum I Am, com produção de Maurice White e Al McKay, em pleno auge da Disco Music. É um disco cheio de clássicos do EW&F como a balada After Love Has Gone (David Foster, Jay Graydon, Bill Champlin) [N. do Ed.: David Foster foi o produtor responsável pela virada do Chicago nos anos 80], In the Stone (Foster, M. White, Willis) [N. do Ed.: é o tema do quadro Porta da Esperança do Programa Sílvio Santos], Can’t Let Go (M. White, Willis, Bill Meyers), Star (M. White, Willis, Eddie Del Barrio) e a estonteante Boogie Wonderland (Jon Lind, Willis), um tour-de-force com o fenomenal grupo feminino The Emotions. O resultado não poderia ser outro: sucesso total! As mais altas posições na Billboard (1º em R&B, 3º em Pop), o 5º lugar na parada britânica e singles também muito bem colocados no Hot 100.

Em 1980, a banda lançou o álbum duplo Faces, produzido por Maurice White e considerado o favorito do líder do EW&F. Os destaques do álbum são You (Foster, Brenda Russell, M. White), uma deliciosa balada Soul, Let Me Talk (Phillip Bailey, M. White, Freddie White, Verdine White, Ralph Johnson, Al McKay), And Love Goes On (Foster, Russell, Larry Dunn, M. White, V. White) e Back on the Road (McKay, M. White). Foi outro bem sucedido disco da banda, que teve ótimas colocações nas paradas (2º na R&B, 10º na Pop e nos charts britânicos). Esse ano marcou também a primeira vinda da banda ao Brasil. Eles tocaram no ginásio do Maracanãzinho no Rio de Janeiro. Após o lançamento do álbum e a turnê mundial, o guitarrista Al McKay deixou o EW&F, alegando razões pessoais e profissionais. Roland Bautista ( a quem McKay havia substituído) voltou à banda. O guitarrista/baterista/percussionista Gary L. Morgan foi outro músico que foi embora. O percussionista/vocalista Beloyd Taylor foi contratado para a turnê de 1981/1982.

Em 1981, a banda lançou Raise!, outra produção de Maurice, que vai num caminho mais eletrônico do que os anteriores, uma tendência comum nos anos 80. O álbum foi lançado pela CBS Records, embora as sessões de gravação tivessem ocorrido na ARC. Nesse trabalho, os destaques são o clássico Let’s Groove (Wayne Vaughn, M. White), verdadeiro sucesso nas pistas do mundo inteiro, I’ve Had Enough (Bailey, Russell, Greg Philinganes), Kalimba Tree (M. White) e Wanna Be With You (Vaughn, M. White). Também teve um bom desempenho nos charts (1º em R&B, 5º em Pop, 11º na parada britânica).

Em 1983, depois de passar o ano anterior numa longa turnê, o EW&F lança o álbum Powerlight, produzido por Maurice, que foi lançado pela Columbia Records. Os destaques são o clássico Falling in Love With Me (W. Vaughn, Wanda Vaughn, M. White), Spread Your Love (Azar Lawrence, Beloyd Taylor, M. White) e Straight From the Heart (Bailey, Del Barrio, Roxanne Seeman, F. Washington). Dentre os músicos que atuaram no disco, figura o percussionista Paulinho da Costa. Nos charts, o disco ficou em 4º lugar da parada R&B, 12º do Pop e 22º no Reino Unido. No mesmo ano, a banda lançou o álbum Electric Universe, onde a banda escancara na tendência eletrônica, com sintetizadores e guitarras mais pesadas do que o habitual. Teve produção do líder do EW&F e os destaques são Magnetic (M. Page), um Rock/Soul pra ninguém botar defeito, a deliciosa balada Soul Could it Be Right (M. White, Foster, Willis) e Electric Nation (M. White, M. Page, B. Fairweather). Foi o primeiro disco da banda que ficou aquém do esperado, além de ser massacrado pela crítica. Ficou em 8º no chart R&B, 40º na parada Pop e nem apareceu nos charts britânicos. Diante da má recepção, Maurice White decretou um recesso na banda que durou uns quatro anos.

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EWF no Brasil!

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Grandes Nomes do Soul: Earth, Wind & Fire, parte 3

Em 1972,  a debandada dos músicos do EW&F mediante diversos compromissos fez com que Maurice White e seu irmão Verdine White, únicos remanescentes recrutassem um novo pessoal, entre os quais o cantor e percussionista Phillip Bailey, que faria parte da formação clássica da banda. A banda acabou sendo dispensada pela Warner Brothers e assinou com a Columbia Records, onde gravaram os álbuns Head to the Sky (1973) e Open Your Eyes (1974), que deram muito mais visibilidade à banda no mercado fonográfico dos EUA. Depois desse último trabalho, aconteceu nova mudança na formação.

Em 1974, graças à excelente repercussão do álbum Open Your Eyes, a banda recebeu inúmeras propostas de shows, dentre os quais o antológico festival California Jam. Dividiram o holofote como atração principal com feras do porte de Seals & Croft, Black Sabbath, Eagles e Deep Purple. O show contou com o público de 200.000 pessoas. Nesse mesmo ano, o EW&F colaborou com Ramsey Lewis, velho conhecido de Maurice no álbum Sun Goddess, produzido por Lewis, White e Teo Macero, com destaque para a faixa título (composta por Maurice com Jon Lind). O disco teve uma ótima repercussão, ficando em primeiro lugar nos charts de R&B e Jazz e 12º dos charts Pop da Billboard. Saiu em setembro de 1974 a primeira coletânea da banda, Another Time, um álbum duplo, mostrando a trajetória da banda até aquele momento.

Em 1975, a banda gravou a trilha sonora do filme That’s the Way of the World, produzido por Sig Shore, que havia trabalhado no clássico do Blaxpoitation, Superfly. O disco, que contou com a produção da dupla White & Stepney, é recheado de clássicos do EW&F como a faixa-título (Charles Stepney, Maurice White, Verdine White), a dançante Shining Star (Phillip Bailey, Maurice White, Larry Dunn), a linda balada Reasons (Bailey, Stepney, M. White) [N. do Ed., para mim é um dos mais belos clássicos do Soul na voz maravilhosa de Phillip Bailey] e Africano (Dunn, White). O filme, que faz uma crítica corrosiva da indústria fonográfica, foi um fracasso, mas o álbum teve ótimo desempenho nas paradas. Ficou em primeiro lugar absoluto nos charts de R&B e Pop da Billboard, um grande feito. Os singles do disco também tiveram boa performance figurando nos primeiros ligares do Top 20. Além disso, a banda arrebanhou seu primeiro Grammy de Melhor Banda de Funk. Era o começo da aclamação mundial do EW&F.

Nesse mesmo ano, a banda gravou o álbum duplo Gratitude, que conta com vários shows ao vivo e algumas gravações em estúdio. Foi outra magistral produção da dupla White & Stepney junto com o velho conhecido do DW&F Joe Wissert (que produziu os shows ao vivo). A banda contou com o excelente naipe de metais The Phenix Horns, composto pelo saxofonista Don Myrick (nascido Donald Myrick no dia 6 de abril de 1940), Louis Satterfield (trombone) e os trompetistas Rahmlee Davis e Michael Harris. Dentre as faixas gravadas no estúdio, que figuraram em singles estão a efusiva e poderosa Sing a Song (Al McKay, Maurice White) e a deliciosa Can’t Hide Love (Skip Scarborough). A versão ao vivo de Reasons mostra uma interessante improvisação com o “duelo” entre a voz de Phillip Bailey e o sax de Don Myrick. Não deu outra: primeiro lugar nas paradas R&B e Pop do ano seguinte e mais Grammies para a coleção da banda, além de sua primeira turnê européia. Maurice criou a Kalimba Productions, onde passou a produzir artistas como Deniece Williams, Emotions e Barbra Streisend.

Em 1976, foi lançado o álbum Spirit, derradeiro trabalho que contou com a co-produção de Charles Stepney que infelizmente faleceu no dia 17 de maio de 1976, aos 43 anos, após um ataque cardíaco fulminante, em meio às sessões do disco. Larry Dunn e Maurice White escreveram a faixa título em sua homenagem, ainda em vida, como forma de agradecimento por tudo o que fizera pela banda. Só que o querido e saudoso Charles não teve tempo de ouvir essa pérola. Outros clássicos da banda também figuram no disco como Getaway (Peter Cor, Beloyd Taylor), Imagination (Stepney, M. White, Bailey) e Saturday Nite (M. White, Bailey, McKay). O trabalho ficou em 2º lugar nas paradas de R&B e Pop e os singles figuraram no Top 30 da Billboard. Durante esse tempo começaram a fazer grandiosos shows ao vivo utilizando recursos como pirotecnia, raios laser, uma pirâmide gigante, roupas coloridas e exóticas (que passariam a ser marca registrada da banda) e um mágico praticando levitação. O responsável pelos truques era o ilusionista Doug Henning, cujo ajudante, David Copperfield faria um enorme sucesso nas décadas seguintes.

Em 1977, saiu o álbum All’n’All, produzido por Maurice White através da Kalimba Productions, com uma maravilhosa capa cheia de elementos do Egito Antigo, de autoria de Shisei Nagaoka. Os destaques são os clássicos do EW&F Fantasy (M. White, V. White, Eduardo Del Barrio), Serpentine Fire (M. White, V. White, Reginald “Sonny” Burke), Love’s Holiday (M. White, S. Scarborough) e Jupiter (M. White, V. White, Dunn, Bailey), além de duas músicas de autoria brasileira, Beijo (Toninho Horta) e Ponta de Areia (Milton Nascimento), que receberam o nome de Brazilian Rhymes. Além de ficar em ótima posição nos charts da Billboard (1º em R&B, 3º em Pop), foi o primeiro trabalho da banda a figurar na parada do Reino Unido (em 13º lugar). O singles também tiveram boa aceitação, ficando no Top 20 (EUA) e Top 100 (RU).

Earth Wind & Fire – All ‘n All

A capa do álbum All’n All

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Grandes Nomes do Soul: Earth, Wind & Fire, parte 2

Maurice White trabalhava como baterista de estúdio na lendária Chess Records em Chicago e em 1966, entrou no Ramsey Lewis Trio, onde permaneceu até 1969, quando formou com os amigos Wade Flemons e Don Whitehead o trio de composição Salty Peppers. Após a pouca repercussão de alguns trabalhos pela Capitol Records, eles recsolveram se mudar para Los Angeles e recrutaram músicos para formar uma banda, a qual batizaram Earth, Wind & Fire. Em 1970, Assinaram contrato com a Warner Brothers e no ano seguinte saiu seu primeiro álbum, autointitulado. Também lançaram seu segundo álbum Need of Love e participaram da trilha sonora do filme Sweet Sweetback’s Baadasssss Song, pela gravadora Stax Records, numa colaboração com o diretor Melvin Van Peebles.

Em 1971, por conta do trabalho com Van Peebles, o EW&F se tornou muito conhecido no circuito de Soul, o que demandou inúmeras apresentações. Resultado: alguns membros da banda começaram a ficar cansados de tantos compromissos e houve uma debandada geral, ficando apenas Maurice e seu irmão Verdine. Começaram  então a recrutar novos componentes para a banda. Atenderam à convocação os cantores Jessica Graves (nascida no dia 10 de dezembro de 1948 em Los Angeles, Califórnia, EUA), que havia atuado no conhecido grupo de Soul Friends of Distinction e Phillip Bailey (nascido Phillips Irvin Bailey no dia 8 de maio de 1951 em Denver, Colorado, EUA), que também ficou encarregado da percussãomais o saxofonista e flautista Ronnie Laws (nascido Ronald Wayne Laws no dia 3 de outubro de 1950 em Houston, Texas, EUA), o guitarrista Roland Bautista (nascido no dia 30 de maio de 1951), o tecladista Larry Dunn (nascido Lawrence Dunn no dia 19 de junho de 1953 em Denver, Colorado, EUA) e o baterista e percussionista Ralph Johnson (nascido no dia 4 de julho de 1951 em Los Angeles, Califórnia, EUA).

Em 1972, a gravadora Warner Bros hesitou em manter a banda em seu cast, após todas essas mudanças, alegando que já tinha uma banda de Soul e não precisava de outra. O EW&F, que contava com os conceituados Bob Cavallo e Joe Ruffalo como managers, fechou então com a Columbia Records, que se interessou pela banda após uma apresentação como atração de abertura para o cantor e guitarrista John Sebastian (ex-Lovin’ Spoonful) e comprou o contrato junto à Warner.

Na nova casa, foi lançado o terceiro álbum da banda Last Days and Time, que contou com a produção de Joe Wissert, como nos dois primeiros discos. As músicas são assinadas em sua maioria pela banda, com ocasionais assinaturas individuais de Maurice White e Roland Bautista. Destacam-se as faixas Time is on Your Side, Power (onde a kalimba é introduzida num disco da banda) e Remember the Children, além dos covers Make it With You (Bread) e Where Have All the Flowers Gone (Pete Seeger), além de I’d Rather Have You, primeira colaboração do compositor Skip Scarbourough com o EW&F. O álbum teve uma boa recepção, chegando ao 15º posto da parada R&B e 87º lugar na parada Pop da Billboard. O single Mom ficou em 104º lugar.

Em 1973, saiu o álbum Head to the Sky, outra produção de Joe Wissert, contando com os novos integrantes, os guitarrista Johnny Graham (que também tocou trompete e percussão) e Al McKay (nascido Albert Philip McKay no dia 2 de fevereiro de 1948 em Nova Orleans, Lousiana, EUA) no lugar de Roland Bautista e o falutista/saxofonista Andrew Woolfolk (nascido no dia 11 de outubro de 1950 no Texas) no lugar de Ronnie Laws. O disco apresenta os dois primeiros hits mais conhecidos do EW&F, Evil (White, Bailey) e Keep Your Head to the Sky (White), além de The World’s a Masquerade (Skip Scarborough) e Zanzibar (composta pelo nosso Edu Lobo). É considerado um dos melhores álbuns da banda nos anos 70, tendo alcançado o 2º lugar nas paradas R&B e 27º nas paradas Pop da Bilboard. Os singles Evil e Keep Your Head to the Sky também fizeram bonito e figuraram no Top 50 de ambas as paradas. Depois do lançamento, Jessica Graves saiu da banda para se dedicar a outros projetos.

Em 1974, foi lançada outra pérola do EW&F, o álbum Open Your Eyes, produzido por Maurice White e Charles Stepney (nascido no dia 26 de março de 1931 em Chicago, Illinois, EUA), considerado um membro honorário, em seu primeiro trabalho com a banda. Foi a estréia do baterista e percussionista Fred White (nascido no dia 13 de janeiro de 1955 em Chicago, Illinois, EUA), irmão mais novo de Maurice e Verdine e a banda passou a ter dois bateristas. Nesse disco estão dois clássicos incontestes do Soul, Devotion (Bailey, White) e Mighty Mighty (Maurice & Verdine White), além da faixa-título (Leon Lumkins), Kalimba Story (outra dos irmãos White) e Drum Song (Maurice White). O disco ficou em primeiríssimo lugar nas paradas R&B e 15º nas paradas Pop da Billboard. Os singles Devotion, Mighty Mighty e Kalimba Story ficaram no Top 40. Foi o primeiro Disco de Platina da banda.

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EW&F em 1972/73: mudança no line up

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Grandes Nomes do Soul: Earth, Wind & Fire, parte 1

Uma das mais conhecidas bandas dos anos 70, que fez muito sucesso durante a Era Disco e nos anos 80 com hits dançantes, cuja característica principal é um naipe de metais e um setor de percussão impecáveis, além de ter um som calcado no Soul, R&B, Funk, Jazz e Rock. O Musical Review tem o prazer e a honra de falar sobre a banda Earth, Wind & Fire.

A saga começa quando o jovem músico Maurice White (nascido no dia 19 de dezembro de 1941 em Memphis, Tennessee, EUA) e a família se mudaram para Chicago nos anos 50, onde ele começou a trabalhar como session man na lendária gravadora Chess Records, tocando bateria. White acompanhou diversas feras como  Etta James, Ramsey Lewis, Sonny Stitt, Muddy Waters, The Impressions, The Dells, Betty Everett, Sugar Pie DeSanto e Buddy Guy. Ele tocou bateria no clássico Rescue Me de Fontella Bass e na releitura de Summertime pelo genial Billy Stewart. Em 1966, Maurice tocou no conhecido Ramsey Lewis Trio no lugar do batera original Isaac “Red” Holt.

Em 1969, depois de alguns álbuns gravados com a banda, ele conheceu um instrumento exótico africano que o deixou apaixonado: a kalimba, uma espécie de piano de polegar, que ele acabou introduzindo pela primeira vez na música Uhuru do álbum Another Voyage do Ramsey Lewis Trio. Nesse mesmo ano, Maurice deixou a banda para formar um time de compositores chamado Salty Pepper junto com os amigos Wade Flemons (nascido Wade Herbert Flemons no dia 19 de setembro de 1940 em Coffeyville, Kansas, EUA) e Don Whitehead, fechando contrato com a Capitol Records.

Depois de alguns singles obscuros como La La TimeUh Huh Yeah, White e sua turma mudaram-se para Los Angeles, Califórnia, onde recrutaram mais dois membros para a banda: a cantora Sherry Scott, o percussionistaYackov Ben Israel (Phillard Williams)  e o irmão mais novo de Maurice, o baixista Verdine White (nascido no dia 25 de julho de 1951 em Chicago, Illinois, EUA). Decidiram mudar o nome da banda para Earth, Wind and Fire. Na Astrologia, o signo de Maurice, Sagitário, é regido pelo elemento fogo, que tem regências sazonais baseadas em terra e vento, daí o nome escolhido. Wade e Don foram para o piano/vocais e Maurice continuou como baterista e vocalista, além de tocar a kalimba. A banda ainda fez audições, onde contrataram o guitarrista Michael Beal, o soprista Chester Washington, o trompetista Leslie Drayton (que também atuava como arranjador da banda) e o trombonista Alex Thomas.

Em 1970, o decateto assinou com a Warner Brothers e começou a gravar seu primeiro álbum, autointitulado, que foi lançado no ano seguinte, com produção de Joe Wissert. Com um set list de músicas compostas basicamente pelo trio White-Flemons-Whitehead (com ocasionais colaborações de Verdine e Michael Beal), o disco até que teve uma boa receptividade nos charts R&B (24º lugar) e Pop (172º lugar) da Billboard. Destaque para as faixas Help Somebody, Love is Life e C’Mon Children.

No mesmo ano, a banda lançou seu segundo álbum, The Need of Love, outra produção de Joe Wissert. Nesse disco, a vocalista Sherry Scott faz sua única colaboração como compositora em I Think About Loving You (que figurou como single) e Energy, co-escrita com o trio White-Flemon-Whitehead que abre o disco. As outras faixas mantém a linha do primeiro fisco, assinadas pelo trio central. O disco teve melhor colocação que seu predecessor, figurando no 35º lugar do Top 40 da parada R&B da Billboard (ficou em 89º na parada Pop). A banda ainda gravou para a trilha sonora do filme Sweet Sweetback’s Baadasssss Song, pela gravadora Stax Records, numa colaboração com o diretor Melvin Van Peebles.

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Maurice White (à esq.) quando fazia parte do Ramsey Lewis Trio em 1966

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Rock Setentista: Chicago, finale

Em 2008, foi lançado após 15 anos o álbum [reintitulado] Chicago XXXII: The Stone of Sysiphus, que só era conhecido através de um disco lançado em 1998 no Japão e, desde então disponível em vários boolegs da banda e algumas músicas na coletânea em cinco discos The Box. No ano seguinte, o Chicago fez outra memorável turnê conjunta com o Earth, Wind & Fire. Nesse mesmo ano, o tecladista Bill Champlin, da fase romãntica dos anos 80, saiu e foi subsituído por Lou Pardini, chamando também o percussionista Drew Hester. Em 2010, fizeram uma turnê com os Doobie Brothers e uma aprição especial no reality show American Idol. Em 2011, fizeram um shwo com a Orquestra Sifônica di Colorado e lançaram dois álbuns, o natalino Chicago XXXIII: O Christmas Tree e o ao vivo Chicago XXXIV: Live in 1975.

Peter Cetera foi muito bem sucedido em sua carreira solo e seu álbum após a saída do Chicago, Solitude/Solitaire foi muito bem nas paradas. O parceiro de Chicago, o produtor David Foster foi fundamental para o êxito a partir de duas músicas que são clássicos da nova fase do ex-vocalista do Chicago, as baladas Glory of Love (que foi tema do filme Karatê Kid II: A Hora da Verdade Continua) e The Next Time I Fall (dueto com Amy Grant). Fizeram sucesso inclusive no Brasil. Num futuro post, eu falo mais sobre a biografia de Peter fora do Chicago.

O Chicago chegou ao segundo ano da década de 2010 com a façanha de ter a maioria de seus membros fundadores o tecladista/vocalista Robert Lamm e o impecável naipe de metais formado por Lee Loughnane (trompete), James Pankow (trombone) e Walter Parazaider (saxofone) na atividade e sem interrupções de suas atividades, desde sua gênese. Todos eles também lançaram trabalhos individuais, mas o coração que bate em seus peitos é Chicago para sempre.Os outros membros atuais têm status de veteranos na banda: o baixista e vocalista Jason Scheff (27 anos de banda), o batera Tris Imboden (22 anos de banda) e o guitarrista Keith Howland (17 anos de banda). Os “caçulas” são Lou Pardini (tecladista) e Walfredo Reyes (percussão). Pode-se dizer que o Chicago é uma das bandas mais longevas da história e se depender de seus membros, ainda vem muita coisa por aí. Cabe a nós, fãs ou não aguardar as novidades.

O Chicago em 2012

Fontes:

Wikipedia

http://www.chicagotheband.com/

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