Arquivo da tag: beatles

Beatles Saga: Perdas e Ganhos

Para ler o capitulo anterior, clique aqui.

John não deu pinta de que ficou impressionado com Paul. Ele sabia tocar uma de suas músicas favoritas (Twenty Flight Rock) e ainda conseguia afinar sua guitarra. Aquilo seria um achado e tanto para qualquer banda de Skiffle na cidade. Mas o que chamou a atenção do jovem líder dos Quarrymen era que o novo amigo tinha a capacidade de compor material próprio. Cogitou com o amigo Pete se deviam chamar Paul para a banda e os dois concordaram que isso seria muito bom. Pete encontrou Paul andando de bicicleta nos arredores de Woolton e fez-lhe o convite formal. Paul aceitou e se juntou à banda algumas semanas depois de acampar com a família.

Logo de cara, a banda pegou músicas que eles nunca imaginaram que um dia tocariam como Bye Bye Love (Every Brothers) e All Shook Up (Elvis). Com a banda entrando cada vez mais na onda do Rock, deixando os números Skiffle em segundo plano, Rod Davis começou a sentir que seu banjo não faria mais falta. Sendo assim, saiu da banda sem nenhum rancor.

A estreia de Paul como Quarryman aconteceu no dia 18 de outubro de 1957. Nesse show, os Quarrymen usaram terninhos em tom pastel com gravata em laço. Contudo, o que parecia ser um dèbut triunfal mostrou ser quase uma catástrofe: Paul errou os solos, o que deixou John ressabiado. Os outros Quarrymen acharam que John ia arrancar a pele do novato, mas o líder desatou a rir do infortúnio do colega comentando que ele quase se borrou todo. Paul começou a atuar com status de líder nos Quarrymen, o que teria irritado os colegas que foram reclamar com John, que deu de ombros. Ele começou a fazer lobby para que seu colega de Liverpool Institute, George Harrison, fosse aceito nos Quarrymen. John resistia aos apelos de Paul porque George ainda era um moleque de 14 anos.

Em março de 1958, o jovem guitarrista fez um teste para banda no Morgue Skiffle Hall, um clube de propriedade de Allan Caldwell, vocalista de uma das bandas de Skiffle da cidade, The Tornadoes. Ele tocou Guitar Boogie Shuffle de Bert Weedon, mas não convenceu John. Paul não se deu por vencido e tentou mais uma vez vender seu peixe. No fundo do ônibus que pegaram pra casa, George tocou Raunchy de Bill Justis. Não teve jeito: John finalemente deu o braço a torcer e George era admitido como um Quarryman. Mas a questão era: o que fazer com quatro guitarristas numa banda [o quarto era Eric Griffiths]?

A saída de Len Garry após ser diagnosticado com meningite tubercular acabou sendo o “gancho” que John precisava para resolver o impasse: Eric compraria um baixo elétrico, enquanto John, Paul e George tocariam as guitarras. Só que Griffiths reparou que os três estavam se dando bem nos instrumentos. Ele acabou decidindo deixar a banda e se alistou na Marinha britânica. Isso acabou sendo de grande valia para os Quarrymen pois Eric conseguia comprar alguns discos americanos com facilidade. John e Paul começaram a sua legendária parceria, compondo coisas como Hello Little Girl [essa foi a primeira composição de John], One After 909 e I’ll Follow the Sun. Eles tocavam seus números próprios intercalados com os clássicos do Rock do repertório.

Paul chamou um colega de escola, John “Duff” Lowe, que tocava piano, para a banda. No dia 12 de julho de 1958, foi com essa formação, sem baixista, que os Quarrymen foram ao estúdio caseiro de Percy Phillips para gravaram um acetato de demonstração. Ficou decidido que a banda gravarai para o lado A o clássico de Buddy Holly That’ll be the Day (que curiosamente foi a primeira música que John aprendeu). Para o outro lado eles ainda não tinham pensado numa música e pediram ao dono do estúdio para ensaiarem algo e voltarem outro dia, o que foi prontamente recusado. Paul sugeriu uma música que ele e

George haviam composto em parceria, In Spite of All the Danger. Mesmo que Colin Hanton e Duff Lowe nunca tivessem tocado essa juntos, foram seguindo os três colegas de frente. Saíram de lá com seu primeiro registro fonográfico debaixo do braço, que acabou sumindo durante 22 anos.

No dia 15 de julho, uns três dias depois dos Quarrymen terem gravado seu acetato, a tragédia se abateu sobre John mais uma vez: a querida mãe Julia, sua grande incentivadora morreu atropelada a algumas quadras de casa de Tia Mimi por um motorista bêbado que aparentemente nunca pagou pelo crime. Durante algum tempo, John perdeu o interesse na banda. Duff não podia estar com eles em tempo integral e logo desligou-se dos Quarrymen. A banda tocou no casamento de Peter Harrison, irmão de George em 20 de dezembro de 1958.

Paralelamente à saga dos Quarrymen, Ringo continuava atuando na Eddie Clayton Skiffle Band, que tinha no currículo o feito de ter tocado três vezes no Cavern Club, principal reduto jazzístico da cidade (que mais tarde seria o principal point dos Beatles)

Fontes:

Wikipedia

Ensaio As Origens do Beatles por Andre McKenna

http://www.beatlesource.com/savage/main.html

A estréia de Paul nos Quarrymen crédito: http://glitterking.com/images/The-Quarrymen.jpg

A estréia de Paul nos Quarrymen
crédito: http://glitterking.com/images/The-Quarrymen.jpg

Deixe um comentário

Arquivado em Beatles Saga, Música, Rock and Roll, The Beatles

Rock Setentista: The Ramones, parte 1

Durante mais de de 20 anos, foi uma das mais queridas bandas de todos os tempos, fez parte da cena Punk novaiorquina dos anos 70 deflagrada pela Quinta Onda do Rock and Roll e que é considerada a inventora do Punk Rock, além de precursora do Som de Seattle. Vamos falar dos Ramones.

Em meio à psicodelia deflagrada pela Terceira Onda do Rock, quando os Beatles lançavam seu Opus Magnum Sgt. Peppper’s Lonely Hearts Club Band, começaram a surgir diversas bandas de garagem. Em Forest Hills, Nova York, EUA, o guitarrista John Cummings (nascido John William Cummings no dia 8 de outubro de 1948 em Long Island, NY, EUA) formou a banda Tangerine Puppets, que contava com o guitarrista (e futuro batera) Tommy Erleyi (nascido Erdélyi Tamás no dia 29 de janeiro de 1952 em Budapeste, Hungria). Conheceram o guitarrista Doug Colvin (nascido Douglas Glenn Colvin mo dia 18 de setembro de 1951 em Fort Lee, Virginia, EUA), que tinha acabado de se mudar da Alemanha, onde o pai servia numa base do exército. Com o fim dos Tangerine Puppets no começo de 1970, Johnny e Doug começaram a tocar juntos.

Em 1974, chamaram o jovem cantor Jeffrys Hyman (nascido Jeffrys Ross Hillman no dia 19 de maio de 1951 em Forest Hills, NY, EUA). Hyman era frontman da banda de Glam The Snipers e topou fazer parte da empreitada. O trio já estava muito bem entrosado. Com Jeffrys como baterista e John na guitarra líder, Doug tocava guitarra rítmica e fazia os vocais, mas logo mudou de instrumento e de nome: passou a tocar baixo e atuar como Dee Dee Ramone desde que soube que seu ídolo Paul McCartney dos Beatles usava o pseudônimo Paul Ramon nos primórdios dos Fab 4. Não demorou para que Colvin conseguisse convencer os colegas a usarem o mesmo sobrenome. Surgiram assim, Johnny e Joey Ramone e a banda passou a se chamar The Ramones, fazendo o púlbico acreditar que os três eram irmãos. 

Monte A. Melnick, um amigo da banda conseguiu arranjar para eles ensaiarem no Manhattan’s Performance Studios, onde trabalhava. Johnny chamou o ex-colega de Tangerine Puppets, Tommy Erdelyi a atuar como empresário da banda. Tommy havia atuado como engenheiro assistente no disco de Jimi Hendrix, Band of Gypsies. Dee Dee passou o encargo de vocalista para Joey, que por sua vez achava difícil tocar bateria e cantar ao mesmo tempo. Para resolver o problema, a´pos uma busca infrutífera por um bateram Tommy assumiu o posto, usando o sobrenome da banda. Resolvidas essas questões internas, a banda foi à luta. Em agosto de 1974, começaram a tocar num dos clubes mais badalados de Nova York, o CBGB, que se tornaria um templo da cena Punk, com o surgimento de bandas como Television, Talking Heads e Misfits, entre outras.

Em 1975, os Ramones começaram a chamar a atenção e começaram a reunir um séquito de fãs que iam ao CBGB apenas para curtir a banda, que tocava sempre sua próprias músicas num andamento bem acelerado. O diferencial era Joey Ramone que não copiava nenhum frontman badalado como Mick Jagger ou David Johanssen dos New York Dollsque tinham um mais en cène cheio de coreografias e teatralidade.  Joey permancia estático sem muitas dancinhas e firulas e sua contagem rápida (One, two, three, four) tornou-se uma das marcas registradas da banda. Eles foram descobertos por Lisa Robinson, editora da revista de Rock Hit Parade e após serem gerenciados por Campos Danny, que gravou algumas demos como Judy is a Punk e I Wanna Be Your Boyfriend, acabaram assinando com a gravadora Sire Records.

Em 1976, saiu o primeiro álbum dos Ramones, autointitulado, produzido por Craig Leon. O disco tem alguns verdadeiros clássicos ramônicos como Blitzkrieg Bop (Tommy Ramone, Dee Dee Ramone), 53rd & 3rd (Dee Dee Ramone) e Now I’m Gonna Sniff Some Glue, além do cover de Chris Montez, Let’s Dance (Jim Lee) e os dois petardos gravados como demo tape. Na época de seu lançamento, o disco não fez tanto barulho, mas hoje é considerado o primeiro discos de Punk Rock da história e um dos maiores clássicos dos anos 70. Logo, a banda saiu em turnê pelos EUA e viajaram até a Inglaterra, onde influenciaram o surgimento do Punk brutânico, que teve como expoentes os Sex Pistols e o The Clash. Estava inaugurada a Quinta Onda.

Continua no próximo post

Tangerine Puppets: o início para Johnny (o último da direita) e Tommy Ramone (o primeiro á esquerda) crédito: Bob Rowland, Richard Adler, Kari-Pekka, Laitio-Ramone

Tangerine Puppets: o início para Johnny (o último da direita) e Tommy Ramone (o primeiro á esquerda)
crédito: Bob Rowland, Richard Adler, Kari-Pekka, Laitio-Ramone

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Música, Punk Rock, Rock and Roll, Rock Setentista, Sem categoria

Mersey Beat Review: Swinging Blue Jeans, parte 2

Em 1957, Bruce McCaskill (vocais e guitarra) e Spud Ward (contrabaixo) formaram uma banda de Jazz chamada The Blue Genes, marcada pela constante mudança em sua formação. Ray Ennis (guitarra líder, vocais), Ralph Ellis (guitarra rítmica, vocais), Les Braid (baixo) e Norman Kuhlke (bateria) mais o banjista Tommy Hughes tornaram-se membros mais regulares. Em 1959, McCaskill e Hughes saóram e foram substituídos por John E. Carter e Paul Moss. O primeiro ficou até 1961 e os remanescentes decifitam se manter como quinteto. Em 1962, após tentarem emplacar em Hamburgo sem êxito, a banda mudou a direção e o nome para The Swinging Blue Jeans. Em 1963, assinaram com a HMV Records, gravando seu primeiro single e com a saída do banjista Moss, decidiram continuar como quarteto.

Ainda no ano de 1963, os Swinging Blue Jeans lançaram seu segundo single Do You Know/Angie, que não chegou a emplacar como o anterior. Em seguida, veio o terceiro single seguido, Hippy Hippy Shake/Now I Must Go. A primeira, um cover do rocker chicano Chan Romero e a segunda uma composição de Ray Ennis. Curiosidade: os primeiros a tocar essa música em território britânico foram os Beatles, através do DJ Bob Wooler, em seus programas da BBC. O disco foi um grande sucesso, ficando em segundo lugar nos charts do Reino Unido e aparecendo em 24º nas paradas dos EUA. a partir desse momento, a bandas começou a ficar conhecida em todo o país.

Em 1964, saiu o quarto single, Good Golly Miss Molly (clássico de Little Richard)/ Shakin’ Feelin’ e eles ficaram em 11º lugar na parada britânica e em 24º nos charts norte americanos. Começaram a aparecer em vários programas de televisão da Inglaterra e fizeram turnês através do Reino Unido e Europa, junto com a nata de Liverpool, The Beatles, Gerry & The Pacemakers, The Searchers e The Merseybeats. Também foram uma das principais bandas da Invasão Britãnica aos EUA. O quinto single, You’re No Good (Clint Ballard Jr.)/Don’t You Worry About Me foi outro grande sucesso, ficando com o terceiro posto no Reino Unido. Nesse ano, a banda gravou seu primeiro álbum, Hippy Hippy Shake, que ficou em 90º lugar na parada dos EUA. O disco é em sua maioria, uma compilação dos singles já lançados pelos SBJ.

No mesmo ano, vieram  os single Promise You Tell Her/It’s So Right e It Is’nt There/One of These Days e o segundo álbum Blue Jeans A Singing. Neste álbum a banda faz covers sensacionais de Ol’ Man Mose (Louis Armstrong), que teve uma versão em português, A História de um Homem Mau, interpretada por Roberto Carlos; Save the Last Dance for Me (Drifters), Long Tall Sally (Little Richard), It’s All Over Now (Bobby Womack, Rolling Stones) e Around and Around (Chuck Berry).

Em 1965, a banda lança dos singles  Make Me Know You’re Mine/I’ve Got a GirlCrazy Bout My Baby/Good Lovin’, mas nessa altura, o Mersey Beat já tinha perdido a força e as bandas daquela cena tiveram que optar por seguir a tendência corrente ou terminar. Em 1966, saiu o single Don’t Make Me Over (Bacharach, David)/What Can I Do Today que chegou ao 31º lugar nas paradas britânicas. Ralph Ellis, o guitarrista, cantor e um dos principais compositores dos Swinging Blue Jeans deixou a banda e foi substituído por Terry Sylvester (nascido no dia 8 de aneiro de 1947 em Allerton, Liverpool, Inglaterra), que atuava na banda The Escorts. No mesmo ano, foram lançados o singles Sandy/I’m Gonna Have YouRumours, Gossip, Words Untrue/Now the Summer’s Gone.

Em 1967, o produtor dos SBJ Walter Ridley tentou alavancar a carreira solo do líder Ray Ennis, chamando vários músicos de estúdio e as cantoras Kiki Dee (que se tornaria protegida de Elton John e faria um relativo sucesso nos anos 70) e Madeline Bell (famosa cantora de Soul britânica que tinha feito parte dos Bradford Singers, lançando um singleTremblin /Something’s Coming Along, que acabou sendo lançado com o nome dos Swinging Blue Jeans. A banda volou a ser um quinteto com a entrada do baixista Mike Gregory (nascido Michael Gregory no dia 7 de novembro de 1946 em Liverpool, Inglaterra), que também fora membro do The Escorts. Por conta desse acréscimo no line up, Les Braid (o baixista anterior) assumiu os teclados.

Conclui no próximo post

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll, The Beatles

Mersey Beat Review: Swinging Blue Jeans, parte 1

Como os Beatles, eles também tiveram suas origens ligadas ao Skiffle que explodiu no norte da Inglaterra, mas não tiveram os auspícios de Brian Epstein como empresário. Embora tenham registrado alguns singles em sucedidos, lançaram apenas dois álbuns, mas continuaram se apresentando de maneira ininterrupta até os dias de hoje, após inúmeras alterações em seu line up. Com vocês, The Swinging Blue Jeans.

Corria o ano de 1956 e a molecada alvoroçada de Liverpool, influenciada pelo cantor e banjista Lonnie Donegan, foi formando suas bandas de Skiffle. Foi com esse objetivo em mente que, em 1957,  o guitarrista e cantor Bruce McCaskill (nascido em 15 de janeiro de 1940 em Liverpool, Inglaterra) chamou o contrabaixista Spud Ward (nascido em 2 de novembro de 1940 em Walton, Liverpool, Inglaterra), o vocalista e guitarrista líder Kenneth Metcalf, o guitarrista rítmico Arthur Griffiths e o quase “xará” do guitarrista, Ken Metcalfe (washboard) completando a banda. Ward sugeriu o nome The Blue Genes, inspirado em Gene Vincent & His Blue Caps. No início, foi pensado The Bluejeans, mas descobriram que já havia uma banda com esse nome. 

Spud acabou saindo para reforçar a banda Al Caldwell’s Tornadoes (mais tarde Rory Storm & The Hurricanes) e foi substituído por Jimmy HudsonAconteceram mais algumas mudanças na formação: saíram Metcalf, Metcalfe e Griffiths para as entradas de Ray Ennis (nascido Raymond Vincent Ennis no dia 26 de maio de 1940 e, Huyton, Liverpool, Inglaterra), o batera Norman Kuhlke (nascido no dia 17 de junho de 1942 em Liverpool, Inglaterra) e o guitarrista Ralph Ellis (nascido no dia 8 de março de 1942 em Liverpool, Inglaterra), além do banjista Tommy Hughes, chamado para reforçar o time.

Spud Ward voltou  durante um curto período e acabou indo para a banda Ralph Walters and the Dusty Road Ramblers. Les Braid (nascido no dia 15 de stembro de 1937 em West Derby, Liverpool, Inglaterra) assumiu o posto. No ano seguinte, o vocalista principal McCaskill se desentendeu com a banda e deixou os Blue Genes, seguido por Tommy Hughes, que decidiu sair para servir ao exército. Para as funções vagas, foram chamados o cantor John E. Carter (nascido no dia 21 de maio de 1938 em Liverpool, Inglaterra) e Paul Moss. A banda optou por um repertório mais calcado em Jazz, fazendo shows em clubes do gênero em Liverpool e cercanias.

Em 1961, Carter deixou a banda e se mudou para o Canadá. Os Blue Genes não chamaram um substituto e os guitarristas Ennis e Ellis assumiram os vocais principais, convertendo a banda num quinteto. No ano seguinte, seguiram o caminho que outras bandas conterrâneas seguiram: foram tentar a sorte em Hamburgo, Alemanha. Por seguirem uma linha diferenciada das bandas que haviam se dado bem em Hamburgo, o S Blue Benes foram hosutilizados pelo púlico e teriam encerrado a banda naquele momento, se não tivessem mudado de estilo e foco. Decidiram abraçar o Rock and Roll e mudaram o nome da banda para Swinging Blue Jeans.

Em 1963, graças ao estouro do Beatles, e cena do rio Mersey começou a ser notada e as bandas de Liverpool e Manchester começaram a fazer as coisas acontecerem, encontrando seu espaço. Os Swinging Blue Jeans foram notados por Walter Ridley, um produtor da HMV Records, onde assinaram seu primeiro contrato fonográfico. Gravaram seu primeiro single It’s Too late Now/Think of Me, que chegou ao Top 40 das paradas britãnicas. O banjista Paul Moss resolveu sair e a banda optou por seguir a formação de seus conterrâneos, os Fab 4, estabilizando-se como um quarteto.

Continua no próximo post

Blue Genes: os primórdios dos SBJ crédito: Nick Crouch

Blue Genes (1957): os primórdios dos SBJ
foto: Nick Crouch

Deixe um comentário

Arquivado em Aniversariantes, Biografias, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll, Sem categoria, The Beatles

Beatles Saga: As Primeiras bandas

John era o líder de sua turma de amigos. Ao ganhar seu primeiro violão, não se fez de rogado, intimou seus “comandados” a formarem com ele uma banda. Ele e Eric Griffths, seu vizinho seriam os guitarristas. Os outros amigos de Quarry Bank seriam o banjista (Rod Davis) e o baixista (Bill Smith) da banda. Este último até tinha feito um baixo de caixa de chá. Por isso, ficou encarregado do instrumento. Pete Shotton, o melhor amigo de John pensou que ia se safar dessa. John Lennon encarregou-o de tocar uma tábua de lavar (washboard), já que não tocava nenhum instrumento. Para batizar a banda que surgia, John pensou em The Blackjacks. Só que ficou sabendo que já tinha oura banda no pedaço com esse nome. Foi aí que Pete deu a ideia: – por que não The Quarrymen? Ele pensou numa parte do hino da escola que dizia “the Quarry men are old before his birth (os homens da Quarry já são velhos antes de seu nascimento). John gostou na conotação dupla Homens da Quarry com pedreiro (quarryman).

Assim, em janeiro de 1957, os Quarrymen estavam devidamente batizados. Algumas músicas que John e Eric aprernderam com Julia entraram para o repertório da banda como That’ll Be the Day, Maggie Mae e Cumberland Gap, além de uma ou outra coisa de Rock dos EUA como Come go with me dos Del-Vikings e Baby Let’s Play House de Elvis, músicas com acordes bem simples. Costumavam ensaiar na casa de John em Mendips, para desespero de Tia Mimi. Sofreram sua primeira baixa: Bill Smith não ia aos ensaios e furou em uma apresentação casual da banda. Estava, portanto, fora dos Quarrymen. John e Pete conseguiram ficar com o baixo de caixa de chá dele e chamaram o amigo Len Garry para seu lugar. Para não ficarem desfalcados, tiveram a ideia de deixar de “standby” os colegas Nigel Whalley e Ivan Vaughan, revezando-se como baixistas. Nigel também funcionava como uma espécie de manager da banda, combinando apresentações.

Eric trouxe para a banda Colin Hanton, que tocava bateria e tinha um kit. Isso colocava os Quarrymen em pé de igualdade com outras bandas da cidade. Geralmente, a banda se apresentava a troco de sanduiches e refrigerantes e alguns queriam mesmo era chamar a atenção das garotas. A banda fez seu primeiro grande teste de fogo ao tocar num concurso de bandas de Skiffle realizado pelo empresário canadense Carol Levis, que usava como recurso um palmômetro (aparelho que media a intensidade do barulho das palmas da plateia). A música que tocaram foi um folk norte-americano chamado The Worried Man Blues, que agradou ao público presente. A banda chegou à etapa final mas perdeu para uma banda galesa chamada Sunnyside Skiffle Group por uma pequena margem.

No dia 6 de junho, a banda foi chamada para tocar numa festividade da igreja de St. Peter em Woolton. John preparou um set list bem básico e Len Garry ficou incumbido de tocar baixo no evento. No dia da apresentação, um jovem da plateia olhava com interesse para os Quarrymen. Era Paul, que, embora tocasse muito bem, ainda não tinha se juntado a nenhuma das bandas de Skiffle da cidade. Havia composto sua primeira canção, I Lost My Little Girl um ano antes. John costumava cantar trocando os versos das músicas, o que Paul achou muito engraçado e ousado. Além disso, o jeito como o líder dos Quarrymen encarava a plateia dava-lhe um ar de rebelde. Outro rapaz da plateia, o policial Bobby Mollineux queria testar o gravador de mão Grundig que havia comprado e registrou, meio que sem querer, o áudio de duas músicas dos Quarrymen, Put In on the Style (Lonnie Donegan) e Baby Let’s Play House de Elvis. Essa gravação foi descoberta uns 37 anos depois.

Depois do show, Paul foi apresentado pelo amigo em comum Ivan Vaughan [um dos baixistas substitutos da banda] ao líder dos Quarrymen. Paul elogiou a banda e comentou sobre a alteração dos versos e o jeito como John encarava a plateia. Lennon simplesmente lhe disse que trocava os versos porque não se lembrava dos originais. Quanto ao outro fato, ele contou ao novo amigo que ele era míope e não usava óculos. Num momento de descontração, Paul mostrou a John como tocava Twenty Flight Rock de Eddie Cochran, sem saber que o líder dos Quarrymen amava essa música. Nascia ali uma amizade que seria uma das maiores parcerias da história do Rock.

George, então com 14 anos, fez algo ousado. Chamou o amigo Arthur Kelly e o irmão Peter Harrison (formando uma trinca de guitarristas) e outros dois músicos anônimos [alguns dizem que um dos músicos era o professor de guitarra de George, Len Houghton] para formar uma banda chamada The Rebels que durou apenas um show.

Já Ritchie, por ter um kit de bateria, já tinha um pré-requisito para entrar em qualquer banda de Skiffle. No começo de 1957, um colega de trabalho chamado Eddie Miles (guitarra, vocais) chamou o baterista e formou a banda Eddie Clayton Skiffle Group. Os outros membros da banda eram: Frank Walsh (guitarra), Roy Trafford (baixo de caixa de chá) e John Dougherty (washboard). Em maio de 1957, a banda teve seu dèbut.

Fontes Wikipedia

Ensaio As Origens do Beatles por Andre McKenna

http://www.beatlesource.com/savage/main.html

Gênese de uma lenda

Gênese de uma lenda

1 comentário

Arquivado em Beatles Saga, Música, The Beatles

Grandes Nomes do Rock: Status Quo, parte 3

O Status Quo lançou os discos Spare Part (1969) e Ma Kelly’s Grease Spoon (1971) e o tecladista Roy Lynes deu adeus à banda, que voltou a ser um quarteto. Em 1971,  saiu o álbum Dog of Two Head, que foi outro fracasso de vendas, terminando assim a relação com a gravadora Pye Records. Em 1972, a banda assinou com a Vertigo Records e deu um “bico” definitivo na estética pop psicodélica (terninhos coloridos e cabelinhos cortados), abraçando uma nova fase mais voltada ao Hard Rock (camisetas, jeans e cabelos compridos), a partir do disco Piledriver, que teve uma boa atuação nos charts. Em 1973, veio o álbum Hello!, o primeiro de uma série de quatro álbuns que lideraram as paradas britãnicas.

Em 1974, foi lançado o álbum Quo, produzido pela banda, o segundo da série de álbuns que alcançaram o topo dos charts britânicos. Dessa feita, contaram com o competente Tom Parker nos teclados. E tome peso: Backwater (Parfitt, Lancaster), Break the Rules (Rossi, Parfitt, Lancaster, Coghlan, Young) e Don’t Think it Matters (Parfitt, Lancaster). O disco ficou em segundo lugar nas paradas britânicas durante várias semanas e o Status Quo foi pavimentando sua estrada de sucesso no Reino Unido, embora passassem despercebidos nos EUA.

Em 1975, saiu o álbum On The Level, outra porradaria produzida pela banda, terceira parte da tetralogia de álbuns bem colocados nas paradas britânicas. Aqui há o clássico quoniano Down Down, verdadeiro hino do Rock assinado por Rossi e Young, que foi lançada em single numa versão mais curta. Além dela, destacam-se Nightride (Parfitt, Young) e Where I Am (Parfitt), além do fabuloso cover do mestre Chuck Berry, Bye Bye Johnny, com um Quo arrasador. O disco foi líder absoluto dois charts do Reino Unido.

Em 1976, veio Blue For You, “fechando a conta e passando a régua” na série bem sucedida de álbuns que lideraram os charts do reino Unido e alavancaram a carreira do Status Quo, colocando-os no pódio das bandas britânicas dos anos 70. Destacam-se os petardo quonianos Rain (Parfitt) e Mystery Song (Parfitt, Young), além de Mad About the Boy (Rossi, Young) e Ease Your Mind (Lancaster). A partir daqui, o Quo voltou a ser um quinteto, tornando o tecladista Andy Bown membro oficial da banda. Outro número 1 incontestável para a coleção!

Em 1977, lançaram seu primeiro disco ao vivo, Live!, onde eles “quebram tudo” no Apollo Theater em Glasgow, Escócia, tocando verdadeiros “hinos de guerra” da fase mais Hard Rock, levando a massa quomaníaca à loucura. No mesmo ano saiu o novo álbum de estúdio, Rockin’ All Over the World, produzido por Pip Williams. A faixa-título, composição do grande John Fogerty do Creedence Clearwater Revival após o fim da lendária banda, se converteu num verdadeiro clássico do Quo. Além dela, destacam-se Hard Time (Rossi, Parfitt) e Dirty Water (Rossi, Young). Resultado: quinto lugar nas paradas britânicas. Reza a lenda que quando o SQ fez o clipe da música, o baixista Alan Lancaster, que vivia na Austrália se recusou terminantemente a participar das filmagens. A solução para o impasse foi colocar um manequim com um baixo (!!!). Nessa época, o Quo participou da trilha sonora do documentário All  This and World War II, repleta de músicas dos Beatles interpretadas por outros artistas. O Status Quo tocou Getting Better, clássico do opus magnum dos Beatles, Sgt. Pepper’s.

Em 1978, foi lançado o álbum If You Can’t Stand the Heat…, produzido por Pip Williams, onde o Quo pôs o pé no freio e começou a abraçar uma sonoridade mais pop e leve, na contramão do estilo que os consagrou junto aos roqueiros da Terra da Rainha. Embora tenha ótimas músicas como Again and Again (Rossi, Parfitt, Lynton), Accident Prone (Williams, Hutchins) e Long Legged Linda (Bown) e tenha ficado em 3º lugar nas paradas britânicas, o disco não agradou muito aos exigentes fãs da banda, que apreciam um SQ cru e pesado.

Continua no próximo post

Status Quo: rock pauleira!

Status Quo: rock pauleira!
crédito: http://www.vertigoswirl.com/singlecvr/6059184NL.jpg

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Grandes Nomes do Rock, Música, Rock and Roll

Beatles Saga: A Onda do Skiffle

Outra série que andava meio esquecia por aqui é Beatles Saga, que também retomamos a partir deste post. Nos links a seguir, os capítulos anteriores: Prólogo e Dias de Infância.

1956 – Quando o cantor e banjista Lonnie Donegan e seu trio formado por Chris Barber (contrabaixo) e Beryl Bryden (washboard) fizeram uma apresentação na TV inglesa da música Rock Island Line, original do lendário Leadbelly, eles não faziam ideia do furor que causariam entre os jovens britânicos. Da noite para o dia, muitos desses moleques formaram suas bandas, especialmente no norte da Inglaterra (Liverpool e cercanias). O Skiffle, que era uma tendência do Jazz norte-americano muito em voga nos anos 20/30 e que voltava do outro lado do Atlântico com força total.

Como todo garoto liverpudliano, John também quis formar sua banda de Skiffle e conseguiu esse feito graças à mãe. John havia voltado a encontrar a mãe Julia, que o presenteou com discos de Rock e com seu primeiro violão, um genuíno Django Reinhardt para estudo, apesar dos protestos de Tia Mimi que não via futuro para John na música. John começou a estudar em Quarry Bank  e acabou formando sua gangue, que se divertia fazendo caricaturas do rígido professor Pinkerton ou puxando os cabelos das meninas. A verdade é que John, aos 16, era um líder nato, posição que conseguiu sem nunca ter batido em ninguém, sempre se mantendo ao lado dos mais fortes.

Na verdade, John ainda estava muito triste pela morte do seu querido tio George Smith, marido de Mimi, que era um paizão para ele. Ele havia falecido aos 52 anos no ano anterior. John aprendeu os primeiros acordes com a mãe, que o ensinava a tocar violão como se fosse banjo. Julia tocava para o rebento coisas como That’ll Be the Day (Buddy Holly) e Maggie Mae (velha canção liverpudliana). O vizinho de John, Eric Griffiths também praticava junto com o amigo e a mãe Julia.

Paralelamente, Paul e Mike McCartney haviam passado pela trágica e dolorosa perda trazida pela morte da querida mãe Mary Patricia, que tombou vítima de câncer de mama. Paul também tinha afinidade com a música, herança do pai, que tocava no passado e tinha até uma banda. Aos 14 anos, Paul ganhou seu primeiro instrumento musical, um trompete. Desistiu logo pois por não conseguir boa embocadura, acabou machucando a boca. Ganhou então um violão, um Zenith modelo 17. Começou a ouvir Rock americano e era fissurado em Elvis Presley e Eddie Cochran.

George, que nesse ano já estudava no Liverpool Institute e fez amizade com Paul, era apaixonado por guitarras. Seu fascínio pelo Rock começou um ano antes ao ouvir Heartbreak Hotel de Elvis Presley. Pediu dinheiro à mãe e comprou seu primeiro violão, um Dutch Egmond.

No Dingle, um dos mais violentos bairros de Liverpool, Ritchie teve uma infância e adolescência atribuladas por conta de muitas doenças que o acometeram. Por causa disso, não pôde ter estudo normal e começou a trabalhar como garçom aos 15 anos. Mal sabia ler e escrever. Nessa altura da febre do Skiffle, o padrasto Harry Graves comprou para o garoto seu primeiro kit de bateria. Ter uma bateria já era meio caminho andado para entrar em uma das milhares de bandas que foram formadas pelos jovens em 1956.

Fontes:

Wikipedia

http://www.beatlesource.com/savage/main.html

Lonnie Donegan: responsável pelo boom do Skiffle na Inglaterra Crédito: http://www.hillmanweb.com/rock/donegan/don18h4.jpg

Lonnie Donegan: responsável pelo boom do Skiffle na Inglaterra
Crédito: http://www.hillmanweb.com/rock/donegan/don18h4.jpg

 

Deixe um comentário

Arquivado em Beatles Saga, Música, Rock and Roll, The Beatles

Mersey Beat Review: The Tremeloes, parte 1

Eles são uma das mais longevas bandas da Inglaterra e também tiveram origem no Skiffle do fim da década de 50, também fazendo parte do Mersey Beat. Eles venceram os Beatles na preferência da Decca Records e primeiramente atuaram como “banda de apoio” do cantor Brian Poole, fazendo mais sucesso quando se desligaram dele, deixando seu nome entre as mais importantes bandas britânicas dos anos 60. Vamos falar sobre The Tremeloes.

Em 1958, o batera/cantor Dave Munden (nascido David Munden no dia 2 de dezembro de 1943 em Dagenham, Essex, Inglaterra) formou uma banda com o cantor Brian Poole (nascido em 3 de novembro de 1941 em Barking, Essex, Inglaterra) e convidou o guitarrista e cantor Alan Blakley (nascido no dia 1º de abril de 1942 em Dagenham, Essex, Inglaterra) para fazer parte. Com a entrada do baixista Alan Howard (nascido em 17 de outibro de 1941 em Dagenham, Essex, Inglaterra) e do guitarrista líder Graham Scott, eles fizeram alguns shows nos arredores de Dagenham. O nome da banda era The Tremoloes (famoso efeito de amplificador) e um jornal, erroneamente, grafou o nome com “e” deixando-os como Tremeloes. A banda decidiu manter o nome, pois gostaram da sonoridade. Fizeram testes para se apresentar na BBC londrina, mas fizeram mais sucesso tocando nos acampamentos de verão de Butlins.

Em 1961,  Graham Scott não queria mais tocar na banda e eles chamaram um amigo em comum, Rick West (nascido Richard Westwood em 7 de maio de 1943 em Dagenham, Essex, Inglaterra), um talentoso guitarrista que atuava na banda Tony Rivers and The Castaways. Scott concordou em tomar o lugar de Rick em sua banda original e este sentiu-se livre para fechar com os camaradas. No comecinho de 1962, eles conseguiram, graças a um conhecido, um teste na Decca Records londrina. Ao mesmo tempo, uma jovem banda de Liverpool, chamada The Beatles, também participaram de uma audição promovida pelo diretor de A&R da gravadora Mike Smith. Essa parte da história todo mundo conhece de cor e salteado: os Beatles foram rejeitados e os Tremeloes abocanharam um contrato de gravação. Segundo Smith, a banda de Essex tinha mais potencial comercial do que os garotos de Liverpool.

Nesse ano, a banda foi renomeada como Brian Poole & The Tremeloes, o que era uma praxe entre as bandas de Londres na época, ou seja, o nome do vocalista principal figurava como centro da banda. Seu début fonográfico se deu com o single Twist Little Sister (Keith Nylene, Tommy Harbrook), vindo em seguida  Blue (Favilla, Renis, Altman, Mogol). Em 1963, lançaram os singles A Very Good Year For Girls (Fred Tobias, Clint Ballard Jr.) e Keep on Dancing (Brian Poole, Alan Blakley, Mike Smith). Essas primeiras gravações da banda não conseguiram o sucesso almejado.

Foi só em julho de 1963 que eles começaram a entrar em evidência ao lançar um single com o cover de Twist and Shout (Bert Russell, Phil Medley), popularizada primeiramente com os Isley Brothers, que, coincidentemente, figurou no primeiro álbum dos Beatles, lançado em março daquele ano. Contando com  disco ficou em 4º lugar nos charts britânicos. No mesmo ano, eles conseguiram liderar as paradas britânicas com sua sensacional versão do cover de Do You Love Me? (Berry Gordy), original do The Contours. Foi a primeira música deles a figurar nos charts da Austrália, chegando ao 19º posto local. Também lançaram o single I Can Dance (Martin Simpson), que ficou em 31º lugar no Reino Unido (24º na parada australiana).

Em 1964, continuaram alternando altos e baixos nos singles Candy Man (Roy Orbison), 6º lugar no Reino Unido (18º na Austrália); Someone Someone (Norman Petty, Howard Greines), primeiríssimo lugar nos charts britânicos (17º na Austrália) e Twelve Steps to Love (Terrence Lowly), 32º na parada britânica (84º na Austrália). Em 1965, saíram os singles The Three Bells (Jean Villard Gilles, Marc Herrand, Bert Reisfeld), 17º lugar no Reino Unido (29º na Austrália); After a While (Chris Stomsworth) não figurou em nenhum chart; I Want Candy (Bert Berns, Bob Feldman, Gerald Goldstein, Richard Gottehrer), ficou em 25º na parada britanica (81º na Austrália) e Good Lovin’ (Rudy Clark, Arthur Resnick), original dos Rascals, que passou longe do chart britânico e ficou com a 98ª posição na Austrália.

Continua no próximo post

No início, Brian Poole & The Tremeloes crédito: http://static.skynetblogs.be/media/4087/4176339879.jpg

No início, Brian Poole & The Tremeloes
Crédito: http://static.skynetblogs.be/media/4087/4176339879.jpg

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Música, Mersey Beat Review, Rock and Roll

Doo Wop Review: Vito & The Salutations

Embora sejam completamente desconhecidos no Brasil, seu maior sucesso Gloria embala muitas festas Rockabilly e de Anos 50 e é uma das favoritas dos aficcionados do gênero no país. Era um dos principais grupos brancos de Doo Wop dos EUA, que perdurou alguns anos mesmo após a decadência do estilo. Sua característica principal era interpretar standards dos anos 40 e 50 de forma nada ortodoxa. Falemos de Vito & The Salutations.

Em 1961, os amigos Bob De Pallo e Barry Solomon, que moravam nos arredores de Brownsville formaram um grupo vocal com alguns vizinhos do Brooklyn, Nova York, EUA. Costumavam cantar nas estações de metrô da Big Apple, até que a dupla chamou a atenção de uma certa Linda Scott, que gostou do que ouviu e os recomendou ao produtor David Rick que propôs a criação de um grupo real e não um amontoado de cantores cantando por uns trocados. Na busca por outros integrantes que quisessem levar a sério o grupo, eles ouviram uma fita demo de um jovem de 14 anos chamado Vito Balsamo, amigo de um irmao de De Pallo. Ficaram tão impessionados com sua performance que o garoto assumiu a função de vocalista principal do grupo. Vito não só aceitou como trouxe para o grupo seu amigo Bobby Mitchell, que fazia a voz de barítono.

Depois de um ensaio providencial, os rapazes, nomeados Vito & Salutations, fizeram um teste para David Rick, concorrendo com mais vinte grupos vocais. Graças à sua brilhante interpretação de My Juanita dos Crests, o grupo conseguiu ser aprovado. Em dezembro, eles gravaram várias músicas nos estúdios ODO. Uma das músicas gravadas na sessão, Gloria (composta por Esther Novarro), original dos Cadillacs, agradou e foi lançada como single, o primeiro do grupo que tinha Let’s Untwist the Twist no lado B.

Apesar da música ter sido um enorme sucesso em 1962, os membros originais De Pallo, Solomon e Mitchell debandaram, deixando  Vito sozinho para recrutar novos membros. Entraram para o grupo Randy Silverman (vocais principais e primeiro tenor), Shelly Buchansky (primeiro e  segundo tenor) Lenny Citrin (barítono) e Frankie Fox (baixo). Esta nova encarnação dos Salutations passou a beber na fonte de grupos negros de Doo Wop como The Heartbeats, The Cadillacs, The FlamingosThe Moonglows. Ainda sob a produção de David Rick, o grupo assinou com um selo pequeno chamado Kram, onde lançaram o single Your Way (sucesso dos Heartbeats). Em 1963, eles fecharam com a Herald Records um dos selos independentes mais fortes dos EUA.

Vito e seus colegas começaram a investir em standards do passado com uma inusitada roupagem Doo Wop. Foi assim que els lançaram sua versão de Unchained Melody (Alex North, Hy Zaret), música que abriu as portas do grupo para perfoances em shows itinerantes e programas de TV, dividindo spotlighr com feras como Marvin Gaye, Dionne Warwick, Jay & The Americans e outros. Um jovem músico cego, chamado Jose Feliciano fez parte da banda de apoio. Anos depois, seria muito famoso. De 1964 em diante, lançaram os singles Banana Boat (Day-0 ), famoso hit de Harry Belafonte pela Wells RecordsGet a Job (sua versão para o clássico de The Silhouettes),  pela Regina Records, High Noon (famoso tema de faroeste) pela Apt. Records, So Wonderful pela Red Boy e uma versão hilária para Hello Dolly do musical homônimo pela Rust Records, seu derradeiro disco. Naquela altura estava difícil competir com a Invasão Britânica promovida pelos Beatles.

Em 1965, o quinteto optou pelo fim do grupo. Vito Balsamo juntou-se aos Kelloggs, grupo que cantava num programa de TV matinal. Eles gravaram um single de relativo sucesso, Snap, Crackle and Pop pela Laurie Records. Os outros salutations tentaram criar versões alternativas do grupo, mas não tiveram sucesso. Em 1971, uma reunião do grupo contou apenas com Frankie Fox e Shelly Buchansky. O grupo não mais existe, mas está pra sempre imortalizado nos nossos corações doo-wopeiros através da linda Gloria, seu grande sucesso.

Fontes:

Wikipedia (em inglês)

http://doo-wop.blogg.org/themes-_salutations__vito___the_-163282.html

Vito & Salutations: um dos mais conhecidos grupos brancos de Doo Wop Crédito: http://images.blog-24.com/1260000/1260000/1260033.jpg

Vito & Salutations: um dos mais conhecidos grupos brancos de Doo Wop
Crédito: http://images.blog-24.com/1260000/1260000/1260033.jpg

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Doo Wop & Vocal Groups Review, Música, Rock and Roll

Grandes Nomes do Soul: The Isley Brothers, parte 2

Os Isley Brothers começaram como um quarteto em Cincinatti, Ohio, sua cidade natal. Após a morte prematura de Vernon Isley, seu irmão mais novo e vocalista principal da banda em 1957, o trio remanescente decidiu tentar a sorte em Nova York e após gravarem alguns singles de relativo sucesso no selo Teenage Records, mudaram-se para Washington, D.C., onde assinaram com a major RCA Records. Gravaram seu primeiro clássico Shout! (parts 1 and 2) que não foi lá essas coisas nos charts. Após seguidos fracassos, eles foram dispensados e ficaram um tempo na Atlantic Records, onde também amargaram o fracasso. Foi na Scepter Records, em 1962, que as coisas começaram a acontecer.

Nesse ano, os Isleys gravaram a composição de Bert Berns (sob pseudônimo Phil Medley & Bert Russell), Twist and Shout  que após a decepção com a gravação original feita pelo grupo Top Notes, sob supervisão de Phil Spector, resolveu produzir sozinho o trabalho para mostrar ao então iniciante Spector, como se fazia uma produção. Berns não estava errado, pois o single dos iselys alcançaram o segundo lugar noc harts de R&B, ficando, inclusive no Hot 100 (17ª posição) na parada pop e em 42º nos charts britânicos. Falando no mercado britânico, um certo quarteto oriundo de Liverpool incluiu essa música em seu repertório e em seu álbum de estréia e tempos depois fez um enorme sucesso com ela. O single abriu as portas para os Isleys que começaram a aparecer em vários programas de TV por conta do boom do Twist causado por Chubby Checker.

Gravaram o álbum Twist and Shout  e usaram e abusaram do Twist em várias músicas do disco como Nobody But Me (composição dos irmãos que foi um grande sucesso com a banda de Rock norte americana Human Beinz), The Drag, The Snake, Twistin’ With Linda e o cover de Stagger Lee (Lloyd Price). Também se destaca a linda e deliciosa balada Soul Time After Time (Jule StyneSammy Cahn).

Em 1963, mantiveram a onda do Twist como mote no álbum Twisting and Shoutin. Destaque para os clássicos Let’s go Let’s Go Let’s Go (original de Hank Ballard & The Starlighters), Please, Please, Please (de James Brown),  Long Tall Sally (Little Richard) e as composições próprias Surf and Shout (uma resposta a Twist and Shout?), What’cha Gonna Do, Do the Twist e Who’s That Lady, um Power Soul que se converteu num clássico do grupo, mostrando o caminho que eles seguiriam na metade da década de 60.

Em 1964, eles haviam ganhado dinheiro suficiente para criar seu próprio selo a T-Neck Records, mudando-se para perto da família em Nova Jersey. Nessa época, o grupo contava com a presença, como músico de apoio, do jovem guitarrista Jimmy James, ninguém menos que o futuro Rei da Guitarra Jimi Hendrix. Contando com o músico nas sessões de gravação, os Isleys gravaram seu clássico Testify (parts 1 & 2). Hendrix ainda participou do single seguinte, Move On Over and Let Me Dance.

Em 1965, Hendrix deixou de oferecer seus préstimos ao grupo e os irmãos resolveram deixar a T-Neck Records em segundo plano oara assinarem com a lendária gravadora Tamla Motown, verdadeiro celeiro de talentos afro-americanos. Lá, gravaram o bem sucedido single This Old Heart of Mine (Holland-Dozier-Holland), varedadeiro clássico sob a produção da fabulosa trinca Brian Holland, Lamont Dozier e Eddie Holland. O single foi o segundo da história do s Isleys a figurar no Top 40 da Billboard.

Continua no próximo post

Isley Brothers contando com o futuro Rei da Guitarra Jimi Hendrix

Isley Brothers contando com o futuro Rei da Guitarra Jimi Hendrix

Deixe um comentário

Arquivado em Biografias, Grandes Nomes do Soul, Música, Rock and Roll, Soul e R & B