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História do Rock: O Rock se espalha pelo mundo

Para ler o post anterior da série clique aqui.

Como grande potência mundial que acabou se erguendo após a vitória aliada na Segunda Guerra, os EUA disseminaram sua cultura pelos quatro cantos do planeta, nos países do bloco capitalista. Isso se mostra evidente através da influência causada pela Indústria Cultural norte-americana: cinema, rádio, TV e principalmente, a música.

O Blues e o Jazz estavam em plena efervescência na Europa e seus intérpretes acabaram tendo audiência cativa em países como a Alemanha Ocidental, a Inglaterra e a França. Isso não se mostrou indiferente com o advento do Rock and Roll que logo caiu nas graças dos europeus e dos latino-americanos, como veremos a seguir:

  • Europa: Bill Haley, Buddy Holly e Jerry Lee Lewis foram alguns dos pioneiros do Rock americano que visitaram alguns países europeus como Inglaterra, França e Alemanha até o fim da década de 50, consolidando o estilo no Velho Continente. Elvis Presley conseguiu ser uma sensação na Europa mesmo nunca tendo feito shows por lá. Cada país começou a desenvolver sua própria cena musical. Na Alemanha havia Peter Kraus, o “Pai do Rock” germânico. Em Portugal, a primeira banda de Rock se chamava Walter Behrend e o seu conjunto. Na França, havia o “Elvis” local Johnny Halliday e na Inglaterra podemos citar Tommy Steele, Johnny Gentle, Billy Fury e Cliff Richard (falaremos da cena inglesa nos próximos posts).
  • América Latina: Blackboard Jungle (Sementes da Violência), o filme que inaugurou a Era do Rock foi distribuído por vários países latino-americanos, consumidores pontuais da Indústria Cultural dos EUA. Na sua esteira veio a música que sacudiu os jovens que falavam espanhol e português. As cenas locais só começaram a surgir no final da década de 50, sobretudo no México, Brasil e Argentina.
  • Brasil: Em outubro de 1955, o Rock foi introduzido no Brasil a partir da versão da cantora de samba-canção Nora Ney para o clássico Rock Around the Clock. Ela gravou o sucesso de Bill Haley por ser a única no cast da gravadora a saber cantá-la em inglês (foi sua única incursão pelo Rock). Outros cantores brasileiros não tardaram a aderir à nova onda made in USA. Dois anos depois, em 1957, o cantor Cauby Peixoto, usando o nome Ron Coby, foi o primeiro intérprete original brasileiro a cantar um Rock em português (Rock em Copacabana). Podemos citar ainda Agostinho dos Santos com sua Até Logo, Jacaré (versão de outro clássico de Bill Haley, See You Later Alligator) e Wilson Miranda com Bata Baby (versão em português de Baby Santiago para Long Tall Sally de Little Richard). Nesse mesmo ano, surgiu a primeira banda de Rock brasileira: Betinho e Seu Conjunto com o clássico Enrolando o Rock. Os primeiros ídolos do Rock brasileiro só surgiram a partir de 1958: Sérgio Murillo, Tony Campelo e sua irmã Cely Campelo [acompanhe os primórdios do Rock Brasileiro aqui.

Fontes:

Wikipedia

Ensaio: A História do Rock por Andre McKenna

Rock and Roll ao redor do mundo

Rock and Roll ao redor do mundo

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História do Rock: O fim da Primeira Onda

Depois de toda essa revolução cultural e midiática, que vimos nos posts anteriores da série, representantes da sociedade americana começou a “mexer seus pauzinhos” para domar o monstro que se insurgiu contra eles. 1959 começava a marcar a derrocada da Primeira Onda. Veja os fatos mais marcantes:

• Com a explosão do caso da Payola [algo como “jabá”], ou seja, suborno pago por Disc Jockeys para que o Rock fosse divulgado, Allan Freed, o homem que batizou o Rock foi uma das primeiras vítimas da reação do establishment. Após a inclusão de seu nome no rol dos que usavam a Payola, caiu em desgraça e veio a falecer vítima de alcoolismo em 1965

Elvis Presley foi ludibriado por seu empresário e se apresentou ao serviço militar americano, como “exemplo cívico aos jovens”. John Lennon, anos mais tarde comentou: “Elvis morreu quando entrou para o exército”.

• No dia 3 de fevereiro desse fatídico ano, Buddy Holly, Ritchie Vallens e Big Bopper morreram num acidente de avião no evento conhecido como “O Dia em que a Música Morreu” (veja mais detalhes aqui).

Little Richard, após um pesadelo que teve, com uma visão de que devia se converter, abandonou os palcos e se tornou ministro cristão.

Chuck Berry foi preso ao  se envolver, supostamente, com uma garota menor de idade e sentenciado a quatro anos de reclusão.

• Surgiu uma geração mais maleável e contida de cantores jovens chamados Teen Idols. Eram eles: Fabian, Frankie Avalon, Connie Francis, Brenda Lee, Pat Boone, Neil Sedaka, Paul Anka, entre outros

• O fim estratégico de algumas bandas como Bill Haley & The Comets.

• O êxodo de artistas para a Inglaterra, como Eddie Cochran e Gene Vincent, onde àquela altura eram aclamados pelos jovens

Se houve ou não alguma conspiração para que o Rock levasse um golpe tão cruel ninguém sabe, mas naquela momento, a sociedade quadrada venceu e comemorou. O Rock and Roll rebelde, como se conhecia, estava morto. Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, na Terra da Rainha, estava sendo preparada sua “ressurreição”

Fontes:

Wikipedia

Ensaio: A História do Rock por Andre McKenna

O DJ Alan Freed, um dos pais do Rock: enquadrado por causa da Payola crédito: http://pdxretro.com/wp-content/uploads/2011/04/Alan20Freed20-20Head_shot_WAKR_27.jpg

O DJ Alan Freed, um dos pais do Rock: enquadrado por causa da Payola
crédito: http://pdxretro.com/wp-content/uploads/2011/04/Alan20Freed20-20Head_shot_WAKR_27.jpg

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Gêneses do Rock Brasileiro: a primeira cena Rocker do Brasil

Links para os capítulos anteriores: Parte 1, Parte 2, Parte 3

Um dos momentos mais importantes da Primeira Onda no Brasil aconteceu em março de 1958, quando o acordeonista e maestro Mário Gennari Filho entregou a Tony Campelo, crooner do conjunto Ritmos OK, de Taubaté (cidade do interior de São Paulo), duas canções para serem gravadas. “Forgive Me” e “Handsome Boy”, seriam inicialmente interpretadas pela cantora-compositora Celeste Novais. Tony não viu problemas em cantar a primeira música, mas quanto à segunda (“rapaz charmoso”), não pegava bem ser cantada por um homem. Foi aí que teve a ideia de chamar a irmã Célia, que teve o nome mudado para Celly, para interpretá-la. O compacto dos irmãos Campelo foi um enorme sucesso e os jovens se apaixonaram pela voz doce e singela de Celly.

A onda dos “covers”, músicas originais em inglês gravadas por cantores brasileiros, chegava ao seu apogeu:

Ainda nesse ano, surgem os cariocas Golden Boys (tirado de Roy Hamilton, o golden boy?) com Wake up little Susie (Copacabana) e Lana Bittencourt segue sua trilha de sucessos com Love me forever (também cantado por Dolores Duran) e outros calypsos rock, a nova moda. Aliás, segundo dizem, Lana chegou a entrar nas “100 mais” da revista americana “Cash Box” nos Estados Unidos, com Little Darling. Mas, o sucesso de Lana e outros intérpretes impedia o lan­çamento original entre nós. O mesmo acontecia com o grupo vocal The Playings, uma invenção do produtor José Scatena (Titulares do Ritmo, famoso grupo vocal de SP, mais as cantoras de estúdio, irmãs Gradilone), então dono da gravadora e estúdio RGE que, com a gravação de sucessos do hit-parade americano como Lollipop e Banana Split, impediu a entrada dos hits originais. Até o tradicio­nal Conjunto Farroupilha frequentou o gênero, com a gravação de Mr. Lee. (PAVÃO, 2011. p. 38). 

O Club do Rock de Carlos Imperial ia de vento em popa e o destaque era um jovem de apenas 17 anos chamado Sérgio Murilo, que viria a despontar como grande cantor no ano seguinte. Betinho e Seu Conjunto emplacavam mais um sucesso, “Aguenta Rojão”. No segundo semestre, o Pai do Rock, Bill Haley (junto com Seus Cometas), veio ao Brasil pela primeira vez e fez um show antológico, televisionado pela TV Record. Ficou impressionado com a recepção que teve, pois não imaginava ser tão popular por aqui. O professor de violão Theotônio Pavão tinha muitos alunos que de quando em quando se reuniam para fazer festas, onde mostravam seus atributos artísticos. Foi durante algumas desses happenings que o jovem cantor e guitarrista Albert Pavão, filho de Theotônio, começou a aparecer, imitando seu ídolo Elvis Presley.

Em 1959, Celly Campello gravou seu mais retumbante sucesso, “Estúpido Cupido”, versão do clássico de Neil Sedaka, “Stupid Cupid” que vendeu ceca de 100 mil exemplares e disputou o primeiro lugares nas paradas como pesos pesados como Elvis Presley, Paul Anka e o próprio Sedaka. A música havia sido erroneamente gravada no lado B de “The Secret”, ao invés do costumeiro lado A. O êxito foi tanto que Celly e o irmão Tony entraram em evidência junto aos roqueiros paulistas. Celly emendou outros sucessos como “Túnel do Amor”, “Just Young”, “Tammy” e “Lacinhos Cor de Rosa”. Os irmãos Campelo estrearam o primeiro programa de Rock da televisão brasileira, Tony e Celly em Hi-Fi pela TV Record, onde recebiam as emergentes estrelas da época. A Record, aliás, sempre esteve envolvida na divulgação do Rock and Roll, trazendo grandes atrações internacionais como Johnny Ray, Johnny Restivo, Frankie Avalon, além de Bill Haley. Até o fim de ano, todas as emissoras de TV do Brasil tinham seus programas para jovens.

No Rio de Janeiro, Carlos Imperial transformou seu o Club do Rock num programa apresentado pela TV Tupi carioca. Foi nesse programa que despontou para o sucesso seu pupilo Sérgio Murilo. Outra das descobertas de Imperial foi o conjunto Sputniks de Roberto Carlos e Tim Maia. Todavia, o produtor se interessou mais no primeiro, de quem se tornou protetor e empresário. Tim Maia foi então para os EUA e decretou o fim dos Sputniks. Foi nessa época que Roberto foi apresentado ao seu futuro parceiro Erasmo Esteves.

Roberto e Erasmo já se conheciam de vista desde o final de 1957, quando Roberto Carlos passou a se encontrar com o pessoal que frequentava o Bar Divino. Mas ali os dois não chegaram a travar maiores contatos, eram encontros esporádicos, rápidos; às vezes, quando um chegava, o outro já estava saindo. Por insistência de sua mãe, no início de 1958 Erasmo foi também estudar datilografia no Colégio Ultra, na Tijuca,onde Roberto Carlos àquela altura estava cursando o supletivo. Os dois se esbarravam pelos corredores do colégio, mas ali também não chegaram a ter uma apresentação formal. Isto só aconteceu mesmo em abril de 1958,quando Roberto Carlos precisou da letra de Hound dog. – “Roberto, este é o Erasmo, o cara que sabe tudo de Elvis.” Foi com essas palavras que Arlênio Lívio colocou em sintonia a dupla Roberto e Erasmo. “Eu já conheço você da televisão”, afirmou Erasmo, deixando Roberto feliz ao ser reconhecido como artista. E de fato, além de se esbarrarem ali pela Tijuca, Erasmo já tinha visto Roberto Carlos cantar no Clube do Rock, quando Carlos Imperial o anunciava como “o Elvis Presley Brasileiro”.(ARAÚJO, 2006. p. 51).

Sob a tutela de Imperial, o futuro Rei da Juventude gravou seu primeiro compacto, não um Rock mas um samba, “Joãozinho e Maria”.

Fontes: 

Os Primórdios do Rock no Brasil por Andre de Oliveira

Rock Brasileiro 1955-65: trajetórias, personagens e discografia por Albert Pavão

Roberto Carlos em Detalhes por Paulo César de Araújo

The Sputniks: o início de duas grandes feras da MPB: Tim Maia e Roberto Carlos (o 1º e o 4º da esq. p/ dir.) crédito: http://4.bp.blogspot.com/-wiclFmNn4c4/TaIE-AMX4tI/AAAAAAAAf9Q/mFzRAGy43Pk/s320/sputiniks.jpg

The Sputniks: o início de duas grandes feras da MPB: Tim Maia e Roberto Carlos (o 1º e o 4º da esq. p/ dir.)
crédito: http://4.bp.blogspot.com/-wiclFmNn4c4/TaIE-AMX4tI/AAAAAAAAf9Q/mFzRAGy43Pk/s320/sputiniks.jpg

 

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História do Rock: Outras tendências da Primeira Onda

Retomando nossa série História do Rock, que há muito não postávamos por aqui. Caso alguém queira dar uma lida nos posts anteriores, basta entrar nos links a seguir: Prefácio, Anos 40, Pais da Criança, Surge o Rei,  Primeira Onda e um post bônus.

No post publicado em 18/03/2012, conhecemos a linha de frente da Primeira Onda. Além dos músicos já citados, havia outros como os cantores de R & B Jesse Belvin, Louis Jordan e Jackie Wilson, Sam Cooke, Ray Charles e James Brown, sendo que estes 3 últimos são considerados precursores do que se convencionou chamar de Soul Music nos anos 60.

Podemos citar também os grupos de Doo Wop como The Moonglows (onde surgiu o futuro astro Marvin Gaye), The Penguins, The Coasters, The Spaniels, The Ravens, Del-Vikings, The Fleetwoods, Frankie Lymon & The Teenagers, Maurice & The Zodiacs, The Marcels, Dion & The Belmonts, The Tymes, The Orioles, The Cadilacs, The Clovers, The Chordettes, nunca esquecendo dos mais lendários e duradouros grupos vocais que se tornaram instituições musicais como The Platters e The Drifters. Caso você seja aficcionado pelo gênero acompanhe nossa seção Doo Wop & Vocal Groups Review.

Com uma infinidade de artistas, o Rock and Roll conheceu seu período áureo, com todas as mídias focalizando o novo fenômeno de massas: programas de rádio e TV, filmes, inserções publicitárias. Com tudo isso, o establishment norte-americano caiu de joelhos perante o Rock and Roll. Na Inglaterra, os Bluesmen veteranos (Muddy Waters, Howlin’ Wolf, T-Bone Walker, Sonny Boy Williamson II, entre outros) tornaram-se requisitados pelos jovens, assim como os atuantes roqueiros da Primeira Onda (como Bill Haley e Buddy Holly). Até 1958, todo o planeta foi tomado de assalto pelo Rock and Roll, inclusive o Brasil. Num post futuro, falaremos sobre o Rock no mundo e na América Latina.

Fontes:

Wikipedia

Ensaio: A História do Rock por Andre McKenna

Os principais grupos vocais da Primeira Onda

Os principais grupos vocais da Primeira Onda

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Gêneses do Rock Brasileiro: Primeiras manifestações locais

Para não perder o “fio da meada”, leia os posts anteriores aqui e aqui.

Em 1957, alguns compositores brasileiros começaram a se acostumar com o ritmo norte-americano e um deles, Miguel Gustavo escreveu “Rock and Roll em Copacabana”, gravado e cantado por Coby Dijon (Cauby Peixoto), sendo o primeiro Rock 100% brasileiro. Na esteira vieram algumas versões de originais norte-americanos como Até Logo, Jacaré” (See You Later Alligator”), de Júlio Nagib, cantado por Agostinho dos Santos. Até o conhecido autor de sambas e marchas Assis Valente compôs um Rock, que foi cantado por Grande Otelo num filme. O cantor Carlos Gonzaga, conhecido por interpretar boleros e guarânias se rendeu ao Rock, cantando Meu Fingimento”, versão de Haroldo Barbosa para The Great Pretender” do grupo vocal The Platters. Gonzaga se tornaria um dos expoentes da Primeira Onda do Rock Brasileiro, que entraria em vigor no ano seguinte.

O cantor e guitarrista Betinho se notabilizou por ter formado a primeira banda de Rock do país, gravando Enrolando o Rock, música que foi usada no filme “Absolutamente Certo”, dirigido por Anselmo Duarte. Numa das cenas mais antológicas, Betinho e Seu Conjunto interpretam sua música enquanto casais dançavam freneticamente. O cinema nacional começava a se render ao Rock and Roll. No Rio de Janeiro, o produtor e empresário Carlos Imperial criava o Club do Rock, formado por cantores, dançarinos e aficcionados que fez uma aparição na chanchada da Atlântida De Vento em Popa”, filme onde o impagável Oscarito ataca de Alves Prestes”, uma antológica imitação de Elvis Presley. Imperial conseguiria levar a ideia para um programa de rádio que faria muito sucesso em 1958.

Um dos problemas enfrentados pela indústria fonográfica nacional era a falta de representatividade de gravadoras estrangeiras. O jeito foi importar sucessos feitos nos EUA e na Europa para serem interpretados por artistas nacionais (os famosos covers”). Um dos exemplos dessa tendência foi a cantora Lana Bittencourt, que gravou Little Darling, sucesso do grupo vocal The Diamonds. O saxofonista Bolão e seu conjunto Rockettes, se tornou especialista nesse estilo. Ainda não havia teen idols, sendo os Rocks sempre interpretados por cantores da chamada Velha Guarda. Mas esse ânimo inicial foi esfriando e esses veteranos começaram a deixar o Rock de lado.

Tudo conspirava a favor do Brasil no ano de 1958. Vivíamos ainda sob os auspícios da gestão de Juscelino Kubitschek, o Brasil ganhava sua primeira Copa do Mundo nos campos da Suécia, fazendo surgir um novo ídolo do futebol, Edson Arantes do Nascimento ou Pelé. A Bossa Nova surgia a partir de uma sessão de gravação que contou com o compositor e pianista Tom Jobim, seu parceiro Vinícius de Morais e o violonista e cantor João Gilberto para a gravação do disco Chega de Saudade”.

O Rock brasileiro começava a sair das sombras, a partir da inspiração de músicos que assistiram ao filme Ao Balanço das Horas e que começaram a formar conjuntos musicais. É o caso de The Jordans, grupo que surgiu na Zona Leste de São Paulo e que seria um dos principais nomes do Rock primevo. Ao mesmo tempo, no Rio de Janeiro, surgia a Turma do Matoso, um bando de jovens aficcionados em Elvis Presley e no Rock and Roll que se reuniam para ver filmes, namorar, tocar e cantar.  Segundo Paulo César de Araújo escreveu em seu livro “Roberto Carlos em Detalhes”:

“O pessoal se reunia então em frente ao Bar Divino, na esquina da Rua do Matoso com Haddock Lobo, próximo ao Cinema Madri e ao Instituto Lafayette. Espécie de Memphis do rock nacional, aquela esquina da Tijuca atraía garotos como Tim Maia, Erasmo Carlos, Jorge Ben (que nos anos 90 mudou o nome para Jorge Benjor), Lafayette, Wilson Simonal,Arlênio Lívio, Luiz Ayrão, futuros Blue Caps como Renato e Paulo César Barros, futuros Fevers como Luiz Carlos e Liebert Ferreira… Raul Seixas não andava por ali porque morava na Bahia, mas logo, logo alguém que vivia mais perto, um capixaba chamado Roberto Carlos, estaria se enturmando naquele clube da esquina carioca – ou quase americano – ARAÚJO. Paulo César de. Roberto Carlos em detalhes. p. 51. Versão digital. São Paulo: Planeta, 2006. 

Carlos Gonzaga, que havia tomado gosto pelo Rock no ano anterior, gravou seu maior sucesso, Diana (versão da original homônima composta por Paul Anka).Essa gravação lançou um versionista que se tornaria o principal do nosso rock: Fred Jorge.

Fontes:

Ensaio: Os Primórdios do Rock no Brasil por Andre de Oliveira

Rock Brasileiro 1955-65: trajetórias, personagens e discografia por Albert Pavão

Betinho e Seu Conjunto, a primeira banda de Rock do Brasil

Betinho e Seu Conjunto, a primeira banda de Rock do Brasil

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Gêneses do Rock Brasileiro: O Rock chega ao Brasil

Em 1955, o Brasil vivia uma época de prosperidade como nunca antes em sua história, no décimo aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e do famigerado Estado Novo (1937-1945), um período ditatorial que assolou o país durante quase uma década. A escolha de Eurico Gaspar Dutra, como o primeiro presidente eleito pelo voto popular desde 1930 inaugurava um período de democracia e esperança. Nas eleições seguintes, Getúlio Vargas, um dos artífices do Estado Novo, foi ironicamente eleito pelo voto popular, mas acabou dando cabo da própria vida no ano anterior, após uma crise política que abalou seu mandato. Em seguida, Veio Juscelino Kubitschek que quase não assumiu por causa de um golpe que acabou sendo desbaratado. A Capital Federal era a cidade do Rio de Janeiro e a população do País girava em torno de 52 milhões de habitantes (dados de 1950). No futebol, a sociedade brasileira ainda se recuperava da derrota na final da Copa do Mundo de 1950, realizada no Brasil e do fiasco da Seleção na Copa de 1954 na Suíça. Segundo o cronista Nelson Rodrigues, vivíamos intensamente o “complexo de cachorro vira-latas”.

Ao mesmo tempo em que os jovens brasileiros assistiam ao filme “Sementes da Violência” pela primeira vez, o tema principal da película era gravado por um intérprete brasileiro. A gravadora Continental procurou em seu cast algum artista que soubesse cantar em inglês. Nora Ney, um dos principais nomes do samba-canção, também conhecido como “dor de cotovelo” era a única com esse requisito e então em novembro daquele ano, era lançado o compacto “Rock Atound the Clock” / “Ciuminho Grande”, sendo o primeiro disco de Rock gravado por um brasileiro. Se bem que não era chamado propriamente de Rock, sendo até categorizado como Fox-trot. Segundo a Revista do Rádio, o disco alcançou os primeiros lugares em vendas no país. No mês seguinte, a RCA Victor lançou uma versão em português chamada “Ronda das Horas”, cantada por Heleninha Silveira que não teve muita repercussão. No começo do ano seguinte, a cantora Marisa Gata Mansa regravou a versão em inglês.

Em 1956, ano em que começaram as obras da nova capital farderal no Planalto Central, o êxito inicial do Rock and Roll não foi suficiente para atrair novos intérpretes. Poucos cantores brasileiros se prontificaram a cantar o novo estilo, como o famoso cantor Cauby Peixoto, que era, àquela época um dos mais populares artistas do País. Cauby sentiu-se atraído pelo Rock e foi para os EUA, onde assumiu o nome de Ron Coby (depois Coby Dijon), cantando em inglês. Ele participou do filme Jamboree e até foi convidado para começar uma carreira em terras ianques. Com essa falta de artistas nacionais, os intérpretes estrangeiros se tornaram excelentes vendedores de discos. Elvis Presley estava no início de sua trajetória e começaram a surgir os primeiros fãs brasileiros do cantor. Além de Elvis, Little Richard, The Platters e Chuck Berry eram outros roqueiros que davam o ar da graça nas lojas de discos.

O ano de 1956 também marcou a estreia nos cinemas paulistanos, do filme Ao Balanço das Horas (no original, Rock Around the Clock), estrelado por Bill Haley & Seus Cometas, Allan Freed, The Platters e Eddie Bell, que aproveitou o título do hit que arrebatou a moçada no ano anterior. Os jovens brasileiros começavam a imitar os teen-agers americanos em suas roupas e modos. Os meninos usavam jaquetas de couro, calças jeans com a barra dobrada, camisas xadrez, cabelos com topetes penteados usando gomalina. As meninas com vestidos típicos e cabelos rabo-de-cavalo. Todos mascando muitos bubblegums (ou chicletes de bola, como ficaram conhecidos por aqui).

Começaram a surgir relatos de tumultos provocados por expectadores do filme, que subiam nas poltronas para gritar e dançar e formalizar verdadeiros quebra-quebras. Isso deu uma publicidade grande para o filme e preocupação para as autoridades locais. Consta que Jânio Quadros, então governador do Estado, teria expedido ordem expressa para prender os arruaceiros e se fossem menores de idade, deveriam ser entregues ao Juizado de Menores. O Rock começava a preocupar os pais dos jovens e começou a ser duramente criticado pelos mais conservadores, sendo chamado de vulgar e contra os bons costumes.

Nora Ney, a primeira artista brasileira a interpretar um Rock

Nora Ney, a primeira artista brasileira a interpretar um Rock

Wikipedia

Ensaio: Os Primórdios do Rock no Brasil por Andre de Oliveira

Rock Brasileiro 1955-65: trajetórias, personagens e discografia por Albert Pavão

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Gêneses do Rock Brasileiro: Introdução

“O Rock and Roll chegou para ficar”. Assim diz um clássico do grupo vocal Danny & The Juniors exaltando o Rock. A Primeira Onda tomou conta do planeta e o Brasil não foi indiferente a essa revolução. A partir deste post, começa a série Gêneses do Rock Brasileiro, tratando das primeiras décadas de existência desse rítmo quase sessentão.

Historicamente, o Brasil sempre foi receptivo às manifestações culturais externas. Desde sua colonização, diversos estilos musicais aqui deram o ar da graça e até contribuíram para o desenvolvimento da musicalidade própria. Para cá vieram as músicas folclóricas de Portugal, as valsas vienenses, a sonoridade barroca e os ritmos africanos. Nasceram assim, o chorinho, os lundus, as congadas, os reisados e o estilo musical que é marca registrada no País, o Samba, que também se desdobrou em vários subgêneros no século XX, como as marchinhas carnavalescas e o samba-canção, também chamado “dor de cotovelo”.

Quando os EUA começaram a sua política da boa vizinhança junto aos países da América Latina lá pelos idos dos anos 40, em plena Segunda Guerra Mundial, o Brasil tornou-se então consumidor da Indústria Cultural norte americana, algo que os nacionalistas mais convictos, opositores da influência da Pax Americana, chamavam de “Imperialismo Ianque”Um dos primeiros produtos da Indústria Cultural, aqui absorvidos, foi o cinema. Hollywood 

já era considerada à época, a capital mundial da Sétima Arte. Graças a isso, o Brasil viu surgir a gloriosa cena dos Estúdios da Compahia Cinematográfica Atlântida com as primeiras grandes estrelas nacionais como a dupla Oscarito e Grande Otelo, Eliana Macedo, entre outros. No campo da música, o Fox-trot e o Swing das chamadas Big Bands fizeram seu dèbut em terras brasileiras, embora não houvesse intérpretes nacionais. As Histórias em Quadrinhos também marcaram presença junto ao público infanto-juvenil.

Em 1955, aconteceu nos EUA o surgimento do Rock and Roll, que nada mais era do que a música que os negros já tocavam e dançavam desde o fim dos anos 40, chamada de Rhythm and Blues, uma variação do Blues um pouco mais pulsante e dançante, com letras consideradas ofensivas e imorais para os padrões da época. Anos antes, o disc jockey Allan Freed havia se encarregado de rebatizar o estilo como Rock and Roll, a fim de escapar dos pais conservadores e mais exaltados.

A partir de filmes como “Juventude Transviada” e “Vidas Amargas”, os mais jovens passaram a ter em James Dean, figura com pose de rebelde, seu ídolo. Outro filme que praticamente arrebatou os corações da juventude norte americana foi “Sementes da Violência” (“Blackboard Jungle” no original), que tinha como temática o embate entre um professor e seus alunos indisciplinados. O plot da película ficava em segundo plano, pois os rapazes e moças queriam mesmo era ouvir a música que tocava no fim dos créditos, “Rock Around the Clock”, música tocada por Bill Haley e seus Cometas que fez um fenomenal sucesso em todo o país, fazendo surgir assim, a Primeira Onda do Rock.

Haley apenas preparou caminho para o verdadeiro furacão que iria arrasar o continente: Elvis Presley. Foi a partir de sua figura jovem e dançante e sua voz forjada no sentimento da música negra que o Rock marcou sua presença, inaugurando de vez a Primeira Onda. Na esteira dele, vieram outros ídolos da molecada: Chuck Berry, Buddy Holly, Jerry Lee Lewis, Eddie Cochran, entre muitos outros. O Rock acabou se tornando um vantajoso produto da Indústria Cultural e logo começou a ser irradiado ao Velho Continente e à América Latina, chegando ao Brasil.

Blackboard jungle

Sementes da Violência: filme cuja trilha sonora iniciou a Primeira Onda do Rock

Fontes:

Wikipedia

Ensaio: Os Primórdios do Rock no Brasil por Andre de Oliveira

Rock Brasileiro 1955-65: trajetórias, personagens e discografia por Albert Pavão

 

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Deep Purple, parte 5: o nascimento de um clássico

Em 1971, o disco Fireball proporcionou uma turnê que fez com que a Mark II consolidasse seu sucesso junto aos fãs dos Purple, sendo considerada definitivamente a formação clássica da banda. No final daquele ano, eles queriam gravar um disco que tivesse a “cara” de uma performance ao vivo. Depois de muito procurarem, acharam em Montreaux, Suiça, um local apropriado para o feito. Em dezembro, eles foram ao Cassino de Montreuax, em frente a um lago, onde estava acontecendo o tradicional Festival de Jazz e aguardaram sua vez de usar o palco. Pegaram emprestado o estúdio móvel dos Rolling Stones para ajudar na gravação. Aí então, aconteceu um fato que entrou para o folclore do Rock and Roll.

A última atração a se apresentar era Frank Zappa & The Mothers of Invention e tão logo eles terminassem, o palco estaria à disposíção do Purple. Só que no meio do show, um zé-mané sem noção disparou um sinalizador que acertou o teto, feito de ratã [uma espécie de palmeira muito parecida com bambu), o que causou um incêndio. Quando Zappa viu tudo pegando fogo, deu o alarme: Fogo! Arthur Brown em pessoa! No início o público achou que se tratava de mais uma piada do Lorde dos Freaks, mas aí em seguida, todos começaram a correr para fora do cassino. Claude Nobs, diretor do fetsival era um dos que ajudava as pessoas a escaparem das chamas. O palco ficou arruinado, zappa e a banda riveram um senhor prejuízo, mas o Deep Purple ganhou um clássico: Smoke on the Water, música inspirada nos fatos ocorridos. Aproveitaram a letra e encaixaram num riff criado pro Blackmore, apelidado de “durrh-durrh” que estava inacabado.

Só que eles tiveram que procurar outro local para gravar o material do disco. Claude indicou um teatro nos arredores, The Pavillion, mas os vizinhos chamaram a polícia e a banda teve que dar no pé. Aí então, foram para o Grand Hotel de Montreaux , que estava vazio e improvisaram alguns corredores e escadas como estúdio de gravação.

Em março de 1972, saiu o álbum com as lendárias sessões na Suiça, Machine Head, que se converteu num verdadeiro clássico do Deep Purple e do Rock and Roll. Além das já citadas Highway Star (finalizada) e Smoke on the Water, que virou um hino dos roqueiros em geral, o disco contava com outros grande clássicos como Lazy (com a fabulosa gaita tocada por Gillan), Never Before Space Truckin’ e Pictures of Home. A linda balada When a Blind Man Cries ficou fora do disco mas entrou no lado B do single de Never Before. Na turnê de divulgação do disco, estava incluída um antológica viagem ao Japão, que rendeu, no final do ano um dos melhores discos ao vivo da banda, Made In Japan. Num dos shows gravados, eles quebraram um paradigma da Mark II: gravaram o cover Lucille (Little Richard), que acabou não saindo na primeira versão do disco. Por conta dessa exaustiva maratona de shows, a banda começou a pedir arrego. Até mesmo Blackmore caiu doente, sendo subsituído pelo guitarrista do Spirit Randy California na das gigs. Num show Gillan estava afônico e Roger Glover teve que fazer as vezes de vocalista. Paralelo a esse pandemônio, iniciaram a gravação de um novo disco, usando a unidade de gravação móvel dos Rolling Stones.

Em fevereiro de 1973, saiu o álbum Who do We Think We Are, o derradeiro disco daquela fantástica formação nos anos 70. Os destaques do disco são Woman from Tokyo, Super Trouper, Smooth Dancer e Rat Bat Blue. Esse disco também foi um grande sucesso de vendas e as exaustivas turnês continuaram. Além do stress, havia outro problema muito grave: Blackmore e Gillan estavam começando a se estranhar. O clima começou a ficar pesado entre as duas estrelas da banda, o que culminou com o peido de demissão do vocalista em junho daquele ano. Gillan cumpriu a agenda do grupo até o final daquele mês.

No derradeiro show, em 29 de junho, nem mesmo a homenagem feita ao batera Paice em seu aniversário naquela data fez com que os ânimos se acalmassem. Roger Glover era outro que também estava a fim de dar um tempo e também pediu o boné. Se bem que a saída do baixista está envolta em muitas controvérsias. Alguns dizem que ele foi demitido e outros que ele pediu as contas. A verdade é que ele não saiu de todo, só começou a trabalhar mais nos bastidores do Purple como executivo e produtor da Purple Records, a gravadora da banda. Seria este o fim?

Machine Head: divisor de águas na história da banda

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Datas Marcantes: 13 de julho de 1985

Olá de novo, queridos leitores. Depois de quase dois meses sem postar aqui no Musical Review, estou de volta! E vamos falar sobre o Dia Mundial do Rock. O Rock and Roll revolucionou o século XX em diversas áreas do conhecimento e da cultura. Nada mais justo do que dedciar a ele uma data especial. O dia escolhido foi special em muitos sentidos., conforme o texto a seguir.

Existem inúmeras datas que poderiam ser pensadas como “aniversário” do bom e velho Rock and Roll, mas decidiu-se pelo dia 13 de julho. O que aconteceu nesse dia? O Live Aid, um dos maiores eventos musicais em prol de uma causa social de todos os tempos. Claro que já houve concertos beneficentes antes como o Concerto para Bangla Desh, organizado por George Harrison em 1971 e o Concerto para o Camboja em 1980, capitaneado pelo também ex-Beatle Paul McCartney. Mas o Live Aid entrou para a história por diversas razões.

No final do ano de 1984, o cantor Bob Geldof (Boomtown Rats) havia reunido diversos artistas britânicos e irlandeses como Paul McCartney, U2, Boy George, Paul Young, Ultravox e Duran Duran, entre outros, para gravação de um disco em prol das vítimas da fome na Etiópia. Do They Know It’s Christmas foi um grande sucesso e Geldof pretendia fazer um megaconcerto via satélite que acontecesse simultaneamente na Inglaterra, nos EUA e em algumas partes do planeta.Muitos músicos compraram a a ideia e confirmaram sua presença no evento.

O Live Aid teve lugar no dia 13 de julho de 1985 em palcos no lendário estádio de Wembley em Londres e no JFK Stadium na Filadélfia, além de locais no Japão e Austrália. Além de lendas da música dos dois lados do Atlântico, como os citados acima junto com Queen, The Who, Bob Dylan, Crosby, Stills, Nash & Young, Santana, Phil Collins, Four Tops, Rolling Stones, Madonna, David Bowie, INXS, Cliff Richard, Tina Turner, Teddy Pendergrass e Ashford & Simpson, os espectadores do evento viram a reunião de dois dinossauros, especialemente para a ocasião: o Black Sabbath, em sua formação original e o Led Zeppelin (com Phil Collins no lugar do falecido John Bonham). Pode-se dizer que foi um show como nenhum outro, tendo arrecadado o valor de £ 100.000.000 (cem milhões de libras esterlinas), ou seja mais de 283 milhões de dólares e foi vistou por cerac de 1 bilhão de pessoas, mauo audiência televisiva de um show de Rock na história.

Os músicos norte americanos criaram outro projeto de ajuda à Etiópia que também acabou fazendo história, o USA For Africa, que contou com feras como Lionel Ritchie, Michael Jackson, Diana Ross, Ray Charles, Stevie Wonder, Bruce Springsteen, Kim Carnes, Al Jarreau, Huey Lewis & The News, James Ingram, Hall & Oates, Kenny Rogers, Cindy Lauper, Dionne Warwick, Journey, Billy Joel, Willie Nelson, entre muitos outros.

Em 1989, 2004 e 2005, Geldof organizou outros eventos de vulto como o Live Aid’89, o Live Aid 2004 e o Live 8, com novas versões da música que mobilizou roqueiros e todo o planeta na ajuda ao próximo. Por seu gesto, ele foi nomeado cavaleiro do Império Britânico e indicado ao Prêmio Nobel. E o Rock and Roll ganhou uma data que é comemorada desde então.

Para terminar, tenham todos um FELIZ DIA DO ROCK! ROCK AND ROLL WILL NEVER DIE!

Band Aid: O Rock em favor da vida

Fonte:

Wikipedia

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História do Rock: a Primeira Onda, post bônus

Pensaram que eu ia esquecer da ilustração dos outros herois da Primeira Onda, né? Eis aí, abaixo, fotos de grandes nomes dessa leva de pioneiros do Rock.

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