Arquivo da categoria: Música

Rock Brasil Review: Titãs, parte 4

Em 1988, os Titãs lançaram o álbum ao vivo Go Back e se apresentaram no Hollywood Rock. Em 1989, gravaram o álbum O Blesq Blom, derradeiro álbum com a produção do 9º Titã Liminha. Depois de um ano só fazendo shows, a banda gravou o álbum Tudo ao Mesmo Tempo Agora, produzido pela banda, que foi ruim em vendas e foi bombardeado pela crítica. Em 1992, fizeram um show conjunto com os Paralamas do Sucesso no Hollywood Rock daquele ano. Arnaldo Antunes anunciou sua saída da banda, em meio à gravação do álbum Titanomaquia, lançado em 1993.

Após um período de férias em 1994, os Titãs voltaram à toda em 1995 para a gravação do álbum Domingo, que marcou uma mudança significativa na sonoridade da banda. Produzido novamente por Jack Endino, o disco contou com pariticpações prá lá de especiais: Herbert Vianna e João Barone (Paralamas do Sucesso), Andreas Kisser e Igor Cavalera (Sepultura) e o velho amigo e ex-produtor Liminha. Também participaram os músicos Sérgio Bonela (vocais) e Marcos Suzano (percussão). Destacam-se as faixas:  Brasileiro (Mello, Gavin Britto, Bellotto), Tudo em Dia (Arnaldo Antunes, Mello, Britto), além dos covers  Eu Não Aguento (da banda Tiroteio) e Rock Americano (da dupla de repentistas Mauro e Quitéria) e a faixa-título (Britto, Bellotto). O álbum teve boa vendagem (250.000 cópias) e ganhou um Disco de Ouro.

Nos nos de 1995 e 1996, os Titãs se dedicaram a shows e aparições em programas televisivos, até serem convidados para gravar um Acústico MTV em 1997, em comemoração aos 15 anos da banda. Contou com uma orquestra de cordas e metais. Participaram do trabalho o ex-colega Arnaldo Antunes, o ex-produtor Liminha, o cantor argentino Fito Paez, as cantoras Marisa Monte e Rita Lee e o cantor de reggae Jimmy Cliff. Foram escolhidas músicas de vários álbuns da banda, com destaque para a repaginada Pra Dizer Adeus do álbum Televisão, cuja sonoridade no formato acústico agradou geral. Tanto que o álbum vendeu 1, 7 Milhão de cópias, a maior vendagem da história da banda e do Acústico MTV até então. O álbum foi dedicado á memória dos Mamonas Assassinas, que haviam falecido no ano anterior.

Em 1998, ainda sob a influência do Acústico MTV, a banda gravou o álbum Volume Dois, uma mistura de canções que apareceram nos álbuns anteriores e canções ainda inéditas, escritas na época em que Arnaldo Antunes era um Titã. Novamente, contaram com uma orquestra de cordas e metais e com participações especiais de Liminha (vários instrumentos), Eumir Deodato (arranjos), Flávio Guimarães (gaita) e Fat Family (vocais), entre outros. Destacam-se as inéditas Sua Impossível Chance (Nando Reis) e Amanhã Não Se Sabe (Sérgio Britto), além da repaginada Insensível (Britto) do álbum Televisão e o cover É Preciso Saber Viver (Roberto e Erasmo Carlos). Resultado: 800.000 cópias vendidas e a descoberta da banda por uma nova geração. A banda ganhou o Troféu Imprensa como Melhor Conjunto Musical do ano de 1998.

Em 1999, os Titãs decidiram lançar um álbum de tributos, o primeiro de sua história que recebeu o nome As Dez Mais, outra produção de Jack Endino. Aqui, os Titãs apresentam os covers Gostava Tanto de Você (Edson Trindade) do Soulman Tim Maia, Sete Cidades (Legião Urbana), Rotina (Inocentes), Querem Acabar Comigo (Roberto Carlos), Pelados em Santos (Mamonas Assassinas), Ciúme (Ultraje a Rigor) e Aluga-se (Raul Seixas), entre outras. Foi outro sucesso de vendas (500.000 cópias), mas foi malhado pela crítica. Nesse ano, saiu o álbum ao vivo Sempre Livre Mix: Titãs e Paralamas Juntos Ao Vivo, produzido por Léo Garrido. Foi o primeiro registro conjunto dos dois pesos pesados do Rock Brasil.

Em 2001, a banda assinou com a Abril Music , mas a tragédia se abateu sobre os titânicos, em meio à produção de um novo álbum. No dia 11 de junho de 2001, o guitarrista e co-fundador dos Titãs Marcelo Fromer foi atropelado por um motociclista e ficou em estado grave no hospital, vindo a falecer dois dias depois, aos 39 anos. Apesar de profundamente abatidos pela perda, a banda continuou os trabalhos do disco e assim saiu o álbum A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana, uma crítica a pseudo-celebridades que teimam em ter seus 15 segundos de fama. Na produção, o norte americano Jack Endino, produzindo mais um trabalho dos Titãs. Destacam-se a corrosiva e crítica faixa-título (Mello, Britto), além de Epitáfio (Sérgio Britto), O Mundo é Bão, Sebastião (Nando Reis) e Isso (Tony Bellotto). O disco vendeu 250.000 cópias e os Titãs foram agraciados de novo com um Disco de Ouro.

Continua no próximo post

Marcelo Fromer:  adeus a um Titã

Marcelo Fromer: adeus a um Titã

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Música, Punk Rock, Rock and Roll, Rock Brasil Review

Rock Brasil Review: Titãs, parte 3

Em 1985, os Titãs gravaram o segundo álbum Televisão, que apesar de ter alguns clássicos da banda, teve fraca vendagem. Nesse ano, Arnaldo Antunes e Tony Bellotto foram presos por porte e tráfico e heroína. O guitarrista foi liberado logo e o vocalista ficou um mês preso, fazendo com que a banda desmarcasse diversos shows. Chegaram até a pensar em acabar com a banda, mas decidiram continuar em frente, contando com a produção de Liminha (ex-Mutantes). Vieram então os álbuns Cabeça Dinossauro (1986) e Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas (1987) de orientação mais pesada, que colocaram os Titãs na crista da onda.

Em 1988, os Titãs fizeram shows no Brasil e no exterior e lançaram seu primeiro álbum ao vivo Go Back. Os Titãs fizeram uma memorável apresentação no festival Hollywood Rock (cuja segunda edição aconteceu mais de uma década após a anterior, de 1975) ao lado de expoentes do Rock Brasil como Paralamas do Sucesso, Ira! e Ultraje a Rigor, além de Lulu Santos e Marina Lima ao lado de feras internacionais como Pretenders, Simply Red, Robert Palmer, Duran Duran, Simple Minds e UB-40.

Em 1989, veio O Blesq Blom, o ápice da parceria dos Titãs com o produtor Liminha. O som mais pesado dos dois anteriores ficou em segundo plano para que a banda fizesse alguns experimentalismos. Uma das músicas do disco, Miséria (Antunes, Miklos, Britto) contou com a participação do casal de repentistas nordestinos Mauro e Quitéria, descoberto pela banda numa praia em Recife, PE. O próprio nome do disco foi sugerido por Mauro e segundo ele, significava “os primeiros homens que andaram sobre a terra”. Destacam-se também Flores (Gavin, Miklos, Britto e Bellotto), O Pulso (Antunes, Fromer, Bellotto) e 32 Dentes (Mello, Fromer, Britto). O disco vendeu 400.000 cópiaas e a banda levou mais um Disco de Ouro.

Depois de passares o ano de 1990 tocando em turnês e em programas de TV, os Titãs voltaram ao estúdio em 1991 para gravar o álbum Tudo ao Mesmo Tempo Agora, uma volta à sonoridade de Cabeça Dinossauro e Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas. O produtor Liminha foi dispensado, depois de três álbuns arrasadores e a banda cuidou da produção do disco. Destacam-se Uma Coisa de cada Vez (Antunes), Isso pra Mim é Perfume (Reis) e a escatológica Saia de Mim (outra do Arnaldo). Apesar do vigor do som sujo da Cena de Seattle, o momento era de crise na indústria fonográfica brasileira e o Rock por aqui também estava em baixa. O disco foi um verdadeiro fracasso em vendas (150.000 cópias) e foi massacrado pela crítica. Apesdar disso, os shows da banda iam de vento em popa.

Em 1992, os Titãs fizeram um tour-de-force com os Paralamas do Sucesso e participaram na nova edição do Hollywood Rock, que também contou com Lulu Santos, Cidade Negra, Barão Vermelho e as atrações internacionais Living Colour, EMF, Extreme e Skid Row. Essa apresentação conjunta dos dois terços da Trindade do Rock Brasil aconteceu em outros shows na forma de jam sessions ocorridas nas respectivas turnês das bandas. No final do ano, em meio às sessões de um novo álbum veio a bomba: Arnaldo Antunes, um dos fundadores dos Titãs saiu da banda alegando que queria centrar forças em seis projetos individuais. Os Titãs viraram um septeto.

Em 1993, saiu Titanomaquia, que contou com a produção do conhecido Jack Endino (que trabalhou com as bandas do Som de Seattle), com uma sonoridade muito mais pesada que a de costume. O nome do álbum (Guerra dos Titãs) trata de um episódio da Mitologia Grega quando os Titãs, deuses ancestrais, declararam guerra a Zeus, o senhor do Olimpo. Destacam-se as faixas Será que é Isso que Eu Necessito (Britto), com vocais praticamente “vomitados” por Sérgio Britto; Disneylândia (Antunes, Britto, Miklos), Hereditário (Antunes, Bellotto, Reis) e Felizes são os Peixes (Mello, Britto). As vendas também foram modestas, mas a crítica pegou leve e elogiou o disco.

Continua no próximo post

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Música, MPB, Punk Rock, Rock and Roll, Rock Brasil Review

Rock Brasil Review: Titãs, parte 2

Alguns estudantes do Colégio Equipe, que tinham projetos musicais próprios resolveram se unir para formar um grupo de Rock atípico com 9 integrantes (seis deles vocalistas). A banda, chamada de Os Titãs do Iê-Iê começou a tocar no cirtcuito alternativo em 1982 e dois anos depois assinou contrato com a gravadora WEA. Nesse ínterim, um dos vocalistas, Ciro Pessoa, deixou a banda, que decidiu se firmar como um octeto e dimimuir o nome para Titãs, simplesmente, gravando seu primeiro álbum, auto intitulado. O batera André Jung saiu e foi substituído por Charles Gavin.

Em 1985, saiu o segundo álbum dos Titãs, Televisão, com a produção de Lulu Santos, que também tocou guitarra em algumas faixas. Escolher Lulu (ex-Vímana) era uma estrategia da banda para granjear o repspeito do público carioca que execrou o primeiro álbum. A realização do álbum foi tensa pois aconteciam atritos entre o produtor e a banda. O competente Leo Gandelman tocou sax em algumas músicas. A faixa título (Antunes, Fromer, Belotto), verdadeiro clássico titânico, faz uma deliciosa homenagem ao comediante Ronald Golias e seu personagem mais marcante, o Pacífico com seu bordão “Ô Cride!Fala pra Mãe” . Também fazem parte do disco as músicas Insensível (Britto), Não vou me Adaptar (Antunes) e Pra Dizer Adeus (Reis, Belotto), outros hits obrigatórios da banda. O disco foi outra bola fora em termos de vendas (25.000 cópias). Não foi dessa vez que a banda emplacou nas paradas.

Nesse ano, aconteceu um episódio marcante na banda. Tony Bellotto e Arnaldo Antunes foram presos por porte e tráfico de heroína. O guitarrista foi liberado logo mas o cantor e compositor ficou um mês em cana, o que fez com que vários shows fossem desmarcados. Além disso, a banda perdeu a aura de “inocência” que tinha junto à mídia e seus membro chagaram a cogitar o fim dos Titãs. Mas os bravos músicos não se deixaram abater. Voltaram ao estúdio contando com a produção de Liminha (ex-baixista que fez parte dos Mutantes). Só que uma declaração de Branco Mello, dizendo que os discos produzidos por Liminha eram sempre uns parecidos com os outros, quase colocou tudo a perder.

Em 1986, decidiram mudar a estética da banda, adotando uma sonoridade mais pesada, o que ficou refletido no álbum Cabeça Dinossauro, produzido por Liminha, Pena Schmidt e Vítor Farias. Além do hit irreverente Homem Primata (Fromer, Reis, Britto), e do Punk Rock da faixa título (Antunes, Mello, Miklos), Polícia (Bellotto) e AA UU (Britto, Fromer), também mandaram ver no Funk em Bichos Escrotos (Antunes, Britto, Reis) e Estado Violência (primeira composição de Charles Gavin para a banda), além de criticar a religião em Igreja (Nando Reis). Essa última causou um embate dentro da banda entre Arnaldo, que acreditava em Deus e na religião e Nando Reis, abertamente ateu. Nos shows da banda, na hora em que tocavam essa faixa, Antunes se retirava do palco num protesto silencioso. Nessas alturas, o produtor Liminha era considerado o 9º Titã, pela pericipação em shows da banda.

No início, as rádios e as emissoras de TV se recusavam a divulgar o disco por seu tom agressivo e o começo da turnê com repepção fria fazia cerer que disco seria uma “bomba” no pior sentido da palavra. Porém, a coisa começou a mudar de figura e a banda começou a atrair público com suas performances pesadas, o que passou a refeltir na vendagem do álbum (500.000 cópias vendidas). Os veículos de mídia reviram sua posição e lá estavam os oito titânicos mostrando suas músicas ao público. Os Titãs passaram a ser uma das bandas favoritas do emergente Rock Brasil.

Em 1987, saiu o quarto disco da banda, Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas, usando a mesma estética do anterior. A produção fiocu por conta de Liminha que também tocou baixo e sintetizador em alfumas faixas. Alé, da extensa faixa-título (Fromer, Reis), destacam-se outros clássicos da banda: Comida (Antunes, Fromer, Britto), Diversão (Reis, Britto), Desordem (Gavin, Fromer, Britto), Nome aos Bois (Antunes, Fromer, Reis, Bellotto) e Lugar Nenhum (Antunes, Gavin, Fromer, Britto, Bellotto). Foi outro grande sucesso de público e crítica, tendo vendido 400.000 cópias. A turnê do álbum foi igualmente concorrida.

Continua no próximo post

Televisão: o segundo álbum dos Titãs crédito: http://www.qualquermusica.com/site/images/albums/titas-85.jpg

Televisão: o segundo álbum dos Titãs
crédito: http://www.qualquermusica.com/site/images/albums/titas-85.jpg

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Música, MPB, Punk Rock, Rock and Roll, Rock Brasil Review

Rock Brasil Review: Titãs, parte 1

Para fechar a sensacional trinca de bandas expoentes do Rock Brasil (Paralamas aqui, Legião aqui), vamos falar sobre uma banda que em seus primórdios contava com nove músicos (hoje é um quarteto) e que foi a linha de frente da cena roqueira de São Paulo. Seu som é bastante eclético (do Pop ao Punk) e no ano passado chegou aos 30 anos e é reverenciada pela nova geração do século XXI. Com vocês Os Titãs!

Toda a Saga Titânica teve início quando alguns estudantes do Colégio Equipe resolveram formar uma confraria musical. cada um deles tinha um projeto musical: Os cantores Arnaldo Antunes (nascido Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho no dia 2 de setembro de 1962 em São Paulo, SP, Brasil) e Paulo Miklos (nascido Paulo Roberto de Sousa Miklos no dia 21 de janeiro de 1959 em São Paulo, SP, Brasil) faziam parte da banda Performática; o baixista Nando Reis (nascido José Fernando Gomes dos Reis no dia 12 de janeiro de 1963 em São Paulo, SP, Brasil) era percussionista da banda Sossega Leão; o cantor Branco Mello (nascido Joaquim Cláudio Correia Mello Junior no dia 16 de março de 1962 em São Paulo, SP, Brasil) e os guitarristas Marcelo Fromer (nascido no dia 3 de dezembro de 1961 em São Paulo, SP, Brasil) e Tony Bellotto (nascido Antonio Carlos Liberalli Bellotto no dia 27 de março de 1960) tinham formado o Trio Mamão e as Mamonetes; O cantor Sérgio Britto (nascido Sérgio Britto Álvares Afonso no dia 18 de setembro de 1959 no Rio de Janeiro, RJ, Brasil) era um velho conhecido de Marcelo Fromer e a dupla foi cantar no Chacrinha (foram buzinados pelo Velho Guerreiro ao tentarem cantar Eu Também Quero Beijar de Pepeu Gomes.

O ano era 1982 e essa “tchurma” ainda contou com o poeta e cantor Ciro Pessoa (nascido Ciro Pessoa Mendes Corrêa no dia 12 de junho de 1957 em São Paulo, SP, Brasil) e o batera Andre Jung (nascido André Jungmann Pinto no dia 12 de maio de 1961 em Recife, PE, Brasil). Este último tocava com Nando no Sossega Leão. Numa inusitada formação, o noneto – que tinha 6 vocalistas e alguns deles se alternavam nos instrumentos – ensaiava e entabulava suas apresentações. Estavam lá 9 homens e um destino: o estrelato. O nome escolhido para aquele batalhão de músicos foi o pomposo Titãs do Iê-Iê. No dia 28 de setembro de 1982, a trupe fez seu début no Sesc Pompéia. Aí foram 2 anos de apresentações no circuito alternativo de Sampa. A gravadora WEA se interessou na banda e então eles foram contratados.

Em 1984, passaram por algumas mudanças internas. Uma delas foi a saída do poeta Ciro Pessoa que não quis que a banda entrasse no mainstream. Outra foi a diminuição do nome da namda para apenas Titãs. Segundo reza  a lenda, em muitos lugares que se apresentavam, o nome original causava confusão com Iê-Iê-Iê (movimento musical que acabou fazendo surgir a Jovem Guarda no Brasil). Nesse mesmo ano, os Titãs gravaram, seu primeiro álbum, auto-intitulado, que contou com a produção de Pena Schmidt. contaram com alguns músicos de estúdio competentes: Alberto Marsicano (cítara), Eduardo Souto Neto (arranjos e regência de metais), George FreireProveta e Baldo (sax), Gil e Nono (trompetes), e Ivan (trombone).

No disco está o primeiríssimo hit da banda, Sonífera Ilha ((Branco Mello, Carlos Barmack, Ciro Pessoa, Marcelo Fromer, Tony Bellotto), que tomou de assalto as rádios do paós e vários programas de TV como Discoteca do Chacrinha e Raul Gil. Esse foi um dos singles extraídos do álbum. Outras músicas de destaque: o clássico titânico Marvin, versão em português de Nando e Sérgio Britto para Patches (General Norman Johnson, Ronald Dunbar), um sucesso da banda de Soul Chairmen of Board; Go Back (outro clássico da banda que Sérgio Britto escreveu baseado num poema de Torquato Neto, grande nome da contracultura brasileira e A Balada de John e Yoko, uma versão para o clássico dos Beatles The Ballad of John & Yoko (Lennon & McCartney). Apesar da boa divulgação, o disco foi fraco em vendas (50 mil cópias).

No final de 1984, houve outra mudança no line up da banda. Os Titãs andavam desocntentes com André Jung e após um showm decidiram chutá-lo da banda. Para o lugar do batera foi chamado Charles Gavin (nascido Charles de Souza Gavin no dia 9 de julho de 1960 em São Paulo, SP, Brasil), que havia atuado no Ira! e depois formou o RPM. Por coincidência (dessas muito comuns na história do Rock and Roll), Jung foi chamado pelo Ira! (ex-banda de Gavin) e fez parte da formação clássica dessa banda conterrânea dos Titãs.

Continua no próximo post

trip-227-negras18

Uma das primeirs fotos dos Titãs, ainda contando com Andre Jung e Ciro Pessoa na formação
Foto: Luiz Novaes/Folha Imagem

1 comentário

Arquivado em Música, MPB, Punk Rock, Rock and Roll, Rock Brasil Review

Mersey Beat Review: The Searchers, finale

Em 1966, com a saída de Chris Curtis, a banda recrutou o batera John Blunt como substituto. Gravaram mais dois singles que figuraram nas paradas, Take it or Leave it e Have You Ever Loved Somebody. Nos anos seguintes só ladeira abaixo em termos fonográficos, pois eles continuaram fazendo shows com êxito. Assinaram com a Liberty Records, mas isso não melhorou as vendagens de discos. Nos anos 70, assinaram com a Sire Records e gravaram os álbuns The Searchers (1979) e Hungry Hearts (1981). Em 1985, Mike Pender, membro fundador, deixou a banda, sendo substituído por Spencer James (ex-First Class).

Mesmo não tendo o mesmo reconhecimento midiático que seus compatriotas, os Rolling Stones, os Searchers continuaram arrasando nos palcos, sendo muito queridos pelas plateias britânicas e sendo uma das únicas bandas remanescentes da Cena de Liverpool, junto com Gerry & The Pacemakers. Atravessaram as décadas de 80 e 90 fazendo shows de revival. Em 1998, houve uma mudança no line up: saiu o batera Billy Adamson (na banda desde 1969) e entrou Eddie Roth, que ficou doze anos na banda.

O fundador Mike Pender fez parte, no fim dos anos 80, da superbanda The Corporation, também conhecida como The Traveling Wrinklies (uma brincadeira com a banda Traveling Wilburys, formada por George Harrison, Bob Dylan, Tom Petty, Roy Orbison e Jeff Lynne), formada pelos feras Brian Poole (Tremeloes), Clem Curtis (The Foundations), Tony Crane (The Merseybeats) e Reg Presley (The Troggs), um verdadeiro Quem é Quem do Rock Britânico dos anos 60. Depois formou Mike Pender’s Searchers, que existe até hoje.

Em 2002, saiu o último disco da banda, Back Door Sessions. No dia 18 de agosto de 2003,  faleceu o baixista, vocalista e membro fundador dos Searchers Tony Jackson. Quase dois anos depois, no dia 28 de fevereiro de 2005, também se foi o baterista Chris Curtis, que havia se afastado do mainstream depois de muitos projetos malsucedidos na música. No dia 11 de novembro de 2010, o ex-baixista Tony West, outro músico que fez parte do primódios foi outra trágica perda. 

Em pleno século XXI, o insistente e intrépido líder John McNally não deixou a peteca cair e os Searchers se tornaram uma das bandas mais queridas do circuito de revival da Inglaterra. Em 2010, o batera Eddie Roth saiu e foi substituído por Scott Ottaway (nascido em 1972), o membro caçula da banda. Hoje em dia, a banda chegou ao seu 55º aniversário, tendo em seu line up o fundador McNally, o guitarrista Spencer James, o baixista Frank Allen e o batera Scott. E ainda com muita lenha para queimar.

Fontes:

Wikipedia

Searchers Tour News 2024

The Searchers em 2012: meio século de Rock and Roll crédito: http://www.the-searchers.co.uk/2012%20promo%201.jpg

The Searchers em 2012: meio século de Rock and Roll
crédito: http://www.the-searchers.co.uk/2012%20promo%201.jpg

2 Comentários

Arquivado em Biografias, Deep Purple Family Tree, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Mersey Beat Review: The Searchers, parte 4

Em 1964, diante do sucesso de seus singles, os Searchers perderam seu baixista e principal vocalista Tony Jackson, que resolveu deixar a banda. Frank Allen, um velho conhecido que encontraram em Hamburgo foi chamado para substituir Jackson. Gravaram vários singles de sucesso mais os álbuns Sounds Like the Searchers Take Me For What I’m Worth. Em 1966, outro membro da formação “pediu as contas” na banda, o batera Chris Curtis, que acabou formando a banda Roundabout, raiz do Deep Purple.

Os Searchers então recrutaram o batera John Blunt (nascido John David Blunt no dia 20 de março de 1947, em Croydon, Surrey, Inglaterra) de estilo influenciado pelo lendário Keith Moon (The Who). Assim, gravaram seu primeiro single com a nova formação, Take it or Leave it (Jagger, Richards), um cover dos Rolling Stones. Ironicamente, o lado B do disco contou com uma composição de John McNealy, Mike Pender e Frank Allen [membros remanescentes da banda], Don’t Hide It Away, uma composição autoral, algo que o então ex-batera Chris Curtis queria na banda. O single ficou em 21º lugar na parada britânica. Nesse ano, gravaram ainda o single Have You Ever Loved Somebody (cover dos Hollies)/ I’ts Just The Way que teve um resultado regular, ficando em 48º no reino Unido e em 94º nos EUA. Foi a última vez que a banda apareceu nos charts britãnicos.

Em 1967, a banda gravou alguns singles: Popcorn, Double Feature/Lovers, Western Union (cover do Five Americans/I’ll Cry Tomorrow  e Secondhand Dealer/Crazy Dreams, todos com resultados pífios, nem chegando aos charts. Nessa altura, a banda assinou com a Liberty Records, mas começou a sumir nas paradas, embora continuasse a fazer vários shows. Em 1968, gravaram o single Umbrella Man /Over The Weekend que também passou despercebido. Em 1969, o batera John Blunt saiu e foi substituido por Billy Adamson. Gravaram mais três singles que fracassaram em vendas: Somebody Shot the Lollipop Man (gravado com o pseudônimo Pasha), Shoot ‘Em Up Baby (cover de Andy Kim) e Kinky Kathy Abernathy.

Em 1970, gravaram outros singles que não chegaram ás paradas: For What It’s Worth (clássico do Buffalo Springfield) e Don’t Shut Me Out (cover do Bread). No ano seguinte gravaram seu último sungle a figurar nas paradas norte americanas, Desdemona/The World Is Waiting For Tomorrow (chegou ao 94º lugar). Aí os Searchers atravessaram a década de 70 fazendo shows de revival. Em 1979, a banda assinou com a Sire Records e foi lançado o álbum The Searchers, o primeiro desde Take Me For What I’m Worth (1966). Apesar de ser muito elogiado pela crítica, o disco foi péssimo em vendas.

Em 1981, gravaram o álbum Play for Today (reintitulado Love’s Melodies fora do reino Unido). Outra bola fora em termos de vendas, o que causou a demissão da banda, embora tuvessem material para um terceiro álbum pela Sire. Em 1985, outro membro fundador deixou os Searchers, o guitarrista líder Mike Pender que saiu após desentendimentos com os colegas. No ano seguinte, o guitarrista Spencer James (nascido Spencer Frederick James no dia 15 de abril de 1953 em Hayes, Middlesex, Inglaterra), ex-First Class, banda que estourou com o hit setentista Beach Baby.

Em 1988, a banda assinou com a gravadora Coconut Records e foi lançado o álbum Hungry Hearts , com a regravação de alguns hits da banda como Needles and Pins e Sweets for My Sweet. O disco também não foi bem em termos de vendas, mas os Searchers continuaram faturando como banda de revival, provando que ainda tinham muita lenha pra queimar.

Conclui no próximo post

3 Comentários

Arquivado em Biografias, Deep Purple Family Tree, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Mersey Beat Review: The Searchers, parte 3

Em 1963, saíram  os dois primeiros álbum da banda, Meet the Searchers e Sugar and Spice, que fizeram muito sucesso, além de singles que também tiveram uma ótima repercussão. Em 1964, aproveitando a alta que as bandas do Mersey Beat estavam tendo na Inglaterra e na Invasão Britânica, lançaram uma série de singles capitaneados por seus clássicos Needles and Pins e Don’t throw Our Love Away, muito bem colocados nas paradas do Reino Unido, juntamente com os álbuns It’s Searchers e Hear Hear e This is Us (esses dois últimos, exclusivos para os EUA).

Em meio a tanto sucesso, a banda sofreu uma baixa considerável: Tony Jackson, baixista/vocalista principal que fez parte do line up fundador dos Searchers, deixou a banda e foi substituído por Frank Allen (nascido Francis Renaud McNeice em 14 de dezembro de 1943 em Hayes, Middlesex, Inglaterra), um amigo que conheceram em Hamburgo, Alemanha, quando ele fez parte da banda Cliff Bennett & The Rebel Rousers.

Em 1965, a banda gravou e lançou o álbum Sounds Like the Searchers, mantendo o formato que foi adotado desde o primeiro álbim com muitos covers e uma ou outra composição autoral. Destacam-se Everybody Come And Clap Your Hand (Jeff Barry, Ellie Greenwich), Bumble Bee (LaVern Baker, Leroy Fullylove), um hit de LaVern Baker; Magic Potion (da safra dos geniais Burt Bacharach e Hal David) e If I Could Find Someone (composição do batera Chris Curtis). O disco ficou em 8º na parada britânica.

Nesse ano, gravaram vários singles como Bumble Bee (não figurou nos charts britânicos, ficou em 21º nos EUA), Goodbye My Love (originalmente gravada por Jimmy Hughes), ficou em 4º no Reino Unido e em 52º nos EUA), He’s Got No Love (12º nos charts britânicos, 79º na parada norte americana), When I Get Home (não é o clássico dos Beatles, foi originalmente gravada por Bobby Darin), ficou em 35º no Reino Unido e Take Me For What I’m Worth (um hit de P. F. Sloan, compositor de Secret Agent Man, sucesso de Johnny Rivers), ficou em 20º na parada britânica e em 76º nos charts dos EUA. Essa última nomeou o segundo álbum dos Searchers no ano.

Em 1966, a banda sofreu outra baixa importante: o baterista Chris Curtis. Um dos motivos pelos quais ele saiu teria sido o fato de suas composições serem preteridas. Sendo ele o compositor oficial de músicas autorais da banda, queria ver mais músicas próprias nos discos dos Searchers. Outro motivo teria sido cansaço por causa de ínúmeros compromissos e turnês da banda, o que o levaram a usar drogas para manter o pique. A convite do amigo Klaus Voorman (também amigo dos Beatles), morou um tempo na Suécia para “encaretar”.

De volta à Inglaterra, gravou seu primeiro single solo, Aggravation, cujas sessões contaram com Jimmy Page (guitarra) e John Paul Jones (baixo), futuros membros do Led Zeppelin, mais Joe Moretti (guitarra), ex- Johnny Kidd & The Pirates, Vic Flick (guitarra), que tocou o riff do famoso James Bond Theme e o baterista Bobby Graham que quase fez parte dos Beatles quando Pete Best foi demitido, mas preferiu tocar com Joe Brown & The Bruvvers [ainda bem!]. Depois de um outro trabalho como produtor, Curtis teve a ideia de formar uma banda com o tecladista Jon Lord (ex-Artwoods) que foi chamada Roudabout. Para mais detalhes, leiam a primeira parte da biografia do Purple aqui.

Continua no próximo post

1965:  novo disco e nova formação crédito: http://poplife-shop.de/Bilder/611132.JPG

1965: novo disco e nova formação
crédito: http://poplife-shop.de/Bilder/611132.JPG

2 Comentários

Arquivado em Biografias, Deep Purple Family Tree, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Mersey Beat Review: The Searchers, parte 2

John McNally formou uma banda de Skiffle com alguns amigos em 1957. Em 1960, com a saída de alguns membros, McNally e o vocalista Big Ron Woodbridge chamaram um velho amigo, o guitarrista Mike Pender mais o baixista Tony Jackson e o batera Joe Kelly e a banda recebeu o nome de The Searchers. Big Ron e Kelly saíram para as entradas de Billy Beck (mais conhecido como Johnny Sandon) e Norman McGrary. O batera nãoficou muito tempo e foi substituído por Chris Crummey (mais tarde Chris Curtis). Em 1961, Sandon deixou os Searchers para ser frontman do Remo Four e os membros restantes decidiram se manter como quarteto. Chamaram a atenção da Pye Records e gravaram seu primeiro e bem sucedido single Sweets for My Sweet.

Em 1963, em plena onda do Mersey Beat os Searchers gravaram seu primeiro álbum Meet the Searchers, produzido por Tony Hatch. Além de figurar Sweets for My sweet, o single de sucesso lançado anterirormente, o disco conta com clássicos como Love Potion Number 9 (Leiber, Stoller), grande sucesso dos Clovers; Stand By Me (King, Leiber, Stoller), originalmente gravada por Ben E. King e que foi um grande hit da carreira solo de John Lennon; Money (That’s What I Want), de Janie Bradford e Berry Gordy, original de Barrett Strong e que é considerado um clássico com os Beaatles. O álbum teve um ótima repercussão chegando ao segundo lugar nas paradas do Reino Unido.

Nesse mesmo ano, a banda gravou os singles Sweet Nothins (original de Brenda Lee)/What’d I Say (original de Ray Charles) e Sugar and Spice (Fred Nightingale)/Saints and Searchers, a primeira música, outro grande clássico da banda, gravada originalmente por Tony Hatch, que ficou em 2º lugar nos charts britãnicos e em 44º na parada dos EUA, sendo a primeira vez que os Seachers figuraram nos charts do a terra do Tio Sam.

Ainda em 1963, em seguida veio o segundo álbum Sugar & Spice, com destaque para a faixa título, Some Other Guy (Leiber, Stoller, Garrett), original de Richard Barrett que fazia parte do repertório recorrente dos Beatles; Listen To Me (Charles Hardin, Norman Petty), original de Buddy Holly & The Crickets e (Ain’t That) Just Like Me (Earl Carroll, Billy Guy) original dos Coasters que fivguour no primeiro álbum dos Hollies. O álbum alcançou o 5º lugar nos charts britânicos.

Em 1964, os Searchers lançaram singles bem sucedidos, todos clássicos da banda: Needles and Pins (Jack Nitzsche, Sonny Bono), um sucesso da cantora Jackie DeShannon/Saturday Nigh Out (primeiríssimo lugar nos charts britânicos, 13º nos EUA); Don’t Throw Your Love Away (Billy Jackson, Jimmy Wisner), original do gripo vocal The Orlons/ I Pretend I’m With You (outro nº 1 na parada do Reino Unido, 16º nos EUA); Someday We’re Gone Love Again, original de Barbara Lewis/ No One Else Could Love You (11º lugar dos charts britânicos, 34º na parada dos EUA); When You Walk In The Room (DeShannon), outro sucesso de Jackie DeShannon/I’ll Be Missing You (3º lugar no Reino Unido, 35º nos EUA) e What Have They Done To The Rain (Malvina Reynolds), original de Malvina Reynolds/ This Feeling Inside (13º nos charts britãnicos, 29º nos charts norte americanos).

Nesse ano foi lançado o álbum It’s Searchers, com destaque para It’s In Her Kiss (Rudy Clark), um clássico de Betty EverettGlad All Over (Schroeder, Bennett, Tepper), original de Carl Perkins, que os Beatles tocaram em seus programas na BBC Hi-Heel Sneakers (Robert Higginbotham), original de Tommy Tucker, além das músicas que figuraram nos singles Needles and Pins e Don’t Throw Our Love Away. O disco ficou em 4º lugar nos charts britânicos. Lançaram ainda um dois álbuns exclisuvos para o mercado dos EUA, Hear Hear! This is Us [trocadilho de “us” = nós com US = United States], que nada mais são do que coletâneas de gravações feitas na Inglaterra.

Continua no próximo post

The Searchers na linha de frente da Invasão britânica crédito: http://ukinvasion.files.wordpress.com/2011/06/searchers-on-brit-beat-boom.jpg

The Searchers na linha de frente da Invasão britânica
crédito: http://ukinvasion.files.wordpress.com/2011/06/searchers-on-brit-beat-boom.jpg

2 Comentários

Arquivado em Biografias, Deep Purple Family Tree, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Mersey Beat Review: The Searchers, parte 1

É uma das mais longevas bandas britânicas, que foi um dos destaques do Mersey Beat, embora não contasse com a administração de Brian Epstein, o empresário que levou os Beatles ao topo. Foi a segunda banda de Liverpool (depois dos Beatles) que emplacou um hit nos EUA. Também é uma das raízes da gigantesca árbore genealógica do Deep Purple. Com vocês, The Searchers.

Tudo começou em 1957 com o advento do Skiffle.  O guitarrista rítmico  John McNally (nascido no dia 30 de agosto de 1941 em Walton, Liverpool, Inglaterra) juntou-se aos amigos Brian Dolan (guitarra líder) eTony West (nascido Anthony West em 1938 em Waterloo, Liverpool, Inglaterra) , baixista, para formar uma banda com um som calcado no Country de Hank Williams, Johnny Cash e Hank Snow. O vocalista ‘Big Ron’ Woodbridge (nascido em 1938 em Liverpool, Inglaterra) e o baterista Joe Kennedy (bateria) completaram o time.

Em 1960, o grupo debandou, menos McNally  e Woodridge que se juntaram ao amigo de infância de McNally, o guitarrista líder e cantor Mike Pender (nascido Michael John Prendergast no dia 3de março de 1942) e eles recrutaram o baixista e cantor Tony Jackson (nascido Anthony Paul Jackson no dia 16 de julho de 1938 no Dingle, Liverpool, Inglaterra) e o batera Joe Kelly. O nome da banda está envolvido em controvérsias. Pender reivindica para si a ideia do nome. Segundo o guitarrista, ele e McNally assistiram ao clássico do faroeste The Searchers (no Brasil, Rastros de Ódio), estrelado por John Wayne e acharam o nome bem sonoro. Segundo McNally, a ideia para o nome da banda partiu do primeiro vocalista Big Ron. 

Nesses primeiros meses de 1960, a banda se apresentou como Tony & The Searchers. Kelly foi substituído por Norman McGrary (nascido em 1º de março de 1942 em Liverpool, Inglaterra) que por sua vez não ficou muito tempo na banda, sendo subsituído por Chris Crummey (nascido Christopher Crummey no dia 26 de agosto de 1941 em Oldham, Lancashire, Inglaterra). Big Ron foi outra baixa na banda, tendo saído se tornar cantor de baile. Para seu lugar, foi chamado Billy Beck (nascido William Beck em 1941 em Liverpool, Inhlaterra), que mudou o nome para Johnny Sandon. Aproveitando a onda, o batera Crummey mudou seu sobrenome para Curtis.

A banda começou a tocar regularmente no Iron Door Club, sob o nome Johnny Sandon & The Searchers. Também tocavam no Cavern Club que tinha os Beatles como residentes. Em 1961, Sandon deixou a banda para tocar com o Remo Four, que tinha um contrato com Brian Epsrein. McNally e Perder decidiram manter a banda como quarteto, tendo Tony Jackson como vocalista principal. No ano seguinte, eles tocaram no Star Club, em Hamburgo, Alemanha e quando voltaram a Liverpool, arrebatados pelo R&B, mudaram o direcionamento da banda, então de levada Country.

Em 1963, com o estouro dos Beatles no Reino Unido, as bandas da cena do Rio Mersey começaram a chamar a atenção dos jovens ingleses e os Searchers estavam entre os principais nomes. Voltando a tocar no Iron Door, eles despertaram o interesse da  gravadora Pye Records. Lá gravaram seu primeiro single Sweets for My Sweet (de Doc Pomus e Mort Shuman, originalmente gravada pelos Drifters)/ It’s All Been a Dream (Chris Curtis). O disco alcançou o primeiro lugar nas paradas britânicas.

Continua no próximo post

Searchers posando para um anúncio do Star Club crédito: acervo de John McNally

Searchers posando para um anúncio do Star Club
crédito: acervo de John McNally

1 comentário

Arquivado em Biografias, Deep Purple Family Tree, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Doo Wop & Vocal Groups Review: The Dells, finale

The Dells gravaram nove singles e um álbum entre 1961 e 1965 e continuaram atuando como banda de acompanhamento de outros artistas em gravações e shows. Em 1966, foram contratados por Ray Charles como atração de abertura e assinaram com o selo Cadet da Chess Records, onde gravaram vários singles e os álbuns There Is (1968), Musical Menu, Love is Blue (1969),  Like It Is, Like It Was (1970) e Freedom Means (1971), todos grandes êxitos do grupo.

Em 1972, gravaram os singles Oh, My Dear/It’s All Up to You, Walk On By (grande sucesso de Bacharach/David originalemente na voz de Dionne Warwick) e Just as Long as We’re in Love, além dos álbuns The Dells Sing Dionne Warwick Greatest Hits (onde interpretam os sucessos da grande diva do Soul) e Sweet as Funk Can Be. Todos esses trabalhos não chegaram a figurar no Top 20. Em 1973, foi lançado os álbum Give Your Baby a Standing Ovation, cuja canção-título fez um enorme sucesso, convertendo-se em outro clássico da banda. O disco ficou em 10º lugar nos charts R&B e o single homônimo  fcxiou com a terceira colocação na mesma parada de sucesso. Também lançaram o álbum The Dells (15º lugar na parada R&B) e os singles My Pretending Days are Over (10º lugar na parada R&B)  e I Miss You (8º lugar na mesma parada).

Em 1974, terminou sua estada na gravadora Cadet, que devido a dificuldades financeiras teve que dispensar seus artistas. Seus derradeiros trabalhos pela gravadora foram os álbuns The Dells vs. The Dramatics (outra banda de Soul que terá sua biografia contada aqui futuramente), The Mighty Mighty DellsWe Got to Get Our Thing Together (lançado no ano seguinte), que chegaram ao 15º, 13º e 31º lugares, respectivamente, nos charts de R&B. Também gravaram os singles I Wish It Was Me You Loved (11º lugar no chart R&B) e Learning to Love You Was Easy (It’s So Hard Trying to Get Over You)/Bring Back the Love of Yesterday (18º lugar no chart R&B).

Em 1975, foram para a Mercury Records onde gravaram os álbuns No Way Back (1976), They Said It Couldn’t Be Done, But We Did It! (1977) e Love Connection (1978) que não tiveram o mesmo êxtio de seus discos pela Cadet, mas figurou no Top 40 das paradas R&B. Em 1978, foram para a ABC Records, onde gravaram dois álbuns, New Beginnings (1978) e Face to Face (1979). Em 1980, assinaram com a 20th Century Fox, onde gravaram os álbuns I Touched a Dream (1980) e Whatever Turns You On (1981). A partir da década de 80, seus trabalhos foram escasseando, tendo gravado os álbuns One Step Closer (1984) pela Private I e The Second Time (1989) pela Veteran.

No início dos anos 90, começaram a atuar no circuito de artistas que viviam de seu glorioso passado, interpretando seus clássicos. Em 1991, o cineasta Robert Townsend os chamou como consultores do filme musical The Five Hearbeats (no Brasil, Rítmo e Blues), a história de um grupo vocal baseada na própria biografia dos Dells. O grupo participou da trilha sonora do filme. A poderosa voz de Marvin Jr., cantor principal dos Dells, pode ser ouvida e sentida em músicas como Nothing But Love e A Heart is a House for Love (cujo single ficou em 13º lugar nas paradas), entre outras.

No restante da década e no século XXI, eles gravaram os álbuns I Salute You (1992) pela Philadelphia Int’l, Reminiscing (2000) pela Volt e seu derradeiro disco Open Up My Heart: The 9/11 Album (2002) pela DevineAí passaram a se dedicar aos seus clássicos do passado em shows pelos EUA. Em 2004, o grupo foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame e no Vocal Groups Hall of Fame. No dia 23 de janeiro de 1998, faleceu Johnny Funches, que fez parte dos Dells até 1961. No dia 21 de agosto de 2009, o grupo perdeu o tenor falsetista Johnny Carter, que morreu aos 75 anos. Os Dells atuaram até 2012. No dia 29 de maio deste ano, morreu o vigoroso vocalista principal/barítono Marvin Jr., cujo vocal era uma das marcas registradas do grupo.

Fontes:

Wikipedia

http://www.themightydells.com/

The Dells e sua formação clássica no R&RHOF

The Dells e sua formação clássica no R&RHOF

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Doo Wop & Vocal Groups Review, Música, Rock and Roll, Soul e R & B