Arquivo da categoria: Doo Wop & Vocal Groups Review

Doo Wop & Vocal Groups Review: The Dells, finale

The Dells gravaram nove singles e um álbum entre 1961 e 1965 e continuaram atuando como banda de acompanhamento de outros artistas em gravações e shows. Em 1966, foram contratados por Ray Charles como atração de abertura e assinaram com o selo Cadet da Chess Records, onde gravaram vários singles e os álbuns There Is (1968), Musical Menu, Love is Blue (1969),  Like It Is, Like It Was (1970) e Freedom Means (1971), todos grandes êxitos do grupo.

Em 1972, gravaram os singles Oh, My Dear/It’s All Up to You, Walk On By (grande sucesso de Bacharach/David originalemente na voz de Dionne Warwick) e Just as Long as We’re in Love, além dos álbuns The Dells Sing Dionne Warwick Greatest Hits (onde interpretam os sucessos da grande diva do Soul) e Sweet as Funk Can Be. Todos esses trabalhos não chegaram a figurar no Top 20. Em 1973, foi lançado os álbum Give Your Baby a Standing Ovation, cuja canção-título fez um enorme sucesso, convertendo-se em outro clássico da banda. O disco ficou em 10º lugar nos charts R&B e o single homônimo  fcxiou com a terceira colocação na mesma parada de sucesso. Também lançaram o álbum The Dells (15º lugar na parada R&B) e os singles My Pretending Days are Over (10º lugar na parada R&B)  e I Miss You (8º lugar na mesma parada).

Em 1974, terminou sua estada na gravadora Cadet, que devido a dificuldades financeiras teve que dispensar seus artistas. Seus derradeiros trabalhos pela gravadora foram os álbuns The Dells vs. The Dramatics (outra banda de Soul que terá sua biografia contada aqui futuramente), The Mighty Mighty DellsWe Got to Get Our Thing Together (lançado no ano seguinte), que chegaram ao 15º, 13º e 31º lugares, respectivamente, nos charts de R&B. Também gravaram os singles I Wish It Was Me You Loved (11º lugar no chart R&B) e Learning to Love You Was Easy (It’s So Hard Trying to Get Over You)/Bring Back the Love of Yesterday (18º lugar no chart R&B).

Em 1975, foram para a Mercury Records onde gravaram os álbuns No Way Back (1976), They Said It Couldn’t Be Done, But We Did It! (1977) e Love Connection (1978) que não tiveram o mesmo êxtio de seus discos pela Cadet, mas figurou no Top 40 das paradas R&B. Em 1978, foram para a ABC Records, onde gravaram dois álbuns, New Beginnings (1978) e Face to Face (1979). Em 1980, assinaram com a 20th Century Fox, onde gravaram os álbuns I Touched a Dream (1980) e Whatever Turns You On (1981). A partir da década de 80, seus trabalhos foram escasseando, tendo gravado os álbuns One Step Closer (1984) pela Private I e The Second Time (1989) pela Veteran.

No início dos anos 90, começaram a atuar no circuito de artistas que viviam de seu glorioso passado, interpretando seus clássicos. Em 1991, o cineasta Robert Townsend os chamou como consultores do filme musical The Five Hearbeats (no Brasil, Rítmo e Blues), a história de um grupo vocal baseada na própria biografia dos Dells. O grupo participou da trilha sonora do filme. A poderosa voz de Marvin Jr., cantor principal dos Dells, pode ser ouvida e sentida em músicas como Nothing But Love e A Heart is a House for Love (cujo single ficou em 13º lugar nas paradas), entre outras.

No restante da década e no século XXI, eles gravaram os álbuns I Salute You (1992) pela Philadelphia Int’l, Reminiscing (2000) pela Volt e seu derradeiro disco Open Up My Heart: The 9/11 Album (2002) pela DevineAí passaram a se dedicar aos seus clássicos do passado em shows pelos EUA. Em 2004, o grupo foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame e no Vocal Groups Hall of Fame. No dia 23 de janeiro de 1998, faleceu Johnny Funches, que fez parte dos Dells até 1961. No dia 21 de agosto de 2009, o grupo perdeu o tenor falsetista Johnny Carter, que morreu aos 75 anos. Os Dells atuaram até 2012. No dia 29 de maio deste ano, morreu o vigoroso vocalista principal/barítono Marvin Jr., cujo vocal era uma das marcas registradas do grupo.

Fontes:

Wikipedia

http://www.themightydells.com/

The Dells e sua formação clássica no R&RHOF

The Dells e sua formação clássica no R&RHOF

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Doo Wop & Vocal Groups Review, Música, Rock and Roll, Soul e R & B

Doo Wop & Vocal Groups Review: The Dells, parte 2

Em 1952, seis colegas de escola formaram o grupo vocal The El-Rays, que depois de dois anos virou um quinteto, com a saída de um deles. Gravaram seu primeiro single, Darling I Know, que não teve sucesso comercial. Em 1956, saiu se primeiro grande hit nacional Oh What a Night! que deu-lhes visibilidade. Em 1958, após um acidente de carro quase fatal, eles decidiram acabar com a banda, mas voltaram em 1961 para fazer um teste para ser grupo de apoio da cantora Dinah Washington. Nesse ano, Johnny Funches, um dos membros originais decidiu deixar os Dells e foi substituído pelo ex-Flamingos Johnny Carter

Apesar de ter gravado os singles Swinging Teens (1961), God Bless the Child, (Bossa Nova) Bird (ambos de 1962); If It Ain’t One Thing, It’s Another, Goodbye Mary Anne (1963); Shy Girl e Oh, What a Good Nite (1964), The Dells continuaram atuando como grupo de acompanhamento para outros artistas. Uma de suas contribuições mais famosas foi em Hello Stranger, hit de Barbara Lewis de 1963. Nessa época, o compositor Quincy Jones [que fez muito sucesso no fim dos anos 60] atuava como seu produtor e os ajudou a refinar suas harmonias vocais com uma pitada de Jazz.

Em 1965, gravaram seu segundo álbum pela Vee Jay RecordsIt’s Not Unusual, que infelizmente não emplacou. Também saíram os singles Stay in My Corner, que alcançou o 23º lugar nos charts R&B e Hey Sugar (Don’t Get Serious). No ano seguinte, voltaram para a Chess Records, atuando pela subsidiária Cadet Records, onde gravaram os singles Thinkin’ About You e Over Again. Também tiveram a oportunidade de cantar com seu próprio stage act ao serem contratados por Ray Charles como atração de abertura de seus shows. Só que logo depois, o Mestre do Soul teve que demiti-los porque arrancavam aplausos da plateia com suas energéticas apresentações, ofuscando sua performance. Na verdade, Ray achava que os rapazes tinham potencial para terem seu próprio show  e não só atuar como grupo de abertura.

Em 1967, lançaram os singles Inspiration e O-O, I Love You (este último ficou em 22º lugar nas paradas de R&B dos EUA. Em 1968, saiu There Is, seu terceiro álbum, o primeiro pela Cadet, que conseguiu o 14ºposto no chart R&B. Os singles There IsWear It on Our Face também tiveram boa colocação, ficando em 11º e 27º lugares na parada R&B, respectivamente. No mesmo ano também lançaram os bem sucedidos singles Stay in My Corner (relançamento de um single de 1965), que arrebanhou o primeiríssimo lugar nos charts R&B e 10º nos charts Pop, além de Always Together (3º lugar R&B) e Does Anybody Know I’m Here (15º R&B).

Em 1969, lançaram os bem sucedidos singles Hallways of My Mind/I Can’t Do Enough (44º e 20º lugares R&B), o bombástico medley I Can Sing a Rainbow (Arthur Hamilton)/Love is Blue (Andre Popp, Pierre Cour), disco que conseguiu o 5º lugar R&B, 22º Pop e 15º no Reino Unido, sua música mais conhecida do público brasileiro; a regravação mais R&B de seu hit Oh, What a Night (1º lugar R&B e 10º Pop) e On the Dock of the Bay/When I’m in Your Arms (13º R&B). Foram lançados dois álbuns, Musical Menu (10º lugar R&B) e Love is Blue (3º lugar R&B).

Em 1970, saíram os álbuns Like It Is, Like It Was (7º lugar R&B) e os singles Oh What a Day (10º lugar R&B), Open Up My Heart (5º lugar R&B), Nadine (5º lugar R&B) e Long Lonely Nights (27º lugar R&B). Em 1971, vieram o álbum Freedom Means e os singles The Glory of Love (30º lugar R&B) e The Love We Had (Stays on My Mind), ficou em 8º nos charts R&B.

Conclui no próximo post

1 comentário

Arquivado em Biografias, Doo Wop & Vocal Groups Review, Grupos vocais, Música, Rock and Roll, Soul e R & B

Doo Wop & Vocal Groups Review: The Dells, parte 1

Um grupo vocal que teve início nos anos 50 e foi um dos sobreviventes do declínio do Doo Wop na década de 60, ao incrementar os arranjos vocais com uma roupagem mais cheia de Soul e R&B. É um dos poucos grupos nesses moldes a fazer parte do seleto Rock and Roll Hall of Fame. Vamos falar de The Dells.

A história do grupo começou em 1952 quando o barítono/vocalista principal Marvin Junior (nascido no dia 3t de janeiro de 1936 em Arkansas, EUA), o segundo tenor Verne Allison (nascido no dia 22 de junho de 1936 em Chicago, Illinois, EUA), o barítono Mickey McGill (nascido no dia 17 de fevereiro de 1937 em Chicago, Illinois, EUA), o baixo Chuck Barksdale (nascido no dia 11 de junho de 1935 em Chicago, Illinois, EUA) e o primeiro tenor/vocalista principal Johnny Funches (nascido no dia 18 de julho de 1935 em Chicago, Illinois, EUA) e o segundo tenor Lucius McGill (nascido em 1935 em Chicago, Illinois, EUA), todos estudantes da Thornton Township High School, se juntaram para formar o grupo vocal The El-Rays.

Em 1954, McGill saiu e o grupo resolveu se manter como quinteto, como mandava o figurino dos grupos vocais dos anos 50. Foram descobertos pela Checker Records, onde gravaram seu primeiro single, Darling I Know, que foi um verdadeiro fiasco comercial. No ano seguinte, eles rebatizaram a banda de The Dells e assinaram com a gravadora Vee Jay Records, lançando os singles Tell the World e Zing Zing Zing.

Em 1956, saiu o single Oh What A Night!, que foi um grande sucesso e seu primeiro hit, música composta por Johnny Funches e Marvin Jr. O disco ficou em 5º lugar nos charts R&B, chegando a mais de um milhão de cópias vendidas, o que valeu ao grupo seu primeiro disco de ouro e o reconhecimento nacional. No mesmo ano, saiu o single I Wanna Go Home e no ano seguinte, saíram os singles Why Do You Have to Go, A Distant Love e Pain in My Heart.

Em 1958, foram lançados mais três singles: What You Say Baby, I’m Calling e My Best Girl, mas nenhum deles com a vendagem de Oh What a Night!, seu grande hit. Mesmo assim, o grupo tocou no circuito principal de artistas da Primeira Onda e curtiram seu sucesso. Nesse ano, um acidente de carro que quase matou Mickey McGill fez com que o fim do grupo fosse decretado. Nesse meio tempo, Chuck Barksdale atuou no grupo vocal Harvey Fucqua & The Moonglows, que contava com o jovem [e futuro grande nome do Soul] Marvin Gaye como baterista (depois um dos vocalistas). A gravadora deles lançou seu primeiro álbum Oh What a Night!

Em 1961, após um lapso de três anos, o grupo se reuniu para um teste para acompanhar a cantora Dinah Washington. A diva do R&B gostou do que ouviu e contratou os Dells como seu grupo de apoio. Nesse ano, Johnny Funches, o vocalista principal do grupo saiu alegando que queria cuidar da família. Para seu lugar, foi chamado o primeiro tenor Johnny Carter (nascido no dia 2 de junho de 1934 em Chicago, Illinois, EUA), dono de um falsete fenomenal. Ele havia atuado como cantor principal e fundador do conhecido grupo vocal The Flamingos. Funches ainda continuou no staff de Dinah Washington por dois anos.

Continua no próximo post

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Doo Wop & Vocal Groups Review, Grupos vocais, Música, Rock and Roll, Soul e R & B

Grandes Nomes do Soul: The Four Tops, parte 5

Em 1975, os Four Tops lançaram o álbum Night Lights Harmony, que foi um verdadeiro fiasco comercial. Em 1976, saiu Catfish seguido dos fracos e inexpressivos The Show Must Go On (1977) e At the Top (1978), findando sua estada na gravadora ABC-Dunhill. Ficaram um tempo fora do show business e voltaram com a corda toda em 1980, quando assinaram com a gravadora Casablanca Records, onde lançaram os álbuns Tonight! (1981) e One More Mountain (1982). No ano seguinte, voltaram para a Motown, onde participaram do especial de TV Motown 25: Yesterday, Today and Forever, onde fizeram um “duelo” musical com outra lenda da casa, The Temptations. Nesse ano, gravaram o álbum Back Where I Belong.

Com a produção da famosa trinca Holland-Dozier-Holland, com com quem os Tops tiveram uma bem sucedida parceria nos anos 60, os destaques do álbum ficam por conta de I Just Can’t Walk Away (o grande hit do disco), What Have You Got to Lose (participação da Rainha do Soul Aretha Franklin) e Hang (dueto formidável com The Temptations). O disco ficou em 71º nas paradas Pop e em 36º nos charts R&B e o single de I Just Can’t Walk Away ficou no Top 40 da Billboard.

Em 1985, gravaram mais um álbum pela Motown, Magic, que contou com vários produtores. O disco não foi tão bem sucedido quanto o anterior, apesar de boas músicas como I Can Feel the Magic (Willie Hutch), Don’t Turn Away (Reggie Lucas) e I’m Ready for Love (Holland, Dozier, Holland), ficando em 140º na parada Pop e em 33º nos charts R&B. O grupo continuou com sua rotina de shows pelo mundo.

Em 1986, o quarteto entrou em rota de colisão com a diretoria da Motown, pois não concordava com a direção musical e a estratégia de marketing da gravadora. Como resultado, Hot Nightsseu álbum que seria lançado naquele ano, foi cancelado e os Four Tops mais uma vez saíram da Motown. Levi Stubbs fez uma participação no filme musical A Pequena Loja de Horrores, estrelado por Steve Martin e Rick Moranis, fazendo a voz marcante da maquiavélica planta carnívora Audrey II.

Em 1987, eles compraram todas as fitas masters de Hot Nights e assinaram com a Arista Records, onde gravaram Indestructible, seu único álbum pelo selo, lançado em 1988. O disco teve vários produtores como o badalado Narada Michael Walden e velhos conhecidos dos 4T como Steve Barri (que produziu seus álbuns pela ABC-Dunhill e Lamont Dozier (do trio Holland-Dozier-Holland), além de convidados especiais como Aretha Franklin (em seu segundo dueto com o quarteto) e Kenny G (sax) na faixa If Ever A Love There Was e Clarence Clemons (E-Street Band) tocando sax em The Sun Ain’t Gonna Shine. A faixa que nomeia o álbum apareceu no filme Alien Nation (Missão Alien no Brasil).

No final de 1988, os Four Tops fizeram uma bem sucedida turnê pela Europa. Eles iam voltar pra casa no vôo 103 da Panam e estavam na lista de passageiros. Contudo, uma sessão de gravação de última hora fez com que perdessem esse vôo. Horas depois, ficaram sabendo, estarrecidos, que uma bomba terrorista havia explodido dentro do avião, matando a todos os passageiros. Graças a esse compromisso, o grupo não foi vítima dessa tragédia que marcou os EUA.

Conclui no próximo post

Levi Stubbs: o vozeirão dos 4T dando vida á malígna planta carnívora Audrey II crédito: http://2.bp.blogspot.com/_Qzd9HIsRWeA/SQnYNTJRbCI/AAAAAAAAPOI/VwaY7XKXf6E/s400/Levi+Stubbs+LSH.jpg

Levi Stubbs: o vozeirão dos 4T dando vida á malígna planta carnívora Audrey II
crédito: http://2.bp.blogspot.com/_Qzd9HIsRWeA/SQnYNTJRbCI/AAAAAAAAPOI/VwaY7XKXf6E/s400/Levi+Stubbs+LSH.jpg

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Doo Wop & Vocal Groups Review, Grandes Nomes do Soul, Música, Rock and Roll, Soul e R & B

Doo Wop & Vocal Groups Review: The Tokens, parte 1

É um dos grupos de Doo Wop pouco conhecidos no Brasil pelo público em geral, embora seu maior sucesso, The Lion Sleeps Tonight, tenha ficado em evidência por causa da animação da Disney Rei Leão. É muito querido pelos aficionados do gênero e teve em suas fileiras o grande cantor e compositor Neil Sedaka. Vamos falar do sensacional The Tokens.

Em 1955, quatro estudantes da Brooklyn’s Abraham Lincoln High School, Neil Sedaka (nascido no dia 13 de março de 1939 no Brooklyn, NY, EUA), Hank Medress (nascido no dia 19 de novembro de 1938) juntaram-se a Eddie Rabkin e Cynthia Zolotin para formar um grupo vocal, ao qual chamaram inicialmente The Linc-Tones. Rabkin saiu em 1956, sendo substituído por Jay Siegel e o quarteto gravou seu primeiro single, While I Dream/I Love My Baby (duas músicas compostas pelo futuro duo Neil Sedaka & Howie Greenfield). Em 1957, Sedaka e Zolotin saíram e Hank Medress e Siegel resolveram manter o grupo ativo, chamando Warren Schwartz e Fred Kalstein para as vagas em aberto. Mudaram o nome para Darrell & The Oxfords e gravaram o single Picture in My Vallet.

Em 1960, foram recrutados o barítono Philip “Phil” Margo (nascido no dia 1º de abril de 1942 em Brooklyn, NY, EUA) e seu irmão, então com 13 anos, Mitch Margo (nascido em 25 de maio de 1947 no Brooklyn, NY, EUA), moleque com uma ótima voz de tenor e ainda por cima multiinstrumentista. O nome foi mudado para Tokens [símbolos, emblemas] e em 1961, gravaram o single Tonight I Fell In Love pela Warwick Records, que teve uma boa atuação nas paradas ficando em 15º lugar do Hot 100 da Billboard, o que abriu a oportunidade do grupo se apresentar no lendário American Bandstand, um dos melhores programas musicais  da TV norte americana. Sua aparição no programa rendeu uma fama enorme para o grupo.

Nesse mesmo ano, os Tokens gravaram pela RCA Victor, um cover de Solomon Linda, The Lion Sleeps Tonight, que por sua vez é a versão em inglês (adaptada por Solomon Linda, Hugo Peretti, Luigi Creatore e George David Weiss) para uma canção folclórica zulú chamada M’bube, anglicizada para Wimoweh. Contando com a soprano operística Anita Darian nos vocais de apoio, esse disco foi um enorme sucesso, chegando ao cobiçado número 1 da parada Hot 100 da Billboard. Nos charts britânicos, o single também fez bonto e chegou ao 11º posto. Os Tokens logo se tornaram um os grupos mais conhecidos dos EUA, além de terem ganhado muito dinheiro. Tanto esse compacto quanto o primeiro levaram o grupo a receber Discos de Ouro. Saiu o primeiro álbum da banda, que recebeu o nome de seu maior hit.

De 1962 a 1970, os Tokens mantiveram a linha e emplacaram vários singles que ficaram no Hot 100 como B’Wa Nina e La Bamba, um cover de Richie Valens, outro grande sucesso do grupo(1962); Hear the Blues e He’s in Town (1963);  I Hear Trumpets Blow (1966), It’s a Happening WorldPortrait of My Love (1967); She Lets Her Hair Down (Early in the Morning)Don’t Worry Baby, cover dos Beach Boys (1970). Cotado com o guitarrista Joe Venneri como um quinto elemento, também lançaram vários álbuns e fizeram aparições em programas televisivos.

Fundaram a Bright Tunes Productions e deram ao luxo também de produzir outros grupos vocais como Chiffons (He’s So Fine, One Fine Day), The Happennings (See You In September, I Got Rhythm e Go Away Little Girl), Randy & The Rainbows (Denise), Tony Orlando & Dawn (Candida, Knock Three Times, Tie a Yellow Ribbon Round the Ole Oak Tree), todos grandes hits da década de 60. Também fundaram sua própria gravadora, B.T. Puppy Records.

Conclui no próximo post

The Tokens (ou Linc-Tones) contando com Neil Sedaka

The Tokens (ou Linc-Tones) contando com Neil Sedaka

tokens foto

Aqui, a formação clássica

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Doo Wop & Vocal Groups Review, Grupos vocais, Música, Rock and Roll

Doo Wop Review: Vito & The Salutations

Embora sejam completamente desconhecidos no Brasil, seu maior sucesso Gloria embala muitas festas Rockabilly e de Anos 50 e é uma das favoritas dos aficcionados do gênero no país. Era um dos principais grupos brancos de Doo Wop dos EUA, que perdurou alguns anos mesmo após a decadência do estilo. Sua característica principal era interpretar standards dos anos 40 e 50 de forma nada ortodoxa. Falemos de Vito & The Salutations.

Em 1961, os amigos Bob De Pallo e Barry Solomon, que moravam nos arredores de Brownsville formaram um grupo vocal com alguns vizinhos do Brooklyn, Nova York, EUA. Costumavam cantar nas estações de metrô da Big Apple, até que a dupla chamou a atenção de uma certa Linda Scott, que gostou do que ouviu e os recomendou ao produtor David Rick que propôs a criação de um grupo real e não um amontoado de cantores cantando por uns trocados. Na busca por outros integrantes que quisessem levar a sério o grupo, eles ouviram uma fita demo de um jovem de 14 anos chamado Vito Balsamo, amigo de um irmao de De Pallo. Ficaram tão impessionados com sua performance que o garoto assumiu a função de vocalista principal do grupo. Vito não só aceitou como trouxe para o grupo seu amigo Bobby Mitchell, que fazia a voz de barítono.

Depois de um ensaio providencial, os rapazes, nomeados Vito & Salutations, fizeram um teste para David Rick, concorrendo com mais vinte grupos vocais. Graças à sua brilhante interpretação de My Juanita dos Crests, o grupo conseguiu ser aprovado. Em dezembro, eles gravaram várias músicas nos estúdios ODO. Uma das músicas gravadas na sessão, Gloria (composta por Esther Novarro), original dos Cadillacs, agradou e foi lançada como single, o primeiro do grupo que tinha Let’s Untwist the Twist no lado B.

Apesar da música ter sido um enorme sucesso em 1962, os membros originais De Pallo, Solomon e Mitchell debandaram, deixando  Vito sozinho para recrutar novos membros. Entraram para o grupo Randy Silverman (vocais principais e primeiro tenor), Shelly Buchansky (primeiro e  segundo tenor) Lenny Citrin (barítono) e Frankie Fox (baixo). Esta nova encarnação dos Salutations passou a beber na fonte de grupos negros de Doo Wop como The Heartbeats, The Cadillacs, The FlamingosThe Moonglows. Ainda sob a produção de David Rick, o grupo assinou com um selo pequeno chamado Kram, onde lançaram o single Your Way (sucesso dos Heartbeats). Em 1963, eles fecharam com a Herald Records um dos selos independentes mais fortes dos EUA.

Vito e seus colegas começaram a investir em standards do passado com uma inusitada roupagem Doo Wop. Foi assim que els lançaram sua versão de Unchained Melody (Alex North, Hy Zaret), música que abriu as portas do grupo para perfoances em shows itinerantes e programas de TV, dividindo spotlighr com feras como Marvin Gaye, Dionne Warwick, Jay & The Americans e outros. Um jovem músico cego, chamado Jose Feliciano fez parte da banda de apoio. Anos depois, seria muito famoso. De 1964 em diante, lançaram os singles Banana Boat (Day-0 ), famoso hit de Harry Belafonte pela Wells RecordsGet a Job (sua versão para o clássico de The Silhouettes),  pela Regina Records, High Noon (famoso tema de faroeste) pela Apt. Records, So Wonderful pela Red Boy e uma versão hilária para Hello Dolly do musical homônimo pela Rust Records, seu derradeiro disco. Naquela altura estava difícil competir com a Invasão Britânica promovida pelos Beatles.

Em 1965, o quinteto optou pelo fim do grupo. Vito Balsamo juntou-se aos Kelloggs, grupo que cantava num programa de TV matinal. Eles gravaram um single de relativo sucesso, Snap, Crackle and Pop pela Laurie Records. Os outros salutations tentaram criar versões alternativas do grupo, mas não tiveram sucesso. Em 1971, uma reunião do grupo contou apenas com Frankie Fox e Shelly Buchansky. O grupo não mais existe, mas está pra sempre imortalizado nos nossos corações doo-wopeiros através da linda Gloria, seu grande sucesso.

Fontes:

Wikipedia (em inglês)

http://doo-wop.blogg.org/themes-_salutations__vito___the_-163282.html

Vito & Salutations: um dos mais conhecidos grupos brancos de Doo Wop Crédito: http://images.blog-24.com/1260000/1260000/1260033.jpg

Vito & Salutations: um dos mais conhecidos grupos brancos de Doo Wop
Crédito: http://images.blog-24.com/1260000/1260000/1260033.jpg

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Doo Wop & Vocal Groups Review, Música, Rock and Roll

Doo Wop & Vocal Groups Review: The Five Satins

Vamos inaugurar mais uma nova seção aqui no nosso Musical Review. Aqui iremos falar sobre grupos lendários de Doo Wop em todos os seus estilos e desdobramentos. Os grupos de Doo Wop fazem parte da essência da Primeira Onda do Rock and Roll e essa tendência teve início ainda nos anos 40 com grupos como Tke Ink Spots e Mills Brothers. Ainda que tenha tido um certo declínio a partir dos anos 60, sua influência é sentida no estilos de bandas como Beatles, MonkeesHollies e Beach Boys. Para começar este novo espaço, vamos falar de The Five Satins.

The Scarlets, uma primeira manifestação do grupo, foi formada em New Haven, Connecticut em 1954 por Fred Parris (nascido no dia 25 de março de 1936), egresso do grupo vocal The Canaries e tinha nesse time original Sylvester Hopkins (primeiro tenor), Nathaniel Mosely, Jr. (segundo tenor), Albert Denby (barítono) e William L. Powers (baixo), todos alunos da Hillhouse High School. Por ser o principal compositor, Fred naturalmente foi escolhido como vocalista principal e líder do grupo. Com essa responsabilidade nas costas, o então jovem de 17 anos foi a Nova York para encontrar alguma gravadora interessada no passe do grupo. Mostrou uma demo com a composição Dear One para o selo Red Robin, que tinha o grupo The Velvets como uma de suas estrelas. Bob Robinson, o big boss da gravadora não ficou impressionado com o grupo mas acabou fechando com eles, graças a influência de Dan Robinson, seu irmão e co-proprietário, que gostou do que ouviu. O single com Dear One/I’ve Tried fez um certo sucesso local.

No ano seguinte, os garotos foram todos convocados pelo exército e tiveram que servir à pátria. Antes gravaram um single de despedida pela Red Robin, Kiss Me. Certo dia, quando estava de sentinela em sua base, Fred compôs aquela que viria a ser a mais importante música de sua carreira, In the Still of the Night. Enquanto ainda servia no exército, Fred voltou para New Haven e formou um grupo novo que contou com Lou Peebles (tenor), Ed Martin (barítono), Stanley Dortch (tenor) e Jim Freeman (baixo). Decidiu rebatizar o grupo pensando em algo que soasse como Scarletts (escarlates) e Velvets (veludos). Resultado: The Five Satins (satin = cetim).

Em 1956, os Satins gravaram In the Still of the Night no porão da igreja de St. Bernardette e foi lançado como lado B de Jones Girls. A música foi um estrondoso sucesso dando visibilidade ao grupo. Só que Parris foi deslocado para servir no japão e após uma mudança significativa no line up,  contando apenas com Freeman e Martin mais os novatos Tommy Killbrew e Bill Baker (escolhido como novo vocalista principal) e o pianista Jessie Murphy. Gravaram o single To the Aisle que também teve uma boa repercussão. Em 1958, quando Fred deu baixa honrosa no exército, retornou e não reivindicou sua volta aos Satins, preferindo formar outro grupo com Lou Peebles (ex-Satins), Sylvester Hopkins (que havia feito parte dos Scarletts) mais Richie Freeman e Wes Forbes, ex-Starlarks. O grupo foi batizado Fred Parris & The Scarletts.

Felizmente, os Five Satins (digamos genéricos) decretaram o fim do grupo em 1960 e Fred pôde usar o nome novamente. Só que nessa altura dos acontecimentos, os grupos de Doo Wop começaram a declinar e muitos deles foram extintos. Fred, Lou e Richie resolveram nadar contra a maré e mantiveram o grupo. Graças ao revival dos anos 50 que conteceu no início da década de 60, graças ao filme Let the Good Times Roll, os Satins voltaram escalando um time novo com contou com Parris, Peebles, Freeman mais Jimmy Burtis e Corky Rogers. Nessa altura, o grupo assumiu a característica de revival (c0mo seus contemporâneos Coasters e Belmonts) 

Bill Baker formou seus próprios Satins nos anos 80, contando com Sylvester Hopkins (membro original) mais os irmãos deste Arthur e Frank Hopkins. Nunca houve tensão entre os grupos liderados por Fred e Bill, que conviveram de forma amistosa. Bill Baker faleceu em 1994. Os Satins de Parris foram introduzidos no Vocal Group Hall of Fame em 2003 e até hoje, depois de inúmeras formações, o grupo continua na ativa, sempre contando com o incansável Fred Parris, único membro original do grupo e Richie Freeman.

Fontes:

Wikipedia

http://www.tsimon.com/satins.htm

http://www.vocalgroup.org/inductees/the_five_satins.html

Fred Parris, o fundador e líder: Quase 60 anos de grupo

Fred Parris, o fundador e líder: Quase 60 anos de grupo

5satins

Five Satins em seus anos gloriosos

Deixe um comentário

Arquivado em Aniversariantes, Biografias, Doo Wop & Vocal Groups Review, Música, Rock and Roll, The Beatles, The Monkees