Arquivo do mês: abril 2013

Humor Musical, o retorno!

Lembram-se do nosso último post sobre humor? Pois é já faz um tempo que não damos umas risadas por aqui, né? Abaixo, mais algumas anedotas musicais:

Uma pessoa entra numa loja de animais para comprar um papagaio.
– Este custa 500 reais. – mostra o balconista – Sabe cantar todas as árias que Mozart compôs.
– Uau! ” espanta-se o cliente”

– E este aqui?
– Bem, este custa 1000 reais. Ele consegue cantar todo o Anel dos Nibelungos de Wagner sem interrupção.
– Sério? E aquele menor, lá no canto, quanto custa?
– Ah… este custa 3000 reais.
– E por que é tão caro? O que faz ele?
– Nada, que eu saiba, mas os outros chamam-lhe maestro…
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O cantor pára a banda, e irritado diz:
– Olha, sair do tom, tudo bem, errar o tempo, tudo bem, mas pelo amor de Deus, toquem todos a mesma música!
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Abaixo, as famosas “melôs”
Melô da Pulga:
– Vou te caçar na cama sem segredos…
Melô da mestruação:
– A semana inteira, fiqueo esperando…
Melô do dique:
– “Di que” vale o céu azul e o sol sempre a brilhar…
Melô do Prego (nessa eu apelei…)
-“Preguntaram” pra mim, se ainda gosto dela…
Qual é o roqueiro mais velho do mundo?
– Raul Seixas! Pois ele canta “Eu nasci há dez mil anos atrás”.
E o que foi que o pano e chão cantou pro rodo?
– Por que me arrasto ao teus pés?
Fontes:
Ria...se puder

Ria…se puder

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Doo Wop & Vocal Groups Review: The Tokens, finale

Em 1956, Neil Sedaka e seus colegas de escola Hank Medress, Eddie Rabkin e Cynthia Zolotin formaram o grupo The Linc-Tones, que teve uma alteração em sua formação com a saída de Rabkin e a entrada de Jay Siegel. Lançaram seu primeiro single While I Dream que não teve boa vendagem, ocasionando as saídas de Sedaka e Zolotin. Medress e Siegel formaram outro quarteto chamado Darrell and the Oxfords. Em 1960, foi formado The Tokens, com a entrada dos irmãos Phil e Mitch Margo. Em 1961, o grupo gravou os bem sucedidos singles Tonight I Fell in Love e o mega-hit The Lion Sleeps Tonight. Isso ajudou o grupo a se consolidar e eles gravaram vários singles de sucesso, inclusive produzindo outros grupos vocais como Chiffons e The Happennings.

Desde 1961, quando estouraram com seu grande sucesso, os Tokens lançaram os álbuns The Lion Sleeps Tonight (1961), We, the Tokens, Sing Folk (1962)Wheels (1964), I Hear Trumpets Blow e The Tokens Again (1966), Back to Back e It’s A Happening World (1967) e Greatest Moments [In a Girl’s Life] (1970). Em 1971, saíram os álbuns Both Sides Now, December 5 e Intercourse. No ano seguinte, o cantor Robert John, conhecido pelo ótimo falsete, que fez um grande sucesso nos anos 70 com Sad Eyes regravou The Lion Sleeps Tonight, contando com o Token Jay Siegel nos vocais de apoio. Nessa reprise, a cantora Yma Sumac fez as partes de soprano.

Em 1973, o fundador Hank Medress terminou sua relação com os Tokens, que passou a ser liderado pelos irmãos Margo e Jay Siegel. O trio usou o nome Cross Country e lançou um disco autointitulado, onde regravaram o grande clássico de Wilson Pickett, In the Midnight Hour. A formação clássica dos Tokens voltou (os irmãos Margo, Siegel e Medress) a se reunir em 1975 no programa televisivo Music Chairs, apresentado por Adam Wade. Três anos depois, repetiram a dose gravando A Victim of Gravity para o programa Schoolhouse Rock.

Nos anos 80, com a saída de Madress e Siegel, os irmãos Margo continuaram usando o nome The Tokens que passou a contar com Jay Leslie, Mike Johnson e o filho de Phil, Noah Margo na bateria. Já o ex-membro Jay Siegel formou seu prórpio grupo de Tokens, contando com o experiente baixo Bill Reid e o tenor John “Jay” Traynor, vocalista original do  Jay & The Americans, que também atuou no The Mystics. Já Hank Medress seguiu uma bem sucedida carreira como produtor, trabalhando com artistas como Melissa Manchester, Rick Springfield, David Johansen (New York Dolls) e Dan Hill. Infelizmente, o fundador dos Tokens faleceu no dia 18 de junho de 2007, vítima de um câncer no pulmão. Os Tokens remanescentes haviam voltado a se reunir em 2000, ocasião em que o grupo contou com Phil, Mitch, Jay e Bill Reid , além do reforço de Eddie Rezzonico para um especial de TV chamado Doo Wop 51. A formação clássica dabanda foi introduzida no Vocal Groups Hall of Fame em 2004.

Os Tokens dos irmãos Margo gravaram dois álbuns nos anos 90, Oldies Are Now e Tonight the Lion Dances, ambos repletos de interpretações para clássicos como La Bamba (Ritchie Valens), Everybody Loves to Cha Cha Cha (Sam Cooke) e Save the Last Dance for Me (Drifters). Os filhos de Mitch, Ari e Damien Margo também abrilhantam os shows do primo, pai e tio corujas, numa verdadeira reunião musical em família. Nos anos 2000, houve uma disputa entre os dois grupos pelo nome e espólio dos Tokens. Enquanto o caso continua sem solução, os dois grupos continuam cantando e encantando novas gerações de aficcionados em Doo Wop. Será que algum dia, nós brasileiros, teremos o prazer e a honra de vê-los por aqui? Esperamos que esse dia chegue logo.

Fontes:

Wikipedia

http://www.tsimon.com/tokens.htm

http://doo-wop.blogg.org/themes-_linc_tones-221095.html

http://jaysiegelandthetokens.com/biography/

http://www.btpuppy.com/

 

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Doo Wop & Vocal Groups Review: The Tokens, parte 1

É um dos grupos de Doo Wop pouco conhecidos no Brasil pelo público em geral, embora seu maior sucesso, The Lion Sleeps Tonight, tenha ficado em evidência por causa da animação da Disney Rei Leão. É muito querido pelos aficionados do gênero e teve em suas fileiras o grande cantor e compositor Neil Sedaka. Vamos falar do sensacional The Tokens.

Em 1955, quatro estudantes da Brooklyn’s Abraham Lincoln High School, Neil Sedaka (nascido no dia 13 de março de 1939 no Brooklyn, NY, EUA), Hank Medress (nascido no dia 19 de novembro de 1938) juntaram-se a Eddie Rabkin e Cynthia Zolotin para formar um grupo vocal, ao qual chamaram inicialmente The Linc-Tones. Rabkin saiu em 1956, sendo substituído por Jay Siegel e o quarteto gravou seu primeiro single, While I Dream/I Love My Baby (duas músicas compostas pelo futuro duo Neil Sedaka & Howie Greenfield). Em 1957, Sedaka e Zolotin saíram e Hank Medress e Siegel resolveram manter o grupo ativo, chamando Warren Schwartz e Fred Kalstein para as vagas em aberto. Mudaram o nome para Darrell & The Oxfords e gravaram o single Picture in My Vallet.

Em 1960, foram recrutados o barítono Philip “Phil” Margo (nascido no dia 1º de abril de 1942 em Brooklyn, NY, EUA) e seu irmão, então com 13 anos, Mitch Margo (nascido em 25 de maio de 1947 no Brooklyn, NY, EUA), moleque com uma ótima voz de tenor e ainda por cima multiinstrumentista. O nome foi mudado para Tokens [símbolos, emblemas] e em 1961, gravaram o single Tonight I Fell In Love pela Warwick Records, que teve uma boa atuação nas paradas ficando em 15º lugar do Hot 100 da Billboard, o que abriu a oportunidade do grupo se apresentar no lendário American Bandstand, um dos melhores programas musicais  da TV norte americana. Sua aparição no programa rendeu uma fama enorme para o grupo.

Nesse mesmo ano, os Tokens gravaram pela RCA Victor, um cover de Solomon Linda, The Lion Sleeps Tonight, que por sua vez é a versão em inglês (adaptada por Solomon Linda, Hugo Peretti, Luigi Creatore e George David Weiss) para uma canção folclórica zulú chamada M’bube, anglicizada para Wimoweh. Contando com a soprano operística Anita Darian nos vocais de apoio, esse disco foi um enorme sucesso, chegando ao cobiçado número 1 da parada Hot 100 da Billboard. Nos charts britânicos, o single também fez bonto e chegou ao 11º posto. Os Tokens logo se tornaram um os grupos mais conhecidos dos EUA, além de terem ganhado muito dinheiro. Tanto esse compacto quanto o primeiro levaram o grupo a receber Discos de Ouro. Saiu o primeiro álbum da banda, que recebeu o nome de seu maior hit.

De 1962 a 1970, os Tokens mantiveram a linha e emplacaram vários singles que ficaram no Hot 100 como B’Wa Nina e La Bamba, um cover de Richie Valens, outro grande sucesso do grupo(1962); Hear the Blues e He’s in Town (1963);  I Hear Trumpets Blow (1966), It’s a Happening WorldPortrait of My Love (1967); She Lets Her Hair Down (Early in the Morning)Don’t Worry Baby, cover dos Beach Boys (1970). Cotado com o guitarrista Joe Venneri como um quinto elemento, também lançaram vários álbuns e fizeram aparições em programas televisivos.

Fundaram a Bright Tunes Productions e deram ao luxo também de produzir outros grupos vocais como Chiffons (He’s So Fine, One Fine Day), The Happennings (See You In September, I Got Rhythm e Go Away Little Girl), Randy & The Rainbows (Denise), Tony Orlando & Dawn (Candida, Knock Three Times, Tie a Yellow Ribbon Round the Ole Oak Tree), todos grandes hits da década de 60. Também fundaram sua própria gravadora, B.T. Puppy Records.

Conclui no próximo post

The Tokens (ou Linc-Tones) contando com Neil Sedaka

The Tokens (ou Linc-Tones) contando com Neil Sedaka

tokens foto

Aqui, a formação clássica

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Grandes Nomes do Soul: Atlantic Starr, finale

Em 1982, o Atlantic Starr lançou o álbum Brilliance, que foi a consagração da banda, tornando-a famosa em escala nacional. A vocalista Sharon Bryant começou a ganhar mais destaque que seus colegas e em 1983, foi lançado o álbum Your Forever. Em 1984, a banda sofreu grandes baixas em sua formação, inclusive de sua frontwoman, Sharon, que partiu para a carreira solo. Barbara Weathers foi chamada para seu lugar e o Atlantic Starr se converteu num quinteto encabeçado pelos irmãos David, Wayne e Jonathan Lewis. Foi com essa formação que a banda gravou As the Band Turns (1985) e All in the Name of Love (1987), o melhor álbum de sua carreira.

Em 1988, a exemplo de sua predecessora, Barbara Weathers saiu do Atlantic Starr para a carreira solo logo após o lançamento do disco. A cantora Porscha Martin foi chamada para seu lugar e no ano seguinte, a banda lançou o álbum  We’re Movin’ Up, outra produção dos irmãos Lewis. Os destaques ficam por conta de My First Love, I’m In Love With You (D. Lewis, W. Lewis) e Woman’s Touch (Richard Feldman, Little Jimmy Scott). Apesar da boa recepção do single My First Love, o desempenho do disco foi regular (26º lugar nos charts R&B, 125º posto na parada Pop).  Foi o único trabalho da banda com Porscha Martin.

Em 1991, a banda contratou uma nova vocalista, Rachel Oliver. Com essa mudança, lançaram o álbum Love Crazy, que repetiu o time que produziu o álbum All in the Name of Love, o seja, os irmãos Lewis e  o consagrado Maurice White do Earth Wind & Fire. Tendo o clássico Masterpiece (Kenny Nolan) como carro chefe, além de faixas maravilhosas Unconditional Love e Love Crazy (ambas de D. Lewis, W. Lewis), o disco marcou a volta por cima do Atlantic Starr. O single ficou em terceiro lugar nos charts R&B e Pop, embora o álbum tenha ficado em 25º na parada R&B e em 125º nos charts Pop. Este acabou sendo do último trabalho pela Warner Brothers. Para a turnê ao Japão em 1992, a banda chamou mais uma vocalista, Crystal Blake.

Em 1994, a banda dispensou Rachel Oliver, chamando Aisha Tanner para seu lugar e fechou com a Arista Records, onde foi lançado o álbum Time, produzido pelos irmãos Lewis. O destaque fica por conta das músicas Lovin’ You All over Again (Dorothy Sea Gazeley, Doug Lenier, D. Lewis, W. Lewis), Time (D. Lewis, W. Lewis) e I’ll Remember You (Stacey Piersa, Elliot Wolff), que foi lançada como single que foi muito bem em vendagens. No geral, entretanto o álbum poi muito mal, o que levou o fundador e principal compositor David Lewis a deixar a banda. 

Em 1997, o Atlantic Starr resolveu voltar à ativa encabeçado por Wayne e Jonathan Lewis, contando com a volta de Rachel Oliver no lugar de Aisha Tanner mais o novo vocalista DeWayne Woods, mantendo a formação de quinteto. Gravaram o inexpressivo All Because of You pela SoundAsia EX e dois anos depois seu último álbum Legacy pelo pequeno selo independente Street Solid. Destacam-se as músicas Stand! (escrita por Sly Stone do lendário Sly & Family Stone), Legacy (Kevis White) e Love to the Rescue (Kevin Deane, Jonathan Lewis).

Apesar dos reveses, o Atlantic Starr resolveu continuar atuando como banda e está ativa até nossos dias, mesmo sem gravar nada desde então. Hoje, a banda conta com os irmãos Wayne e Jonathan Lewis, mais a cantora Melissa Pierce e o cantor L’ John Epps. Cada um dos que fizeram parte da banda seguiram seus rumos na vida: Porter Carroll Jr., o batera original gravou alguns trabalhos solo e hoje atua na banda que acompanha o cantor Daryl Hall (do Hall & Oates); o saxofonista Damon Rentie tamném gravou aalguma coisa sozinho e depois trabalhou com a banda DeBarge; o trompetista William Suderth tem atuado como requisitado músico de estúdio. O baixista Clifford Archer e o trompetista Duke Jones também continuam ativos como músicos; as cantoras Sharon Bryant e Barbara Weathers teve carreiras solo cheias de altos e baixos, mas estão também atuantes.

Fontes:

Wikipedia

http://www.rnbhaven.com/artist.php?artistid=155

http://www.allmusic.com/artist/atlantic-starr-mn0000509356

Atlantic Starr em 2012: ativos apesar de não gravarem há uma década Crédito: https://www.iticketsbarbados.com/wp-content/uploads/2011/12/Atlantic-Starr-Photos-600-x-10002.jpg

Atlantic Starr em 2012: ativos apesar de não gravarem há uma década
Crédito: https://www.iticketsbarbados.com/wp-content/uploads/2011/12/Atlantic-Starr-Photos-600-x-10002.jpg

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Grandes Nomes do Soul: Atlantic Starr, parte 2

Em 1976, alguns músicos novaiorquinos formaram a banda de R&B Newban que se mudou para a Califórnia e após gravar dois álbuns pela Guiness Records, teve algumas alterações em sua formação, contando em seu núcleo os irmãos Wayne, David e Jonathan Lewis. Foram notados em shows em clubes por executivos da A&M Records, onde mudaram seu nome para Atlantic Starr. Sob a produção de Bobby Eli, um conceituado músico ligado ao lendário Som da Philadelphia, gravaram os álbuns Atlantic Starr (1978) e Straight to the Point (1979) que não foram muito bem comercialmente. Em 1981, a mudança na produção (saída de Eli, entrada de James Carmichael) a partir do álbum Radiant fez o Atlantic Starr sentir o gostinho do sucesso.

Em 1982, saiu o quarto álbum da banda, Brilliance, também produzido por James Carmichael e que contou com a pariticpação dos músicos adicionais Albert Jones (trompete, flugelhorn), Dave Cochran (guitarra) e Greg Phillinganes (sintetizador). Neste disco está o grande clássico do Atlantic Starr, Circles ((David Lewis, Wayne Lewis) que foi um grandes sucesso como single, chegando a ficar na vice-liderança dos charts de R&B. Além desta, também há outros destaques como Perfect Love (Phillinganes, Alee Willis) e Let’s Get Closer (Harold Johnson). Chegou ao primeiríssimo ligar na parada R&B (tendo ficado com a 18ª colocação na parafa Pop), ganhando seu primeiro Disco de Ouro. Esse disco foi a consagração do Atlantic Starr como uma das grandes bandas de Soul dos anos 80, junto com o Shalamar de Jodie Watley. O spotlight começou a ser centrado na vocalista Sharon Bryant, apesar de David e Wayne Lewis também  serem excelentes cantores.

Em 1983, foi lançado o álbum Yours Forever, outra produção de James Carmichael, mantendo a linha do anterior com faixas bem dançantes e algumas baladinhas. Greg Phillinganes, que à época era um dos mais requisitados tecladistas do Pop e do Soul também participa desse trabalho, junto com Michael Boddicker (sintetizador) e o nosso Paulinho da Costa (percussões adicionais). Destaque para Yours Forever (D. Lewis), More, More, More (Sam Dees) e Tryin’ (Deborah Thomas, David Cochrane)O disco não teve tanto sucesso quanto seu predecessor, ficando em 10º lugar na parada R&B e em 90º nos charts Pop.

No ano seguinte, o Atlantic Starr sofreu algumas baixas em seu line up. A cantora Sharon Bryant, frontwoman da banda, decidiu sair para trilhar sua carreira solo, deixando os colegas na mão. Para o lugar da vocalista foi recrutada a ótima Barbara Weathers (nascida em 7 de dezembro de 1963). Além dela, saíram os músicos Porter Carrol Jr. (bateria), Clifford Archer (baixo), William Sudderth (trompete) e Koran Daniels, reduzindo a banda a um quinteto formado pelos irmãos Lewis, o percussionista Joseph Phillips e a nova vocalista Barbara Weathers.

Em 1985, a banda lançou seu último álbum pela A&M, As the Band Turns, onde os manos líderes da banda, David e Wayne dividiram a produção com Joey Gallo, Calvin Harris e Wardell Potts Jr. Contaram com os músicos de apoio Derek Organ, Wardell Potts, Jr. e Paulinho Da Costa (bateria, percussões), Barry “Sonjohn” Johnson (baixo), Bill Bottrell, Joey Gallo, Rex Salas, William “Dr. Z” Zimmerman (teclados); Bill Bottrell, Calvin Harris, Derek Nakamoto (programação de teclados), David Cochrane (guitarras e sax), Damon Rentie (sax), Krystal Davis, Dana Meyers, Darryl Phinnessee, Fonzi Thornton (backing vocals), Clare Fischer (cordas sintetizadas) e Gene Page (arranjo de cordas e sopros). Os destaques ficam por conta dos clássicos Secret Lovers, Silver Shadows (ambas escritas por David e Wayne Lewis) e If Your Heart Isn’t In It  (escrita por Hamish Stuart, que tocou com o Average White Band e Paul McCartney). O resultado agradou geral: 3º lugar na parada R&B, 17º nos charts Pop e mais um Disco de Ouro. No ano seguinte, saiu a primeira coletânea da banda, Secret Lovers… The Best Of Atlantic Starr.

Em 1987, o Atlantic Starr fechou com a Warner Brothers e foi lançado o álbum All in the Name of Love, com a produção de David, Wayne e Jonathan junto com o consagrado produtor e percussionista Maurice White (Earth, Wind & Fire). O disco conta a com a especialíssima participação de Duke Jones (flugelhorn), fundador do Newband, que foi a base para a formação do Atlantic Starr. Além dele, deram as caras no disco os músicos de estúdio Danny Atherton, Richard Feldman (bateria), Gary Coleman, Paulinho Da Costa (percussão); Rich Aronson, Rhett Lawrence (teclados, sintetizadores); Andrew Bloch, Fritz Cadet, Charles “Icarus” Johnson, Marlon McLain (guitarras), David Cochrane (baixo, guitarra), Gerald Albright (sax) e Gene Page (regência e arranjos). O grande destaque é Always (David, Wayne e Jonathan Lewis), o primeiro e único grande sucesso mundial do Atlantic Starr, que fez um enorme sucesso, inclusive no Brasil e é cosidarada uma das melhores músicas da década de 80. All in the Name of Love (Sam Dees), faixa que intitula o disco e One Lover at a Time (Richard Feldman, Jimmy Scott) são outros dois destaques. O disco, embora tenha ficado em 4º na parada R&B e em 18º nos charts Pop, conseguiu o Disco de Platina e é considerado um dos melhores álbuns da década de 80.

Conclui no próximo post

O grande sucesso do Atlantic Starr na década de 80 crédito: http://img.maniadb.com/images/album/171/171048_1_f.jpg

O grande sucesso do Atlantic Starr na década de 80
crédito: http://img.maniadb.com/images/album/171/171048_1_f.jpg

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Grandes Nomes do Soul: Atlantic Starr, parte 1

No Brasil, eles são considerados One Hit Wonder (bandas/artistas que fizeram sucesso com apenas uma música) depois de seu estouro com a linda balada Always, mas nos EUA são uma das mais queridas bandas de Soul, Funk e Charm (tendência romântica surgida na década de 80). Vamos falar do Atlantic Starr.

Em meados de 1976, o trompetista Duke  Jones formou uma banda, em Greenburgh, Nova York,  EUA, chamando o baterista Porter Carroll Jr., o baixista Clifford Archer, o percussionista e flautista Joseph Phillips, o guitarrista Sheldon Tucker e para a linha de frente, os irmãos Wayne Lewis (nascido no dia 13 de abril de 1957 em White Plains, NY, EUA), nos teclados e vocais; David Lewis (nascido em setembro de 1958 em White Plains, NY, EUA ) nos vocais e guitarra, e Jonathan Lewis na percussão e trombone. A banda recebeu o nome de Newban com uma sonoridade calcada nos figurões Earth, Wind & Fire, LTD, New Birth e Commodores.

Em 1977, mudaram-se para Westwood na California, onde gravaram seus dois primeiros álbum Newban e Newban 2 pela Guiness Records. As mudanças em seu line up começaram a ocorrer em seus primeiros meses de existência. O agregador e primeiro líder Duke Jones saiu para a entrada de William Suderth e Sheldon Tucker saiu, sem sequer ter gravado com eles. Em adição ao time que ficou na banda, liderado pelos irmãos Lewis, foram recrutados a cantora Sharon Bryant (nascida em 14 de agoto de 1960 em Westchester  County, NY, EUA) e os saxofonista Damon Rentie. Começaram a tocar em clubes de R&B, até serem descobertos por executivos da gravadora A&M de Herb Alpert, que sugeriu que mudassem o nome da banda. Eles já estavam cogitando um novo nome que tivesse algo a ver com “Starr”. Aí lembraram de suas origens na Costa Leste (o Oceano Atlântico) e emendaram com Atlantic Starr

Em 1978, sob tutela do badalado e respeitado produtor/compositor da A&M Bobby Eli, guitarrista do espetacular grupo de Soul MFSB (do lendário estúdio da  Philadelphia Sound, referência máxima do Soul dos anos 70) gravaram o primeiro álbum Atlantic Starr. Atuaram como músicos de apoio o p´roprio Eli (guitarra líder), os saxofonistas Koran Daniels e Steve Mallory, além da seção de cordas Don Renaldo and the Phyllis Strings, sensacional grupo de cordas e metais ligado ao Phyllis Sound (Som da Philadelphia) que acompanhou feras do Soul como Major Karris e Blue Magic. Destacam-se músicas como Stand Up (Wayne Lewis), Keep it ComingWith Your Love I Come Alive (Bobby Eli & Jeff Prusan). A recepção foi modesta (21º lugar na parada R&B, 67º nos charts Pop da Billboard), mas a gravadora continuou acreditando no potencial do grupo.

Em 1979, foi lançado Straight to the Point, outra produção de Bobby Eli que também mandou ver na guitarra íder e chamou de volta Koran Daniels e Don Renaldo e sua maravilhosa seção de cordas. O disco contou com faixas 100% escritas por Eli, com destaque para (Let’s) Rock & Roll, What’cha Feel Inside e Losin’ You. Novamente, a receptividade foi aquém do esperado, conseguindo chegar ao 65º posto dos charts de R&B e ficando no 142º lugar na parada Pop. Ainda não era dessa vez que a banda encontrava seu lugar ao sol.

Em 1981, saiu da produção Bobby Eli e entrou James Carmichael, lançando o álbum Radiant, gravado apenas pela banda, sem músicos de apoio. Destaque para a ótima When Love Calls (David Lewis, Wayne Lewis), que se converteu num single muito bem sucedido (5º lugar na parada R&B!). Também fazem parte do disco outros dois clássicos do Atlantic Starr, Am I Dreaming? (Sam Dees) e Send for Me (Dees, Ron Kersey). No total, o disco também foi muito bem nas paradas (5º lugar nos charts R&B, 47º lugar nos charts Pop). A A&M foi recompensada por sua paciência com seus contratados.

Continua no próximo post

Newban: as origens do Atlantic Starr Créditos: http://www.bbemusic.com/images/temp/newban.jpg

Newban: as origens do Atlantic Starr
Créditos: http://www.bbemusic.com/images/temp/newban.jpg

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Gêneses do Rock Brasileiro: a primeira cena Rocker do Brasil

Links para os capítulos anteriores: Parte 1, Parte 2, Parte 3

Um dos momentos mais importantes da Primeira Onda no Brasil aconteceu em março de 1958, quando o acordeonista e maestro Mário Gennari Filho entregou a Tony Campelo, crooner do conjunto Ritmos OK, de Taubaté (cidade do interior de São Paulo), duas canções para serem gravadas. “Forgive Me” e “Handsome Boy”, seriam inicialmente interpretadas pela cantora-compositora Celeste Novais. Tony não viu problemas em cantar a primeira música, mas quanto à segunda (“rapaz charmoso”), não pegava bem ser cantada por um homem. Foi aí que teve a ideia de chamar a irmã Célia, que teve o nome mudado para Celly, para interpretá-la. O compacto dos irmãos Campelo foi um enorme sucesso e os jovens se apaixonaram pela voz doce e singela de Celly.

A onda dos “covers”, músicas originais em inglês gravadas por cantores brasileiros, chegava ao seu apogeu:

Ainda nesse ano, surgem os cariocas Golden Boys (tirado de Roy Hamilton, o golden boy?) com Wake up little Susie (Copacabana) e Lana Bittencourt segue sua trilha de sucessos com Love me forever (também cantado por Dolores Duran) e outros calypsos rock, a nova moda. Aliás, segundo dizem, Lana chegou a entrar nas “100 mais” da revista americana “Cash Box” nos Estados Unidos, com Little Darling. Mas, o sucesso de Lana e outros intérpretes impedia o lan­çamento original entre nós. O mesmo acontecia com o grupo vocal The Playings, uma invenção do produtor José Scatena (Titulares do Ritmo, famoso grupo vocal de SP, mais as cantoras de estúdio, irmãs Gradilone), então dono da gravadora e estúdio RGE que, com a gravação de sucessos do hit-parade americano como Lollipop e Banana Split, impediu a entrada dos hits originais. Até o tradicio­nal Conjunto Farroupilha frequentou o gênero, com a gravação de Mr. Lee. (PAVÃO, 2011. p. 38). 

O Club do Rock de Carlos Imperial ia de vento em popa e o destaque era um jovem de apenas 17 anos chamado Sérgio Murilo, que viria a despontar como grande cantor no ano seguinte. Betinho e Seu Conjunto emplacavam mais um sucesso, “Aguenta Rojão”. No segundo semestre, o Pai do Rock, Bill Haley (junto com Seus Cometas), veio ao Brasil pela primeira vez e fez um show antológico, televisionado pela TV Record. Ficou impressionado com a recepção que teve, pois não imaginava ser tão popular por aqui. O professor de violão Theotônio Pavão tinha muitos alunos que de quando em quando se reuniam para fazer festas, onde mostravam seus atributos artísticos. Foi durante algumas desses happenings que o jovem cantor e guitarrista Albert Pavão, filho de Theotônio, começou a aparecer, imitando seu ídolo Elvis Presley.

Em 1959, Celly Campello gravou seu mais retumbante sucesso, “Estúpido Cupido”, versão do clássico de Neil Sedaka, “Stupid Cupid” que vendeu ceca de 100 mil exemplares e disputou o primeiro lugares nas paradas como pesos pesados como Elvis Presley, Paul Anka e o próprio Sedaka. A música havia sido erroneamente gravada no lado B de “The Secret”, ao invés do costumeiro lado A. O êxito foi tanto que Celly e o irmão Tony entraram em evidência junto aos roqueiros paulistas. Celly emendou outros sucessos como “Túnel do Amor”, “Just Young”, “Tammy” e “Lacinhos Cor de Rosa”. Os irmãos Campelo estrearam o primeiro programa de Rock da televisão brasileira, Tony e Celly em Hi-Fi pela TV Record, onde recebiam as emergentes estrelas da época. A Record, aliás, sempre esteve envolvida na divulgação do Rock and Roll, trazendo grandes atrações internacionais como Johnny Ray, Johnny Restivo, Frankie Avalon, além de Bill Haley. Até o fim de ano, todas as emissoras de TV do Brasil tinham seus programas para jovens.

No Rio de Janeiro, Carlos Imperial transformou seu o Club do Rock num programa apresentado pela TV Tupi carioca. Foi nesse programa que despontou para o sucesso seu pupilo Sérgio Murilo. Outra das descobertas de Imperial foi o conjunto Sputniks de Roberto Carlos e Tim Maia. Todavia, o produtor se interessou mais no primeiro, de quem se tornou protetor e empresário. Tim Maia foi então para os EUA e decretou o fim dos Sputniks. Foi nessa época que Roberto foi apresentado ao seu futuro parceiro Erasmo Esteves.

Roberto e Erasmo já se conheciam de vista desde o final de 1957, quando Roberto Carlos passou a se encontrar com o pessoal que frequentava o Bar Divino. Mas ali os dois não chegaram a travar maiores contatos, eram encontros esporádicos, rápidos; às vezes, quando um chegava, o outro já estava saindo. Por insistência de sua mãe, no início de 1958 Erasmo foi também estudar datilografia no Colégio Ultra, na Tijuca,onde Roberto Carlos àquela altura estava cursando o supletivo. Os dois se esbarravam pelos corredores do colégio, mas ali também não chegaram a ter uma apresentação formal. Isto só aconteceu mesmo em abril de 1958,quando Roberto Carlos precisou da letra de Hound dog. – “Roberto, este é o Erasmo, o cara que sabe tudo de Elvis.” Foi com essas palavras que Arlênio Lívio colocou em sintonia a dupla Roberto e Erasmo. “Eu já conheço você da televisão”, afirmou Erasmo, deixando Roberto feliz ao ser reconhecido como artista. E de fato, além de se esbarrarem ali pela Tijuca, Erasmo já tinha visto Roberto Carlos cantar no Clube do Rock, quando Carlos Imperial o anunciava como “o Elvis Presley Brasileiro”.(ARAÚJO, 2006. p. 51).

Sob a tutela de Imperial, o futuro Rei da Juventude gravou seu primeiro compacto, não um Rock mas um samba, “Joãozinho e Maria”.

Fontes: 

Os Primórdios do Rock no Brasil por Andre de Oliveira

Rock Brasileiro 1955-65: trajetórias, personagens e discografia por Albert Pavão

Roberto Carlos em Detalhes por Paulo César de Araújo

The Sputniks: o início de duas grandes feras da MPB: Tim Maia e Roberto Carlos (o 1º e o 4º da esq. p/ dir.) crédito: http://4.bp.blogspot.com/-wiclFmNn4c4/TaIE-AMX4tI/AAAAAAAAf9Q/mFzRAGy43Pk/s320/sputiniks.jpg

The Sputniks: o início de duas grandes feras da MPB: Tim Maia e Roberto Carlos (o 1º e o 4º da esq. p/ dir.)
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Beatles Saga: A Onda do Skiffle

Outra série que andava meio esquecia por aqui é Beatles Saga, que também retomamos a partir deste post. Nos links a seguir, os capítulos anteriores: Prólogo e Dias de Infância.

1956 – Quando o cantor e banjista Lonnie Donegan e seu trio formado por Chris Barber (contrabaixo) e Beryl Bryden (washboard) fizeram uma apresentação na TV inglesa da música Rock Island Line, original do lendário Leadbelly, eles não faziam ideia do furor que causariam entre os jovens britânicos. Da noite para o dia, muitos desses moleques formaram suas bandas, especialmente no norte da Inglaterra (Liverpool e cercanias). O Skiffle, que era uma tendência do Jazz norte-americano muito em voga nos anos 20/30 e que voltava do outro lado do Atlântico com força total.

Como todo garoto liverpudliano, John também quis formar sua banda de Skiffle e conseguiu esse feito graças à mãe. John havia voltado a encontrar a mãe Julia, que o presenteou com discos de Rock e com seu primeiro violão, um genuíno Django Reinhardt para estudo, apesar dos protestos de Tia Mimi que não via futuro para John na música. John começou a estudar em Quarry Bank  e acabou formando sua gangue, que se divertia fazendo caricaturas do rígido professor Pinkerton ou puxando os cabelos das meninas. A verdade é que John, aos 16, era um líder nato, posição que conseguiu sem nunca ter batido em ninguém, sempre se mantendo ao lado dos mais fortes.

Na verdade, John ainda estava muito triste pela morte do seu querido tio George Smith, marido de Mimi, que era um paizão para ele. Ele havia falecido aos 52 anos no ano anterior. John aprendeu os primeiros acordes com a mãe, que o ensinava a tocar violão como se fosse banjo. Julia tocava para o rebento coisas como That’ll Be the Day (Buddy Holly) e Maggie Mae (velha canção liverpudliana). O vizinho de John, Eric Griffiths também praticava junto com o amigo e a mãe Julia.

Paralelamente, Paul e Mike McCartney haviam passado pela trágica e dolorosa perda trazida pela morte da querida mãe Mary Patricia, que tombou vítima de câncer de mama. Paul também tinha afinidade com a música, herança do pai, que tocava no passado e tinha até uma banda. Aos 14 anos, Paul ganhou seu primeiro instrumento musical, um trompete. Desistiu logo pois por não conseguir boa embocadura, acabou machucando a boca. Ganhou então um violão, um Zenith modelo 17. Começou a ouvir Rock americano e era fissurado em Elvis Presley e Eddie Cochran.

George, que nesse ano já estudava no Liverpool Institute e fez amizade com Paul, era apaixonado por guitarras. Seu fascínio pelo Rock começou um ano antes ao ouvir Heartbreak Hotel de Elvis Presley. Pediu dinheiro à mãe e comprou seu primeiro violão, um Dutch Egmond.

No Dingle, um dos mais violentos bairros de Liverpool, Ritchie teve uma infância e adolescência atribuladas por conta de muitas doenças que o acometeram. Por causa disso, não pôde ter estudo normal e começou a trabalhar como garçom aos 15 anos. Mal sabia ler e escrever. Nessa altura da febre do Skiffle, o padrasto Harry Graves comprou para o garoto seu primeiro kit de bateria. Ter uma bateria já era meio caminho andado para entrar em uma das milhares de bandas que foram formadas pelos jovens em 1956.

Fontes:

Wikipedia

http://www.beatlesource.com/savage/main.html

Lonnie Donegan: responsável pelo boom do Skiffle na Inglaterra Crédito: http://www.hillmanweb.com/rock/donegan/don18h4.jpg

Lonnie Donegan: responsável pelo boom do Skiffle na Inglaterra
Crédito: http://www.hillmanweb.com/rock/donegan/don18h4.jpg

 

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História do Rock: Outras tendências da Primeira Onda

Retomando nossa série História do Rock, que há muito não postávamos por aqui. Caso alguém queira dar uma lida nos posts anteriores, basta entrar nos links a seguir: Prefácio, Anos 40, Pais da Criança, Surge o Rei,  Primeira Onda e um post bônus.

No post publicado em 18/03/2012, conhecemos a linha de frente da Primeira Onda. Além dos músicos já citados, havia outros como os cantores de R & B Jesse Belvin, Louis Jordan e Jackie Wilson, Sam Cooke, Ray Charles e James Brown, sendo que estes 3 últimos são considerados precursores do que se convencionou chamar de Soul Music nos anos 60.

Podemos citar também os grupos de Doo Wop como The Moonglows (onde surgiu o futuro astro Marvin Gaye), The Penguins, The Coasters, The Spaniels, The Ravens, Del-Vikings, The Fleetwoods, Frankie Lymon & The Teenagers, Maurice & The Zodiacs, The Marcels, Dion & The Belmonts, The Tymes, The Orioles, The Cadilacs, The Clovers, The Chordettes, nunca esquecendo dos mais lendários e duradouros grupos vocais que se tornaram instituições musicais como The Platters e The Drifters. Caso você seja aficcionado pelo gênero acompanhe nossa seção Doo Wop & Vocal Groups Review.

Com uma infinidade de artistas, o Rock and Roll conheceu seu período áureo, com todas as mídias focalizando o novo fenômeno de massas: programas de rádio e TV, filmes, inserções publicitárias. Com tudo isso, o establishment norte-americano caiu de joelhos perante o Rock and Roll. Na Inglaterra, os Bluesmen veteranos (Muddy Waters, Howlin’ Wolf, T-Bone Walker, Sonny Boy Williamson II, entre outros) tornaram-se requisitados pelos jovens, assim como os atuantes roqueiros da Primeira Onda (como Bill Haley e Buddy Holly). Até 1958, todo o planeta foi tomado de assalto pelo Rock and Roll, inclusive o Brasil. Num post futuro, falaremos sobre o Rock no mundo e na América Latina.

Fontes:

Wikipedia

Ensaio: A História do Rock por Andre McKenna

Os principais grupos vocais da Primeira Onda

Os principais grupos vocais da Primeira Onda

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Mersey Beat Review: The Tremeloes, finale

Em 1958, os amigos Dave Munden (bateria, vocais) e Brian Poole (vocais) formaram uma banda chamando alguns conhecidos da vizinhança de Dagenham, Essex. A banda recebeu o nome de The Tremoloes (um efeito dos amplicadores), mas por uma erro de grafia de um jornal local que trocou as letras, ficou Tremeloes. No início de 1962, fizeram um teste para a Decca Records, onde concorreram com os Beatles, de Liverpool. Acabaram levando a melhor e a banda foi rebatizada como Brian Poole & The Tremeloes, mas seus primeiros singles não tiveram êxito comercial. Com o sucesso de Twist and Shout e Do You Love Me?, a banda começou a ter visibilidade, mas alternar sucessos e fracassos, entre 1964 e 1965.

Nesse ano, Brian Poole resolveu começar uma carreira musical sem os colegas. Ao mesmo tempo, o baixista Alan Howard também saiu da banda, sendo substituído por Mike Clark, que ficou apenas três meses e acabou sendo substituído por Len “Chip” Hawkes (nascido Leonard Hawkes no dia 2 de novembro de 1946 em Londres, Inglaterra). O guitarrista Al Blakley passou a liderar a banda e a exemplo dos Hollies de Manchester, os Tremeloes passaram a investir em harmonias vocais, feitas por todos os membros da banda, sem perder a excelência do acompanhamento instrumental. Em 1966, gravaram seus últimos singles pela Decca, Blessed (Paul Simon) de Simon & Garfunkel e um cover dos Beatles Good Day Sunshine (que figurou no álbum dos Fab 4, Revolver). Nenhum dos dois discos chegou aos charts.

Em 1967, deixaram a gravadora e fecharam com a CBS Records, lançando o single  Here Comes My Baby, uma bela composição de Cat Stevens, ainda um compositor em início de carreira. O disco ficou em 4º lugar nos charts britãnicos e pela primeira vez na parada dos EUA (13º lugar) e a banda ganhou seu primeiro Disco de Ouro pelo sucesso de vendas. No mesmo ano, gravaram e lançaram seu clássico incontestável, Silence is Golden (Bob Crewe, Bob Gaudio), uma música obscura dos Four Seasons, lançada como lado B de seu hit Rag Doll. As belas harmonias vocais agradaram em cheio e o disco ficou em primeiro lugar na parada do Reino Unido e em 5º nos charts norte americanos (11º na Austrália) e eles ganharam seu segundo Disco de Ouro. Também foi lançado o single Even the Bad Times Are Good (Peter Callander, Mitch Murray), que figurou no 4º posto da parada britânica (36º nos EUA, 46º na Austrália) e deu aos Tremeloes seu terceiro Disco de Ouro consecutivo. Um quarto single, Be Mine (Alfredo Ferrari, Vito Pallavicinim Mike Smith, Duilio Sorrenti) foi lançado, mas ficou em 39º lugar nos charts do Reino Unido. paralelamente ao sucesso vivido pela banda, a carreira do antigo vocalista Brian poole foi morro abaixo.

Em 1968, lançaram 4 singles que, se não arrebanharam o topo, ficaram entre os 20 mais das paradas: Suddenly You Love Me (Peter Callander, Mario Panzeri, Daniele Pace, Laurenzo Pilat) ficou em 6° nas paradas britânicas (44º nos EUA), Helule Helule (Peter Kabaka) ficou em 14º no Reino Unido, My Little Lady (Alan Blakley, Len Hawkes) ficou em 6º nos charts britânicos e I Shall Be Released do bardo Bob Dylan ficou em 29º lugar (nenhuma das subsequentes figurou nos charts norte americanos). No ano seguinte, lançaram dois bons singles: Hello World (Tony Hazzard), que ficou em 14º na parada do Reino Unido e (Call Me) Number One (Alan Blakley / Len Hawkes) ficou na vice-liderança dos charts britânicos. a partir desse disco, só lançaram músicas assinadas por Blakley e Hawkes

Em 1970, saíram os singles By the Way (Blakley, Len Hawkes), que ficou em 35º lugar no Reino Unido e Me and My Life (Blakley, Len Hawkes), que ficou em quarto lugar na mesma parada. Em 1971, os singles Hello Buddy (Blakley, Len Hawkes) e Right Wheel, Left Hammer, Sham! (Blakley, Hawkes) ficaram, respectivamente, em 32º e 46° ligares nos charts britânicos, sendo a última vez que sua música constou nas paradas nos anos 70. Em 1972, houve uma mudança no line up com a saída de Al Blakley, que foi substituído por  Bob Benham. Dois anos depois, foi a vez do baixista Len Hawkes deixar os Tremeloes e Aaron Woolley foi recrutado para seu lugar. Os dois começaram uma bem sucedida carreira como produtores de outras bandas.

Em 1979, Blakley e Hawkes voltaram aos Trems, que nessa altura se tornou uma banda calcada no revival dos bons tempos. Em 1983, gravaram uma música inédita, Words, um cover de F.R. David que ficou em 91º na parada britânica. Depois voltaram a centrar forças em seu repertório mais clássico, sendo que em 1988m Hawkes deixou os Tremeloes em definitivo para cuidar da carreira bem sucedida do filho Chesney Hawkes. Para seu lugar, chamaram Davey Freyer ao mesmo tempo que recrutaram Joe Gillingham como um quinto elemento nos teclados e vocais. Em 1994, gravaram um single de Natal intitulado Jerusalem. Em 1996, o memrbo fundador Al Blakley perdeu a batalha para um câncer e faleceu. Em 2004, Freyer deixou os Trems por motivos pessoais e Jeff Brown assumiu o baixo. Em 2006, o vocalista da formação original Bruan Poole voltou a cantar com eles, fazendo um revival dos seus tempos de Decca. Em 2012, o longevo guitarrista solo Rick West se aposentou, sendo substituído por deixando o batera Dave Munden como o único a ter participado de todas as formações da banda. Eddie Jones assumiu o posto, sendo o “caçula” do grupo. os veteranos membros Brian Poole e Len Hawkes sempre que podem vêm reforçar o time em apresentações especiais. Os Tremeloes continuam tocando e encantando seu público, levando-o de volta no tempo, aos gloriosos anos 60.

Fonte:

Wikipedia

http://www.thetremeloes.co.uk/2.html

http://www.allmusic.com/artist/the-tremeloes-mn0000921359

 

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