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Grandes Nomes do Rock: The Hollies, parte 5

Em 1967, os Hollies lançaram o álbum Butterfly, que foi um fracasso nas paradas e decidirram seguir numa vertente mais pop, diferente da direção mais psicodélica que algumas bandas britânicas adotaram à época. Graham Nash não gostou dessa postura e a crise interna começou a se instaurar quando uma composição de sua lavra, Marrakesh Express foi rejeitada pelos gestores da banda para figurar no próximo álbum. Para minimizar um pouco as coisas, a banda começou a gravar um repertório calcado em composições de Bob Dylan. Lançaram o single Jennifer Eccles, que colocou os Hollies na lista dos 10 mais do Reino Unido ainda que não tenha tido boa receptividade nos EUA. O single Blowin’ the Wind, uma prévia do que eles estavam fazendo foi muito mal nos charts. Veio o single Listen to Me, que foi a última colaboração de Nash para os Hollies. Ele saiu em dezembro de 1968 e formou o supergrupo Crosby, Stills & Nash. Terry Sylvester (ex-Swinging Blue Jeans foi recrutado para seu lugar.

Em fevereiro de 1969, saiu o single Sorry Suzanne (Stephens, Macaulay)/ Not That Way At All (Clarke), a estreia da nova formação da banda. O disco ficou em 3º lugar nos charts britânicos e em 56º na Billboard. Em maio foi lançado o álbum Hollies Sing Dylan, produção de Ron Richards e como o nome diz, é repleto de composições do bardo Bob Dylan. Nash chegou a pariticpar do processo de escolha, mas saiu antes do projeto começar a ser engrenado. Os destaques do álbum são My Back Pages, Just Like a Woman, All I Really Want to Do e The Times They Are-a Changing. O disco não chegou aos charts.

Em setembro, saiu o single He Ain’t Heavy, He’s My Brother (Bob Russell, Bobby Scott)/‘Cos You Like To Love Me (Hicks). A música do lado A, com sua mensagem de ativismo social, é considerada uma das mais bem sucedidas da história da banda, convertendo-se num clássico da música contemporânea. Chegou ao primeiríssimo posto das paradas britânicas (certificação Prata) e ficou no cobiçado Top 10 da Billboard (7º lugar nos charts). Contou com a participação especial de Elton John no piano. Em novembro, saiu o álbum Hollies Sing Hollies, com músicas de autoria própria, a maioria assinada pelo trio central Clarke, Sylvester & Hicks, com destaque para Why Didn’ You Believe?, Please Sign Your Letters, Do You Believe in Love e Reflections of a Time Long Past, a estréia do baixista Bernie Calvert como compositor solo.

Em abril de 1970, foi lançado o single I Can’t Tell  the Bottom From the Top (Fletcher, Flett)/Mad Professor Blyth (Clarke). A música do lado A contou com Elton John novamente no piano a exemplo do single anterior. O disco chegou ao 7º lugar das paradas britânicas e ficou na 82ª colocação nos charts dos EUA. O single seguinte, Too Young To Be Married não chegou aos charts britânicos e norte americanos mas fez bonito na Austrália e Nova Zelândia, ficando em primeiro lugar. Em setembro de 1970, saiu o single Gasoline Alley Bred (R. Cook – A. Greenaway – T. Macaulay)/Dandelion Wine (Hicks) que ficou em 14º lugar nas paradas do Reino Unido. Em novembro, saiu o álbum Confessions of the Mind, mantendo a mesma estética do álbum anterior com repertório próprio da banda como Man Without a Heart (Clarke, Sylverter, Hicks), Confessions of the Mind (Hicks), I Wanna Shout (Clarke, Sylvester) e até uma composição de Clarke e Hicks com o velho parceiro Graham Nash, Survival of the Fittest.

Em maio de 1971, foi lançado o single Hey Willy (Clarke, Greenaway, Cook)/ Row The Boat Together (Clarke) que chegou ao 22º lugar nas paradas britânicas e 110º posto nos EUA. O single The Baby ficou em 26º lugar e não chegou aso charts norte americanos. Em outubro de 1971, aiu o álbum Distant Light, com prodição da banda em conjunto com Ron Richards, com a maioria das músicas compostas por Tony Hicks em parceria com o famoso cantor afro-britânico Kenny Lynch [curiosidade: Lynch foi o primeiro intérprete de uma música de Lennon & McCartney fora os Beatles]. Músicas como What A Life I’ve LedTo Do With Love dividem espaço com o clássico dos Hollies Long Cool Woman in a Black Dress  (Clarke, Greenaway, Cook) e Pull Down the Blind (Sylvester). O disco, último trabalho na Parlophone, foi um fracasso comercial.

Para piorar a situação, o frontman e cantor Allan Clarke, a exemplo do que aconteceram com o amigo Graham Nash anos antes, andava descontente com a banda no tocante ao material dos discos e começou a bater de frente com Ron Richards, empresário dos Hollies. Vendo o grande sucesso do ex-Holly no Crosby, Stills & Nash, Clarke resolveu que era chegada a hora de deixar a banda que fundara uns quase dez anos antes e tentar a sorte numa carreira individual.

A formação dos Hollies a partir de 1970

A formação dos Hollies a partir de 1970

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Grandes Nomes do Rock: The Hollies, parte 4

Em 1966, os Hollies lançaram o single I Can’t Let Go e seu quarto álbum Would You Believe? Depois de alguns entreveros entre os músicos e seus gestores, o baixista Eric Haydock saiu da banda. A banda gravou a face A do single After the Fox para a trolha sonora do filme homônimo, contando com o baixista Jack Bruce (à época, membro da Graham Bond Organisation) no baixo. Allan Clarke, Graham Nash e Tony Hicks foram chamados como músicos de apoio para o álbum dos Everly Brothers em seu álbum Two Yanks in England. O baixista Bernie Calvert, que tocou com Tony Hicks e Bobby Elliott nos Dolphins foi admitido na banda e gravou com eles seu clássico Bus Stop. Lançaram o álbum For Certain Because. Em 1967, lançaram os singles On a Carrousel, Carry Ann e King Midas in Reverse, além do álbum Evolution, que saiu ao mesmo tempo que Sgt. Pepper’s dos Beatles.

Nesse ano, os Hollies ainda lançaram o álbum Butterfly, produzido por Ron Richards onde as composições do trio central eram acrescidas por músicas compostas apenas por Graham Nash, Allan Clarke e Tony Hicks. Destacam-se nesse disco, as músicas Dear Eloise (Clarke, Nash, Hicks), Away Away Away (Nash), Would You Believe? (Clarke), Try It (Clarke, Nash) e Butterfly (Nash). O disco foi lançado nos EUA com o título Dear Eloise/King Midas In Reverse (essa última música havoa saído em single na Inglaterra). O disco não chegou aos charts e ficou em 50º lugar nas paradas norte americanas.

Em 1968, as bandas inglesas já estavam totalmente no espírito lisérgico da época, compondo material experimental e promovendo o advento do Folk Rock britânico. Os Hollies foram na contramão e seguiram na direção do Pop, para desagrado de Graham Nash. O líder dos Hollies já andava descontente com o fracasso de King Midas nas paradas e pelo fato de uma composição de sua lavra, Marrakesh Express ter sido rejeitada para figurar no álbum. Ele começou a entrar em rota de colisão com o empresário Ron Richards, favorável à direção pop que a banda tomou. A  composição de Nash acabou sendo lançada posteriormente pelo Crosby, Stills & Nash. A banda começou a gravar covers de Bob Dylan para seu próximo disco.

Nesse ano, saiu o single Jennifer Eccles (Clarke, Nash)/Open Up Your Eyes (Clarke, Nash, Hicks) que teve uma boa colocação dos charts britânicos (7º lugar), mas ficou no 40º posto nos EUA; o single Blowin’ The Wind de Dylan (primeiro cover gravado pela banda desde Bus Stop) teve um desempenho pífio, ficando em 8º nas paradas da Holanda. Foi lançada a primeira coletânea da banda, Hollies Greatest e o single Listen to Me (Tony Hazzard)/The Best You Can (Clarke, Nash, Hicks). A música do lado A contou com a especialíssima participação do pianista Nicky Hopkins.

Essa mostrou ser a derradeira colaboração de Graham Nash nos Hollies e ele deixou a banda, mudando-se para Los Angeles nos EUA. Certa feita, o amigo David Crisby o chamou para fazerem umas jams na casa do então ex-Monkee Peter Tork e foi apresentado ao guitarrista e cantor Stephen Stills (ex-Buffalo Springfield). Naqueles dias, o trio descobriu afinidades musicais e fizeram nascer o supergrupo Crosby, Stills & Nash (que depois contou com a adesão de Neil Young). Vamos falar dessa fantástica banda num post futuro. Stay tuned!

A saída de Nash parecia marcar o fim dos Hollies, pois ele era o cabeça da banda, mas seus colegas decidiram continuar em frente. A primeira ação foi arrumar um substituto, que acabou surgindo na figura de Terry Sylvester (nascido Terence Sylvester no dia 8 de janeiro de 1947 em Allerton, Liverpool, Inglaterra), que havia feito parte do The Escorts e no momento estava tocando com os  Swinging Blue Jeans. Começava uma nova era para a banda.

Jennifer Eccles: um dos últimos atos do líder Graham Nash nos Hollies

Jennifer Eccles: um dos últimos atos do líder Graham Nash nos Hollies

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Grandes Nomes do Rock: The Yardbirds, parte 3

Em 1965, os Yardbirds já tinha fama no circuito blueseiro da Swinging London e foram chamados pelo lendário Sonny Boy Williamson II para uma turnê na Inglaterra e na Alemanha. Gravaram o single For Your Love, que foi o ápice da carreira discográfica da banda e cujo nome batizou o segundo álbum. O guitarrista Eric Clapton, um purista do Blues na época não gostou da música, em sua opinião, muito “pop” e deixou os Yardbirds, recomendando o promissor guitarrista de estúdio Jimmy Page para seu lugar. Este acabou declinando do convite mas sugeriu seu amigo Jeff Beck. A banda fez alguns shows com o novo guitarrista e começou a gravar seu novo álbum Having a Rave Up With The Yardbirds. Fizeram sua primeira turnê nos EUA e no final do ano, saiu o álbum Sonny Boy Williamson & The Yardbirds, gravação do show feito no Crawdaddy no final de 1963.

Em 1966, os Yardbirds começaram a seguir a tendência da época, utilizando experimentalismos e deixando o Blues em segundo plano. Fizeram mais uma turnê pelos EUA e pela Europa, tendo inclusive participado do famoso Festival de San Remo na Itália tocando a música Paf…Bum! do escritor e cantor Lucio Dalla. Em junho, saiu o álbum Roger The Engineer, produzido pelo baixista Paul Samwell-Smith junto com Simon Napier Bell, o novo empresário da banda, com músicas totalmente escritas pelos membros da banda (Beck/Relf/Dreja/Samwell-Smith/McCarty), onde se destacam a instrumental Jeff’s Boogie (inspirada em Guitar Boogie de Chuck Berry e com passagens de Alfie de Bacharach & David e a tradicional Mary Had a Little Lamb), The Nazz Are Blue (um dos raros registros de Jeff Beck como vocalista), entre outras. Esse foi o último trabalho de Paul Samwell- Smith como um Yardbird. Ele deixou a banda para se tornar produtor fonográfico.

Beck gravou em maio de 1966, sem a banda, seu clássico Beck’s Bolero (Jimmy Page), baseado no Bolero de Maurice Ravel. A sessão contou com um super-time de músicos: Jimmy Page (guitarra líder), John Paul Jones (baixo), Nicky Hopkins (piano) e Keith Moon do The Who (bateria). Foi nessa o ocasião que o batera fez o célebre comentário: “O som da banda soa igual a um zepelim de chumbo”. Esse trabalho só foi lançado no ano seguinte quando Beck já não estava mais nos Yardbirds. Nesse ano, Keith Relf dois singles solo com as músicas Mr. Zero (Bob Lind)/Knowing (Relf) e Shapes of My Mind (Relf)/Blue Sands (Relf).

Para a vaga deixada por Samwell-Smith, a banda contou com Jimmy Page, que havia sido cogitado para a vaga de Eric Clapton uns anos antes. Page aceitou atuar como baixista até que o guitarrista Chris Dreja aprendesse a tocar o baixo. A estréia da explosiva dobradinha das seis cordas aconteceu no single Happenings Ten Years Time Ago (Beck/Relf/Dreja/Page/McCarty), onde os dois mestres da guitarra fazem um senhor duelo dos instrumentos, contando com John Paul Jones no baixo. No lado B (da versão britânica do disco), figurou a composição Psycho Daisies, este com Beck na guitarra solo e Page no baixo. Na versão norte americana o lado B foi The Nazz Are Blue do álbum Roger The Engineer.

As expectativas quanto a ter dois guitarristas solo do calibre de Beck e Page numa mesma banda eram enormes e quem viu os shows da banda naquele ano foi testemunha ocular da história. Infelizmente, nada foi registrado e as performances da dupla se resumiram ao single citado acima, além de I’m Waiting for the Man (Lou Reed), um cover do Velvet Underground, Over Under Sideways Down (cujo riff inicial foi usado num comercial de milk shake) e Stroll On (uma releitura de Train Kept-a Rolling de Johny Burnette) durante a participação da banda no filme Blow Up (No Brasil, Blow Up – Depois Daquele Beijo) de Michelangelo Antonioni, que pretendia chamar o The Who, que declinou do convite e o Velvet Underground, que não conseguiu um visto para trabalhar na Inglaterra. O cineasta pediu a Jeff Beck que, ao final da execução da música, quebrasse a guitarra, ao melhor estilo de Pete Tonwshend. Claro que o guitarrista jamais faria isso com sua guitarra favorita. Comprou uma Hoffner alemã bem baratinha e a coitada foi a vítima da, digamos, violência musical.

Infelizmente, o festejado duo de guitarras solo “subiu no telhado”, após uns problemas de saúde enfrentados por Beck e por alguns desentendimentos dele com os colegas de banda, que acabou ocasionando sua saída intempestiva  dos Yardbirds.

YARDBIRDS

Yardbirds: a efêmera fase Page-Beck

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Deep Purple, parte 1: Roundabout

Foi com muito pesar que recebi a a notícia da morte de Jon Lord, tecladista e compositor do Deep Purple, uma grande banda que ultrapassou os 40 anos de existência, definindo o hard Rock que tomaria conta do planeta nas décadas seguintes. Não é por acaso que eles são considerados um dos pilares da Santa Trindade do Metal. Começa aqui a biografia do Deep Purple.

Tudo começou em 1967, quando Chris Curtis (nascido Christopher Crummy no dia 26 de agosto de 1941 em Oldham, Lancashire, Inglaterra), ex-baterista dos Searchers, uma das mais conhecidas bandas da cena do Mersey Beat em Liverpool, teve uma grande ideia para um projeto: Roundabout, uma superbanda onde haveria um rodízio de músicos em torno dele, como se fosse uma rotatória musical [N. Ed. em algumas traduções é carrossel]. Entrou em contato com o produtor Tony Edwards (1932-2010) que gostou da proposta. Para financiar a empreitada, Edwards contou com seus sócios John Coletta e Ron Hire, com quem tinha a firma HEC Enterprises.

O primeiro músico a ser contatado foi o tecladista Jon Lord (nascido Jonathan Douglas Lord no dia 9 de junho de 1941 em Leicester, Inglaterra), que havia feito nome na cena londrina tocando com a banda The Artwoods (que tinha como vocalista Art Wood, irmão do futuro guitarrista dos Rolling Stones Ronnie Wood) e também em estúdio (ele foi creditado como músico de apoio no clássico You Really Got Me dos Kinks, embora ainda haja um agrande controvérsia quanto a isso). Quando a banda quis mudar o nome para Saint Valentine’s Day Massacre, aproveitando a onda de filmes de gângster que se alastrou pela Inglaterra, somando-se o fato de que o disco da [nova] banda tinha sido um grande fracasso comercial, Jon Lord saiu e formou a banda de curta duração Santa Barbara Machine Head, que contava com o jovem Ronnie Wood na guitarra. Nesse ínterim, Lord foi recrutado pelos Flowerpot Men para uma série de shows, mas o emprego teve duração efêmera.

Lord dividia um apartamento com Curtis nessa época e durante uma festa, o batera contou sobre o projeto e apresentou Tony Edwards a ele. Lord achou interessante a proposta e fechou com o Roundabout. Para fechar a formação (bateria+teclados+guitarra), Jon sugeriu que chamassem o jovem guitarrista Ritchie Blackmore (nascido Richard Hughes Blackmore no dia 14 de abril de 1945 em Weston-super-Mare, Somerset, Inglaterra). Ele já tinha estabelecido fama como excelente músico de estúdio, além de ter tocado nas bandas The Outlaws, Screamin’ Lord Sutch & The Savages e Neil Christian’s Crusaders. Naquele momento, ele estava morando em Hamburgo, Alemanha com a namorada e foi persuadido a abraçar o projeto.

Quando estava tudo pronto para o début do Roundabout, a surpresa: Chris Curtis havia desaparecido! Talvez tenha desistido em favor de seu notório espírito errático. Num primeiro momento, pensaram em cancelar tudo, mas Edwards, Lord e Blackmore decidiram abandonar o conceito inicial de rodízio e formar uma banda convencional. Para o baixo, Lord chamou seu velho amigo e ex-colega de Flowerpot Men Nick Simper (nascido Nicholas John Simper no dia 3 de novembro de 1945 em Norwood Green, Southall, Middlesex, Inglaterra), que havia tocado na última formação da lendária banda Johnny Kidd & The Pirates, que acabou após a morte trágica de seu vocalista num acidente de carro. Depois disso, Simper foi tocar nos Flowerpot Men, onde reencontrou o amigo Lord. Também chegou a tocar na banda de Screamin’ Lord Sutch, onde conheceu Blackmore. Para os vocais, chamaram para um teste o cantor Rod Evans (nascido Roderick Evans no dia 19 de janeiro de 1947 em Slough, Berkshire, Inglaterra), que era vocalista da banda The Maze. Evans, acabou levando consigo o amigo e colega de banda Ian Paice (nascido Ian Anderson Paice no dia 29 de junho de 1948 em Nottingham, Inglaterra), onde tocava bateria. A princípio, Paice foi para dar apoio moral a Evans, mas acabou fazendo um teste também. Resultado: os dois abocanharam as vagas finais da banda.

O batera Chris Curtis: idealizador do Roundabout

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Datas Marcantes: 13 de julho de 1985

Olá de novo, queridos leitores. Depois de quase dois meses sem postar aqui no Musical Review, estou de volta! E vamos falar sobre o Dia Mundial do Rock. O Rock and Roll revolucionou o século XX em diversas áreas do conhecimento e da cultura. Nada mais justo do que dedciar a ele uma data especial. O dia escolhido foi special em muitos sentidos., conforme o texto a seguir.

Existem inúmeras datas que poderiam ser pensadas como “aniversário” do bom e velho Rock and Roll, mas decidiu-se pelo dia 13 de julho. O que aconteceu nesse dia? O Live Aid, um dos maiores eventos musicais em prol de uma causa social de todos os tempos. Claro que já houve concertos beneficentes antes como o Concerto para Bangla Desh, organizado por George Harrison em 1971 e o Concerto para o Camboja em 1980, capitaneado pelo também ex-Beatle Paul McCartney. Mas o Live Aid entrou para a história por diversas razões.

No final do ano de 1984, o cantor Bob Geldof (Boomtown Rats) havia reunido diversos artistas britânicos e irlandeses como Paul McCartney, U2, Boy George, Paul Young, Ultravox e Duran Duran, entre outros, para gravação de um disco em prol das vítimas da fome na Etiópia. Do They Know It’s Christmas foi um grande sucesso e Geldof pretendia fazer um megaconcerto via satélite que acontecesse simultaneamente na Inglaterra, nos EUA e em algumas partes do planeta.Muitos músicos compraram a a ideia e confirmaram sua presença no evento.

O Live Aid teve lugar no dia 13 de julho de 1985 em palcos no lendário estádio de Wembley em Londres e no JFK Stadium na Filadélfia, além de locais no Japão e Austrália. Além de lendas da música dos dois lados do Atlântico, como os citados acima junto com Queen, The Who, Bob Dylan, Crosby, Stills, Nash & Young, Santana, Phil Collins, Four Tops, Rolling Stones, Madonna, David Bowie, INXS, Cliff Richard, Tina Turner, Teddy Pendergrass e Ashford & Simpson, os espectadores do evento viram a reunião de dois dinossauros, especialemente para a ocasião: o Black Sabbath, em sua formação original e o Led Zeppelin (com Phil Collins no lugar do falecido John Bonham). Pode-se dizer que foi um show como nenhum outro, tendo arrecadado o valor de £ 100.000.000 (cem milhões de libras esterlinas), ou seja mais de 283 milhões de dólares e foi vistou por cerac de 1 bilhão de pessoas, mauo audiência televisiva de um show de Rock na história.

Os músicos norte americanos criaram outro projeto de ajuda à Etiópia que também acabou fazendo história, o USA For Africa, que contou com feras como Lionel Ritchie, Michael Jackson, Diana Ross, Ray Charles, Stevie Wonder, Bruce Springsteen, Kim Carnes, Al Jarreau, Huey Lewis & The News, James Ingram, Hall & Oates, Kenny Rogers, Cindy Lauper, Dionne Warwick, Journey, Billy Joel, Willie Nelson, entre muitos outros.

Em 1989, 2004 e 2005, Geldof organizou outros eventos de vulto como o Live Aid’89, o Live Aid 2004 e o Live 8, com novas versões da música que mobilizou roqueiros e todo o planeta na ajuda ao próximo. Por seu gesto, ele foi nomeado cavaleiro do Império Britânico e indicado ao Prêmio Nobel. E o Rock and Roll ganhou uma data que é comemorada desde então.

Para terminar, tenham todos um FELIZ DIA DO ROCK! ROCK AND ROLL WILL NEVER DIE!

Band Aid: O Rock em favor da vida

Fonte:

Wikipedia

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Lendas do Rock: Roy Orbison, finale

A carreira de Roy começou a declinar e seus três álbuns lançados em 1967, Roy Orbison Sings Don Gibson, The Fastest Guitar Alive (trilha sonora do filme) e Cry Softly Only One foram muito mal em vendas e nem entraram nas paradas. Este último tinha como destaque músicas como She, Communication Breakdown e It Takes One. No ano seguinte, uma nova tragédia se abateu sobre Roy. Seus dois filhos mais velhos com Claudette, Roy Dwayne e Anthony King morreram num incêndio, enquanto cantor fazia uma turnê pela Inglaterra. O caçula Wesley se salvou e Roy o deixou com seus parentes. A dor dele começou a ser aplacada quando conheceu a adolescente de origem alemã, Barbara Jakobs, que veio a se tornar a nova sra. Orbison em 1969, ano em que gravou o álbum Roy Orbison’ Many Moods, com destaque para Truly Truly True, Yesterday’s Child, Try to Remember (de autoria de Tom Jones) e sua versão para o clássico Unchained Memory.

Em 1970, lançou um álbum dedicado a canções de Hank Williams (Hank Williams The Roy Orbison Way), a exemplo do que tinha feito três anos antes com o repertório de Don Gibson. Ali, destacam-se as músicas Jambalaya, Your Cheatin’ Heart, You Win Again e I’m So Lonesome I Could Cry, grandes clássicos do Rei do Country. Gravou e lançou também o álbum The Big O pela London Records, feito na Inglaterra. O disco é recheado de covers como Break My Mind (John P. Laudermilk), Help Me Rhonda (Beach Boys), Only You (The Platters), Money (That’ What I Want) (Beatles e Barrett Strong) e The Land of a Thousand Dances (Chris Kenner), além de Penny Arcade (Sammy King), que ficou em 27º lugar nos charts e uma composição própria, Down the Line. Nesse ano nasceu seu primeiro filho com Barbara, Roy Kelton Orbison.

Os anos 70 foram de extrema obscuridade em sua carreira e a única alegria foi o nascimento de seu filho caçula Alexander Orbison em 1975. Passou por sérios problemas financeiros e de saúde. Sofreu uma arriscada cirurgia no coração em 1979 e quase morreu por conta de uma úlcera duodenal, um problema que o afligiu na adolescência. Em 1980, Barbara se tornou sua empresária e podutora executiva e foi à luta. Nesse ano, ele recebeu um Grammy pelo dueto com Emmylou Harris em That Lovin’ You Fellin’ Again do filme Roadie. Fez uma turnê pela Bulgária e ficou surpreso com a acolhida de seus fãs naquele país. Lentamente, Big O começou a ser descoberto pela geração oitentista. Em 1985, reuniu-se aos velhos amigos Jerry Lee Lewis, Carl Perkins e Johnny Cash no álbum Class of ’55. No ano seguinte, seu clássico In Dreams fez parte da trilha sonora do filme Blue Velvet.

O ano de 1987 marcou o reencontro de Roy com o sucesso. Assinou contrato com a gravadora Virgin Records, onde regravou praticamente todo seu acervo de composições, onde boa parte resultou no álbum In Dreams, um sucesso arrebatador. Nesse ano, foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame e na cerimônia tocou Oh Pretty Woman com seu pupilo Bruce Springsteen. Em 1988, Fez um dueto com a cantora k.d. lang (é escrito assim mesmo minúsculo) interpretando seu clássico Crying, que foi um grande sucesso.

Fez o especial de TV Roy Orbison and Friends, A Black and White Night, onde contou com Bruce Springsteen, Tom Waits, Elvis Costello, Jackson Browne, J.D. Souther, Steven Soles, k.d. lang, Jennifer Warnes e Bonnie Raitt. Juntou-se a seus pupilos e amigos George Harrison, Bob Dylan, Tom Petty e Jeff Lynne no supergrupo The Travelling Wilburys, onde atendia pelo nome de Lefty Wilbury. No disco gravado pela banda, Roy fez duetos inesquecíveis como Handle With Care, Not Alone Anymore e End of the Line. Além disso, entrou em estúdio para prepara um novo álbum. Muita gente acreditava que este era o retorno triunfal de Big O ao estrelato. Infelizmente, o nosso querido herói não teve tempo de colher os louros do sucesso.

No dia 6 de dezembro de 1988, teve uma parada cardíaca fatal em Nashville, falecendo aos 52 anos, deixando toda uma legião de fãs de sua maravilhosa voz órfãos de seu talento. O álbum que ele gravou com tanto esmero foi lançado postumamente em 1989 com o nome de Mystery Girl e ironicamente foi seu maior sucesso de todos. É recheado de músicas cantadas com sentimento como You Got It, She’s a Mistery to Me (escrita por Bono e The Edge do U2), The Only One, entre muitas outras. O álbum dos Travelling Wilburys também teve muito êxito, assim com o o álbum King of Hearts (1992), com material que ficou de fora de Mystery Girl. Sua querida companheira de vida Barbara Orbison se foi deste mundo no dia 6 de dezembro de 2011, exatos 23 anos após a morte de Roy.

Lefty Wilbury e seus irmãos

Fontes:

Wikipedia

http://www.royorbison.com/us/biography

 

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Lendas do Rock: Carl Perkins, post bônus

Nos posts anteriores, contei a história do grande Carl Perkins. Mais do que um grande heroi do Rock, Carl era cercado de grandes amigos.

Então, como uma homenagem a ele, segue, abaixo, o link para que vocês possam baixar e se deleitar com o fantástico disco Go Cat Go (seu último trabalho), onde os fãs do Rock vão poder conferir parcerias muito legais com Paul McCartney, John Lennon, George Harrison, Paul Simon, Tom Petty, John Fogerty, entre muitos outros.

http://www.israbox.com/1146367853-carl-perkins-friends-go-cat-go-1996.html

Aviso: o link acima é apenas uma cortesia para os leitores do blog. Recomendo que vocês comprem/adquiram o CD original, que tem muito mais qualidade. Somos totalmente contra pirataria.

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Lendas do Rock: Carl Perkins, finale

Em 1964, Carl Perkins e seus contemporâneos da Primeira Onda estavam mais do que nunca em evidência, graças a seus pupilos que empreenderam a Invasão Britânica, a Segunda Onda. Depois de mais uma turnê alemã, Carl voltou aos EUA, onde gravou mais um single Big Bad Blues/Lonely Heart, contando com a banda The Nashville Teens como apoio. Quatro anos depois, Carl começou a excursionar com o velho amigo Johnny Cash e acabou se envolvendo com drogas e bebedeiras também. Nessa época, Cash gravou uma composição de Perkins, Daddy Sang Bass, que acabou ficando nos primeiros lugares dos charts de country norte americanos. Carl também participou do grande hit do amigo, A Boy Named Sue, tocando guitarra.

O resto da década foi cheia de jams e participações de gravações e programas de TV com Cash, Derek & The Dominoes, Jose Feliciano e Merle Davis, entre outros. Cantou sua Restless num programa apresentado por Johnny Cash e em 1969 fez uma inusitada parceria com Bob Dylan na música Champaign, Illinois. Dylan tinha escrito o primeiro verso, mas sua inspiração travou. Aí deixou Perkins terminá-la. No ano seguinte, sua composição Rise and Shine chegou ao Top Ten, interpretada por seu irmão Tommy Perkins. A década de 70 tambémmarcou uma disputa judicial com Sam Phillips por royalties de suas músicas em sua fase Sun Records. Carl saiu vencedor.

A década de 80 recebeu um Carl mais nostálgico, fazendo shows com contemporâneos e pupilos. Participou do disco de Paul McCartney, Tug Of War (1981) na faixa Get It, composta em parceria com o ex-Beatle, música que termina com uma gostosa gargalhada do mestre. Outra parceria dos dois, My Old Friend, só foi lançada mais tarde no disco de Carl Go Cat Go.

Quando houve um verdadeiro revival dos Rockabilly na década de 80, Carl estava em grande evidência, gravando junto com Lee Rocker e Slim Jim Phantom (baixista e baterista dos Stray Cats) uma parte da trilha sonora do filme Porky’s Revenge em 1985 [aqui, a trinca toca o clássico-mor Blue Suede Shoes]. Nesse mesmo ano, ele foi introduzido no Nashville Songwritters Hall of Fame.

Em 1986, reuniu seus pupilos Dave Edmunds, George Harrison, Eric Clapton, Ringo Starr, Slim Jim Phantom mais Rosanne Cash num especial televisivo chamado Blue Suede Shoes: A Rockabilly Session [que foi lançado em VHS e depois em DVD], onde o grande guitarrista tocou 16 de seus grandes clássicos. Gravou com os velhos parceiros de Sun Records Johnny Cash, Jerry Lee Lewis e Roy Orbison o disco Class of ’55, que chegou às paradas de sucesso. Em 1987, ele entrou para o Rock and Roll Hall of Fame e para o Rockabilly Hall of Fame, duas grandes honrarias. Em 1989, ele coescreveu e tocou guitarra na gravação de Let Me Tell You About Love, música do grupo de Country The Judds que alcançou o primeiro lugar nas paradas. Nesse ano, fez um acordo com a Platinum Records para o projeto de um álbum chamado Friends, Family, and Legends, apresentando performances de amigos como Chet Atkins, Travis Tritt, Steve Wariner, Joan Jett e Charlie Daniels junto com Paul Shaffer and Will Lee.

Em 1992, enquanto estava elaborando esse disco, Carl descobriu que tinha câncer na garganta. Não deixou-se esmorecer e continuou trabalhando nesse e outros projetos como o memorável álbum chamado 706 ReUNION pela Belle Made Records, onde tocou com seu amigo Scotty Moore (primeiro guitarrista de Elvis). Participaram também o batera DJ Fontana e o grupo The Jordanaires, que também trabalharam com o Rei do Rock. No ano seguinte regravou seu clássico Dixie Fried ao lado da banda Kentucky Headhunters.

Em 1994, uniu-se ao guitar hero da Primeira Onda Duane Eddy e a banda The Mavericks para regravação de outro de sues clássicos, Matchbox para uma campanha contra a AIDS. Em 1996, foi lançado seu derradeiro álbum Go Cat Go, pelo selo independente Dinosaur Records e distribuído pela BMG, onde contou com a participação de feras como George Harrison, Paul Simon, John Fogerty, Tom Petty e Bono Vox (U2). Em 1997, fez seu último grande show ao vivo no evento beneficente Music for Montserrat, que contou com os amigos Paul McCartney, Phil Collins, Sting, Ray Cooper, Elton John, entre outros.

No dia 19 de janeiro de 1998, o grande guitarrista e cantor perdeu a batalha para o cãncer e veio a falecer aos 65 anos, deixando uma lacuna que dificilmente será preenchida. Ainda que bem que pôde colher reconhecimento e homenagens ainda em vida, mas muitos de seus admiradores (sou um deles) sentem-se órfãos de seu talento e virtuosismo. Sua grande parceira e companheira de vida, Valda Perkins faleceu em 2005. Para finalizar, dois de seus clássicos que foram interpretados pelos Beatles na BBC, Lend Me Your Comb e Sure to Fall.

Carl Perkins e seus discípulos e grandes amigos

Fontes:

Wikipedia

http://www.worldguitarists.com/Biographies-in-C/Carl-Perkins.html

Página no Rockabilly Hall of Fame

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Lendas do Rock: Carl Perkins, parte 2

 Carl Perkins tinha estourado com o clássico Blue Suede Shoes em 1956, mas um acidente interrompeu sua trajetória ao topo. Quando se recuperou, a versão de sua música cantada por Elvis era um grande sucesso e partir disso nunca mais conseguiu colocar uma composição no primeiro lugar dos charts. No meio daquele ano, Carl voltou à ativa tocando na turnê Big D Jamboree. Voltou ao estúdio da Sun para gravar músicas novas.

Em sua primeira sessão, vieram à tona uma penca de clássicos perkinianos: Dixie Fried, Put Your Cat Clothes On, Right String, Wrong Yo-Yo, You Can’t Make Love to Somebody, Everybody’s Trying to Be My Baby e That Don’t Move Me. Ainda nesse ano, fez um show histórico chamado Top Stars of ’56, ao lado de Chuck Berry e Frankie Lymon & The Teenagers, onde tocaria só duas músicas. Pouco depois, ainda fez um show com o amigo Gene Vincent e seus Blue Caps mais a cantora Lilian Briggs. No fim do ano, a Sun lançou os singles Boppin’ the Blues/All Mama’s Children (canção que compôs em parceria com o amigo Johnny Cash) e Dixie Fried/I’m Sorry, I’m not Sorry. No começo do ano seguinte, saiu o single Matchbox/Your True Love. Todos os singles foram bem nas paradas mas nada comparado ao arrasa quarteirão Blue Suede Shoes.

Foi nessa época que Carl reencontrou os amigos Elvis (que fzia uma visitinha à Sun), Johnny Cash e Jerry Lee Lewis. Os quatro conversaram e brincaram e fizeram algumas jams juntos tocando algumas baladas coutry e negro spirituals. O esperto Sam Phillips não perdeu tempo e deixou os microfones ligados, captando tudo o que se passava. Mais tarde vendeu a gravação com o nome de The Million Dollar Quartet [ouça aqui uma faixa], talvez o maior encontro entre verdadeiras feras do Rock da Primeira Onda.

Nesse ano, Carl fez sua estreia no cinema ao aparecer no filme Jamboree, onde cantou seu clássico Glad All Over (uma das preferidas dos Beatles quando faziam programas na BBC), que foi lançada em single em 1958, ano que marcou o fim da ótima estada de Carl na Sun e ele assinou com a Columbia Records, onde gravou muitas músicas como Jive After Five, Rockin’ Record Hop, Levi Jacket (And a Long Tail Shirt), Pop, Let Me Have the Car, Pink Pedal Pushers, Any Way the Wind Blows (gravada por Johnny Cash), Hambone, Pointed Toe Shoes, Sister Twister e L-O-V-E-V-I-L-L-E. No ano seguinte, escreveu para o amigo Johnny Cash a música The Ballad of Boot Hill, que acabou sendo lançada pela Columbia como EP.

Naquele início de década, as grandes lendas do Rock estavam em baixa por causa do fim da Primeira Onda e Carl fazia shows em cassinos e em lugares mais interioranos durante 1962 e 1963. Carl fez uma bem sucedida turnê pela Alemanha e em 1964 chegou à Inglaterra, junto com o amigo Chuck Berry. Em seus shows pela Terra da Rainha, a dupla de guitar heroes teve como banda de apoio, The Animals.

Carl ficou sabendo que alguns de seus fãs estavam gravando um disco em Abbey Road em Londres e foi lá para conferir as sessões. Esses fãs eram nada mais nada menos que os Beatles, que naquele momento já estavam na crista da onda. Para pagar tributo ao mestre, tocaram alguns covers dele como Matchbox, Everybody’s Tryin’ to Be My Baby e Honey Don’t. Foi aí que o batera Ringo Starr convidou o mestre para cantar, no que o humilde guitarrista acrescentou: “Cara, vá em frente! Cante você!” o guitarrista George Harrison era outro grande fã declarado de Carl. Tanto que na fase Hamburgo ele usava o nome Carl Harrison em alguns shows.

Jerry, Carl, Johnny e Elvis: encontro de titãs do Rock

Continua no próximo post.

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Fanfic Review: Um Encontro de Reis

Inauguro mais uma seção no blog, mostrando estórias inusitadas escritas por fãs de Rock and Roll sobre eventos que podem ter acontecido ou não, com desdobramentos que ficam por conta de seus escritores. O primeiro Fanfic fala sobre o encontro entre Elvis e os Beatles. Viajei um pouco na maionese, mas fazer o que? Amo esses cinco Reis do Rock.

A limusine chegou ao ponto combinado. Os Quatro Cavaleiros do Pós-Calipso estavam se sentindo personagens daqueles pulps de espionagem, indo encontrar aqueles tipos de chefe misteriosos que davam uma determinada missão e depois sumiam. Nesse caso era um encontro diferente. Eles iriam encontrar um de seus ídolos de adolescência, um dos responsáveis por fazê-los cair de cabeça no Rock and Roll. Ao saírem do carro, John, Paul, George e Ringo mal podiam acreditar em seus olhos quando estava à sua frente o Rei do Rock em pessoa. Elvis ainda curtia uma imagem típica dos filmes que eles começou a fazer nos anos 60. John não perdeu tempo: – Oh, aí está você!

Os outros Beatles ficavam naquele condição de fãs, estupefatos por estar à frente de seu heroi. Entraram na mansão do Rei, que quebrou gelo, oferecendo algo para eles beberem. John parecia ser o único com alguma coisa a conversar com o rei e perguntou a ele quando ele voltaria a tocar aquele repertório mais roqueiro que o celebrizou. Elvis disse que estava pensando num disco desse tipo desde o início da década de 60. – “Quero ser o primeiro a comprar.” – disse Lennon. Depois de trocarem impressões sobre suas carreiras, Elvis os levou a uma saleta e deu-lhes violões. Neil Aspinall e Alf Bicknell, fieis escudeiros dos Beatles e testemunhas desse encontro de reis mal podiam acreditar nisso: Elvis tocando com os Beatles. Que pena que eles jamais poderiam registrar tal momento histórico.

Começaram tocando That’s All Right Mama, o sucesso que catapultou a carreira de Elvis, onde John e Paul arriscavam um backing vocal no refrão. Depois, Elvis quis ouví-los tocando um grande clássico da banda Yesterday (música que o próprio Rei colocou em seu repertório quando da sua volta aos palcos na segunda metade dos anos 60). Elvis até arriscou um vocal junto com Paul que conseguiu vencer a gagueira que imperava por estar ao lado de uma de suas influências. George se dava bem nos solos e Ringo fazia uma percussão batendo nas pernas. Depois, se despediram de seu anfitrião e voltaram ao hotel onde estavam hospedados. Eles jamais esqueceriam esse memorável encontro.

Montagem sobre um hipotético encontro entre Elvis e John em 1960 em Hamburgo

Baseado em testemunho de Alf Bicknell, que trabalhou como motorista dos Beatles até 1966

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