Arquivo do mês: agosto 2012

Grandes Nomes do Rock: The Mamas & The Papas, parte 1

Eles foram uma das principais bandas da Cena de San Francisco, muito querida pelos adeptos da Contracultura ou Flower Power em vigor, que se destacava por belos arranjos vocais e elaborados trabalhos instrumentais. Apesar de muitos problemas internos, eles mantiveram a qualidade musical até o fim de sua existência. Vamos falar dos sempre queridos The Mamas & The Papas.

O compositor e guitarrista John Phillips (nascido John Edmund Andrew Phillips em 30 de agosto de 1935 em Parris Island, Carolina do Sul, EUA) conheceu o cantor e guitarrista Scott McKenzie (nascido Phillip Wallach Blondheim no dia 10 de janeiro de 1939 em Jacksonville, Florida, EUA), filho de um amigo de sua mãe e formaram o primeiro grupo, The Abstracts, especializado em Doo Wop. Mudou o nome para The Smoothies e ao se converter num trio Folk em 1960, mudou definitivamente para The Journeymen, que chamou atençaõ e assinou com a Capitol Records, inde chagaram a gravar três discos. John tinha latgado a escola pra casar-se com a namorada Susan Adams, com quem teve dois filhos Jeffrey e Laura Mckenzie (de quem vamos falar mais tarde). Durante uma turnê do grupo, John conheceu a adolescente Michelle Gilliam (nascida Holly Michelle Gilliam no dia 4 de junho de 1944 em Long Beach, California, EUA), que se tornou sua amante. Depois que seu caso extraconjugal foli descoberto, John deixou Susan e tornou Michelle a nova Sra. Phillips.

Em 1963, John e os Journeymen, se mudaram para o bairro boêmio Greenwich Village em Nova York, onde estava ocorrendo um verdadeiro revival do som Folk. Michelle começou a atuar como parceira em composiçoes do marido e fazia informalmente alguns vocais. Foi numa das gigs na Big Apple que John conheceu o cantor canadense Denny Doherty (nascido Dennis Gerrard Stephen Doherty no dia 29 de novembro de 1940 em Halifax, Nova Escócia, Canadá), que em 1964 formou o grupo folk The Mugwumps, uma verdadeira lenda na cena do Village da época que contou em suas fileiras com futuros membros do Lovin’ Spoonful e dos Mamas & Papas (reza a lenda que Peter Tork, dos Monkees chegou a tocar com eles).

Em 1965, com o fim dos Mugwumps, John, Denny e Michelle (atuando como vocalista) formaram The New Journeymen e enquanto estavam em férias nas Ilhas Virgens, Doherty fez um lobby para a entrada de sua amiga e colega de Mugwumps, Cass Elliott (nascida Ellen Naomi Cohen no dia 19 de setembro e 1941 em Baltimore, Maryland, EUA) na banda como segunda vocalista. John relutou em aceirá-la no grupo pelo fato dela ser gordinha, mas foi convencido pelo amigo. Existe uma lenda que Cass teve uma melhora de alcance vocal ao ser atingida na cabeça por um cano de cobre. Isso teria sido primordial para sua admissão. A própria cantora confirmou a história anos depois, mas amigos da banda diziam que isso tinha sido inventado para minimizar o fato de John não aceitá-la na banda por causa de sua obesidade.

Faltava então um novo nome para o grupo. Enquanto assistiam TV, os quatro começaram dar sugestões. John veio com Magic Cyrcle, prontamente recusado pelos demais. Procuraram alguma coisa interessante pra ver na TV e num canal estava passando um programa de entrevistas sobre a famosa gangue de motoqueiros Hell’s Angels no exato momento em que um deles declarou que enquanto outras pessoas chamavam suas esposas/companheiras de ordiárias (cheap), suas mulheres tinham um tratamento respeitoso, sendo chamadas de Mamas (mamãezinhas). Cass pulou da poltrona e bradou: “- Sim! Eu quero ser uma Mama!” Michelle ficava repetindo: “– Nós somos Mamas! Nós somos Mamas!”. Os dois homens do grupo se entreolharam e pensaram: “- Bom se elas são Mamas nós só podemos ser Papas (papaizinhos). Então, fecharam com The Mamas & The Papas. Caso encerrado!

Nesse ano, eles conseguiram um contrato com a gravadora Dunhill Records e gravaram seu single de estréia, Go Where You Wanna Go (lado B, Somebody Groovy) que não teve muito sucesso comercial. Já o segundo, California Dreamin’ (aproveitando o mesmo lado B do anterior), uma composição do casal Phillips, foi um grande êxito chegando ao quarto lugar nas paradas dos EUA (23º no Reino Unido).

Em 1966, eles lançaram o primeiríssimo álbum de sua discografia intitulado If You Can Believe Your Eyes and Ears, contendo os dois singles lançados no ano anterior.

Os primórdios: The Jorneymen (em sentido horário: John Phillips, Dick Weissman e Scott McKenzie)

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Grandes Nomes do Rock: The Who, finale

Em 1983, por conta de problemas de saúde e familiares, Pete Townshend saiu do The Who, que sem sua liderança acabou se dispersando. Após um hiato de dois anos, o guitarrista chamou seus velhos colegas Roger Daltrey, John Entwistle e Kenney Jones (que entrou na banda após a morte de Keith Moon) para participarem do megaevento da década de 80 Live Aid criado pelo cantor Bob Geldof. Esse retorno pontuou algumas reuniões da banda nos anos seguintes, como a participação no Brit Awards de 1988, quando receberam um prêmio especial pelo conjunto da obra. Nos anos seguintes vieram a turnê pelos 25 anos da banda e 20 do lançamento de Tommy (1989), a introdução do The Who no Rock and Roll Hall of Fame, um série de shows pelo aniversário de 50 anos do vocalista, contando com as primeiras paricipaç~eos do batera Zak Starkey (filho de Ringo Starr) e Simon Townshend (irmão de Pete) (1994), a participação na gravação da coletânea Two Rooms, o revival do álbum Quadrophenia (1996) e os shows beneficentes (1999 e 2000).

Em outubro de 2001, o The Who participou do Concert for New York, no Madison Square Garden, juntamente com estrelas como Paul McCartney (organizador), Billy Joel, James Taylor e David Bowie, entre outros, numa linda homenagem ás vítimas do fatídico 11 de setembro daquele ano, tocando seus clássicos Who Are You, Baba O’Riley, Behind Blue Eyes e Won’t Get Fooled Again. Naquele mesmo ano, receberam um Grammy especial pelo conjunto da obra.

No ano seguinte, fizeram um série de shows no Reino Unido. Quando a banda ia começar a preparar a parte norte americana da turnê, nova tragédia anunciada: o velho amigo, baixista e compositor do The Who John Entwistle faleceu no dia 21 de junho de 2002, após um ataque cardíaco fulminante atribuído ao uso de cocaína.Parecia o fim, mas Pete e Roger, após uma pequena pausa, decdiriam manter o The Who ativo, chamando para o baixo Pino Palladino (nascido no dia 17 de outubro de 1957), um conhecido session man, tornando-o membro ativo permanentemente. Este já havia trabalhado num projeto solo de Tonshend. Retomaram as turnês e a banda continuou recebendo premiações por sua contribuição à música. Em 2004, a banda lançou as músicas Old Red Wine e Real Good Looking Boy (esta contando com a participação do lendário baixista do Emerson, Lake & Palmer, Greg Lake), como parte da antologia de singles The Who: Then and Now. Em 2005, foi anunciando que a banda lançaria seu primeiro trabalho inédito em dias décadas (o últumo havia sido It’s Hard de 1982), que recebeu o nome provisório de WHO2. Nesse ano, participaram do evento Live 8, também capitaneado pelo velho amigo Bob Geldof. Paralelo à gestação do disco, Pete escreveu uma novela em seu blog chamada The Boy Who Heard Music e uma mini-ópera chamada Wire & Glass, que foi apresentada no colégio Vassar.

Em 2006, após alguns percalços, como a indisponibilidade de Zak Starkey para participar integralmente das sessões, que teve que contar com Peter Huntington e com o próprio Townshend na batera, saiu finalmente o álbum de inéditas da banda, Endless Wire, composto por 21 faixas, as nove primeiras são músicas de trabalho e as demais fazem parte da já citada mini-ópera Wire & Glass. Destacam-se canções como Black Widow’s Eyes e You Stand By Me. O CD e o DVD Live at Lyon, mostrando um show recente da banda foram lançados como um bônus dos disco. Zak foi convidado a fazer parte da tour de divulgação do álbum ao mesmo tempo em que o Oasis o chamou para viajar com a banda. O jovem batera decidiu se dividir entre os dois trabalhos.

No ano seguinte foi lançado o documentário Amazing Journey: The Story of The Who, ao mesmo tempo em que a banda não deixava a peteca cair participando de inúmeros eventos entre 2008 e 2011, recebendo honrarias, elaborando muitos projetos, sem dar mostras de cansaço. Em 2010, retomaram Quadrophenia num evento beneficente no Royal Albert Hall, contando com convidados especiais como Eddie Vedder do Pearl Jam e Tom Meighan do Kasabian.

Em 12 de agosto de 2012, a banda fez um antológico show no encerramento das Olimpíadas de Londres e não pensem que eles vão pendurar as guitarras e os microfones, não. Foi anunciado que eles vão fazer uma megaturnê de Quadrophenia, contando com o tecladista veterano Chris Stainton (nascido Christopher Stainton no dia 22 de março de 1944 em Sheffield, Inglaterra) no lugar do prestimoso John “Rabbit” Bundrick, além de Loren Gold e Fran Simes (diretor musical), numa memorável trinca de teclados. Dessa turnê, será lançado o ambicioso projeto de um disco ao vivo e ainda prometem um filme sobre a vida do saudoso Keith Moon, que contará com o conhecido Mike Myers fazendo seu papel. Além disso, lançarão um novo disco de inéditas em seis anos.

O fôlego dos parceiros Pete Townshend e Roger Daltrey parece infinito. Nada mal para alguém que disse certa vez: “espero morrer antes de ficar velho” (frase do clássico My Generation). E ainda dizem que os Rolling Stones são a segunda maior banda da história…

The Who: apoteótico gran finale da Olimpíada de Londres 2012

Fonte:

Wikipedia

http://www.thewho.com/

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Grandes Nomes do Rock: The Who, parte 6

Em 1978, depois de três anos sem gravar, a banda voltou ao estúdio e lançou o álbum Who Are You, que acabou sendo o último da formação clássica. O batera Keith Moon faleceu no dia 7 de setembro daquele ano e no ano seguinte, eles recrutaram o velho amigo Kenney Jones (ex-Small Faces e Faces) e o “Quinto Who”, o tecladista John “Rabbit” Bundrick, saindo numa bem sucedida turnê que alternou momentos memoráveis e um trágico tumulto em Cincinatti, Ohio, EUA acontecido no fim daquele ano que teve 11 vítimas fatais e 26 feridos. Dois anos depois gravaram seu primeiro álbum com o novo batera: Face Dances (1981) seguido por It’s Hard (1982).

Naqueles primeiros anos da década de 80, Pete Townshend estava com sérios problemas pessoais. Além do alcoolismo, seu casamento também chegou ao fim ele começou a não poder dar mais conta do recado na banda. Pensaram então numa turnê de despedida dos palcos pelos EUA, que acabou sendo a mais rentosa da carreira da banda e uma das melhores daquele ano de 1982. Nenhum fã do The Who que se prezava queria deixar de comparecer nos shows e ver seus ídolos uma última vez. Após cumprir todos os shows da banda, Pete ainda tentou preparar material inédito para o ano seguinte, em respeito ao contrato com a gravadora Warner Bros. Declarou-se incapaz de levar a cabo a tarefa e anunciou sua saída do The Who, deifinitivamente decretando o fim da banda.

Em 1985, Pete reuniu os velhos comparsas, tirou a guitarra do armário e o The Who se reuniu uma única vez no antológico Live Aid, a exemplo de outros monstros sgrados do Rock como Led Zeppelin e Black Sabbath. No estádio de Wembley tocaram seus clássicos My Generation, Pinball Wizard, Love, Reign O’er Me e uma visivelmente mal ensaiada Won’t Get Fooled Again. Voltariam a tocar juntos em 1988 no Brit Awards, quando receberam o prêmio pelo conjunto da obra. Essa foi a última vez que Kenney Jones tocou com a banda. Um ano depois, o trio fundador tocou numa turnê de aniversário dos 25 anos da banda e 20 anos da ópera rock Tommy, contando com Simon Phillips na bateria e Steve “Boltz” Bolton na guitarra líder. Pete se resignou em tocar violão e guitarra rítmica a fim de minimizar seus problemas de audição.

Em 1990, o The Who foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame e Bono Vox, vocalista do U2, fã convicto da banda, teve a honra de anunciar sua entrada. No ano seguinte, a banda participou do disco em homenagem a Elton John e Bernie Taupin chamado Two Rooms: Celebrating the Music of Elton John & Bernie Taupin, onde a banda interpretou o cover de Saturday Night Alright for Fighting. Mal sabiam eles que este seria o último trabalho de estúdio de John Entwistle.

Em 1994, Roger Daltrey fez dois shows no Carnegie Hall em comemoração aos seus cinquenta anos de idade. Chamou os velhos parceiros Pete e John, mas eles não apareceram juntos no show a não ser no gran finale Join Together. Nesse mesmo ano, o vocalista Daltrey chamou o baixista Entwistle para uma série de shows, onde contaram com o prestativo tecladista John “Rabbit” Bundrick, o irmão caçula de Pete, Simon Townshend (nascido no dia 10 de outubro de 1960 em Londres, Inglaterra) na guitarra e vocais e o filho de Ringo Starr, Zak Starkey (nascidoZak Richard Starkey em 13 de setembro de 1965 em Londres, Inglaterra) na bateria. Pete chegou a permitir que Daltrey usasse o nome The Who nesse evento, mas o cantor recusou a oferta. Desses shows saiu o álbum ao vivo Daltrey Sings Townshend, que não teve boa repercussão.

Em 1996, Pete decidiu voltar aos palcos para um revival do clássico Quadrophenia e a princípio pensou num show acústico. Só que os velhos comparsas de Who uniram forças ao guitarrista num concerto repleto de convidados no Hyde Park. Zak Starkey e Simon Townshend fizeram sua estreia oficial como membros do The Who. Ainda contaram com Geoff Whitehorn na guitarra. A ótima repercussão do show fez com que ele se desdobrasse em uma bem sucedida turnê, que durou até meados do ano seguinte. Após nova pausa, a banda voltou a se reunir em 1999 para uma série de shows beneficentes que se estenderam pelo ano seguinte e que culminou com um inesquecível concerto no Royal Albert Hall em Londres em favor da Teenage Cancer Trust. Os EUA não ficaram de fora da festa e várias cidades norte americanas foram contempladas com o um show da banda. Nos dois anos seguintes, continuaram fazendo muitos shows, só que a tragédia bateu á sua porta novamente. Em 2002, o grande amigo, baixista e membro fundador da banda John Entwistle faleceu, deixando a banda naquele momento com duas baixas irreparáveis.

The Who no backstage do Live Aid (1985)

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Grandes Nomes do Rock: The Who, parte 5

Os anos 70 começaram bem para o The Who, com o lançamento de Live at Leeds, considerado um dos melhores álbuns ao vivo da história do Rock. Tocaram no Festival da Ilha de Wight e além disso, engataram um projeto para a produção de uma nova opera rock, que eles pretendiam lançar em EP. Lifehouse acabou engavetado em favor do primeiro disco do The Who na década de 70, Who’s Next (1971), que se tornou o disco mais aclamado por público e crítica dentre os trabalhos realizados pela banda até aquele momento. Em seguida vieram a opera rock Quadrophenia (1973) e o álbum The Who By Numbers (1975), um disco mais introspectivo. Em 1975, tam´bem saiu a versão cinematográfica de Tommy, opera rock escrita em 1969, dirigida por Ken Russell. For isso, os integrantes da banda se entregaram a seus projetos individuais.

Em 1978, após um lapso de quase três anos do lançamento de By Numbers, foi lançado o álbum Who Are You, mais uma parceria com o produtor Glyns Johns. Saiu de cena o experimentalismo psicodélico e o caráter conceitual para um trabalho mesclando a selvageria do Punk e os arranjos do Rock progressivo, dois gêneros em pé de guerra naquela época. Destacam-se, além da faixa-título, usada décadas depois como abertura do seriado CSI, New Song, Sister Disco e Love is Coming Down (todas de Pete) e Trick of the Light de John Entwistle.

Algo que marcou as sessões do disco foi o cansaço da banda e a saúde deteriorada do batera Keith Moon, que estava bem gordo e em tratamento contra o alcoolismo. Ninguém imaginava que aquele era o derradeiro trabalho de Moonie com o o The Who. O disco teve uma ótima repercussão e todos estavam ansiosos pela volta da banda aos palcos. Veio então a tragédia: no dia 7 de setembro daquele ano, o lunático e genial batera do The Who faleceu, vítima de uma overdose dos remédios que estava tomando contra o vício da bebida. Uma grande perda para o Rock..

Em 1979, refeitos dessa tragédia, a banda chamou o baterista Kenney Jones (nascido Kenneth Thomas Jones no dia 16 de setembro de 1948 em Londres, Inglaterra), que havia tocado com os Small Faces e os Faces. O que pesou para sua escolha como novo membro do The Who, foi o fato de Kenney ser muito amigo da banda e principalmente do falecido Keith. Além dele, chamaram um quinto elemento, o tecladista John “Rabbit”Bundrick (nascido no dia 21 de novembro de 1948).

Sendo assim, a banda voltou aos shows ao vivo e se apresentou em lugares como o Rainbow Theatre, no estádio de Wembley, ambos em Londres, no célebre festival de cinema de Cannes na França, no Capitol Theatre em Nova Jersey e cinco datas no esplendoroso Madison Square Garden (EUA). Tambem fizeram shows na antiga Alemanha Oriental, em plena Cortina de Ferro. Nesse ano, saiu o documentário The Kids Are Alright, que contou com cenas dos últimos momentos de Keith Moon com a banda, além da versão cinematográfica de Quadrophenia, também dirigida por Ken Russell, que contou com Sting (The Police) no elenco. Além disso, o The Who se tornou a terceira banda (depois dos Beatles e a The Band) na história do Rock a figurar na capa da Time.

Em meio a esses bons momentos na carreira, a banda ficou marcada pelo trágico tumulto num show em Cincinatti, Ohio, EUA. Pouco antes da apresentação da banda, houve uma confusão generalizada que culminou com 11 mortos e 26 feridos. Para evitar mais tumultos e confrontos, os organizadores não cancelaram o evento; a banda só soube disso depois do show e ficou devastada com o ocorrido. Num show feito em Buffalo, EUA, Roger Daltrey dedicou-o ás vítimas da tragédoa de Cincinatti.

Em 1981, após três anos sem lançar discos, saiu Face Dances, o primeiro a contar com Kenney Jones como batera e que inaugurou a década de 80 para a banda. Embora não tivesse a sonoridade do antológico The Who de antanho, o disco teve boa receptividade e tem como destaques as músicas You Better You Bet (outro clássico), Did You Steal My Money e Another Tricky Bay, além de duas composições de praxe do baixista, The Quiet One e You. No ano seguinte, a banda lançou It’s Hard, que também teve uma boa repercissão, chegando 11ºlugar nas paradas britânicas e em oitavo na Billboard. Destacam-se s faixa título, Athena e A Man is a Man (Townshend); It’s Your Turn e Dangerous (Entwistle). Esses dois álbuns costumam ser execrados por fãs mais fervoroso da banda. Nesse ano, por conta de muitos problemas pessoais, Pete e seus amigos decidiram encerrar a banda com uma turnê de despedida.

The Who em 1979: Roger, Kenney, John e Pete

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Grandes Nomes do Rock: The Who, parte 4

Depois de um primeiro álbum de muito sucesso lançado em 1965, My Generation, cuja música título se converteu num hino do Rock, O The Who começou a trabalhar com experimentalismos a partir do álbum A Quick One (1966), seguido por The Who Sell Out (1967), seu primeiro álbum conceitual. Inspirado nos conceitos transcedentais aprendidos com o guru de Peter, Meher Baba, a partir de 1968, a bada começou a preparar novo material que acabou se tornando a estréia do conceito de Ópera Rock, Tommy, que conta a história de um garoto cego que se torna um líder messiânico. O álbum gerou dois singles de sucesso, Pinball Wizard/Dog’s, part 2 e I’m Free/We’re Not Gonna Take It.

Na esteira do sucesso de Tommy, outras bandas britânicas tratarm de criar suas próprias óperas rock. Foi o caso de The Pretty Things com S.F. Sorrow e The Kinks com Arthur. Além do grande álbum e das apresentações teatrais de Tommy, o The Who fez uma apresentação antológica no Festival Woodstock ao lado de Jimi Hendrix, Janis Joplin, Joe Cocker, Crosby, Stills & Nash, Santana e outros. Diurante o show da banda aconteceu algo inusitado. O líder Yippie Abie Hoffman sentou-se no palco sob efeito de LSD. Num dado momento, levantou-se, pegou o microfone e começou a protestar contra a prisão de John Sinclair, sentenciado a 10 anos de cadeira por posse de maconha ao ser apanhado por um policial disfarçado. Pete, fulo da vida, ebravejou com Hoffman: – “Cai fora da p* do meu palco!” Deu-lhe uma guitarrada e o sujeito sumiu na multidão.

No início de 1970, o The Who participou de um especial da BBC que vislumbrava a cena roqueira dos anos 60 chamado Pop Goes the 60’s, onde tocaram I Can See For Miles. Em fevereiro, lançaram Live at Leeds, considerado um dos melhores álbuns ao vivo de todos os tempos. No dicso, destacam-se os covers Shakin’ All Over (Johnny Kidd & The Pirates), Summertime Blues (Eddie Cochran) e Young Man Blues (Mose Allison), além de uma versão de 14 minutos do eterno clássico My Generation. Lançaram também o single The Seeker/Here for More e fizeram outra de suas performances explosivas no Festival da Ilha de Wight. Tonwnshend começou a elaborar o projeto de uma nova ópera rock com elementos de ficção científica num projeto chamado Lifehouse, que a banda pretendia lançar em formato EP (maxi single) cerca de meia dúzia de músicas gravadas no estúdio caseiro do guitarrista. Percalços de ordem técnica fizeram com que a banda deixasse Lifehouse inacabado, mas aproveiram algun material para a gravação de seu próximo disco.

Em 1971, foi lançado Who’s Next, aproveitando alguns elementos do projeto Lifehouse, que contou a produção de Glys Johns. O disco se converteu no mais aclamado (por fãs e críticos) trabalho em estúdio do The Who, com destaque para as composições de Townshend Baba O’Riley e Won’t Get Fooled Again e uma de John Entwsistle My Wife. O disco contou com as participações especiais de Nicky Hopkin (piano), Al Kooper (órgão) e Leslie West da banda Mountain (guitarra). Chegou ao primeiríssimo lugar nas paradas britânicas e ficou em quarto nas paradas dos EUA. No ano seguinte, fizeram diversos shows e voltaram ao estúdio em maio, para elaborar uma nova ópera rock.

Em 1973, veio ao mundo Quadrophenia, o resultado de tanto trabalho iniciado ainda no ano anterior. Glys Johns produziu algumas músicas. A opera rock conta a história do jovem mod Jimmy e sua luta contra tormentos internos e por um lugar ao sol. Destacam-se as faixas 5:15, Love Reign O’er Me e The Real Me. Num futuro post, eu volto a falar deste álbum, pois merece uma análise faixa a faixa, já que se trata de um mesma história interligada por canções e outtakes compostos para o projeto Lifehouse.

Em 1975, saiu o álbum The Who By Numbers, com muitas composições introspectivas e depressivas de Pete Townshend. Um crítico chegou aider que o disco era como um “blihete de suicídio do guitarrista. Destacam-se músicas como Squeeze Box, Slip Kid e Dreamin’ for the Waist, além da composição de John Entwistle Success Story. O álbum até que foi bem nas paradas ficando no Top 10 norte americano e britânico. Nesse ano foi lançada a versão cinematográfica de Tommy dirigida por Ken Russell, protagonizada por Roger Daltrey (Tommy), que contou com Keith Moon (o infame e sacana Tio Ernie), Tina Turner (Acid Queen), Elton John (Pinball Wizard), Ann-Margret (a mãe de Tommy), Oliver Reed (o amante da mãe de Tommy), Eric Clapton, sacerdote do templo de Marilyn Monroe) e grande elenco.

Desenho da capa de The Who By Numbers por John Entwistle

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Grandes Nomes do Rock: The Who, parte 3

Depois de um mau começo sob a direção do empresário Peter Meaden, que mudou o nome da banda para The High Numbers, lançando o single Zoot Suit/I’m The Face. Após o fracasso comercial do disco, eles demitiram Meaden e com a contratação da dupla Kit Lampert e Chris Stamp, conseguiram cair no gosto dos Mods. Por conta de um acidente acontecido num show onde Pete acabou quebrando sua guitarra, a banda começou a ter fama por destruir seus instrumentos após o show, aumentando consideravelmente o número de seus fãs. Vieram, em seguida o single I Can’t Explain e o primeiro álbum My Generation, cuja música título se converteu num verdadeiro clássico da banda e escancarou-lhes as portas do sucesso.

Em 1966, saiu o segundo álbum da banda, A Quick One, chamado nos EUA de Happy Jack. Consta que a Decca, responsável pelo lançamento do disco na Terra do Tio Sam não gostou do título original [“dar uma rapidinha”], por causa da conotação sexual. Townshend não queria que a canção Happy Jack fizesse parte do álbum, pois tinha planos de lanç´-ala num momento posterior. Porém, à sua revelia, a Decca a lançou assim mesmo. Na versão britânica, a música foi substituída pelo cover de Martha Reeves & The Vandellas, Heat Wave. No álbum, destacam-se Boris The Spider e Whiskey Man, duas composições de John Entwistle, cantadas por ele; Keith Moon faz seu début como cantor em sua composição I Need You e Roger canta sua única composição do álbum See My Way. Além dessas também destaca-se A Quick One, While He’s Away, uma espécie de medley de mini-canções, que mais tarde foi apresentado como uma opereta, uma prévia do que viria em trabalhos futuros da banda. Independente do álbum, o The Who teve dois singles lançados: Substitute e I’m a Boy.

Em 1967, assim como muitos artistas como os Beatles, Bob Dylan e os Beach Boys, lançaram o álbum conceitual The Who Sell Out, cujas faixas entrelaçadas emulavam uma estação de rádio pirata com jingles, propagandas e chamadas de locutores. Nessa época, se desvencilharam da imagem mod que tinham. O grande destaque é o clássico I Can See For Miles, que também foi lançado como single be sucedido (tendo por lado B Someone’s Coming no Reino Unido e Mary Anne With the Shaky Hands nos EUA). Nesse ano, foram lançados também os singles Pictures of Lilly/Doctor Doctor e The Last Time/Under My Thumb, dois covers dos Rolling Stones. A banda participou do lendário Festival de Monterey, que teve também como estrelas Jimi Hendrix e Janis Joplin (quando cantava na banda Big Brother & Holding Company), onde eles [literalmente] quebraram tudo! No programa de TV dos Smothers Brothers, teve um repeteco da sanha destruidora da banda. A exemplo do que os Beatles começaram a fazer à época, Pete começou a seguir preceitos religiosos orientais ao seguir o guru persa Meher Baba.

Em 1968, a banda não lançou álbum, mas saíram os singles Dogs/Call Me Lightining e Magic Bus, outro clássico da banda (com lado B Dr. Jekyll & Mr. Hyde no Reino Unido e Someone’s Coming nos EUA). Com o The Who na crista da onda, Pete Townshend deu uma entrevista à famosa revista Rolling Stone, onde falou que a banda estava desenvolvendo uma espécie de Opera Rock em larga escala. Entraram em estúdio em setembro para desenvolver o conceito. No fim do ano, participaram do especial Rolling Stones Rock and Roll Circus, onde apresentaram a já citada opereta A Quick One, While He’s Away.

O ano de 1969 foi decisivo para a banda. Inauguraram o conceito de Opera Rock com o álbum duplo Tommy, que conta a história de um jovem cego que viria a se tornar uma espécie de líder messiânico. Todo o conceito do disco foi inspirado nos ensinamentos que Pete teve de seu mestre espiritual Meher Baba, citado no disco como um Avatar (uma espécie de Messias). Os destaques do disco são Tommy Can You Hear Me, Pinball Wizard, Fiddle About (Entwistle), Eyesight of Blind (Sonny Boy Williamson II) e o final apoetótico com We’re Not Gonna Take It/See Me Feel Me. Muitas versões da obra foram mostradas desde então, inclusive contando com convidados ilustres como Ringo Starr, Eric Clapton e Meg Bell, entre outros. Ness ano, a banda teve uma antológica participação no Festival de Woodstock.

Antológico momento em Woodstock

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Grandes Nomes do Rock: The Who, parte 2

Roger Daltrey tinha formado em 1961, The Detours junto com Colin Dawson (vocais) e Doug Sandom (bateria), onde tocava guitarra líder. Ao ver o baixista John Entwistle na rua, convidou-o a integrar a banda. Este por sua vez, chamou para a guitarra rítmica o colega de escola e amigo Pete Townshend, com quem tinha formado o duo de Trad Jazz The Confederates. Townshend só aceitou entrar para os Detours ao ver os amplificadores Vox que eles tinham. Daltrey acabou assumindo os vocais ao ver um show de Johnny Kidd & The Pirates e a banda virou um quarteto, sendo Pete promovido à guitarra líder. Ao descobrir que já tinha uma banda com o mesmo nome, decdiriam mudar para The Who, sugerido por Richard Barnes, um colega de Townshend. Com a saída de Sandom e a entrada do jovem Keith Moon em seu lugar, o line up se estabilizou.

Em abril de 1964, o publicitário Peter Meaden se tornou empresário deles e começou a vender a imagem da banda aos Mods, uma tribo urbana londrina formada por jovens da classe média, que tinha como gosto musical o R&B, o Jazz e o Soul da emergente gravadora norte americana Motown e que rivalizavam com os Rockers. Meaden sugeriu que a banda mudasse o nome para The High Numbers e eles lançaram um single, Zoot Suit/I’m The Face, que foi muito mal em vendas e não chegou aos charts britânicos. Por causa desse fracasso, Meaden foi demitido e a banda voltou a se chamar The Who. Kit Lampert e Chris Stamp se tornaram empresários da banda, eles assumiram o slogan Maximum R&B e em pouco tempo o The Who se converteu em darling dos Mods.

A fama de destruidores de instrumentos começou em setembro daquele ano, quando eles estavam tocando num local chamado Railroad Tavern, onde o palco ficava mais alto que a pista de dança. Durante um número, a guitarra de Pete bateu no teto e o músico, irritado com as risadas da platéia arrebentou o instrumento, que ficou em pedaços, trocando de guitarra. Aquilo deixou a plateia petrificada e o público começou a crescer. Todo mundo queria ver o doido que quebrava guitarras. Pete se recusou a destruir novamente outra guitarra, só que o batera Keith Moon não se fez de rogado e mandou seu kit de bateria pros ares.Como muita gente pensou que aquilo era um um mis en scene da banda, a lenda começou a correr de boca em boca e todo mundo queria conhecer o The Who, aumentando seu séquito de fãs. Isso acabou se toando uma marca registrada nas apresentações ao vivo do The Who.

Em 1965, saiu o primeiro compacto do The Who, I Can’ t Explain/Bald Headed Woman, seguido por Anyway, Anyhow, Anywhere/Daddy Rolling Stone (o lado B nos EUA foi Anytime You Want Me). Curiosidade: Anyway é a única música composta por Townshend e Daltrey, uma vez que as composiçoes do guitarrista dominavam o repertório, junto com músicas que Daltrey e Entwsistle compunham sozinhos. Nesse mesmo ano, saiu o primeiríssimo álbum da banda pela Brunswick Records, My Generation (lançado nos EUA pela Decca Records como The Who Sings My Generation), cuja canção título se converteu em um dos maiores hinos do Rock and Roll, com sua letra rebelde e desafiadora. Uma coisa interessante em My Generation é que ela apresenta um dos primeiros solos de baixo da história. O jeito como Roger canta gaguejado se deve ao frio intenso que estava no estúdio no dia da gravação. A banda gostou do resultado final e manteve assim.

Além dela, destacam-se no álbum The Kids Are Alright, os covers de James Brown I Don’t Mind e Please, Please Please, o cover de Bo Diddley I’m A Man e uma composição instrumental de Townshend, Moon, Entwistle e o pianista Nicky Hopkins chamada The Ox [isto é O Boi], uma alusão ao apelido do baixista. O single de My Generation, com Shout and Shimmy (James Brown) como lado B (nos EUA, Out in the Street) chegou ao segundo lugar nos charts ingleses (74 no Hot 100 norte americano).

Em 1966, veio o segundo álbum da banda, The Quick One, que gerou controvérisias com a gravadora Decca Records, responsável pelo disco nos EUA por causa da conotação sexual do título, lançando-o com o nome Happy Jack. Além do álbum, saíram os singles Substitute, uma composição de Townshend que se converetu em outro clássico da banda, com Circles como lado B (nos EUA foi Waltz for a Pig) além de I’m a Boy (outro clássico)/In the City.

O primeiríssimo disco do The Who (versão britãnica)

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Grandes Nomes do Rock: The Who, parte 1

 Uma das principais bandas inglesas da segunda metade dos anos 60 e muito querida da cena Mod de Londres. Sua marca registrada era a destruição de instrumentos e aparelhagem após os shows. Também foi a primeira a lançar uma Ópera Rock. Vamos falar de The Who.

Pete Townshend (nascido Peter Dennis Blandford Townshend no dia 19 de maio de 1945 em Londres, Inglaterra), cujo pai era o saxofonista Cliff Townshend (1916-1986) da Royal Air Force Dance Orchestra, popularmente chamada The Squadronaires. Sua mãe, Betty Dennis Towshend era cantora e por isso, ele cresceu no meio da música. Quando assistiu ao filme Rock Around the Clock, o menino se apaixonou pelo Rock and Roll, como muitos de seus amigos da vizinhança. Naquela época, era muito comum os jovens formarem bandas de Skiffle pelas ilhas britânicas afora. Aos 12 anos, ganhou da avó sua primeira guitarra e começou a ser influenciado por diferentes vertentes como o Blues de John Lee Hooker, o R&B tribal de Bo Diddley e os experimentalismos instrumentais dos virtuoses Hank Marvin (The Shadows) e o norte americano Link Wray.

No começo da década de 60, tinha intenção de se tornar artista gráfico, razão pela qual começou a estudar no Ealing Art College. Mas seu negócio era música mesmo, pois formou com o colega de escola John Entwistle (nascido John Alec Entwistle em 9 de outubro de 1944 em Londres, Inglaterra), que tocava trompa, o duo de Dixieland Trad Jazz The Confederates, onde tocava banjo. John tinha em comum com o amigo o fato de seus pais Herbert e Queenie Entwistle serem músicos (tocavam trumpete e piano, respectivamente). John começou a aprender trompa, trompete, guitarra, piano e baixo, instrumento que se tornaria mais corrente em sua vida.

Certa feita, de baixo pendurado no ombro, ele encontrou na rua um carinha chamado Roger Daltrey (nascido Roger Harry Daltrey no dia 1º de março de 1944 em Londres, Inglaterra) que o chamou para entrar em sua banda, The Detours, formada em 1961, onde tocava guitarra líder. Além de Roger, faziam parte da banda Doug Sandom (bateria) e Colin Dawson (vocais). Entwistle aceitou o convite de Daltrey, desde que eles aceotassem seu amigo Pete. O guitarrista, a princípio pensou em refugar, mas topou entrar para a banda ao se amarrar nos amplificadores Vox de 15 watts que eles tinham.

Em 1963, Os Detours se converteram num quarteto, pois Colin Dawson foi chutado e Daltrey assumou os vocais. Reza a lenda que isso aconteceu depois que Roger viu um show da banda Johnny Kidd & The Pirates. Ele ficou deslumbrado com a performance do frontman e teve uma epifania. Desde então deixou a guitarra de lado e começou a se aperfeiçoar no microfone. Com isso, Pete e John tiveram que se adaptar à falta de uma guitarra na banda. Isso ajudou John a consolidar sua técnica no baixo, que passou a funcionar como se fosse uma guitarra base e Pete assumiu a guitarra líder. A exemplo dos Beatles, que compunham seu próprio material, a banda também tocava músicas próprias. Aí, eles começaram a chamar atenção na cena londrina. Porém havia um problema: John descobriu que já tinha uma banda chamada The Detours no pedaço e tiveram que mudar de nome.

Em 1964, após falharem num teste para a Fontana Records, um executivo apontou Doug Sandom, o batera, como o culpado e então, seus colegas, de comum acordo decidiram por sua dispensa. Outra versão dá conta de que, Sandom saiu por ser muito mais velho que seus colegas (ele nasceu em 1936). Durante um tempo, a banda usou diversos bateristas de estúdio. Foi aí que entrou em cena o moleque Keith Moon (nascido Keith John Moon no dia 23 de agosto de 1946), de uns 17 anos. Dizem que ele estava na plateia de um show da banda, todo de vermelho e disse que tocava melhor que o baterista que os acompanhava. Deram-lhe uma chance e ele acabou arrebentando o bumbo da bateria e ainda ficou com a vaga. Outra versão fala que Moon simplesmente fez um teste e foi admitido. Por sugestão de um colega de Pete, Richard Barnes, eles mudaram o nome para The Who. Tinha início uma lenda do Rock.

The Detours: banda que deu origem ao The Who

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Rock Setentista: Thin Lizzy, finale

Após a morte de Phil Lynnot, seus antigos colegas de banda realizaram muitos tributos ao grande amigo e em 1996, decidiram voltar com o Thin Lizzy como banda de revival e teve várias alterações na formação, inclusive com a saída do membro fundador Brian Downey. Gravaram o álbum inédito One Night Only em 2001 e partiram para projetos individuais.

Após um lapso de três ano, em 2004, Gorham e Sykes reativaram a banda, contando com o baixista Randy Gregg (ex-Angel) e o baterista Michael Lee (nascido no dia 19 de novembro de 1969 em Darlington, Inglaterra), que tocou com Robert Plant e The Cult. Essa formação fez uma turnê junto com o Deep Purple. Marco Mendoza voltou ao baixo no ano seguinte. No ano seguinte, uma estátua em homenagem a Phil Lynnot foi erigida em Dublin numa cerimônia que contou com muitos ex-membros do Thin Lizzy que fizeram um memorável show, capitaneados pelo guitarrista e grande amigo de Phil, Gary Moore, também contando com a presença do baixista do Jethro Tull, Jonathan Noyce. O batera Tommy Aldridge, que tocara de 1998 a 2001 voltou à banda em 2007. Findo o compromisso, Mendoza saiu e foi substituído por Francesco DiCosmo, que tocou no concerto do Hammersmith Apollo em Londres.

Em 2009, foi a vez de Sykes deixar o Lizzy, após desentendimentos com Gorham. Aldridge se machucou e também saiu e a banda recebeu de volta o fundador Brian Downey, bem como o sempre prestimoso tecladista Darren Warthon, o guitarrista Vivian Campbell (ex-Def Leppard), o vocalista Ricky Warwick (nascido em 11 de julho de 1966 em Newtownards, County Down, Irlanda do Norte), que cantava no The Almighty (também tocando guitarra ocasionalmente) e o velho baixista Marco Mendoza. O guitarrista da formação clássica Brian Robertson foi convidado mas devido a inúmeros compromissos teve que recusar.

Em 2011, Campbell deixou a banda para retirnar ao Leppard e foi substituído durante um tempo por Richard Fortus (Guns’n’Roses) e depois por Damon Johnson (nascido no dia 13 de julho de 1964 em Macon, Georgia, EUA), ex-Alice Cooper, estabilizando o Lizzy nessa atual formação (Downey, Gorham, Warthon, Warwick e Johnson). Em junho de 2012, a banda voltou ao estúdio para gravar material inédito, que vai ser lançado ainda este ano.

E o que aconteceu aos antigos memrbos da banda? O guitarrista Eric Bell, que tocou no Lizzy entre 1969 e 1973, deixou a banda devido à piora de seu estado de saúde. Em 1974 entrou na banda do baixista Noel Redding, que havia tocado no Jimi Hendrix Experience. Nos anos 80, fez memoráveis jams no concerto de despedida do Lizzy e participou de vários shows-tributo a Phil Lynnot. O tecladista Eric Wrixon, outro membro fundador, saiu um ano depois para um retorno do Them, sua antiga banda, responsável pelo lançamento do cantor Van Morrison. A banda fez inímeros shows e terminou em 1979, voltando a se reunir em 1993. Gary Moore, que sempre retornou ao Thin Lizzy em momentos de crise, teve uma sólida carreira solo e sua banda contou com muitos nomes renomados do Hard Rock e Heavy Metal, como o já citado Vivian Campbell, o baixista Bob Daisley, o batera do Deep Purple Ian Paice, entre outros e fez um grande sucesso (inclusive no Brasil) com a canção Still Got the Blues (1990). Faleceu em 6 de fevereiro de 2011. Brian Robertson foi outro ex-Lizzy que se deu bem na carreira solo e formou a banda Wild Horses com o ex-baixista do Rainbow Jimmy Bain. Tocou ainda com o lendário Eric Burdon (ex-Animals) e em 1983, respondeu ao chamado do amigo Phil na turnê de despedida do Lizzy e em muitos revivals da banda. Nesse ano, tocou no Motörhead, substituindo o guitarrista Eddie Clarke. Participou da cerimonia da inauguração da estátua de Phil Lunnot em 2005 e até hoje continua na ativa. Midge Ure (tecladista do Ultravox), que esteve no Thin Lizzy em 1979 e 1980, foi um dos criadores do megaevento dos anos 80 Live Aid e depois se engajou em muitas causas sociais. Snowy White (que tocou na banda de 1980 a 1982), voltou a trabalhar com o Pink Floyd no álbum The Wall, esteve presente na turnê de despedida do Lizzy e tem se alternado em seus projetos solo e participações em trabalhos do baixista do Floyd Roger Waters. O batera Michael Lee, que tocou no segundo retorno do novo Lizzy, tendo ficado até 2007, faleceu em 2008, aos 39 anos. O guitarrista John Sykes, que tocou a banda em 1982 e 1983, fez parte das bandas Whitesnake e Blue Murder e foi responsável pela volta do Thin Lizzy em 1996 e 2004. Após sua saída intempestiva em 2009, decidiu abraçar vários projetos solo.

Thin Lizzy no início do ano

Fontes:

Wikipedia

http://www.thinlizzy.org/

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Rock Setentista: Thin Lizzy, parte 3

Após inúmeros problemas e mudanças constantes no line up da banda, em 1983 ela chegou ao fim, mas Phil Lynnot queria que tudo terminasse de uma forma positiva e pra cima. Tanto que convidou os guitarristas que fizeram história na banda para uma turnê de despedida. Depois disso, Lynnot ainda gravou alguns trabalhos solo, sempre tendo os amigos de Thin Lizzy Downey e Gorham, por perto o que lhes valeu o apelido Os Três Mosqueteiros. Formou ainda a banda Grand Slam.

Phil Lynnot faleceu no dia 4 de janeiro de 1986, aos 36 anos apenas, por conta de seus problemas com drogas. Ele cogitava um possível retorno da banda mas não houve tempo hábil. Durante muito tempo sempre houve o boato de que ele tivesse sido filho de um brasileiro (na verdade seu pai biológico era guianense), fato desmentido por sua mãe, Philomena Lynnot, que continuou mantendo o legado do filho através da Fundação Phillip Lynnot.

Em maio de 1986, os amigos de Phil Gary Moore, Brian Downey, Scott Gorham e Darren Warthon fizeram uma reunião do Lizzy para um concerto chamado Self Aid em homenagem a Phil, contando com o baixista Bob Daisley (Black Sabbath, Rainbow, Gary Moore Band) e o idealizador do Live Aid, Bob Geldof nos vocais.
Gorham, Warthon e Downey, os membros sobreviventes do Thin Lizzy voltaram a trabalhar juntos em 1990 para terminar a gravação de uma composição de Phil chamada Dedication, semelhante ao que Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr fizeram no Beatles Anthology. Gary Moore foi convidado pata o projeto mas por conta dos shows de sua banda teve que recusar. No ano seguinte, Brian Robertson (que há via tocado na banda entre 1975 a 1978) e Brian Downey fizeram um revival do Thin Lizzy contando com o vocalista Bob Tench ( que fez parte de uma das formações do Humble Pie), o guitarrista Doish Nagle (ex-colega de Lynnot no Grand Slam) e o baixista Doug Brockie.

Em 1994, Downey, Robertson e o guitarrista dos primórdios do Lizzy Eric Bell mais Darren Warthon fizeram mais uma reunião da banda num concerto que contou com várias bandas tributos do Lizzy. Alguns meses depois foi a vez de John Sykes (que tocou na banda em 1982) chamar Downey, Warthon e Scott Gorham mais o baixista de sua banda, Blue Murder, Marco Mendoza (nascido em 3 de maio de 1963 em San Diego, Califórnia, EUA) para uma nova reunião. Sykes fez os vocais principais.

No dia 20 de agosto de 1996, data em que Phil completaria 47 anos, o baixista Robert Ryder da banda Rude Awakening encabeçou um tributo ao décimo aniversário da morte de Lynnot, que contou com a presença de Philomena, a mãe do músico e guardiã de seu espólio.

Naquele mesmo ano, John Sykes, Downey, Gorham e Warthon decidiram reativar o Thin Lizzy, contando com Marco Mendoza (que havia feito o tributo junto com eles em 1994), como uma grande homenagem à vida e obra de Phil. Apesar das críticas cáusticas ao uso do nome, sem contar com o membro fundador da banda, o quinteto deu a cara pra bater e fez vários shows com o repertório antigo do Lizzy.

Em 1998, no entanto, Downey, único membro fundador saiu e foi substituido por Tommy Aldridge (nascido em 15 de agosto de 1950 em Nashville, Tennessee, EUA), ex-Black Oak Arkansas, que já havia atuado na banda em alguns shows na ausência do batera. Essa formação gravou o álbum com material inédito One Night Only e manteve-se estável até 2001, quando todos os músicos decidiram dar um tempo para outros projetos.

Turnê de despedida

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