Arquivo do mês: junho 2013

Gêneses do Rock Brasileiro: A Brotolândia

Em 1959, a gravadora Young, especializada em músicas em inglês cantadas por intérpretes brasileiros. O elenco da Young era estelar: Regiany, Nick Savoia, Demétrius, Hamilton Di Giorgio, Danny Dallas e o cantor guitarrista Gato (José Provetti), que mais tarde seria um dos melhores guitarristas solistas do Brasil. Havia também os conjuntos The Jesters Tigers (que acompanhava os grupos da casa), The Rebels, liderado pelo cantor Zezinho, que se tornaria anos mais tarde o famoso Prini Lorez e o principal nome da gravadora, The Avalons, um dos pioneiros no Rock instrumental. Além dos rockers já citados, havia muitos outros artistas contratados pela Young.

O ano corria solto e os rockers continuavam seguindo sua trajetória, ao mesmo tem em que iam despontando novos nomes no Rock brasileiro:

  • Erasmo Esteves (que começou a usar o sobrenome Carlos em homenagem ao parceiro Roberto e o empresário Carlos Imperial) e os remanescentes dos Sputniks Arlênio Silva, China e Edson Trindade formaram o grupo The Snakes.
  • Dois futuros grandes humoristas fizeram sua estreia como cantores de Rock: Moacir Franco, usando o pseudônimo de Billy Fontana e Paulo Silvino, neto do radialista Silvino Neto, na pele de Dixon Savanah (nome sugerido por Chacrinha).
  • Sérgio Reis, cantor que fez muito sucesso na segunda metade da década de 60, também começou a cantar nessa época, usando o nome de Johnny Johnson
  • O conhecido compositor Hervê Cordovil anunciou o lançamento de seu filho Ronaldo, que se tornou mais conhecido como Ronnie Cord. George Freedman, cantor nascido na Alemanha lançou o disco “Hey Little Baby”/ “Leninha” e nos anos seguintes seria uma figura de frente do Rock.
  • O cantor Albert Pavão foi convidado a participar der um programa de Rock na emissora de TV local em Bauru, SP, onde cantou “Tutti Frutti” de Elvis Presley.
  • Os Golden Boys emplacavam outro sucesso com “Personality” (original de Lloyd Price). Fizeram, inclusive, uma aparição, cantando “Meu Romance com Laura”, na comédia Cala boca, Etelvina, estrelada por Dercy Gonçalves. 
  • O já conhecido Carlos Gonzaga continuava sua trilha de sucesso com versões de Fred Jorge para músicas de Neil Sedaka e Paul Anka. Falando em Sedaka, ele esteve no Brasil e encontrou os irmãos Campelo, com quem fez um memorável show, que contou com o a acompanhamento musical do professor Theotônio Pavão.

Em 1960, ano da inauguração de Brasília, a nova capital do País, último ano do mandato de JK, chamado “Presidente Bossa Nova”, ano em que o lutador de boxe Eder Jofre conquistou o título mundial dos pesos galo, grande façanha desse esporte no País. Também ano em que Maria Esther Bueno conquistava pela segunda vez o Torneio de Wimbledon (um feito inédito) e em que o Bahia conquistou o primeiro título do Campeonato Brasileiro, então chamado Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Rock estava plenamente consolidado em solo brasileiro e começaram a aparecer publicações especializadas como A Revista do Rock, que nasceu da necessidade que os jovens tinham em ter letras de música, bem como saber notícias de seus ídolos.

Foi nesse ano que Celly Campelo gravou outro megassucesso, Banho de Lua (versão de Fred Jorge para Tintarella de Luna) e se tornou uma grande celebridade da música e era chamada de “Namoradinha do Brasil”. Foi a primeira vez que aconteceu o lançamento de produtos tendo um artista como tema, como a boneca Celly da Trol e o bombom Cupido da Lacta. Cely ainda gravou comerciais para a Monark (bicicletas) e para o achocolatado Toddy. Paralelamente, Sérgio Murilo estourou com os sucessos “Marcianita” e “Broto Legal” e era a figura masculina da vez na cena roqueira do Rio de Janeiro.

Fontes:

Ensaio: Os Primórdios do Rock no Brasil por Andre de Oliveira

Rock Brasileiro 1955-65: trajetórias, personagens e discografia por Albert Pavão

os irmão Cely e Tony Campelo ecabeçando a Brotolândia crédito: http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTfvmrupKdvFnuYcbO2Gi8W6hplxf4ie8m0kHGLcPgXDinAqPmr

os irmãos Cely e Tony Campelo encabeçando a Brotolândia
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Guitar Heroes Review: Danny Cedrone

A guitarra é o símbolo máximo do Rock and Roll e a partir deste post, o Musical Review vai fazer uma homenagem aos grandes mestres das seis cordas, que se consagraram por solos que se tornaram inesquecíveis e também por influenciarem tantos outros guitarristas. Começamos o nosso novo espaço falando de um excelente guitarrista, cujo solo colocou o Rock and Roll no coração dos jovens. Vamos falar de Danny Cedrone.

Donato Joseph “Danny” Cedrone nasceu no dia 20 de junho de 1920 em Jamesville, NY, EUA. Seus pais, Vicenzo e Domenica Cedrone eram imigrantes italianos e ele teve oito irmãos, quatro rapazes (Tony, Joseph, Luciano e Clementino) e quatro moças (Laura, Alba, Mary e Anita). Quando Danny tinha um ano, os Cedrones se mudaram para o sul do estado da Philadelphia, EUA. Começou a aprender guitarra com a mãe antes dos 10 anos. Também conseguiu aprender diversos instrumentos de cordas como baixo, banjo, violino, além de tocar piano. Já jovenzinho, formou sua primeira banda, The Four Kings, onde além de tocar guitarra também fazia as vezes de guitarrista, graças à sua bela voz de barítono. Aos 19 anos, ele se casou com sua namorada Carmela “Millie” Casella e eles tiveram quatro filhas: Marie, Theresa, Lorraine e Janet. As três primeiras formaram um afinado grupo vocal chamado The Cedrone Sisters enquanto o pai começou a atuar como músico de estúdio na década de 40.

Em 1950, quando tocana com The Esquire Boys, ele conheceu Bill Haley e começou a tocar em sessões com sua banda, The Saddlemen. Com eles, Danny gravou um cover de Rocket 88 (Brenston, Turner), cuja versão original tinha sido gravada por Jackie Brenston & His Delta Cats, que contou com Ike Turner naquela histórica sessão, música essa considerada o Primeiro Rock and Roll gravado. Cedrone foi chamado para integrar oficialmente os Saddlemen, mas recusou o convite para se dedicar em tempo integral aos Esquires. Continuou atuando como músico ocasional na banda de Haley.

Em 1952, junto com os Esquire Boys, Cedrone gravou uma versão primitiva de Guitar Boogie Shuffle (primeira versão eletrificada de Guitar Boogieclássico do Bluesman Arthur Smith), uma música que influenciou o guitarrista britânico Bert Weedon e (por tabela) seu jovem pupilo George Harrison. Eles também gravaram muitas outras músicas como Rock Beatin’ a Boogie, música composta por Bill Haley (gravada por ele muito tempo depois), Guitar Mambo, Caravan e St. Louis Blues Walk, entre outras, muitas delas obscuras até recentemente.ementeVoltou a trabalhar com Haley e deixou sua marca em Rock the Joint, numa pioneira incursão na fusão de fundamentos jazzísticos com o Rock. 

Cedrone voltou a trabalhar com Haley (na ocasião com sua banda The Comets) em 1954 e as sessões de gravação que aconteceram em 14 de abril e 7 de junho daquele ano, fizeram com que verdadeiros clássicos da Primeira Onda do Rock aflorassem dos dedos mágicos de Danny: Rock Around the Clock, Thirteen Women, Shake Rattle and Roll e ABC’s Boogie. Danny recebeu apenas 21 dólares na sessão de abril e Bill pretendia contar com Danny como um de seus Cometas. O guitarrista ficou de pensar na proposta.

Infelizmente, no dia 17 de junho de 1954, uma tragédia aconteceu. Ele caiu de uma escada e quebrou o pescoço, tendo morte instantânea. Tal acidente ceifou a vida do brilhante músico, que tinha apenas 33 anos, três dias antes de seu aniversário. Danny pretendia comemorar seu natalício em dose dupla, pois naquele dia se comemorava o Dia dos Pais [nos EUA]. Infelizmente não pôde viver para ver o que seus solos de guitarra iriam fazer com o país e com o mundo inteiro.

Conseguiu, postumamente, seu primeiro hit nos charts (42º lugar na Cash Box) com a versão dos Esquire Boys para Rock Beatin’ A Boogie. Bill Haley e Seus Cometas fizeram um imenso sucesso com Rock Around the Clock e Shake, Rattle and Roll no fim do ano, colocando o “o tal de Rock and Roll” nas nuvens. Segundo relato de seu neto, Danny Cedrone III, o músico confidenciava à esposa que no dia em que ele emplacasse um grande disco, ele e a família estariam feitos. Essa profecia se cumpriu, mas esse primevo guitar hero do Rock não pôde colher os dividendos desse trabalho. Sua querida esposa e confidente Millie foi fazer companhia a ele no dia 1º de abril de 2005. Ela nunca se casou de novo.

Fontes:

Wikipedia

http://www.rockabillyhall.com/DannyCedrone.html

o gênio e sua guitarra crédito: http://www.mp3rockabilly.com/07/DCbesttoppix.jpg

o gênio e sua guitarra
crédito: http://www.mp3rockabilly.com/07/DCbesttoppix.jpg

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Danny Cedrone e sua famíla
crédito: http://www.mp3rockabilly.com/07/dcDannyandhisfamily.jpg

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Grandes Nomes do Soul: The Four Tops, finale

Os Four Tops fizeram um retorno triunfal à Motown, onde participaram de um especial comemorativo dos 25 anos da gravadora e gravaram o álbum Back Where I Belong (1983). Em seguida veio o álbum Magic (1985) e no ano seguinte começou a acontecer desavenças entre o grupo e a gravadora sobre a direção musical e a estratégia de marketing. A banda havia deixado um álbum pronto, Hot Nights, que foi cancelado, fazendo com que os Four Tops deixassem a Motown mais uma vez, comprando as fitas masters do disco abortado e assinando com a Arista Records, onde lançaram o álbum Indestructible (1988), uma volta ao sucesso de outrora. Após uma turnê européia, eles se salvam de serem vítimas da fatídica Tragédia do Vôo 103 da Panam, após a explosão de uma bomba terrorista.

Em 1989, uma faixa de Indestructible, Loco in Acapulco (Phil Collins, Lamont Dozier) fez parte da trilha sonora do filme Buster, estrelado pelo cantor e baterista do Genesis, Phil Collins. Embora tivesse passado batido nos EUA, a música fez um tremendo sucesso no reino Unido, onde alcançou o 7º lugar das paradas locais, conseguindo o feito em vários outros países do mundo. Nessa altura, os Four Tops pararam de gravara e focaram sua atenção em seus shows e outros projetos. Levi Stubbs udsou seu legendário vozeirão na animação Captain N: The Game Master, onde dublou Mother Brain, uma personagem do mal.

Em 1990, os Four Tops foram introduzidos no Rock and Roll Hall of Fame juntamente com The Four Seasons, Bobby Darin, The Kinks, The Platters, Simon & Garfunkel e The Who. receberam muitas outras honrarias no decorrer da década de 90 e em 1995 eles gravaram pela Motown seu derradeiro álbum, Christmas Here with You onde o Quarteto Fantástico do Soul interpreta belas canções de Natal. Contam com a grande Aretha Franklin em White Christmas (Irving Berlin) e Silent Night (Franz Gruber, Joseph Mohr). Em Little Drummer Boy (Harry Simeoné, Henry Onorati, Katherine Davis) participa o grupo vocal The Ridgeway Sisters.

Continuaram atuando em grandes e históricos concertos até que no dia 20 de junho de 1997, o fundador Lawrence Payton faleceu, aos 59 anos, vítima de um câncer. Com sua morte, um paradigma foi quebrado no grupo, que estava chegando ao seu 44º ano com a mesma formação de seus primórdios. Aturdidos pela perda do colega, Levi, Obie e Duke decidiram manter o grupo como trio usando o nome The Tops. Nesse ano foi lançada a coletânea The Ultimate Collection com 25 clássicos que remontam a história do grupo na Motown e eles ganharam uma estrela na Calçada da Fama em Hollywood. No ano seguinte, voltaram a ser um quarteto ao incluir na banda o cantor Theo Peoples (nascido Theopolis Peoples, III no dia 24 de janeiro de 1961 em St. Louis, Missouri, EUA). Peoples estava atuando com os Temptations quando os Tops o chamaram. Em 1999, o grupo foi introduzido no Vocal Groups Hall of Fame.

Em 2000, Levi foi diagnosticado com câncer e passou a tocha de vocalista principal para Theo Peoples. Para a vaga que ele ocupava foi recrutado Ronnie McNeir (nascido Lewis Ronald McNeir no dia 14 de dezembro de 1951 em Camden, Alabama, EUA), que atuava como diretor musical do quarteto há tempos. Naquele momento apenas dois quartos da formação clássica estavam na ativa. Em 2004, participaram de eventos como o 45º aniversário da Motown, o cinquentenário do grupo, que contou com a presença do fundador e amigo Levi Stubbs (que compareceu de cadeira de rodas) e o memorial do sétimo ano do falecimento do inesquecível Lawrence Payton. No dia 1º de julho de 2005, Renaldo “Obie” Benson, outro componente fundador, sucumbiu ao câncer. O filho do falecido Lawrence, Roquel Payton (nascido Lawrence Roquel Payton II no dia 15 de junho de 1960 em Detroit, Michigan, EUA Payton Jr.), foi chamado para fazer parte do grupo.

No dia 17 de outubro de 2008, Levi Stubbs, o vigoroso e talentoso vocalista principal dos Four Tops perdeu a batalha para o câncer e foi fazer companhia aos saudosos Lawrence Payton e Renaldo Benson nos palcos do céu, deixando Duke Fakir como o único membro vivo da formação original desse grupo que foi um grande fenômeno do Soul.

Fontes:

Wikipedia (em inglês)

http://www.vocalgroup.org/inductees/the_four_tops.html

http://www.history-of-rock.com/four_tops.htm

 

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Grandes Nomes do Soul: The Four Tops, parte 5

Em 1975, os Four Tops lançaram o álbum Night Lights Harmony, que foi um verdadeiro fiasco comercial. Em 1976, saiu Catfish seguido dos fracos e inexpressivos The Show Must Go On (1977) e At the Top (1978), findando sua estada na gravadora ABC-Dunhill. Ficaram um tempo fora do show business e voltaram com a corda toda em 1980, quando assinaram com a gravadora Casablanca Records, onde lançaram os álbuns Tonight! (1981) e One More Mountain (1982). No ano seguinte, voltaram para a Motown, onde participaram do especial de TV Motown 25: Yesterday, Today and Forever, onde fizeram um “duelo” musical com outra lenda da casa, The Temptations. Nesse ano, gravaram o álbum Back Where I Belong.

Com a produção da famosa trinca Holland-Dozier-Holland, com com quem os Tops tiveram uma bem sucedida parceria nos anos 60, os destaques do álbum ficam por conta de I Just Can’t Walk Away (o grande hit do disco), What Have You Got to Lose (participação da Rainha do Soul Aretha Franklin) e Hang (dueto formidável com The Temptations). O disco ficou em 71º nas paradas Pop e em 36º nos charts R&B e o single de I Just Can’t Walk Away ficou no Top 40 da Billboard.

Em 1985, gravaram mais um álbum pela Motown, Magic, que contou com vários produtores. O disco não foi tão bem sucedido quanto o anterior, apesar de boas músicas como I Can Feel the Magic (Willie Hutch), Don’t Turn Away (Reggie Lucas) e I’m Ready for Love (Holland, Dozier, Holland), ficando em 140º na parada Pop e em 33º nos charts R&B. O grupo continuou com sua rotina de shows pelo mundo.

Em 1986, o quarteto entrou em rota de colisão com a diretoria da Motown, pois não concordava com a direção musical e a estratégia de marketing da gravadora. Como resultado, Hot Nightsseu álbum que seria lançado naquele ano, foi cancelado e os Four Tops mais uma vez saíram da Motown. Levi Stubbs fez uma participação no filme musical A Pequena Loja de Horrores, estrelado por Steve Martin e Rick Moranis, fazendo a voz marcante da maquiavélica planta carnívora Audrey II.

Em 1987, eles compraram todas as fitas masters de Hot Nights e assinaram com a Arista Records, onde gravaram Indestructible, seu único álbum pelo selo, lançado em 1988. O disco teve vários produtores como o badalado Narada Michael Walden e velhos conhecidos dos 4T como Steve Barri (que produziu seus álbuns pela ABC-Dunhill e Lamont Dozier (do trio Holland-Dozier-Holland), além de convidados especiais como Aretha Franklin (em seu segundo dueto com o quarteto) e Kenny G (sax) na faixa If Ever A Love There Was e Clarence Clemons (E-Street Band) tocando sax em The Sun Ain’t Gonna Shine. A faixa que nomeia o álbum apareceu no filme Alien Nation (Missão Alien no Brasil).

No final de 1988, os Four Tops fizeram uma bem sucedida turnê pela Europa. Eles iam voltar pra casa no vôo 103 da Panam e estavam na lista de passageiros. Contudo, uma sessão de gravação de última hora fez com que perdessem esse vôo. Horas depois, ficaram sabendo, estarrecidos, que uma bomba terrorista havia explodido dentro do avião, matando a todos os passageiros. Graças a esse compromisso, o grupo não foi vítima dessa tragédia que marcou os EUA.

Conclui no próximo post

Levi Stubbs: o vozeirão dos 4T dando vida á malígna planta carnívora Audrey II crédito: http://2.bp.blogspot.com/_Qzd9HIsRWeA/SQnYNTJRbCI/AAAAAAAAPOI/VwaY7XKXf6E/s400/Levi+Stubbs+LSH.jpg

Levi Stubbs: o vozeirão dos 4T dando vida á malígna planta carnívora Audrey II
crédito: http://2.bp.blogspot.com/_Qzd9HIsRWeA/SQnYNTJRbCI/AAAAAAAAPOI/VwaY7XKXf6E/s400/Levi+Stubbs+LSH.jpg

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Grandes Nomes do Soul: The Four Tops, parte 4

Em 1970, os Four Tops gravaram The Magnificent Seven, o primeiro de três álbuns conjuntos com The Supremes, seguido por The Return of Magnificent Seven e Dynamite (1971), que fecharam a trilogia. Em 1972, saiu o inexpressivo Nature Planned It, último álbum pela Motown, que se mudou de Detroit para Los Angeles e os Four Tops, junto com alguns outros artistas do cast decidiram permanecer na Cidade Motor. Fecharam com a ABC-Dunnhill e lançaram o álbum Keeper of the Castle. Em 1973, lançaram o álbum Main Street People e no ano seguinte saíram o álbuns Live & In Concert e Meeting of the Minds.

Em 1975, foi lançado o álbum Night Lights Harmony, produzido por Lawrence Payton Jr. (um dos Four Tops) junto com Steve Barri. Destacam-se as músicas Mama You’re All Right for Me (Lambert, Potter), Let me Know the Truth (C. Carter) e Seven Lonely Nights (J.R. Bailey, K. Williams, R. Clark). O dsico ficou em 124º os charts Pop e 24º na parada R&B dos EUA, uma das piores colocações da história do grupo. O single Seven Lonely Nights teve uma boa aceitação, ficando em 13º nos charts R&B e 71º no Hot 100 da Billboard.

Em 1976, saiu o álbum Catfish, produzido por Lawrence Payton sozinho. Além da faixa que nomeia o disco (F. Bridges, L. Payton, M. Farrow), destacam-se no disco as músicas You Can’t Hold Back the Love (Payton), I Know You Like It (F. Bridges, J. Smith, R. Benson) e Disco Daddy (G. Coles). o dsico também não teve um bom desempenho, ficando em 124º na parada Pop e em 26º nos charts R&B. Já o single Catfish ficou numa boa colocação nos charts de R&B (7º lugar). Nessa altura dos acontecimentos, os Four Tops rumaram ao declínio e obscuridade. Lançaram mais dois álbuns pela ABC-Dunhill, The Show Must Go On (1977) e At the Top (1978) e aí sumiram por um tempo.

Em 1980, o quarteto assinou com a Casablanca Records e voltou em grande estilo. No ano seguinte, lançaram Tonight!, seu primeiro álbum pela gravadora, disco que teve a produção de David Wolfert. O grande destaque do álbum é When She Was a Girl (Larry Gottlieb, Marc Blatte), grande hit dos Four Tops que foi seu primeiro nº 1 nos charts R&B desde o clássico Reach Out I’ll Be There. Já nos charts Pop ficou com uma boa colocação (11º lugar) e na Grã Bretanha, ficou com o fenomenal 3º lugar. também se destacam no álbum as faixas Don’t Walk Away (Jerry Knight) e Who’s Right Who’s Wrong (Kenny Loggins, Richard Cole).

Em 1982, foi lançado One More Mountain, o segundo e derradeiro álbum dos Four Tops pela Casablanca, também produzido por David Wolfert. Destacam-se as faixas Sad Hearts (Gottliebe, Battle), I Believe You and Me (D. Wolfert, S. Linzer) e Dream On (G. Leibem J. Keller). O disco não pontuou nas paradas Pop, mas conseguiu um 45º nos charts R&B. Nesse ao, a música Back in the School Again ((Howard Greenfield, Louis St. Louis), interpretada pelos Four Tops fez parte da trilha sonora do filme Grease 2.

Em 1983, os Four Tops fizeram um retorno triunfal à Motown, gravadora que os revelou, após uma década de ausência. Eles participaram o especial televisivo Motown 25: Yesterday, Today and Forever. Num dos momentos antológicos do program aconteceu o duelo do século Four Tops X The Temptations. Pela primeira vez, dois titãs do Soul se encontraram no palco, cantando seus clássicos, trocando os papeis, interpretando as músicas dos “oponentes” e no gran finale, cantaram todos juntos. No mesmo ano, os 4T gravaram o álbum Back Where I Belong (título bem apropriado), produzido pelo lendário trio Holland-Dozier-Holland, que colocou os Four Tops no mapa do show business, numa verdadeira volta às origens.

Continua no próximo post

O duelo do século: Four Tops vs. Temptations (imagns capturada do vídeo)

O duelo do século: Four Tops vs. Temptations
(imagens capturada do vídeo)

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O duelo do século: Four Tops vs. Temptations – 8 oponentes de peso
(imagem capturada do vídeo)

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Grandes Nomes do Soul: The Four Tops, parte 3

Em 1966, foi lançado o álbum On Top, mais um bem sucedido fruto da parceria entre os Four Tops e a trinca de compositores Holland-Dozier-Holland. Também saiu o primeiro álbum ao vivo do quarteto Four Tops Live! Em 1967, veio outro álbum de sucesso Reach Out e no ano seguinte, saiu a última colaboração do trio de compositores, Yesterday’s Dreams. Em 1969, foram lançados os álbuns Now! e Soul Spin que foram um fiasco, a primeira bola fora da carreira dos Four Tops. Em 1970, voltaram a sentir o gosto do sucesso com o álbum Still Waters Run Dee, tendo emplacado nos charts dos EUA e do Reino Unido, também ajudado pelos singles lançados. Foi lançado também o inexpressivo álbum Changing Times.

Nesse ano, foi lançado The Magnificent Seven, um álbum em conjunto com The Supremes, que tinha na ocasião a cantora Jean Terrell como líder no lugar de Diana Ross, que havia saído para seguir carreira solo. Produzido por Frank Wilson em conjunto com Nickolas Ashford e Valerie Simpson, o disco (uma referência ao clássico do cinema, homônimo, que no Brasil ficou conhecido como Sete Homens e um Destino) tem como destaque as faixas River Deep Mountain High (Spector, Barry, Greenwich), grande sucesso de Ike & Tina Turner, For Your Love (Graham Gouldman), um hit dos Yardbirds, Stoned Soul Picnic (Laura Nyro), clássico do Fifth Dimension e A Taste of Honey (Marlow, Scott), sucesso de Herb Alpert & Tijuana Brass e Beatles. Odisco teve um desempenho mediano (118º nas paradas dos EUA, 6º das paradas britânicas) e o single River Deep ficou em 14º no Hot 100 da Billboard.

Em 1971, os Four Tops repetiram a parceria com as Supremes no álbum The Return of Magnificent Seven, que teve a produção de Frank Wilson. Na capa, os dois grupos posam de cowboys e cowgirls do Velho Oeste. Destacam-se as músicas One More Bridge to Cross (Ashford, Simpson), I’ll Try not to Cry (Dino Fekaris, Nick Zesses) e I Can’t Believe You Love me (Harvey Fuqua, Johnny Bristol). O disco ficou em 154º no Hot 200 da Billboard e em 18º nos charts de R&B. No esmo ano, completaram a trilogia com as Supremes com Dynamite, outro álbum produzido por Frank Wilson. Decidiram investir em covers como Hello Stranger (hit de Barbara Lewis), It’s Impossible (Armando Manzanero, Syd Wayne), sucesso com Perry Como e New Birth; Love the One You’re With (Stephen Stills), sucesso com Isley Brothers e Stephen Stills) e If (David Gates), grande clássico do Bread. O álbum ficou em 160º no Hot 200 da Billboard e em 21º na parada R&B. No mesmo ano, lançaram o single A Simple Game, onde contaram com o apoio mais do que especial da banda britânica Moody Blues. O disco ficou em 90º lugar nos charts dos EUA mas alcançou o 3º lugar nas paradas do reino Unido.

Em 1972, os Four Tops lançaram o álbum Nature Planned It com destaque para I Am Your Man (Ashford, Simpson) e (It’s the Way) Nature Planned It (Wilson, Sawyer). O disco não chegou aos charts e foi o derradeiro trabalho do quarteto na Motown, que começou a investir nas novas crias da casa como The Jackson Five, Rare Earth e na carreira solo de Diana Ross e decidiu mudar de Detroit, seu lar original para Los Angeles, causando uma ruptura no elenco veterano. Funk Brothers, Martha Reeves e os Four Tops optaram por não deixarem a Cidade Motor. O grupo fechou com a gravadora ABC-Dunhill, onde lançou o álbum Keeper of the Castle, produzido poe Steve Barri junto com Dennis Lambert e Brian Potter, que compuseram a maioria das músicas do disco. Destacam-se as faixas Keeper of the Castle, Ain’t No Woman (Like the One I’ve Got), ambas de Lambert e Potter e Turn On the Light of Your Love,composta por Stubbs, Benson e Fakir, (três quartos dos Four Tops) junto com Len Perry.

Em 1973, foi lançado o álbum Main Street People, também produzido pelo trio Barri-Lambert-Potter, seguindo a mesma linha do anterior. Os destaques ficam por conta de Sweet Understanding Love (Ivy Hunter, Renaldo Benson, Val Benson), Too Little Too Late e Are You Man Enough (ambas de Lambert e Potter). Essa última foi tema da trilha sonora do filme Shaft in Africa, continuação do grande sucesso do cinema Shaft, ambos estrelados por Richard Roundtree. O disco ficou em 66º nos charts Pop e em 8º nos charts de R&B.

Em 1974, saiu o segundo álbum ao vivo da carreira dos Four Tops, Live & In Concert, onde interpretaram clássicos que os consagraram na Motown e músicas dos dois últimos discos gravados pela ABC. Também lançaram o álbum de estúdio Meeting of the Minds, mais uma ptodução da trinca Barru-Lambert-Potter, onde se destacam as faixas One Chain Don’t Make No Prison, Midnight Flower e No Sad Songs, todas compostas por Lambert e Potter. O disco ficou em 118º (Pop) e 22º (R&B) lugares nas paradas.

Continua no próximo post

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Grandes Nomes do Soul: The Four Tops, parte 2

Em 1954, os estudantes Levi Stubbs, Abdul “Duke” Fakir, Renaldo “Obie” Benson e Lawrence Payton formaram The Four Aims. Em 1936 após gravaram seu primeiro single, mudaram o nome para The Four Tops e assinaram com a Chess Records. Em 1963, depois de sete anos amargando fracassos em várias gravadoras, eles conheceram Berry Gordy e passaram a fazer parte do casr da emergente gravadora Tamla/Motown. Em 1964, lançaram o single Baby I Need Your Lovin’  primeiro trabalho pela gravadora que teve um ótimo desempenho nos charts. Também gravaram seu primeiro álbum, Four Tops. Em 1965, gravaram The Four Tops’ Second Album, que teve como carro-chefe o single I Can’t Help Myself (Sugar Pie Honey Bunch), líder das paradas R&B e Pop da Billboard.

Em 1966, saiu seu terceiro álbum On Top, produzido pela trinca de ouro da Motown, Holland-Dozier-Holland, que seguiu o mesmo modelo dos anteriores, com destaque para I Got a Feeling (Holland, Dozier, Holland), Matchmaker, Matchmaker (Bock, Harnick) e  versões do quarteto para In the Still of the Night (Cole Porter), celebrizada por Dion & the Belmonts e outros; Michelle (Lennon, McCartney), um clássico dos Beatles e Quiet Nights of Quiet Stars (Corcovado) do nosso Tom Jobim. Esse álbum não figurou nos charts dos EUA mas ficou em 9º na Grã Bretanha. Os singles também ficaram em boas colocações. No mesmo ano saiu seu primeiro álbum ao vivo Four Tops Live! (17º nos EUA, 4º no RU).

Em 1967, foi lançado o álbum Reach Out, produzido por Brian Holland, Lamont Dozier, Smokey Robinson e Clarence Paul, onde os Four Tops interpretam seu clássico absoluto Reach Out I’ll Be There (Holland-Dozier-Holland). Além dessa, destacam-se Standing on the Shadows of Love, Bernadette (outros dois clássicos do quarteto) 7-Rooms of Gloom, escritas pela trinca. Destacam-se também covers de grandes sucessos como If I Were a Carpenter (Tim Hardin), hit de Bobby Darin), Cherish (Terry Kirkman), clássico do The Association, I’m a Believer (Neil Diamond) e Last Train to Clarksville (Boyce, Hart) ambas dos Monkees. O disco foiocu em 14º nos EUA e em 6º na Grã Bretanha, provando o quanto eles eram qeuridos pelos súditos da Rainha. O single de Reach Out foi líder nos charts R&B e Pop nos EUA.

Em 1968, lançaram o álbum Yesterday’s Dreams, o derradeiro produzido pela trinca Holland-Dozier-Holland que deixaram a Motown após disputas sobre royalties com o “big boss” Berry Gordy. Nos disco, além de uma composição do trio de produtores, I’m in a Different World e a faixa que dá nome ao disco (Bullock, Goga, Hunter, Sawyer) também interpretam alguns covers como Never My Love (Don e Adrian Addrisi) do The Association, By the Time I Get to Phoenix (Jimmy Webb) de Glenn Campbell, Daydream Believer (John Stewart) dos Monkees e Sunny (escrita e interpretada por Bobby Hebb). O disco ficou em 91º lugar nas paradas Pop e em 7º nos charts R&B. Na Grã Bretanha ficou em 37º lugar. Já a coletânea Greatest Hits, lançada no esmo ano, teve um bom desempenho (4º na Pop, 2º na R&B e primeiríssimo lugar nos charts britânicos).

Em 1969, o fim da parceria entre o quarteto e o trio de compositores começou a ser sentido nos dois álbuns seguintes, lançados naquele ano. Now! e Soul Spin foram dois grandes fracassos na história dos Four Tops, mesmo contando com feras como Ashford & Simpson, Norman Whitfield e Johnny Bristol como produtores. Os dois álbuns tiveram desempenho pífio nos charts, sendo que Now! ficou em  74º na parada Pop e em 18º nos charts R&B e não chegou às paradas britânicas. Já Soul Spin foi ainda pior: 163º (Pop), 30º (R&B) e “traço” no Reino Unido.

Em 1970, saiu o álbum Still Waters Run Deep, produzido por Frank Wilson, amigo de longa data do compositor Norman Whitfield. Destacam-se as faixas Still Water (Love) de Smokey Robinson e Frank Wilson, Reflections (Holland-Dozier-Holland) e It’s All in the Game (Charles Dawes, Carl Sigman). Além do cover de Harry Nilsson, Everybody’s Talkin’ (do filme Perdidos na Noite). Foi a volta dos 4T aos charts, ficando em 21º (Pop), 3º (R&B) e 29º (Reino Unido). Os singles Still Water (11º no Pop, 4º no R&B e 10º do Reino Unido) e It’s All in the game (24º no Pop, 6ºno R&B e 5º no RU) também tiveram bom desempenho nas paradas. Nesse ano, também saiu o inexpressivo álbum Changing Times.

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Grandes Nomes do Soul: The Four Tops, parte 1

Eles foram um dos mais melhores grupos vocais dos anos 60, tendo permanecido com a mesma formação por 40 anos, além de ser dos principais nomes da Motown, junto com The Miracles e The Temptations, além de serem excelentes e carismáticos performers com seus eletrizantes stage acts, sendo considerados os Beatles do Soul. Vamos falar dos sensacionais The Four Tops.

Tudo começou em 1954 quando estudantes de Detroit, Michigan, EUA se encontraram numa festa de aniversário e se reuniram para formar um grupo vocal.  Levi Stubbs (nascido Levi Stubbles no dia 6 de junho de 1936 em Detroit, Michigan, EUA) e Abdul “Duke” Fakir (nascido no dia 26 de dezembro de 1935 em  Detroit, Michigan, EUA) estudavam na Pershing High School, enquanto Renaldo “Obie” Benson (nascido no dia 14 de junho de 1936 em  Detroit, Michigan, EUA)) e Lawrence Payton (nascido Lawrence Albert Payton no dia 2 de março de 1938 em  Detroit, Michigan, EUA). O quarteto foi batizado The Four Aims e eles gravaram seu primeiro single pela Grady Records, If Only I Had Known.

Em 1956, graças ao compositor Billy Davis, um primo de Payton, foram indicados para a lendária gravadora Chess Records. Decidiram mudar o nome para The Four Tops, pois seu nome original se confundia com um grupo vocal muito famoso na época, The Ames Brothers. Gravaram o single Could It Be You?, que não teve repercussão. Saíram da Chess, assinaram com a Red Top e em 1960, foram para a Columbia Records, onde gravaram o single Ain’t That Love. Dois anos depois fecharam com a Riverside, onde gravaram o single Pennies from Heaven. Em nenhuma dessas gravadoras, entretanto, conseguiram emplacar. Nos shows que faziam, eles começaram a refinar e lapidar sua presença de palco, tornando-se carismáticos para as plateias. 

Em 1963, Billy Davis os apresentou a Berry Gordy Jr., que havia trabalhado com ele no fim da década de 50. Gordy, que já tinha visto uma performance dos Four Tops, convenceu os rapazes a assinar contrato com sua emergente gravadora Tamla Motown. A princípio, eles atuaram no selo de Jazz da Motown Workshop e depois começaram a fazer vocais de apoio para os artistas da casa como The Supremes e Martha & the Vandellas.

Em 1964, um dos principais times de compositores da Motown Holland-Dozier-Holland havia composto uma base instrumental mas não sabiam o que fazer com ela. Os Four Tops foram escolhidos para acrescentar vocais e a musica foi batizada Baby I Need Your Lovin’. Lançada em single naquele mesmo ano, a música fez um estrondoso sucesso, ficando em 11º lugar nos charts da Billboard, promovendo o quarteto como uma das principais bandas da Motown. Esse destaque fez com que gravassem seu primeiro álbum, auto intitulado, pela gravadora, produzido por Brian Holland e Lamont Dozier que contou com o grupo The Andantes nos vocais de apoio. Destacam-se as músicas Sad Souvenirs (Hunter, Stevenson) e Where Did You Go (Holland, Dozier, Holland), além do single que emplacou nas paradas. O disco ficou em segundo lugar nas paradas do Reino Unido. Seu single seguinte, Without the One You Love (Life’s Not Worth While) figurou no Top 40 das paradas. 

Em 1965, o single Ask the Lonely (extraído do álbum Four Tops) ficou no Top 30 da parada Pop e no Top 10 da parada R&B. Saiu o segundo álbum Four Tops Second Album, também produzido por Brian Holland e Lamont Dozier e contandoo com os vocais dos Anadantes e a fabulosa The Funk Brothers como banda de acompanhamento. Destacam-se três faixasque foram singles de sucesso e se tornaram verdadeiros clássicos dos Four Tops, todas da trinca Holland-Dozier-Holland, :  I Can’t Help Myself (Sugar Pie Honey Bunch) ficou com a cobiçadíssima liderança dos charts Pop e R&B da Billboard e ficou em 23º na parada britânica; It’s the Same Old Song ficou em 2º nos charts R&B e em 5º no Pop e Something About You ficou em 9º em R&B e em 19º no Pop.

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The Four Aims: os primórdios crédito: http://images.blog-24.com/1350000/1348000/1347933.jpg

The Four Aims: os primórdios
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Deep Purple Family Tree: The Artwoods, finale

Art Wood formou a banda de Skiffle Art Wood Combo e em 1962, começou a atuar paralelamente na banda Blues Incorporated. Com a entrada de Jon Lord (teclados), Derek Griffths (guitarra), Malcolm Pool (baixo) e Keef Hartley (bateria), a banda mudou o nome para The Artwoods e se tonou banda residente do 100 Club, alem de assinar com a gravadora Decca Records. Apesar do sucesso que tinham em suas aparições em programas televisivos, os Artwoods nunca conseguiram emplacar na indústria fonográfica. Depois de inúmeros fiascos, foram dispensados pela Decca, gravaram pela Parlophone e pela Fontana, mas também não lograram êxito, decretando o fim em 1967.

O batera Keef Hartley começou a tocar nos Bluesbreakers de John Mayall e pouco depois formou sua banda, Keef Hartley Band, que fez bastante sucesso no fim dos anos 60, chegando a fazer bonito no Festival de Woodstock. Jon Lord juntou-se aos Flowerpot Men e depois foi recrutado pelo baterista e cantor Chris Curtis (ex-Searchers) e o baixista Nick Simper para um projeto chamado Roundabout, que em 1968 deu origem ao Deep Purple. Malcolm Pool também chegou a tocar nos Bluesbreakers até sair de cena definitivamente no fim da década.

Em 1969, Art Wood formou com o irmão mais novo Ronnie Wood (guitarra) a banda de curta duração Quiet Melon, que ainda tinha em sua formação Rod Stewart (vocais) mais os Small Faces Ronnie Lane (guitarra), Kenny Jones (bateria), Ian McLagan (teclados), egressos dos Small Faces e Kim Gardner (baixo). Como a banda não emplacou, Art se se tornou designer gráfico, abrindo uma empresa como o irmão mais velho Ted Wood, contando depois com o velho colega de Artwoods Malcolm PoolRonnie, Rod, Ronnie e Ian formaram The Faces e Gardner fez parte do Ashton, Gardner & Dyke, banda de Jazz-Rock.

Embora nunca mais tenha se apresentado no circuito profissional, Art nunca deixou a música de lado, tocando informalmente com Downliners Sect e Carlo Little [primeiro batera dos Rolling Stones] All-Stars. Fez algumas reuniões com os velhos colegas de Artwoods, contando com o mano Ronnie, mas nada verdadeiramente grande.

Art Wood faleceu no dia 3 de novembro de 2006, vítima de um câncer na próstata. Um ano depois, houve uma reunião significativa dos Artwoods que contou com Ronnie, Lord, Pool, Derek Griffiths, o batera Colin Martin e o cantor Ali Mckenzie num belo tributo ao falecido amigo. Keef Hartley faleceu no dia 26 de novembro de 2011, após complicações de uma cirurgia. Jon Lord foi fazer companhia a seus colegas de Artwoods no dia 16 de julho de 2012.

Fonte:

Wikipedia

http://www.freakium.com/edicao7_artwoods.htm

Artwoods nos bons tempos crédito: http://www.freakium.com/edicao7_artwoods01.jpg

Artwoods nos bons tempos
crédito: http://www.freakium.com/edicao7_artwoods01.jpg

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Deep Purple Family Tree: The Artwoods, parte 1

O Deep Purple (biografia aqui) é uma das principais bandas do Rock and Roll e tem uma imensa árvore genealógica. Inauguramos aqui esta seção que visa apresentar as bandas que antecederam o Purple e que surgiram a partir dele. Começamos com The Artwoods, banda fincada na história do Blues Britânico.

1963: a cena bluesística londrina estava em alta, embora estivesse na mira do ódio dos puristas do Jazz que não admitiam o uso de instrumentos eletrificados para se manifestar musicalmente. Por conta disso, Alexis Korner e Cyril Davies, que já haviam feito parte das fileiras do Chris Barber Jazz Band criaram um clube próprio, o Barrelhouse para a turma que adorava Muddy Waters, T-Bone Walker e afins. Além disso, fundaram uma banda que virou uma instituição do emergente Blues das Ilhas Britãnicas, o Blues Incorporated, cuja formação se revezava em torno da dupla.

Dentre um dos muitos músicos que costumavam participar da banda estava o cantor Art Wood (nascido Arthur Wood no dia 7 de julho de 1937 em West Drayton, Middlesex, Inglaterra), que de estudante de arte acabou se convertendo num aficcionado no Blues elétrico. Ele foi um dos muitos entusiastas do Skiffle que tomou a Inglaterra de assalto em 1956. Em 1958, ele formou a Art Wood Combo, que passou a dividir com o Blue Inc. as atenções do cantor, que costumava se revezar com o vocalista oficial Long John Baldry.

Em1964, quando o tecladista Jon Lord (nascido Jonathan Douglas Lord no dia 9 de junho de 1941 em Leicester, Inglaterra) e o guitarrista Derek Griffiths (nascido no dia 23 de junho de 1944), egressos do Red Bludd’s Bluesicians juntaram-se à banda de Wood, decidiram mudar o nome da mesma para The Artwoods (uma brincadeira com o nome do “chefe”). Com a entrada do batera Keef Hartley (nascido Keith Hartley no dia 8 de abril de 1944 em Preston, Lancashire, Inglaterra), que entrou para a história como substituto de Ringo Starr no Rory Storm & The Hurricanes, além do ex-baixista dos RoadrunnersMalcolm Pool (nascido no dia 10 de janeiro de 1943 em Hayes End, Middlesex, Inglaterra), a banda começou a tocar no circuito de clubes londrinos e se tornou residente no 100 Club, além de assinarem contrato com a Decca Records.

Gravaram seu primeiro single, Sweet Mary (original de Leadbelly), que tinha no lado B If I Ever Get My Hands On You. O disco não foi exatamente um sucesso , mas permitiu que os Artwoods fossem  muito requisitados para fazer aparições em programas televisivos como o Ready Steady Go. Reza a lenda que nessa época, eles rivalizavam com os Animals na preferência do público. Em 1965, saíram mais dois singles da banda,  Oh My Love/Big City e Goodbye Sisters/She Knows What To Do, que também foram um verdadeiro fiasco, mas eles continuavam em alta por causa de suas apariçõers nos programas de TV, embora não tenham participado da Invasão Britânica, algo que fez seus rivais os Animals a se tronaram uma das bandas de ponta no evento.

Em 1966, lançaram os singles I Take What I Want/I’m Looking For A Saxophonist (este até qte fez bonito, ficando em 25º nos charts britânicos) e I Feel Good/Molly Anderson’s Cookery Book. Nesse ano saiu o primeiro e único álbum da banda Art Gallery e em seguida, foram dispensados pela Decca. Em 1967, assinaram com a Parlophone (que lançou os Beatles), mas gravaram apenas um single de repercussão pífia, What Shall I Do/In The Deep End. Foram para a Fontana e gravaram um single, Brother Can You Spare A Dime/Al’s Party sob o nome de St. Valentine’s Day Massacre. Mas nessa altura, a banda tinha decretado seu final.

Conclui no próximo post

The Art Wood Combo: Art Wood, Derek Griffiths, Reg Dunnage, Malcolm Pool e Jon Lord (sem o biodão característico!) crédito: http://www.deep-purple.net/tree/artwoods/the-art-wood-combo.html

The Art Wood Combo: Art Wood, Derek Griffiths, Reg Dunnage, Malcolm Pool e Jon Lord (sem o biodão característico!)
crédito: http://www.deep-purple.net/tree/artwoods/the-art-wood-combo.html

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