Arquivo da categoria: Mersey Beat Review

Mersey Beat Review: The Searchers, finale

Em 1966, com a saída de Chris Curtis, a banda recrutou o batera John Blunt como substituto. Gravaram mais dois singles que figuraram nas paradas, Take it or Leave it e Have You Ever Loved Somebody. Nos anos seguintes só ladeira abaixo em termos fonográficos, pois eles continuaram fazendo shows com êxito. Assinaram com a Liberty Records, mas isso não melhorou as vendagens de discos. Nos anos 70, assinaram com a Sire Records e gravaram os álbuns The Searchers (1979) e Hungry Hearts (1981). Em 1985, Mike Pender, membro fundador, deixou a banda, sendo substituído por Spencer James (ex-First Class).

Mesmo não tendo o mesmo reconhecimento midiático que seus compatriotas, os Rolling Stones, os Searchers continuaram arrasando nos palcos, sendo muito queridos pelas plateias britânicas e sendo uma das únicas bandas remanescentes da Cena de Liverpool, junto com Gerry & The Pacemakers. Atravessaram as décadas de 80 e 90 fazendo shows de revival. Em 1998, houve uma mudança no line up: saiu o batera Billy Adamson (na banda desde 1969) e entrou Eddie Roth, que ficou doze anos na banda.

O fundador Mike Pender fez parte, no fim dos anos 80, da superbanda The Corporation, também conhecida como The Traveling Wrinklies (uma brincadeira com a banda Traveling Wilburys, formada por George Harrison, Bob Dylan, Tom Petty, Roy Orbison e Jeff Lynne), formada pelos feras Brian Poole (Tremeloes), Clem Curtis (The Foundations), Tony Crane (The Merseybeats) e Reg Presley (The Troggs), um verdadeiro Quem é Quem do Rock Britânico dos anos 60. Depois formou Mike Pender’s Searchers, que existe até hoje.

Em 2002, saiu o último disco da banda, Back Door Sessions. No dia 18 de agosto de 2003,  faleceu o baixista, vocalista e membro fundador dos Searchers Tony Jackson. Quase dois anos depois, no dia 28 de fevereiro de 2005, também se foi o baterista Chris Curtis, que havia se afastado do mainstream depois de muitos projetos malsucedidos na música. No dia 11 de novembro de 2010, o ex-baixista Tony West, outro músico que fez parte do primódios foi outra trágica perda. 

Em pleno século XXI, o insistente e intrépido líder John McNally não deixou a peteca cair e os Searchers se tornaram uma das bandas mais queridas do circuito de revival da Inglaterra. Em 2010, o batera Eddie Roth saiu e foi substituído por Scott Ottaway (nascido em 1972), o membro caçula da banda. Hoje em dia, a banda chegou ao seu 55º aniversário, tendo em seu line up o fundador McNally, o guitarrista Spencer James, o baixista Frank Allen e o batera Scott. E ainda com muita lenha para queimar.

Fontes:

Wikipedia

Searchers Tour News 2024

The Searchers em 2012: meio século de Rock and Roll crédito: http://www.the-searchers.co.uk/2012%20promo%201.jpg

The Searchers em 2012: meio século de Rock and Roll
crédito: http://www.the-searchers.co.uk/2012%20promo%201.jpg

2 Comentários

Arquivado em Biografias, Deep Purple Family Tree, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Mersey Beat Review: The Searchers, parte 4

Em 1964, diante do sucesso de seus singles, os Searchers perderam seu baixista e principal vocalista Tony Jackson, que resolveu deixar a banda. Frank Allen, um velho conhecido que encontraram em Hamburgo foi chamado para substituir Jackson. Gravaram vários singles de sucesso mais os álbuns Sounds Like the Searchers Take Me For What I’m Worth. Em 1966, outro membro da formação “pediu as contas” na banda, o batera Chris Curtis, que acabou formando a banda Roundabout, raiz do Deep Purple.

Os Searchers então recrutaram o batera John Blunt (nascido John David Blunt no dia 20 de março de 1947, em Croydon, Surrey, Inglaterra) de estilo influenciado pelo lendário Keith Moon (The Who). Assim, gravaram seu primeiro single com a nova formação, Take it or Leave it (Jagger, Richards), um cover dos Rolling Stones. Ironicamente, o lado B do disco contou com uma composição de John McNealy, Mike Pender e Frank Allen [membros remanescentes da banda], Don’t Hide It Away, uma composição autoral, algo que o então ex-batera Chris Curtis queria na banda. O single ficou em 21º lugar na parada britânica. Nesse ano, gravaram ainda o single Have You Ever Loved Somebody (cover dos Hollies)/ I’ts Just The Way que teve um resultado regular, ficando em 48º no reino Unido e em 94º nos EUA. Foi a última vez que a banda apareceu nos charts britãnicos.

Em 1967, a banda gravou alguns singles: Popcorn, Double Feature/Lovers, Western Union (cover do Five Americans/I’ll Cry Tomorrow  e Secondhand Dealer/Crazy Dreams, todos com resultados pífios, nem chegando aos charts. Nessa altura, a banda assinou com a Liberty Records, mas começou a sumir nas paradas, embora continuasse a fazer vários shows. Em 1968, gravaram o single Umbrella Man /Over The Weekend que também passou despercebido. Em 1969, o batera John Blunt saiu e foi substituido por Billy Adamson. Gravaram mais três singles que fracassaram em vendas: Somebody Shot the Lollipop Man (gravado com o pseudônimo Pasha), Shoot ‘Em Up Baby (cover de Andy Kim) e Kinky Kathy Abernathy.

Em 1970, gravaram outros singles que não chegaram ás paradas: For What It’s Worth (clássico do Buffalo Springfield) e Don’t Shut Me Out (cover do Bread). No ano seguinte gravaram seu último sungle a figurar nas paradas norte americanas, Desdemona/The World Is Waiting For Tomorrow (chegou ao 94º lugar). Aí os Searchers atravessaram a década de 70 fazendo shows de revival. Em 1979, a banda assinou com a Sire Records e foi lançado o álbum The Searchers, o primeiro desde Take Me For What I’m Worth (1966). Apesar de ser muito elogiado pela crítica, o disco foi péssimo em vendas.

Em 1981, gravaram o álbum Play for Today (reintitulado Love’s Melodies fora do reino Unido). Outra bola fora em termos de vendas, o que causou a demissão da banda, embora tuvessem material para um terceiro álbum pela Sire. Em 1985, outro membro fundador deixou os Searchers, o guitarrista líder Mike Pender que saiu após desentendimentos com os colegas. No ano seguinte, o guitarrista Spencer James (nascido Spencer Frederick James no dia 15 de abril de 1953 em Hayes, Middlesex, Inglaterra), ex-First Class, banda que estourou com o hit setentista Beach Baby.

Em 1988, a banda assinou com a gravadora Coconut Records e foi lançado o álbum Hungry Hearts , com a regravação de alguns hits da banda como Needles and Pins e Sweets for My Sweet. O disco também não foi bem em termos de vendas, mas os Searchers continuaram faturando como banda de revival, provando que ainda tinham muita lenha pra queimar.

Conclui no próximo post

3 Comentários

Arquivado em Biografias, Deep Purple Family Tree, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Mersey Beat Review: The Searchers, parte 3

Em 1963, saíram  os dois primeiros álbum da banda, Meet the Searchers e Sugar and Spice, que fizeram muito sucesso, além de singles que também tiveram uma ótima repercussão. Em 1964, aproveitando a alta que as bandas do Mersey Beat estavam tendo na Inglaterra e na Invasão Britânica, lançaram uma série de singles capitaneados por seus clássicos Needles and Pins e Don’t throw Our Love Away, muito bem colocados nas paradas do Reino Unido, juntamente com os álbuns It’s Searchers e Hear Hear e This is Us (esses dois últimos, exclusivos para os EUA).

Em meio a tanto sucesso, a banda sofreu uma baixa considerável: Tony Jackson, baixista/vocalista principal que fez parte do line up fundador dos Searchers, deixou a banda e foi substituído por Frank Allen (nascido Francis Renaud McNeice em 14 de dezembro de 1943 em Hayes, Middlesex, Inglaterra), um amigo que conheceram em Hamburgo, Alemanha, quando ele fez parte da banda Cliff Bennett & The Rebel Rousers.

Em 1965, a banda gravou e lançou o álbum Sounds Like the Searchers, mantendo o formato que foi adotado desde o primeiro álbim com muitos covers e uma ou outra composição autoral. Destacam-se Everybody Come And Clap Your Hand (Jeff Barry, Ellie Greenwich), Bumble Bee (LaVern Baker, Leroy Fullylove), um hit de LaVern Baker; Magic Potion (da safra dos geniais Burt Bacharach e Hal David) e If I Could Find Someone (composição do batera Chris Curtis). O disco ficou em 8º na parada britânica.

Nesse ano, gravaram vários singles como Bumble Bee (não figurou nos charts britânicos, ficou em 21º nos EUA), Goodbye My Love (originalmente gravada por Jimmy Hughes), ficou em 4º no Reino Unido e em 52º nos EUA), He’s Got No Love (12º nos charts britânicos, 79º na parada norte americana), When I Get Home (não é o clássico dos Beatles, foi originalmente gravada por Bobby Darin), ficou em 35º no Reino Unido e Take Me For What I’m Worth (um hit de P. F. Sloan, compositor de Secret Agent Man, sucesso de Johnny Rivers), ficou em 20º na parada britânica e em 76º nos charts dos EUA. Essa última nomeou o segundo álbum dos Searchers no ano.

Em 1966, a banda sofreu outra baixa importante: o baterista Chris Curtis. Um dos motivos pelos quais ele saiu teria sido o fato de suas composições serem preteridas. Sendo ele o compositor oficial de músicas autorais da banda, queria ver mais músicas próprias nos discos dos Searchers. Outro motivo teria sido cansaço por causa de ínúmeros compromissos e turnês da banda, o que o levaram a usar drogas para manter o pique. A convite do amigo Klaus Voorman (também amigo dos Beatles), morou um tempo na Suécia para “encaretar”.

De volta à Inglaterra, gravou seu primeiro single solo, Aggravation, cujas sessões contaram com Jimmy Page (guitarra) e John Paul Jones (baixo), futuros membros do Led Zeppelin, mais Joe Moretti (guitarra), ex- Johnny Kidd & The Pirates, Vic Flick (guitarra), que tocou o riff do famoso James Bond Theme e o baterista Bobby Graham que quase fez parte dos Beatles quando Pete Best foi demitido, mas preferiu tocar com Joe Brown & The Bruvvers [ainda bem!]. Depois de um outro trabalho como produtor, Curtis teve a ideia de formar uma banda com o tecladista Jon Lord (ex-Artwoods) que foi chamada Roudabout. Para mais detalhes, leiam a primeira parte da biografia do Purple aqui.

Continua no próximo post

1965:  novo disco e nova formação crédito: http://poplife-shop.de/Bilder/611132.JPG

1965: novo disco e nova formação
crédito: http://poplife-shop.de/Bilder/611132.JPG

2 Comentários

Arquivado em Biografias, Deep Purple Family Tree, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Mersey Beat Review: The Searchers, parte 2

John McNally formou uma banda de Skiffle com alguns amigos em 1957. Em 1960, com a saída de alguns membros, McNally e o vocalista Big Ron Woodbridge chamaram um velho amigo, o guitarrista Mike Pender mais o baixista Tony Jackson e o batera Joe Kelly e a banda recebeu o nome de The Searchers. Big Ron e Kelly saíram para as entradas de Billy Beck (mais conhecido como Johnny Sandon) e Norman McGrary. O batera nãoficou muito tempo e foi substituído por Chris Crummey (mais tarde Chris Curtis). Em 1961, Sandon deixou os Searchers para ser frontman do Remo Four e os membros restantes decidiram se manter como quarteto. Chamaram a atenção da Pye Records e gravaram seu primeiro e bem sucedido single Sweets for My Sweet.

Em 1963, em plena onda do Mersey Beat os Searchers gravaram seu primeiro álbum Meet the Searchers, produzido por Tony Hatch. Além de figurar Sweets for My sweet, o single de sucesso lançado anterirormente, o disco conta com clássicos como Love Potion Number 9 (Leiber, Stoller), grande sucesso dos Clovers; Stand By Me (King, Leiber, Stoller), originalmente gravada por Ben E. King e que foi um grande hit da carreira solo de John Lennon; Money (That’s What I Want), de Janie Bradford e Berry Gordy, original de Barrett Strong e que é considerado um clássico com os Beaatles. O álbum teve um ótima repercussão chegando ao segundo lugar nas paradas do Reino Unido.

Nesse mesmo ano, a banda gravou os singles Sweet Nothins (original de Brenda Lee)/What’d I Say (original de Ray Charles) e Sugar and Spice (Fred Nightingale)/Saints and Searchers, a primeira música, outro grande clássico da banda, gravada originalmente por Tony Hatch, que ficou em 2º lugar nos charts britãnicos e em 44º na parada dos EUA, sendo a primeira vez que os Seachers figuraram nos charts do a terra do Tio Sam.

Ainda em 1963, em seguida veio o segundo álbum Sugar & Spice, com destaque para a faixa título, Some Other Guy (Leiber, Stoller, Garrett), original de Richard Barrett que fazia parte do repertório recorrente dos Beatles; Listen To Me (Charles Hardin, Norman Petty), original de Buddy Holly & The Crickets e (Ain’t That) Just Like Me (Earl Carroll, Billy Guy) original dos Coasters que fivguour no primeiro álbum dos Hollies. O álbum alcançou o 5º lugar nos charts britânicos.

Em 1964, os Searchers lançaram singles bem sucedidos, todos clássicos da banda: Needles and Pins (Jack Nitzsche, Sonny Bono), um sucesso da cantora Jackie DeShannon/Saturday Nigh Out (primeiríssimo lugar nos charts britânicos, 13º nos EUA); Don’t Throw Your Love Away (Billy Jackson, Jimmy Wisner), original do gripo vocal The Orlons/ I Pretend I’m With You (outro nº 1 na parada do Reino Unido, 16º nos EUA); Someday We’re Gone Love Again, original de Barbara Lewis/ No One Else Could Love You (11º lugar dos charts britânicos, 34º na parada dos EUA); When You Walk In The Room (DeShannon), outro sucesso de Jackie DeShannon/I’ll Be Missing You (3º lugar no Reino Unido, 35º nos EUA) e What Have They Done To The Rain (Malvina Reynolds), original de Malvina Reynolds/ This Feeling Inside (13º nos charts britãnicos, 29º nos charts norte americanos).

Nesse ano foi lançado o álbum It’s Searchers, com destaque para It’s In Her Kiss (Rudy Clark), um clássico de Betty EverettGlad All Over (Schroeder, Bennett, Tepper), original de Carl Perkins, que os Beatles tocaram em seus programas na BBC Hi-Heel Sneakers (Robert Higginbotham), original de Tommy Tucker, além das músicas que figuraram nos singles Needles and Pins e Don’t Throw Our Love Away. O disco ficou em 4º lugar nos charts britânicos. Lançaram ainda um dois álbuns exclisuvos para o mercado dos EUA, Hear Hear! This is Us [trocadilho de “us” = nós com US = United States], que nada mais são do que coletâneas de gravações feitas na Inglaterra.

Continua no próximo post

The Searchers na linha de frente da Invasão britânica crédito: http://ukinvasion.files.wordpress.com/2011/06/searchers-on-brit-beat-boom.jpg

The Searchers na linha de frente da Invasão britânica
crédito: http://ukinvasion.files.wordpress.com/2011/06/searchers-on-brit-beat-boom.jpg

2 Comentários

Arquivado em Biografias, Deep Purple Family Tree, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Mersey Beat Review: The Searchers, parte 1

É uma das mais longevas bandas britânicas, que foi um dos destaques do Mersey Beat, embora não contasse com a administração de Brian Epstein, o empresário que levou os Beatles ao topo. Foi a segunda banda de Liverpool (depois dos Beatles) que emplacou um hit nos EUA. Também é uma das raízes da gigantesca árbore genealógica do Deep Purple. Com vocês, The Searchers.

Tudo começou em 1957 com o advento do Skiffle.  O guitarrista rítmico  John McNally (nascido no dia 30 de agosto de 1941 em Walton, Liverpool, Inglaterra) juntou-se aos amigos Brian Dolan (guitarra líder) eTony West (nascido Anthony West em 1938 em Waterloo, Liverpool, Inglaterra) , baixista, para formar uma banda com um som calcado no Country de Hank Williams, Johnny Cash e Hank Snow. O vocalista ‘Big Ron’ Woodbridge (nascido em 1938 em Liverpool, Inglaterra) e o baterista Joe Kennedy (bateria) completaram o time.

Em 1960, o grupo debandou, menos McNally  e Woodridge que se juntaram ao amigo de infância de McNally, o guitarrista líder e cantor Mike Pender (nascido Michael John Prendergast no dia 3de março de 1942) e eles recrutaram o baixista e cantor Tony Jackson (nascido Anthony Paul Jackson no dia 16 de julho de 1938 no Dingle, Liverpool, Inglaterra) e o batera Joe Kelly. O nome da banda está envolvido em controvérsias. Pender reivindica para si a ideia do nome. Segundo o guitarrista, ele e McNally assistiram ao clássico do faroeste The Searchers (no Brasil, Rastros de Ódio), estrelado por John Wayne e acharam o nome bem sonoro. Segundo McNally, a ideia para o nome da banda partiu do primeiro vocalista Big Ron. 

Nesses primeiros meses de 1960, a banda se apresentou como Tony & The Searchers. Kelly foi substituído por Norman McGrary (nascido em 1º de março de 1942 em Liverpool, Inglaterra) que por sua vez não ficou muito tempo na banda, sendo subsituído por Chris Crummey (nascido Christopher Crummey no dia 26 de agosto de 1941 em Oldham, Lancashire, Inglaterra). Big Ron foi outra baixa na banda, tendo saído se tornar cantor de baile. Para seu lugar, foi chamado Billy Beck (nascido William Beck em 1941 em Liverpool, Inhlaterra), que mudou o nome para Johnny Sandon. Aproveitando a onda, o batera Crummey mudou seu sobrenome para Curtis.

A banda começou a tocar regularmente no Iron Door Club, sob o nome Johnny Sandon & The Searchers. Também tocavam no Cavern Club que tinha os Beatles como residentes. Em 1961, Sandon deixou a banda para tocar com o Remo Four, que tinha um contrato com Brian Epsrein. McNally e Perder decidiram manter a banda como quarteto, tendo Tony Jackson como vocalista principal. No ano seguinte, eles tocaram no Star Club, em Hamburgo, Alemanha e quando voltaram a Liverpool, arrebatados pelo R&B, mudaram o direcionamento da banda, então de levada Country.

Em 1963, com o estouro dos Beatles no Reino Unido, as bandas da cena do Rio Mersey começaram a chamar a atenção dos jovens ingleses e os Searchers estavam entre os principais nomes. Voltando a tocar no Iron Door, eles despertaram o interesse da  gravadora Pye Records. Lá gravaram seu primeiro single Sweets for My Sweet (de Doc Pomus e Mort Shuman, originalmente gravada pelos Drifters)/ It’s All Been a Dream (Chris Curtis). O disco alcançou o primeiro lugar nas paradas britânicas.

Continua no próximo post

Searchers posando para um anúncio do Star Club crédito: acervo de John McNally

Searchers posando para um anúncio do Star Club
crédito: acervo de John McNally

1 comentário

Arquivado em Biografias, Deep Purple Family Tree, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Mersey Beat Review: Swinging Blue Jeans, finale

Em 1963, após o lançamento do single Hippy Hippy Shake, o Swinging Blue Jeans começaram a ter fama em nível nacional. No ano seguinte, fizeram shows na Europa e se tornaram uma das principais bandas da Invasão Britânica aos EUA. Também gravam seus dois únicos álbuns Hippy Hippy ShakeBlue Jeans A Singing. Em 1965, lançam a mais alguns singles e em 1966 o guitarrista Ralph Ellis deixou a banda, sendo substituído por Terry Sylvester (ex-The Escorts). Em 1967, a banda se tornou um quinteto com a entrada do baixista  Mike Gregory, também ex-The Escorts.

Em 1968, tentaram lançar um disco creditado como Ray Ennis & The Blue Jeans, mas falharam feio. Terry Sylvester deixou a banda e foi para os Hollies em substituição a Graham Nash. Para seu lugar, foi chamado Colin Manley (nascido Colin William Manley no dia 16 de abril de 1942 em Liverpool, Inglaterra), que havia tocado no Remo Four, outra banda destacada do Mersey Beat. O batera Norman Kuhlke também saiu, sendo substituído por Kenny Goodlass (ex-The Escorts), deixando Ennis e Les Braid como os únicos membros remanescentes da formação clássica da banda.

Em 1969, lançaram Hey Mrs. Housewife, um single obscuro com o nome The Blue Jeans e em 1970, assinaram com a gravadora Deram Records, mudando o nome da banda para Music Motor. Lançaram um single Happy, que não emplacou. Voltaram a usar o nome que os consagrou e se retiraram da indústria fonográfica, passando a atuar nos circuitos de shows. Mike Gregory deixou a banda em 1972 por motivos familiares e Les Braid voltou para o baixo, fazendo a banda voltar a atuar como quarteto.

Nos idos dos anos 80, depois de contar com o ex-Liverpool Express, John Ryan (nascido no dia 5 de abril de 1953 em Liverpool, Inglaterra) nas baquetas, Phil Thompson (nascido Phillip Thompson no dia 18 de outubro de 1947) em Liverpool, Inglaterra) tornou-se o novo batera da banda. Os SBJ continuaram sua rotina de shows e no dia 9 de abril de 1999, o guitarrista Colin Manley. No dia 31 de julho de  2005, o baixista da formação clássica e membro de longa data Les Braid também faleceu, sendo substituído por Peter Oakman (nascido Peter Andrew Oakman no dia 12 de dezembro de 1943 em Bromborough, Merseyside, Inglaterra).

Em 2010, o líder e único remanescente da formação clássica Ray Ennis anunciou sua aposentadoria e saiu da banda junto com o batera Thompson. Para seus lugares foram chamados Alan Lovell (nascido no dia 5 de janeiro de 1952 em Newtown, País de Gales), ex-New Vaudeville BandGraham Hollingworth. Atualmente, a banda conta com Lovell, Oakman, Hollingworth e o tecladista, cantor e guitarrista Jeff Bannister (nascido Jeffrey Bannister no dia 7 de julho de 1943 em Slough, Berkshire, Inglaterra), mantendo o legado do Swinging Blue Jeans mais vivo do que nunca.

Fontes:

Wikipedia

http://www.swingingbluejeans.co.uk/SBJWeb/SBJ_History.html

http://asithappens.hubpages.com/hub/StorySwinging-Blue-Jeans

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Mersey Beat Review: Swinging Blue Jeans, parte 2

Em 1957, Bruce McCaskill (vocais e guitarra) e Spud Ward (contrabaixo) formaram uma banda de Jazz chamada The Blue Genes, marcada pela constante mudança em sua formação. Ray Ennis (guitarra líder, vocais), Ralph Ellis (guitarra rítmica, vocais), Les Braid (baixo) e Norman Kuhlke (bateria) mais o banjista Tommy Hughes tornaram-se membros mais regulares. Em 1959, McCaskill e Hughes saóram e foram substituídos por John E. Carter e Paul Moss. O primeiro ficou até 1961 e os remanescentes decifitam se manter como quinteto. Em 1962, após tentarem emplacar em Hamburgo sem êxito, a banda mudou a direção e o nome para The Swinging Blue Jeans. Em 1963, assinaram com a HMV Records, gravando seu primeiro single e com a saída do banjista Moss, decidiram continuar como quarteto.

Ainda no ano de 1963, os Swinging Blue Jeans lançaram seu segundo single Do You Know/Angie, que não chegou a emplacar como o anterior. Em seguida, veio o terceiro single seguido, Hippy Hippy Shake/Now I Must Go. A primeira, um cover do rocker chicano Chan Romero e a segunda uma composição de Ray Ennis. Curiosidade: os primeiros a tocar essa música em território britânico foram os Beatles, através do DJ Bob Wooler, em seus programas da BBC. O disco foi um grande sucesso, ficando em segundo lugar nos charts do Reino Unido e aparecendo em 24º nas paradas dos EUA. a partir desse momento, a bandas começou a ficar conhecida em todo o país.

Em 1964, saiu o quarto single, Good Golly Miss Molly (clássico de Little Richard)/ Shakin’ Feelin’ e eles ficaram em 11º lugar na parada britânica e em 24º nos charts norte americanos. Começaram a aparecer em vários programas de televisão da Inglaterra e fizeram turnês através do Reino Unido e Europa, junto com a nata de Liverpool, The Beatles, Gerry & The Pacemakers, The Searchers e The Merseybeats. Também foram uma das principais bandas da Invasão Britãnica aos EUA. O quinto single, You’re No Good (Clint Ballard Jr.)/Don’t You Worry About Me foi outro grande sucesso, ficando com o terceiro posto no Reino Unido. Nesse ano, a banda gravou seu primeiro álbum, Hippy Hippy Shake, que ficou em 90º lugar na parada dos EUA. O disco é em sua maioria, uma compilação dos singles já lançados pelos SBJ.

No mesmo ano, vieram  os single Promise You Tell Her/It’s So Right e It Is’nt There/One of These Days e o segundo álbum Blue Jeans A Singing. Neste álbum a banda faz covers sensacionais de Ol’ Man Mose (Louis Armstrong), que teve uma versão em português, A História de um Homem Mau, interpretada por Roberto Carlos; Save the Last Dance for Me (Drifters), Long Tall Sally (Little Richard), It’s All Over Now (Bobby Womack, Rolling Stones) e Around and Around (Chuck Berry).

Em 1965, a banda lança dos singles  Make Me Know You’re Mine/I’ve Got a GirlCrazy Bout My Baby/Good Lovin’, mas nessa altura, o Mersey Beat já tinha perdido a força e as bandas daquela cena tiveram que optar por seguir a tendência corrente ou terminar. Em 1966, saiu o single Don’t Make Me Over (Bacharach, David)/What Can I Do Today que chegou ao 31º lugar nas paradas britânicas. Ralph Ellis, o guitarrista, cantor e um dos principais compositores dos Swinging Blue Jeans deixou a banda e foi substituído por Terry Sylvester (nascido no dia 8 de aneiro de 1947 em Allerton, Liverpool, Inglaterra), que atuava na banda The Escorts. No mesmo ano, foram lançados o singles Sandy/I’m Gonna Have YouRumours, Gossip, Words Untrue/Now the Summer’s Gone.

Em 1967, o produtor dos SBJ Walter Ridley tentou alavancar a carreira solo do líder Ray Ennis, chamando vários músicos de estúdio e as cantoras Kiki Dee (que se tornaria protegida de Elton John e faria um relativo sucesso nos anos 70) e Madeline Bell (famosa cantora de Soul britânica que tinha feito parte dos Bradford Singers, lançando um singleTremblin /Something’s Coming Along, que acabou sendo lançado com o nome dos Swinging Blue Jeans. A banda volou a ser um quinteto com a entrada do baixista Mike Gregory (nascido Michael Gregory no dia 7 de novembro de 1946 em Liverpool, Inglaterra), que também fora membro do The Escorts. Por conta desse acréscimo no line up, Les Braid (o baixista anterior) assumiu os teclados.

Conclui no próximo post

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll, The Beatles

Mersey Beat Review: Swinging Blue Jeans, parte 1

Como os Beatles, eles também tiveram suas origens ligadas ao Skiffle que explodiu no norte da Inglaterra, mas não tiveram os auspícios de Brian Epstein como empresário. Embora tenham registrado alguns singles em sucedidos, lançaram apenas dois álbuns, mas continuaram se apresentando de maneira ininterrupta até os dias de hoje, após inúmeras alterações em seu line up. Com vocês, The Swinging Blue Jeans.

Corria o ano de 1956 e a molecada alvoroçada de Liverpool, influenciada pelo cantor e banjista Lonnie Donegan, foi formando suas bandas de Skiffle. Foi com esse objetivo em mente que, em 1957,  o guitarrista e cantor Bruce McCaskill (nascido em 15 de janeiro de 1940 em Liverpool, Inglaterra) chamou o contrabaixista Spud Ward (nascido em 2 de novembro de 1940 em Walton, Liverpool, Inglaterra), o vocalista e guitarrista líder Kenneth Metcalf, o guitarrista rítmico Arthur Griffiths e o quase “xará” do guitarrista, Ken Metcalfe (washboard) completando a banda. Ward sugeriu o nome The Blue Genes, inspirado em Gene Vincent & His Blue Caps. No início, foi pensado The Bluejeans, mas descobriram que já havia uma banda com esse nome. 

Spud acabou saindo para reforçar a banda Al Caldwell’s Tornadoes (mais tarde Rory Storm & The Hurricanes) e foi substituído por Jimmy HudsonAconteceram mais algumas mudanças na formação: saíram Metcalf, Metcalfe e Griffiths para as entradas de Ray Ennis (nascido Raymond Vincent Ennis no dia 26 de maio de 1940 e, Huyton, Liverpool, Inglaterra), o batera Norman Kuhlke (nascido no dia 17 de junho de 1942 em Liverpool, Inglaterra) e o guitarrista Ralph Ellis (nascido no dia 8 de março de 1942 em Liverpool, Inglaterra), além do banjista Tommy Hughes, chamado para reforçar o time.

Spud Ward voltou  durante um curto período e acabou indo para a banda Ralph Walters and the Dusty Road Ramblers. Les Braid (nascido no dia 15 de stembro de 1937 em West Derby, Liverpool, Inglaterra) assumiu o posto. No ano seguinte, o vocalista principal McCaskill se desentendeu com a banda e deixou os Blue Genes, seguido por Tommy Hughes, que decidiu sair para servir ao exército. Para as funções vagas, foram chamados o cantor John E. Carter (nascido no dia 21 de maio de 1938 em Liverpool, Inglaterra) e Paul Moss. A banda optou por um repertório mais calcado em Jazz, fazendo shows em clubes do gênero em Liverpool e cercanias.

Em 1961, Carter deixou a banda e se mudou para o Canadá. Os Blue Genes não chamaram um substituto e os guitarristas Ennis e Ellis assumiram os vocais principais, convertendo a banda num quinteto. No ano seguinte, seguiram o caminho que outras bandas conterrâneas seguiram: foram tentar a sorte em Hamburgo, Alemanha. Por seguirem uma linha diferenciada das bandas que haviam se dado bem em Hamburgo, o S Blue Benes foram hosutilizados pelo púlico e teriam encerrado a banda naquele momento, se não tivessem mudado de estilo e foco. Decidiram abraçar o Rock and Roll e mudaram o nome da banda para Swinging Blue Jeans.

Em 1963, graças ao estouro do Beatles, e cena do rio Mersey começou a ser notada e as bandas de Liverpool e Manchester começaram a fazer as coisas acontecerem, encontrando seu espaço. Os Swinging Blue Jeans foram notados por Walter Ridley, um produtor da HMV Records, onde assinaram seu primeiro contrato fonográfico. Gravaram seu primeiro single It’s Too late Now/Think of Me, que chegou ao Top 40 das paradas britãnicas. O banjista Paul Moss resolveu sair e a banda optou por seguir a formação de seus conterrâneos, os Fab 4, estabilizando-se como um quarteto.

Continua no próximo post

Blue Genes: os primórdios dos SBJ crédito: Nick Crouch

Blue Genes (1957): os primórdios dos SBJ
foto: Nick Crouch

Deixe um comentário

Arquivado em Aniversariantes, Biografias, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll, Sem categoria, The Beatles

Mersey Beat Review: The Tremeloes, parte 1

Eles são uma das mais longevas bandas da Inglaterra e também tiveram origem no Skiffle do fim da década de 50, também fazendo parte do Mersey Beat. Eles venceram os Beatles na preferência da Decca Records e primeiramente atuaram como “banda de apoio” do cantor Brian Poole, fazendo mais sucesso quando se desligaram dele, deixando seu nome entre as mais importantes bandas britânicas dos anos 60. Vamos falar sobre The Tremeloes.

Em 1958, o batera/cantor Dave Munden (nascido David Munden no dia 2 de dezembro de 1943 em Dagenham, Essex, Inglaterra) formou uma banda com o cantor Brian Poole (nascido em 3 de novembro de 1941 em Barking, Essex, Inglaterra) e convidou o guitarrista e cantor Alan Blakley (nascido no dia 1º de abril de 1942 em Dagenham, Essex, Inglaterra) para fazer parte. Com a entrada do baixista Alan Howard (nascido em 17 de outibro de 1941 em Dagenham, Essex, Inglaterra) e do guitarrista líder Graham Scott, eles fizeram alguns shows nos arredores de Dagenham. O nome da banda era The Tremoloes (famoso efeito de amplificador) e um jornal, erroneamente, grafou o nome com “e” deixando-os como Tremeloes. A banda decidiu manter o nome, pois gostaram da sonoridade. Fizeram testes para se apresentar na BBC londrina, mas fizeram mais sucesso tocando nos acampamentos de verão de Butlins.

Em 1961,  Graham Scott não queria mais tocar na banda e eles chamaram um amigo em comum, Rick West (nascido Richard Westwood em 7 de maio de 1943 em Dagenham, Essex, Inglaterra), um talentoso guitarrista que atuava na banda Tony Rivers and The Castaways. Scott concordou em tomar o lugar de Rick em sua banda original e este sentiu-se livre para fechar com os camaradas. No comecinho de 1962, eles conseguiram, graças a um conhecido, um teste na Decca Records londrina. Ao mesmo tempo, uma jovem banda de Liverpool, chamada The Beatles, também participaram de uma audição promovida pelo diretor de A&R da gravadora Mike Smith. Essa parte da história todo mundo conhece de cor e salteado: os Beatles foram rejeitados e os Tremeloes abocanharam um contrato de gravação. Segundo Smith, a banda de Essex tinha mais potencial comercial do que os garotos de Liverpool.

Nesse ano, a banda foi renomeada como Brian Poole & The Tremeloes, o que era uma praxe entre as bandas de Londres na época, ou seja, o nome do vocalista principal figurava como centro da banda. Seu début fonográfico se deu com o single Twist Little Sister (Keith Nylene, Tommy Harbrook), vindo em seguida  Blue (Favilla, Renis, Altman, Mogol). Em 1963, lançaram os singles A Very Good Year For Girls (Fred Tobias, Clint Ballard Jr.) e Keep on Dancing (Brian Poole, Alan Blakley, Mike Smith). Essas primeiras gravações da banda não conseguiram o sucesso almejado.

Foi só em julho de 1963 que eles começaram a entrar em evidência ao lançar um single com o cover de Twist and Shout (Bert Russell, Phil Medley), popularizada primeiramente com os Isley Brothers, que, coincidentemente, figurou no primeiro álbum dos Beatles, lançado em março daquele ano. Contando com  disco ficou em 4º lugar nos charts britânicos. No mesmo ano, eles conseguiram liderar as paradas britânicas com sua sensacional versão do cover de Do You Love Me? (Berry Gordy), original do The Contours. Foi a primeira música deles a figurar nos charts da Austrália, chegando ao 19º posto local. Também lançaram o single I Can Dance (Martin Simpson), que ficou em 31º lugar no Reino Unido (24º na parada australiana).

Em 1964, continuaram alternando altos e baixos nos singles Candy Man (Roy Orbison), 6º lugar no Reino Unido (18º na Austrália); Someone Someone (Norman Petty, Howard Greines), primeiríssimo lugar nos charts britânicos (17º na Austrália) e Twelve Steps to Love (Terrence Lowly), 32º na parada britânica (84º na Austrália). Em 1965, saíram os singles The Three Bells (Jean Villard Gilles, Marc Herrand, Bert Reisfeld), 17º lugar no Reino Unido (29º na Austrália); After a While (Chris Stomsworth) não figurou em nenhum chart; I Want Candy (Bert Berns, Bob Feldman, Gerald Goldstein, Richard Gottehrer), ficou em 25º na parada britanica (81º na Austrália) e Good Lovin’ (Rudy Clark, Arthur Resnick), original dos Rascals, que passou longe do chart britânico e ficou com a 98ª posição na Austrália.

Continua no próximo post

No início, Brian Poole & The Tremeloes crédito: http://static.skynetblogs.be/media/4087/4176339879.jpg

No início, Brian Poole & The Tremeloes
Crédito: http://static.skynetblogs.be/media/4087/4176339879.jpg

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Mersey Beat Review: The Fourmost

Começamos aqui uma nova seção no nosso Musical Review dedicada ao Mersey Beat, uma das principais cenas do Rock Britânico, uma das frentes da Segunda Onda do Rock and Roll que levou á vitoriosa Invasão Britânica. Esse movimento musical de Liverpool e adjacências recebeu esse nome em homenagem ao jornal Mersey Beat (ritmo/batida do Rio Mersey), criado pelo jovem jornalista Bill Harry, que estudou com John Lennon no Art College. Bill usou a publicação para fazer um verdadeiro painel das bandas que começaram a ganhar visibilidade no Reino Unido a partir do estouro do single Please Please Me dos Beatles. Para começar, vamos falar de The Fourmost, banda que gravou material composto por Lennon & McCartney e que era uma das apadrinhadas pelo empresário Brian Epstein.

Tudo começou em 1957 quando os guitarristas e cantores Brian O’Hara (nascido no dia 12 de março de 1941) e Joey Bower (nascido Joseph Bower no dia 17 de novembro de 1939), ambos nascidos e criados no Dingle, bairro mais proletário de Liverpool, Inglaterra), dois amigos e colegas de escola formaram o duo de Skiffle The Two Jays. Com a entrada do baixista e vocalista Billy Hatton e do baterista Brian Redman (nascido no dia 21 de junho de 1941 em Huyton, Liverpool, Inglaterra) em 1959, o nome foi alterado para The Four Jays. Em 1961, eles fizeram seu début no Cavern Club e houve outra alteração no line up: saíram Joey Bower e Brian Redman para as entradas do ex-Undertakers Mike Millward (nascido Michael Millward no dia 9 de maio de 1942 em Bromborough, Cheshire, Inglaterra) e Dave Lovelady (nascido David Lovelady no dia 16 de outubro de 1942 em Litherland, Liverpool, Inglaterra).

Em 1962, o nome da banda foi mudado para The Four Mosts e finalmente The Fourmost e eles começaram a aparecer em gigs pela cidade e arredores. Também costumavam ser citados pelo jornal de Bill Harry. No início de 1963, houve um interesse nacional pelos jovens músicos de Liverpool e o Mersey Beat tornou-se uma tendência. Em junho de 1963, assinaram um contrato com Brian Epstein, o empresário que impulsionou a carreira dos Beatles e tiveram acesso às composições exclusivas de Lennon & McCartney, feitas para atender ao repertório das bandas emergentes que estavam no cast de Brian. Em setembro de 1963, gravaram seu primeiro single com Hello Little Girl (canção escrita por John Lennon em 1957, que tinha sido aproveitada no teste fracassado na Decca Records)., que tinha no lado B a música Just In Case. O disco teve uma boa colocação nos charts britânicos ficando em 9º lugar. Em novembro, gravaram seu segundo single com uma composição da lavra de Lennon & McCartney, I’m In Love (lado B Respectable). Esta ficou em 17º nas paradas do Reino Unido.

Em 1964, os Fourmost gravaram aquele que é considerado seu maior sucesso na carreira, o single A Little Loving (Russ Alquist)/Waiting for You que ficou em 6º lugar nos charts. Isso garantiu à banda aparições em programas de TV e shows junto com outras bandas empresariadas por Brian Epstein. Apesar de terem gravado mais alguns bons singles como How Can I Tell Her/You Got that Way, Baby I Need Your Loving (cover dos Four Tops)/That’s Only What They Say, Everything in the Garden/He Could Never e Girls Girls Girls (cover dos Coasters que Elvis Presley também fez versão)/ Why do Fools Fall in Love (cover de Frankie Lymon & The Teenagers)  eles não conseguiram emplacar mais nenhum hit nas paradas. 

Em 1965, saiu seu primeiro e único álbum, The First and the Fourmost, com um repertório composto por covers  como Yakety Yak (Coasters), The Girl Can’t Help It (Little Richard), The In-Crowd (Dobie Gray), Some Kind of Wonderful (Drifters) e Sure to Fall (In Love with You) de Carl Perkins. Em 1966, eles gravaram mais uma música de Lennon & McCartney, o clássico dos Fab 4 Here, There and Everywhere (com You’ve Changed no lado B). No mesmo ano saiu o single Auntie Maggies Remedy (cover de George Formby)/ Turn The Lights Down. A banda sofreu uma baixa com o falecimento do guitarrista Mike Millward em 7 de março de 1966, vítima de leucemia. para seu lugar, foi recrutado Joey Bowers, exatamente quem havia sido substituído poe Millward nos primórdios da banda. Em 1968 e 1969, gravaram os singles derradeiros da banda, Apples Peaches Pumpkin Pie / He Could NeverRosetta – música sugerida pelo amigo Beatle Paul McCartney, que participa da faixa tocando piano)/ Just Like Before. 

Em meados da década de 70, Bowers, Hatton e Lovelady saíram do Fourmost, cabendo ao único remanescente da formação original, Brian O’Hara, formar outro line up, que contou com o guitarrista Bill Haiseman como membro mais constante da banda nos anos 70. Brian saiu da banda no início da década de 80, cabendo a Bill o legado do Fourmost. Tristemente, Brian O’Hara se suicidou em 27 de junho de 1999. Após inúmeras mudanças e a saída de Bill Haiseman, o Fourmost continua na ativa, contando com o seguinte line up: Lee Clarkson (baixo, vocais), Kevin Clarkson (bateria, vocais), Colin Walsh (guitarra líder, vocais) e Alex Leyland (guitarra rítmica, vocais).

Fontes:

Wikipedia

http://www.thefourmost.co.uk/#/history/4532382692

http://www.merseybeatnostalgia.co.uk/html/the_fourmost.html

 

The_Fourmost

The Fourmost em 1963…

 

TheFourmost

…e em 2013, 50 anos de atividade

 

1 comentário

Arquivado em Biografias, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll, The Beatles